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História Cartinhas para ele (I.N stray kids) - Capítulo 6


Escrita por: World_Mahi

Notas do Autor


Final da história, espero que gostem meus amores◖⚆ᴥ⚆◗

Boa leitura.

Capítulo 6 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction Cartinhas para ele (I.N stray kids) - Capítulo 6

Fui para casa pensando nas mínimas confusões que ocorreram comigo, eu não poderia explicar o quão confusa ou boba eu fui.

Eu sabia que tudo isso poderia ser evitado com um toque de maturidade, e agora eu sei perfeitamente que sou facilmente influenciada. Com apenas simples palavras ou conselhos, posso afirmar que caio em tudo.

Cheguei em casa vendo os meus pais aproveitando o momento juntos, o casal transbordava felicidade e amor. É claro que tem as suas desavenças, mas são um bom casal.

— Mamãe? Papai? — Eu os chamei e eles me olharam, exibindo um sorriso fofo.

— Oi princesinha, vem cá — Meu pai me chama e eu larguei a mochila no chão.

Tirei os sapatos, e fui até eles, me sentei no meio de ambos e recebi um caloroso beijo em ambas bochechas.

— Que filme é esse? — Pergunto olhando uma espécie de musical.

— La La land, é um bom e velho romance americano — Comentou mamãe sorrindo boba.

— Sinto saudades de Nova Iorque — Falei e meus pais sorriram.

— Nós também, filha.

Meus pais me abraçam e minha mãe faz cafuné em meus cabelos que agora estão desengrenhados e embaraçados, enquanto o sono me invade, assim como os pensamentos bobos com Yang.

Me sinto feliz em saber que vou ao festival com ele, de fato, tudo foi tão rápido e tão bom.

Como todas as vezes que recebo um cafuné, acabei perdendo os sentidos e adormeci.

°°°

— Julie? Princesa?

Acordei com um voz suave me chamando, abri os meus olhos vendo Yang Jeon-gin me olhar de maneira fofa.

— Bom dia, minha princesa — Ele se curvou, o mesmo estava com uma roupa de príncipe maravilhosa.

— Bom dia, Yang — Digo sorrindo, passo as mãos no local e percebo que estou deitada em uma grama, e minhas vestes são  um vestido real e meus cabelos estavam presos em presilhas folheados a ouro.

— Levante-se minha linda — Ele pegou delicadamente a minha mão e me ajudou a levantar.

O garoto passou as mãos levemente em meu rosto, acariciando a minha bochecha em seguida, me encarou nos olhos e se aproximou.

Com o meu coração acelerado, respirei fundo. O moreno aproximou o rosto do meu e por fim os seus lábios tocaram os meus e, suavemente, passaram a se movimentar.

Como fogos de artifício, eu explodi. Seus lábios eram extremamente macios, suas mãos agarraram a minha cintura e minhas mãos guiaram-se até o ombro do rapaz, uma de suas mãos foram para a minha nuca, me prendendo em seu beijo que transbordavam paixão.

No meu corpo uma grande dose de adrenalina se instalava, em meu peito meu coração batia acelerado.

Seus lábios se desgrudaram dos meus e ele sorriu.

— Você é tão linda... tão perfeita, eu te amo senhorita Evans — Confessou, com a testa encostada na minha e seus olhos fechados. — Eu sou seu fã número 1, como pode ter tanta perfeição?

Eu ri baixinho.

 — Eu não sou tudo isso Yang, sou uma pessoa normal.

Ele negou e me deu um selinho em meus lábios, confesso que isso me deixava extasiada e alegre. Fora de mim.

— Nada se compara à você, nem mesmo as flores mais belas desse jardim, ao teu lado elas são reles flores, sem significados, sem importância, sua perfeição não tem limites — Sussurra, enquanto me olhava atentamente.

— Assim você me deixa envergonhada, está apenas me iludindo — Confessei, ouvindo-o rir.

— Dizer a verdade não é iludir — Sussurra, me fazendo sorrir de forma boba. — Seu sorriso podem ser facilmente comparados com um raio de sol.

— Por que? — Indaguei.

— Porque ele ilumina o meu dia, então, por favor, não me deixe na escuridão. — Pediu passando as mãos em minha face que transbordava vergonha.— Não me deixe...

Mais uma vez sinto seus lábios nos meus.

— Venha, preciso te mostrar uma coisa — Entrelaçou os seus dedos nos meus e me puxou delicadamente, enquanto eu pegava a barra do meu vestido para poder caminhar, ele me levava á um lugar que tinha total desconhecimento por minha parte.

Eu olhava totalmente confusa para os lugares que passávamos, ele ria de todas as minhas expressões, após muito tempo, finalmente chegamos á um lugar.

O mesmo tinha um balanço pendurado em uma árvore e um pequeno pano no chão, que utilizamos em piqueniques, em cima do pano tinha uma cesta.

— Venha senhorita Evans — Fala entusiasmado.

— Vamos — Sorri e novamente segurei a barra do meu vestido para poder me locomover.

Chegamos e ele me ajudou a me sentar, ele sentou-se em minha frente e abriu a cesta. Tirando os poucos alimentos dali.

— Trouxe morangos, sei que você gosta muito — Falou mostrando os morangos embrulhados em um pequeno pano.

— Como soube? — Questionei e ele exibiu um sorriso meigo.

— Não revelarei as minhas fontes.

Brincou.

— Abra a boca e feche os olhos — Pediu e eu o mirei confusa. — Quer morango? — Assenti — Então faça o que eu pedi, prometo que irá gostar.

— Não vai colocar um sapo na minha boca não, não é? Ou vai? — Ele gargalhou e negou.

— Isso seria desrespeitoso com você, apenas confie em mim — Falou rindo.

Eu respirei fundo e fechei os olhos, abri a boca, acatando o seu pedido.

Senti o morango ser posto em minha boca, nele havia mel, mas não era só isso. Podia sentir os seus lábios encostarem no meu, senti um arrepio percorrer por todo o meu corpo, ele segurou o meu rosto e me deu um selinho e se afastou.

Enquanto eu continuava de olhos fechados.

— Gostou? — Pergunta calmo.

Abri os meus olhos e mastiguei a fruta que estava em minha boca — Sim, eu adorei. E você?

— Eu também gostei. É impossível não gostar, ainda mais quando se trata de você senhorita Evans.— Expressou, sorri apaixonada.

Escutei uma voz me chamando freneticamente, eu sabia que era fim do sonho maravilhoso que estou tendo, então me joguei em cima do meu príncipe encantado e o beijei.

— Até gatinho.

Acordei com a minha mãe gritando em meu ouvido, ela estava furiosa, já eu: boba. Levantei ignorando a figura materna que insistia em gritar o porquê de eu não ter acordado, nem tinha percebido que tinha dormido o dia todo e que hoje já era sexta-feira, a pré estréia da festa da escola.

Queria me arrumar da melhor forma possível, queria estar agradável. Entrei no banheiro e tomei o melhor e relaxante banho, aquele sonho me deixou boba.

O sorriso não saia de meus lábios, aquele beijo não saia de meus pensamentos, o Jeon-gin não sai dos meus pensamentos.

Lavei os cabelos e por fim; passei creme de morango, sentindo o cheiro invadir minhas narinas me causando satisfação, sorri boba, mais uma vez ao lembrar daquele sonho.

Dei uma gargalhada abobada e optei por terminar rapidamente o meu banho.

°°°

Maquiagem? Okay! Roupa? Okay!

Estou perfeita! Peguei a minha mochila com as coisas necessárias para organizar a festa de amanhã, já que hoje não terá aula, e saí rapidamente do meu quarto.

— Toma seu café, está atrasada.

Minha mãe alerta e eu assenti. O meu café da manhã já estava em cima da mesa, pronto para ser comido. Comi apressadamente.

— Terminei! — Exaltei, feliz.

Minha mãe gargalhou e olhou para mim.

— Que raios aconteceu com você? — Questionou, sorrindo.

— Só estou feliz...

— Okay, já que terminou cedo vou levá-la de imediato para a escola, então escove os dentes e vamos — Fala e eu concordei.

Corri apressadamente até no meu quarto e fui direto para o banheiro, escovei meus dentes, essa atividade nunca me pareceu tão animada quanto agora. O dia parecia mais ensolarado e mais perfeito. Aquele sonho realmente mexeu comigo, o sorriso não sai dos meus lábios em nenhum momento.

— Filha vamos para escola, rápido!

Minha mãe chama e eu enxaguo a minha boca, saí do quarto imediatamente e pego minha mochila que estava em cima do sofá. Mostrei um sorriso para a mais velha que retribuiu o gesto.

— Vamos!

Falei animada, ambas fomos para o carro e ela passou a dirigir alegremente, enquanto escutava Elton Jhon no celular conectado ao carro.

Após uns minutos, chegamos na escola.

— Tchau mãe, te amo, tome cuidado — Digo e beijo sua bochecha.

— Pode deixar, chefia.

Ela saiu e eu entrei no edifício, minha ansiedade bateu e para criar coragem respirei fundo. Ao entrar notei todos arrumando alguma coisa, seja: decorando portas, fazendo enfeites, ou algo que desse jus ao festival.

Ao chegar no meu armário, pego todos os meus utensílios para fazer algo, não quero ser uma desocupada.

Senti alguém ao meu lado e minhas esperanças aumentaram, mas ao olhar para o lado vejo o Minho.

— Bom dia, meu docinho — Falou, galanteador.

Ou pelo menos tentou.

— Bom dia — Respondi, amena.

Ele sorriu e pergunta;

— Então, como está indo a missão de ignorar o Yang? — Pergunta sorrindo.

Eu não sabia se deveria mentir, na verdade, contar á ele como eu e o Yang estamos parece um pouco certo, então respondi:

— Estamos bem, aliás eu sou o par dele no festival de amanhã.— Comentei e ele ficou pensativo.

— Você... Sabe que não pode falar com ele, né? Você é menor de idade. — Relatou e eu assenti.

— Mas amanhã não — Anunciei, sorrindo— Bye, baby.

Mandei beijinho e sair dando pulinhos de felicidade.

Fui para a sala do Jeon-gin, onde todos os alunos do segundo e do terceiro ano estavam fazendo os preparativos para o ginásio, cheguei sorrindo vendo a Hanna abraçada com o Mark, ambos sorriram para mim e me chamaram.

— Hey, Julie. Eu e o Mark estávamos conversando sobre filhos e pensamos em você — Confessou Hanna, me fazendo rir.

— Por que? — questionei.

Mark ri e responde:

— Por que você é pequena perto da gente, é quase uma adulta e tem a aparência de criança, perfeita para ser a nossa filhinha — O maior apertou as minhas bochechas e eu ri, juntamente com a Hanna.

— Então, como está você e o Jeon-gin?

Hanna me olhou curiosa e eu ri baixinho, exibindo a minha felicidade.

— Pelo jeito acho que estão indo bem.

Comenta o Tuan, dou tapinha em seu ombro e mordo os lábios nervosa, a minha amiga riu da minha cara e apertou meu nariz, uma mania ridícula dela.

— O que aprontaram? Em sapequinha — Pergunta me olhando maliciosa.

Eu olhei o Jeon-gin no fundo da sala, ele estava recortando alguns papéis para os enfeites.

— Só... Só nos resolvemos, simplesmente isso — Sorri para ele, que de longe retribuiu o gesto.

— Que bom, estou aliviada — Confessou  rindo.

— Eu também, Hanna, eu também — sorri.

— Alunos! Vamos levar o restante dos enfeites para o ginásio, temos até duas horas da tarde para deixar tudo pronto, os alunos da tarde terminarão o resto, vamos! — Chamou a professora Dakota.

Todos pegaram os enfeites e fomos até o ginásio, eu escolhi ficar por último, Jeon-gin me viu e fez o mesmo, Minho olhava-nos com um olhar diferente, algo indecifrável. Quando estava somente eu e o Yang, decidi me pronunciar;

— Então... — Ele me olhou e riu.

O mais velho se aproximou e me abraçou, afagou os meus cabelos. — Como você está?

— Estou bem, falei para o Minho que estamos de boa. — Retribuí o abraço.

— Que bom, a polícia foi na minha casa ontem e me perguntou se eu estava a seguindo de novo, acho que eles nos viram — Comenta, eu ri.

— Irei tirar a denúncia — Sussurro.

— Acho que não vai dar, sinto muito.— Sussurrou, me fazendo um cafuné.

Ficamos um tempinho na sala, apenas aproveitando a presença um do outro, o que era bom para mim. Mesmo com pouco tempo falando com ele, por ele ser o cara que eu gosto, parece que fico em abstinência toda vez que ficamos longe um do outro.

 O fato é que eu já me apeguei antes mesmo de ter esse contato físico, seus abraços, carinhos, beijinhos, são extremamente viciantes. Pior do que qualquer droga do mundo, a situação das cartas só me fizeram ganhar, mesmo eu pondo tudo a perder quando decidi me afastar a mando do Minho.

Não sei qual é o seu problema comigo, mas me mandar afastar foi algo exagerado, mas eu o obedecer foi a gota d'água.

—  É melhor irmos ajudar os outros, eles devem estar nos esperando — Eu assenti e ele beijou o topo da minha cabeça.

Pegamos duas caixas com fitas longas e entre outros, fomos rumo ao resto do pessoal, estávamos conversando sobre várias aleatoriedades e brincando um pouco, ao chegar todos que estava dentro ginásio nos olharam, seus olhares repleto de malícia entregava os seus pensamentos, ao contrário do que imaginei eles não falaram nada.

Forcei uma tosse, tentando descontrair ou mudar de rumo os pensamentos impuros deles

— Professora... Precisa de ajuda em algo? — Perguntou Jeon-gin, nervoso.

A professora assentiu — Você e a Julie vão arrumar os bancos, junto com Minho e a Ivy — Falou apontando para os garotos que limpavam os bancos.

— Sim senhora! — Falamos em uníssono.

Deixamos as caixas no chão e corremos em direção do casal, Yang suspirou, igualmente a mim. Demos um sorriso nervoso, em minha mente eu estava ciente do que as pessoas imaginaram.

Um homem, uma mulher, sozinhos dentro de uma sala. Mesmo com pouco tempo, demoraram.

Até eu pensaria besteiras. Que situação embaraçosa.

— Então.. — Dissemos ao mesmo tempo e rimos.

Optei por fazer silêncio e parece que ele também, cheguei ao lado do Minho e passei a ajudá-lo, Yang foi auxiliar a Ivy.

— Você não deveria ter ficado muito tempo na sala com ele, o pessoal comentou — Pronunciou, Minho.

Ele estava concentrado em tirar aquela goma de mascar do banco, enquanto eu tirava algumas manchinhas de pincel do banco.

— O... O que eles comentaram?? — Perguntei, curiosa.

Ele suspirou e olhou para mim.

— Disseram que vocês estavam fazendo "coisinhas de adulto", você tem que se segurar. — Respondeu um pouco rude.

— Olha Minho, eu me segurei a vida toda, permaneci em silêncio perante os meus sentimentos em relação á tudo. Sempre quis contar o que eu sentia pelo Jeon-gin e, agora ele sabe. Eu realmente não ligo para o que os outros estão falando, enquanto eu souber a verdade e alguém estiver me apoiando, permanecerei firme e forte.  — Dei uma piscadela e ele riu.

— Você gosta muito dele, né? — Assenti, com um sorriso bobo.— Eu também... — Confessou me deixando boquiaberta.

Pisquei os olhos várias vezes, tentei formular ou não pensar de outra maneira.

— Defina esse seu "eu também".

Ele sorriu e veio bem pertinho de mim, com os seus lábios rente ao meu ouvido, ele sussurra: — É... que... eu sou...

— Julie!

Antes que ele termine de me contar, a Hanna me chama, a xinguei de todas as formas. Olhei para frente e Minho estava limpando o banco, ele acenou para mim como se desse tchau e eu choraminguei.

Fui até a Hanna, eu estava estressada, já a garota mantinha seu semblante normal.

— O que quer energúmeno? — Pergunto e ela ri.

— Nada não, esqueci — Falou dando descaso.

Seu sorriso sapeca entregava que algo tinha alí, mas preferi deixar de lado quando eu a vi sumir de minha vista. Apenas bufei e o Minho, Ivy e Jeon-gin vieram até o professor avisando que já tinha terminado, os bancos não estavam muito sujos.

[•••]

Após está tudo terminado e limpo, saímos da escola. Minha cabeça martelava querendo saber o que ele queria me confessar.

Será que ele é apaixonado por mim? Ou pelo Yang?

— Julie? Julie? — Jeon-gin me chama, pondo a mão em meu ombro.

Olhei para ele desnorteada. — O que foi Yang?

— Você está bem? — Apoiou a destra em minha cabeça e se abaixou um pouco.

— Sim... Só estava divagando em meus pensamentos — Respondi e ele deu meio sorriso.

— Okay, então... Eu quero te levar para um lugar especial hoje a noite... — Ao notar o meu silêncio ele ficou constrangido — Mas é claro, se você quiser... Você quer... não é? — Continuei em silêncio vendo-o se desesperar — Por favor me responde...

Ri e o abracei de lado, estávamos com o casal composto por Hanna e Mark, ambos estavam divagando em seu mundo romântico.

— Que horas tarado? — Brinquei e ele revirou os olhos, me fazendo rir sapeca.

— Às 23:00 — Respondeu me surpreendendo.

— Por que essa hora? Não pode ser mais cedo? — Ele negou rindo e beijou a minha bochecha. — Okay, onde vai me levar?

— É surpresa, aposto que você vai gostar — Me abraça e eu o olho desconfiada. — Confia em mim.

— Vou tentar...

°°°°

Após chegar em casa a vejo vazia, chamo meus pais repetida vezes, mas nenhum sinal de ambos.

Até que de repente minha mãe aparece, a olho e vejo uma das coisas mais ridículas. Minha mãe estava vestida de uma forma estranha, porém, engraçada. Ri e ela também.

— O que a senhora estava fazendo? — Pergunto rindo largando minha mochila no sofá.

— Estava arrumando o jardim — Respondeu.

Em milésimos a proposta de Yang passou pela minha mente, eu optei por pedir para minha mãe. Mas antes tenho que conquistá-la.

— A senhora parece mais sorridente, aconteceu algo? — Ela negou e sorriu.

— Estou em um bom dia.

— Ah, saquei. Escuta... A senhora fez algo no cabelo? Está bem bonito, sério — Ela riu abobada e tirou as luvas e passou as mãos nos seus cabelos curtos.

— Você acha? — Questionou.

— Sim, eles estão bem ondulados, perfeito! — Falo e ela agradece — Tem algo diferente com a sua pele — Digo e ela pareceu preocupada. — Está mais radiante, nossa mamãe você acordou tão perfeita!

— Ah, para. São seus olhos, Julie — Ela estava com um sorriso fofo.

— Meus olhos estão dizendo a verdade nesse momento, agora eles estão dizendo o quão perfeita está senhorita Evans. — Me aproximei e passei as mãos em seus cabelos.

— Obrigada, filhinha — Saiu da sala e foi para cozinha.

— Mãe, eu quero te contar algo.

Ela pede para que eu prossiga e eu faço;

— Acredita que o Jeon-gin me chamou para sair hoje? — Ela me olhou atenta.

— E o que você falou? Que horas? — Pergunta e bebe um pouco de água.

— 23:00, mas eu disse que não porque a senhora não deixaria. — Respondi com um semblante triste.

— Assim... Você tem o número dele? Eu posso ligar em conversar com ele, quem sabe você possa ir — Explica e eu neguei. — Que tal... Eu deixo você ir, mas tem que ligar a localização e me ligar quando chegar, okay?

Assenti e dei vários beijos em seu rosto.

— Valeu, mamãe — Sai às pressas da cozinha e fui para o meu quarto.

Dentre todos os móveis do quarto eu fui direto no guarda-roupa, o abrindo como se fosse as portas do futuro e comecei a "folhear" as roupas. O que me fez repensar sobre o meu estilo, minhas roupas eram dignas de primário.

— Patético.

Penso alto. Comecei a jogar as roupas no chão, caçando nas profundezas do meu guarda-roupa, achei um macacão jardineira jeans azul. Era a coisa mais adulta que eu tinha alí, já que todas as minhas roupas eram bem infantis.

— Okay, temos uma peça, agora é só escolher uma boa blusa. — Comecei, novamente, folhear o meu guarda-roupa.

Tinha várias roupas exageradas, blusas infantis demais ou blusas vulgares demais. Porém, nada na medida certa.

— Vai ser essa. — Articulei, segurando uma camisa preta, em seguida a vesti — Perfect!

A blusa era justa, tinha apenas um enfeite mínimo no centro da própria, o enfeite era uma pequena figura de uma flor de lótus e em cima do desenho, não muito distante, uma pequeno nome japonês.

— Agora é só esperar pacientemente a hora chegar — Anunciei e passei a arrumar a bagunça imensa que fiz no meu próprio quarto, enquanto escutava ( DONE-CL )

Tínhamos saído da escola exatamente às duas horas, agora já são 15:18. Meu coração acelera a cada minuto, minhas mãos estavam suando e em minha mente estava passando vários finais prováveis dessa noite.

— Arrumadinho — Olhei para o meu quarto e estava perfeitamente arrumado.

Olhei pela janela e me assustei quando vi que já estava de noite.

— Mas como? — Indaguei.

O tempo tinha passado estranhamente rápido, decidi pegar o meu celular e ver as horas. Eram exatamente 18:22. Coloquei as peças que tinha escolhido e vi que ainda não tinha um calçado exato, então, com facilidade, optei por um All star preto.

— Está tudo okay.

Conferi mais uma vez e sorri satisfeita.

Como já estava tudo preparado, fui para a sala. A casa silenciosa e sem a presença de ninguém, fazia-me ser dona temporária do lugar. Sentei no sofá e liguei a televisão, assistindo qualquer coisa que agradasse o meus olhos e meus ouvidos.

16:58, 20:01. A hora passa estupidamente devagar, meu sangue ferve e a minha adrenalina sobe.

21:02, 21:04. Parece que cada minuto minha raiva sobe, assim como o calor e a ansiedade.

— Ai que ódio! — Falei me jogando em cima da cama — Acho que vou dormir um pouco. Não, é melhor não. O mundo é muito do contra comigo, é capaz de eu acordar só amanhã.

Após um bom e longo tempo, já tinha chegado às dez horas da noite, onde eu passei o tempo todo me arrumando. Com tanto estresse,optei por não passar nenhuma maquiagem, já que todo dia que vou para escola só passo um gloss. Penteio meu cabelo, arrumo minha roupa e espero dar o horário.

22,58....22:59.... Passava lentamente.

— Ah, qual é! Era 22:59 a dois minutos atrás — O celular apitou mostrando que já era onze horas em ponto, peguei o mesmo e desliguei o alarme. Automaticamente dei um gritinho empolgado.

Saí do meu quarto as pressas e fui para sala, sentei no sofá para esperá-lo.

— Por que você não passa um batom? — Minha mãe analisa o meu rosto e sai da sala.

A mulher volta com um batom cor fraca em suas mãos, ela se ajoelha na minha frente e pega em meu queixo e começa a passar, delicadamente, o batom em meus lábios. Os deixando avermelhados.

— Prontinho, você está mais bonita agora — Ela fala me analisando.

— Obrigada.

Nós sentamos e pacientemente esperamos, eu estava nervosa e é claro que isso está evidente aos olhos de outras pessoas. Mas não dá para agir normalmente quando a pessoa que você gosta a chama pra' sair. Parece que o nervosismo se multiplica. É tão estressante.

— Ele está demorando — Falei, agoniada. — Será que ele desistiu?

— Agora que são onze e um, para de ser precoce, Julie — Repreendeu minha mãe, olhando-me risonha.

— Desculpa. Obrigada por deixar eu sair com ele mãe, de verdade. — A mais velha exibiu um sorriso simpático e assentiu.

Com alguns minutos de silêncio escutamos o sair das campainhas, meu coração faltou sair da boca e meus olhos, por puro nervosismo, passaram a marejar.

— Mãe ele chegou! Meu Deus! — Desesperei e ela me olhou zangada.

— Segura essa franga mulher. — Ordenou minha mãe e eu respiro fundo. — Vai atender a porta Julie.

— Okay — Murmurei.

Lentamente fui até a porta e antes de abrir, puxei todo o ar dos pulmões possíveis. Abri devagar vendo o Yang com as mãos no bolso do seu moletom azul, seus cabelos com madeixas negras, rente aos seus olhos, sua calça moletom branca e seu tênis. Ele estava simples, mas... Perfeito.

— Olá, senhorita Evans. Você está tão linda — Sorria alisando as minhas vestes e eu ri envergonhada.

— O-obrigada Jeon-gin, vamos? — Ele assentiu, porém antes agradeceu a minha mãe e fomos. — Para onde vamos?

— Um jardim que tem aqui perto, não tão perto, mas não tão longe — Riu nervoso. — Escuta...

— O que foi? — Ambos paramos de andar e nos olhamos.

— Não é nada, deixa isso para mais tarde — responde e eu concordei.

Carinhos e muito afeto foram trocados entre mim e ele durante o percurso, mas é claro que não tinha nada de tão ousado nós carinhos, apenas beijinhos inocentes nas bochechas. Não chegamos no beijo na boca, mas aquilo era o suficiente para mim.  

Por mais que aquilo pudesse ser chato para alguém,aquilo era mágico para mim. Eu me sentia nas nuvens, sinto que nada iria estragar isso e se estragar essas lembranças boas ficarão para sempre no meu coração.

Eu gostava de todos os toques dele, por mais pequenos que fossem. Gostava de todas as coisas que ele dizia, por mais bobas que fossem. A real é que mesmo com pouco tempo eu já me acostumei com ele na minha vida. Isso pode não render, mas eu não perco as esperanças, jamais.

— Chegamos! Tan-dam! — Estendeu os braços como se fosse um mágico mostrando o seu sucesso.

O lugar era realmente lindo, perfeito! No jardim tinha uma pequena trilha que levava á um local iluminado, Jeon-gin pegou em minha mão e me guiou até o local, durante a trilha apenas olhares foram trocados, sem nenhuma fala, pois os nossos olhares diziam tudo.

Bem, na minha mente. Eu não sei o que se passa na cabeça de outra pessoa.

Ao final da trilha chegamos naquele lugar iluminado, no chão tinha um pano quadriculado amarelo com preto, uma pequena cesta de madeira e um homem ao lado do pano.

— Obrigado por ter ficado de olho, tio Mo-yeong — Agradeceu e entregou uma quantia em dinheiro para o mais velho.

—  De nada, Jeon-gin. Boa sorte —  Ambos se curvaram e o tio dele foi embora, sumindo do nosso campo de vista.

— Vem, deixa eu te ajudar a se sentar — Ele tirou os meus sapatos e tirou os dele, mesmo sem precisar de ajuda, ele me ajudou a me sentar.

— Posso fazer uma pergunta? — ele assentiu e pediu para que eu prossiga — Por que onze horas da noite?

— Porque a sua surpresa só estará pronta às onze e cinquenta e durante esse curto tempo eu irei te entreter — Respondeu tirando os poucos alimentos da cesta e os arrumando.

O meu sonho veio a tona, me fazendo dar um riso bobo.

— Me dá um pista da minha surpresa — Pedi e ele negou — Por favorzinho...

— Não, seja paciente pequeno gafanhoto. — Sorriu e eu ri.

— Okay, que horas é? — Pergunto e ele olhou no relógio.

— 23:40. Por que?

— Vou mandar mensagem para a minha mãe — Tirei o celular do bolso e mandei a localização e mensagem para ela avisando que estava tudo bem. — Então... Como você está??

Ele deu um riso nervoso e se aproximou, respondendo logo em seguida;

— Um pouco tenso, e você? — Retruca.

— Feliz por estar aqui. Por que está nervoso? — Espalmei as mãos em minha coxa e apertei meio tensa.

— Porque tenho medo que minha surpresa não seja tão boa — Ele disse olhando para frente e dando meio sorriso.

— Eu acho que eu vou adorar Yang — Falo sorrindo para ele. — Principalmente vindo de você.

— Jura? — Questionou e eu assenti — Você é tão única, tão perfeita Julie — Meu coração acelera e ele riu, pegando minha mão e beijando o dorso da mesma.

— Você também é perfeito — Sussurro e ele beijou a minha testa.

Ele exibiu um sorriso maravilhoso e olhou para o seu relógio agoniado.

 — Já são 23:50 e ele ainda não chegou — Sussurra.

— Escutou isso? Acho que tem alguém vindo. — Escutamos passos se aproximando.

Ele olhou para o trás e meu olhar foi também, um homem chegou com uma sacola em suas mãos e entregou para o Jeon-gin, se desculpando pelo atraso e indo embora logo em seguida.

O garoto olha pela terceira vez em seu relógio, mas agora feliz, e direciona o seu olhar para mim e pronúncia:

— Julie Evans...

— Ai meu Deus — Ri.

Jeon-gin riu e se ajeitou, ficando frente a frente a mim.

— Sei...que nós não nos conhecemos muito tempo, mas eu te acho uma garota muita divertida e bem bobinha, vale ressaltar — Riu, pegando a minha destra e a beijando, enquanto a sua outra mão estava segurando a minha "surpresa" — Mesmo com todas as nossas desavenças e algumas coisas bobas, eu acho que me apaixonei por você. Não posso te dar a certeza dos meus sentimentos, por nunca ter sentido isso antes, mas posso afirmar que você me faz bem.

— Jeon-gin...

— Escuta, não falta muito tempo para você ir para o terceiro ano e eu sair da escola, então eu queria firmar algo entre nós, sei que daqui uns...— O menino olhou o seu relógio e olhou pra mim — 2 minutos será o seu aniversário, eu queria ser o primeiro a te desejar feliz aniversário e o primeiro a te dar um presente. Por isso quis vir a essa hora.

— Entendi — Funguei, ele riu limpando minhas lágrimas.

— Agora abra seu presente.

Abri o meu presente e vi dois anéis e um colar com um morango de pingente, Jeon-gin colocou o colar em mim e botou o anel em meu dedo e o outro em seu dedo.

— Esses são os nossos anéis de compromisso, daqui a um minuto você será a minha namorada. Pois daqui um minuto você não será mais uma menor de idade. — Falou encostando as nossas testas.

— Eu te amo, Jeon-gin — Confessei baixinho e ele assentiu.

— Eu também. Eu também te amo Julie.

O som de seu celular apitou alto e eu olhei para ele, na tela do telefone brilhava que já era meia noite.

Jeon-gin pegou delicadamente o meu rostos e se aproximou, dizendo em seguida;

— Feliz aniversário, amor — E me beijou.

Seus lábios moveram lentamente, meu coração acelerou. Suas mãos agarraram a minha nuca, aprofundamento o beijo, minhas mãos foram para o seu ombro logo enlaçando o seu pescoço.

minha mão foi direto para sua nuca, puxando alguns fios cabelos que estavam lá, suas mãos agarraram, com mais firmeza, a minha cintura.

Para por um fim no beijo, ele me deu dois selinhos carinhosos e demorado.

— Gostou? — Pergunta ele.

— Impossível não gostar, ainda mais quando é o seu beijo. — Respondo.

Ele deu um sorriso bobo e me deu mais um selinho, me abraçou e apoiou sua cabeça em cima da minha.

— Julie?

— Sim Jeon-gin.

— Promete que não vai parar de escrever cartinhas para mim? Ainda mais quando eu estiver na faculdade. — Olhei para ele e assenti.

— Eu prometo.

— Eu te amo. — Confessou ele.

No fim, conseguimos o que queríamos. Mesmo com poucas coisas que tiveram muito impacto, na minha percepção, eu adorei tudo isso.

Estou adorando ainda mais o fato que eu não vou parar de escrever cartinhas para ele até a faculdade.

—Eu também te amo, Yang Jeon-gin.



Notas Finais


Betada por: @ParkBaek
Fanfic por: @SkyV

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