O monge nem se atreveu a encostar a ponta da pena no pergaminho, dúbio aguardava saber o que enfureceu repentinamente o homenzarrão loiro.
Hinata se retraiu pelo som saído do noivo, desentendia quanto ao porquê da zanga do Uzumaki.
De visão focada nas próprias mãos nos joelhos, ela temerosamente esperava que o loiro se acalmasse e explicasse.
Naruto avermelhou no centro da face, os punhos tremendos traduziam a vontade de descontar a cólera em algo ou alguém.
Menma doloroso se encolheu, pensando que seria o escolhido.
Para o alívio de Menma, Naruto não dirigiu atenção a ele.
Irado, o líder Selvagem continuou focado na futura esposa, interrogando-a:
— Insinua que irei traí-la? Deitar-me com outra mulher enquanto estivermos casados? É isso?
— E não vai? — confusa, Hinata moveu a cabeça pra frente, receando olhar o noivo. Fora de sua pretensão que Naruto percebesse que ele continua a assustá-la. — Estou sendo clara e benevolente ao permitir. — Por sorte soou confiante.
— Ggrr vire-se pra cá! — Naruto trovejara, queria vê-la de frente.
A lady contraiu os lábios pra dentro num instante. Apoiando as mãos na borda da mesa, levantou-se da cadeira, prendeu por três míseros segundos o olhar aos hesitantes Menma e Iruka. Ela preocupara-se:
— “Será que vão me proteger se Naruto me fizer algo... são muito fiéis a ele, é possível que nem se intrometam....”.
— “São raras as esposas que aceitam de bom grado essa condição. Há reis e Senhores que abrigam concubinas até mesmo dentro do próprio castelo.”. — Iruka ao igual tempo em que a admirava, sentia pena da mesma.
— “Meu irmão não é otário pra dispensar uma mulher dessas!” — Menma se embraveou. — “Ah se eu casasse com ela!” — Teve o prazer de ser a primeira opção de Hyuuga. — “Mas Naruto precisa da lady mais do que eu” — Sustentava a fé de que Hinata seria benéfica ao irmão.
— Por que se aborrece com essa condição? — Hinata perguntara ao se pôr frontalmente ao noivo, sua curiosidade disfarçava o medo instável dentro de si. — Não se trata de traição se tiver no contrato. E há casos comuns nos quais um dos cônjuges se descobre infértil com o tempo.... podemos tomar como medida preventiva.
— Se não tivermos filhos, nossa parte será dividida entre seus parentes e meus homens, acabou! — Naruto rugia as palavras. — Se me aborreço é porque acho desnecessário!
— É uma alternativa melhor e mais cabível. — Interveio o monge mediador da situação. — O assumir de filhos bastardos é usado como última medida para manter os bens na linhagem e sobrenome do cas...
— Tá-tá escreve logo aí! — o líder Selvagem fechara os olhos, passando a mão direita nos cabelos, virou pra parede, respirando e inspirando longamente sucessivas vezes. Reduziu o timbre ao acrescentar: — Coloque a minha parte do contrato agora.
Hinata precipitada pediu ao monge:
— Por favor! Acrescente que Naruto Uzumaki não me dará surras!
Os olhos de Iruka pareceram bolas de bilhar.
Menma deixou-se rir por três segundos até morder o lábio inferior, convulsionou-se prendendo o resto da louca risada.
O noivo mirou as costas da noiva. Os nervos dele subiram de novo.
O monge em sua calma adquirida durante anos de experiência, sem transmitir surpresa perante o pedido, precatou:
— O papel de marido o permitirá corrigir fisicamente esposa e filhos. Para invalidar uma lei familiar deve existir justificativa aceitável, e claro, a concordância do seu noivo.
— A justificativa é óbvia, Naruto Uzumaki tem um tamanho exagerado, estou certa que uma tapa dele me mataria. — Apertara intensamente o tecido de seu vestido pelos lados dos quadris.
— “Essa mulher...” — Naruto lembrou do que disse a ela na tenda. — “Ela estava com medo até agora”.
Iruka não memorizava algum momento da vida em que o líder bateu numa mulher, nem ameaçar. Refletiu:
— “É normal que ela ache que o líder Selvagem tenha um comportamento violento mais que um homem civilizado.”
Menma recuperado de sua vontade de rir, comentou:
— Ah é mesmo! Você me falou sobre ter medo de apanhar quando estava amarrada.
— Amarrada? — o monge levantara as grossas sobrancelhas.
O Namikaze congelara a boca, aquele deslize lhe custará mais um soco, sequer olhou para o irmão.
— “Deu ruim”. — Iruka desceu as pálpebras.
— Não ligue pra ele haha! Menma brincalhãoHAHA... — Hinata se forçou a rir, no entanto, seus olhos impregnaram-se de puro sofrimento. Ria, falsamente, em som alto demais, enquanto pensava numa mentira. — AHA... amarrada... foi no significado de... amarrada de amor AhahaHAHAaha eu estava amarrada de amor e receava fazer algo de errado ao meu futuro marido e acabar apanhandoHAHAHaha... ahaha... aaCOFCOFCOF! — forçou tanto a garganta que tossiu, apoiou a mão direita em cima da mesa, enquanto se curvou, pusera a mão esquerda em cima do estômago. Mantivera-se naquela pose até o ataque de tosse passar. — “Ainda bem que meu vestido tem mangas longas, o monge não pode ver as marcas das cordas nos meus punhos”.
— “Que mulher louca!”. — Naruto se surpreendeu de tal maneira que se distraiu da raiva. Nunca mais quer ouvir Hinata rir daquele jeito histérico.
— “Kami! Tenho que dominar meu nervosismo”. — Pensou a lady, chorando por dentro.
O monge em sua paciência treinada esperava que o silêncio reinasse. Na quietude restabelecida, percorreu a visão minuciosa por todos até reparar melhor no aspecto do Namikaze. Perguntou-o:
— A testemunha do noivo não precisa de cuidados médicos?
Como Menma se situava mais afastado da claridade das velas, o monge retardou em perceber o horrível inchaço.
— Que nada, isso aqui é passageiro, eu me meti numa briga e o covarde me acertou e fugiu. — Menma levemente tocara o lugar machucado.
— E esse “covarde” pode voltar e lhe inchar o outro lado do rosto. — Naruto indiretamente o ameaçou.
— Eh... não se eu me esconder. — Menma sorriu fracamente.
— Então sabemos quem é o verdadeiro covarde. – Naruto rebateu.
— Senhores e senhorita. — O monge notando uma estranha atmosfera no ar, sugeriu: — A mim não é alcançável saber de seus assuntos particulares, mas se estão passando por um momento dificultoso, podem deixar o casamento para outro dia.
— Nem pensar! — Naruto se alterou.
— É apenas uma sugestão. — O monge esclareceu.
— Não passamos por problema nenhum. — A Hyuuga constrangida por sua recente escandalosa risada, tentou recuperar toda sua seriedade, dizendo-o: — Voltando ao contrato, a parte da surra é muito séria.
O monge avaliara a estatura do Uzumaki
— Considero a justificativa razoável, Sra. Hyuuga.
— Palmadas que não sejam na cara, nada em excesso que possa prejudicá-la. — Naruto definiu fitando as costas da noiva.
A Hyuuga empalideceu.
— “Palmada? Aonde ele se refere a me dar palmada?!”. — Pensara sem coragem de fitá-lo diretamente.
— Eu vou esperar lá fora! — Menma decidiu sair, pois a expressão que Hinata fez o encheu instantaneamente de graça. — “Não aguentarei ficar aqui até o final desse contrato”.
Iruka se avermelhara desejando sumir no canto escuro da sala, onde a claridade das velas não o alcançava.
A elaboração do contrato prosseguiu constrangedora, a risada recente da lady ecoava em sua cabeça.
— Essa decisão é imutável, se me fizerem perder tempo tentando me convencer do contrário... — A voz do Uzumaki aumentou gradativamente.
— E-está bem! Por favor, senhor monge, anote. — A Hyuuga interrompera. — “É alguma coisa, matar-me ele não vai.”
O silêncio perpetuou enquanto o monge escrevia os novos termos do contrato. Terminando a última palavra, perguntou:
— Algo a mais?
— A minha parte acabou, obrigada. — Hinata arredou a cadeira e sentou-se novamente. Aliviara-se pelo noivo não pedir que se virasse outra vez.
— E quanto a sua parte, Sr. Uzumaki?
— Ofereço o meu serviço e o de meus homens, prometo proteger as terras e o povoado de Hinata Hyuuga da melhor forma possível e acrescento minha quantia de quinhentos wadoskin. E é tudo o que tenho a ditar no contrato.
A lady ficou pensativa:
— “Dá para pagar o estrago que os Selvagens fizeram nas terras Hyuugas."
Lembrou-se ela que Menma a informou que a captura dela valia 400 wadoskin. O 100 a mais devia pertencer ao próprio Uzumaki que conquistou por meio de missões anteriores.
— Com isso podem se encaminhar ao altar. — O monge finalizou a última palavra. — Eu copiarei o contrato durante a cerimônia e vocês levarão um dos pergaminhos. — Enrolara o documento e a seguir se curvou em despedida.
Hinata se levantou para agradecer:
— Aprecio a sua ajuda senhor... qual seu nome?
— Chiriku.
— Pois bem, agradeço por sua ajuda monge Chiriku. — Curvou-se, levantando os lados da saia do vestido.
O monge se retirara da sala, nada se ofendeu pela indiferença do Uzumaki.
— A primeira parte está feita, meu líder e minha futura Senhora. — Iruka se curvou honrado.
Menma empolgado abriu a porta, voltando à sala animadamente, esperando que Naruto esquecesse a ameaça do soco. Exclamou:
— Vamos ao casamento!
Naruto observando as costas da noiva os falou:
— Primeiro quero conversar com minha futura esposa, a sós. — Com o “a sós” enfatizado, Menma e Iruka nem discutiram, receosos saíram da sala.
— “Esse casamento não chega nunca”. — Pensou o irmão de Naruto.
— “Meu líder poderia deixar de ser cabeça quente todo o tempo...”. — Iruka se desanimara, andando no corredor. — “Nossa, nunca pensei que fosse estar contra meu próprio líder...”.
No instante que a porta encostou, Hinata se levantou e correu ao outro lado da sala.
A mesa ficou entre a pequena e o grandão.
— “Ah que se dane que ele perceba meu medo”. — Pensou Hinata em pavor.
Naruto resmungou sem sair do lugar, bradou:
— Que exigência ridícula foi a sua última?!
— Quanto a não me bater? O que tem de ridícula? É pra minha segurança. Você me ameaçou na tenda, esqueceu?
— Você não precisava pôr no acordo. — Naruto se aproximou da mesa e colocou uma mão no encosto da cadeira. — Quando eu te ameacei foi apenas para amedrontá-la.
Os ombros da dama relaxaram, notando que a tensão do loiro diminuiu.
— Você não... me baterá?
— Bater em mulher não me passa pela cabeça, são criaturas frágeis e enjoadas demais. Ainda mais em uma ratinha como você.
— Humpf! Bem, sendo assim, deveria ter dito antes. — Fazendo bico, virou-se de lado, cruzando os braços. — E eu com medo de ti, pelo visto não é tão ogro, ainda bem.
— Não fique tão segura, confesso que umas palmadas no seu traseiro começam a me atentar. Tá merecendo uma lição.
— Vo... você! — Hinata moveu os braços pra trás do corpo, encarou o loiro. — Era aí que pensava em me dar palmadas quando pediu no contrato! Afinal você quer ou não me bater?
— Me teste para descobrir. — Naruto jogou a dúvida e se encaminhou à porta. — Vamos indo.
— Espere! — ela gritou e o viu parar de costas pra ela, apenas virando a cabeça pro lado. — Por que não aceitou o direito de deitar com outra mulher?
Naruto soltou um pesado ar, pondo-se de costas contra a porta, cruzou os braços.
— Respondi o porquê antes. Se pudermos deixar para outras pessoas a nossa parte, não há para quê tomar essa medida.
— Você me pareceu ofendido quando ouviu a condição.
— Sim, verdade. Entendo que um casamento é a união entre duas pessoas, é um acordo de lealdade correto? E um Selvagem sempre cumpre com a palavra. Ainda que não fosse traição, por estar em um contrato, eu prefiro não envolver ninguém mais no nosso casamento.
“Mas a única coisa que tem a aprender sobre nós é que cumprimos com a nossa palavra.”.
A voz de Menma veio rapidamente na mente da Hyuuga.
— E enquanto a sua vida íntima? Não estamos nos casando por sentimentos, não quero me intrometer em sua... liberdade particular.
— Eu trepava com prostitutas, agora que terei uma esposa por que iria atrás de uma? Seria dinheiro desperdiçado.
— Mas... elas... — Hinata se avermelhando dirigiu o olhar para a mesa: — São experientes, eu posso não lhe agradar.
— Então você só transaria comigo pra procriação? — Naruto se alarmou.
— E por que não?
Que tipo de mulher era aquela? O Uzumaki perguntou-se.
— Quando vi apenas um dos teus seios me excitei. Acho difícil não me agradar, sou um homem bem viril. — Ao vê-la ficar muda e mais vermelha, virou-se e abriu a porta. — Vamos, o altar nos espera.
~NH~
Os noivos não conversaram mais depois que saíram da sala.
A lady Hyuuga andou atrás do Selvagem, cinco passos distanciada dele, ela observava o chão, abalada por causa da última coisa dita pelo Uzumaki.
— “Ele quer uma vida conjugal comum... comigo.”. — Estranhamente, sentiu-se melhor. Aquela decisão colaboraria para manterem uma boa imagem perante o povo. — “Melhor dizendo, não deixará nossa imagem pior.”. — Não seriam apenas os Hyuugas que veriam o Selvagem com maus olhos. Imaginava o tumulto que causaria entre os habitantes das terras Hyuugas. Repentinamente, sua face corou. Eram tantos pensamentos lhe ocorrendo, e um deles trouxera a recente lembrança do que o loiro achara de seu seio. Com o tempo, sua vermelhidão esvaiu dando espaço ao temor. — “Mas... será que ele terá a ousadia de bater em mim?”.
Dizimando os pensamentos caóticos, ela esbarrou no noivo e cambaleou um pouco para trás.
Encaretada, fincou o olhar nas costas largas dele.
A montanha que era o Uzumaki não moveu um milímetro com o esbarrar da ratinha.
Ele se mantivera observando reto.
Hinata recuou mais e deu um passo ao lado direito.
Próximo do altar, Menma e Iruka de pé os aguardavam.
O heiwa se posicionava pronto pra começar a cerimônia com um grande livro aberto em mãos. Em seu gentil rosto, um sorriso receptível.
Iruka se aproximou dos noivos, orientando como deveriam avançar ao altar.
O Uzumaki tivera que oferecer o braço direito à noiva, e ela hesitou, passava na mente dela que na próxima manhã acordaria como uma mulher casada.
Naruto incomodado, evitando que o heiwa escutasse, perguntou em som baixo e entre dentes:
— O que está esperando?
— Nada... — Hinata respondeu também em som baixo. Saiu-se de sua reflexão, segurou com as duas mãos, os músculos braçais do futuro esposo.
A cerimônia transcorreu calmamente e nenhuma outra situação constrangedora brotou.
Ao lado do noivo, de frente para o heiwa no omo, a Hyuuga se atordoou novamente pelos pensamentos diversos sobre o futuro marido.
Raiva, temor, vergonha e anseio.
Os olhos de luar se movimentavam a cada minuto, prenderam-se na decoração de mosaicos na parede atrás do altar, nas simples flores enfeitadoras dos cantos da sala ou nas pinturas pouco visíveis do teto.
Desprendeu-se de seu tormento escutando a finalização do heiwa no omo:
— Vos declaro marido e mulher. — Fechando o livro contra o peito, o Senhor da paz finalizara: — Pode beijar a noiva.
— "Mas já?" — o coração dela saltou.
Hinata se movimentou no momento que sentira um contato quente debaixo do queixo.
Naruto ergueu o rosto dela pelo queixo, curvou-se para beijá-la.
Como ela ficara estática de surpresa, mal abriu sua boca, ele pousou os lábios dele sobre os beiços delicados.
Não passou de um selinho.
Assim que afastaram as cabeças, olharam-se demoradamente, ambos não sabiam definir a expressão um do outro.
Longe de felicidade e longe de tristeza.
~NH~
A noite desceu o acortinado escuro salpicado de estrelas.
Montados em Spirit, os recém-casados silenciosos avançavam pela vila do rio.
Menma e Iruka em suas respectivas montarias os seguiam distantes.
Sakon e Ukon sumidos, curtiam por aí, em algum lugar da vila.
Hinata não mais Hyuuga, agora Uzumaki.
Naruto não mais líder Selvagem, agora o Senhor das terras Hyuugas-Uzumaki.
Por onde os casados cavalgavam recebiam cumprimentos dos Selvagens, a maioria deles alcoolizada.
Alguns habitantes da vila erguiam suas mãos também, sabendo da novidade, eles desejavam suas felicitações.
Menma e Iruka deixaram de seguir o casal, pararam no primeiro estabelecimento de bebidas que encontraram, estava na hora dos dois se juntarem à comemoração.
— Viva nosso Senhor e Senhora Uzumaki! — desejou um Selvagem.
— Nossa primeira Senhora, seja bem vinda! — exclamou outro.
— Parabéns, um brinde ao novo tempo que vem! — um Selvagem, abraçando um amigo pelo pescoço ergueu na outra mão uma garrafa de vinho.
Hinata educada assentia a todos.
O sorriso de Naruto se ausentava, em contrapartida não era rodeado por aura pesada.
— Vivaaaa nooossho ssenhor e ssenhora! — Kiba exclamou bêbado saindo de um bordel. Junto de duas prostitutas, ele chegou perto das montarias dos casados. Cada braço seu envolvia uma mulher. — Eu churo lealdade a minha primeira sssenhora sselvachem.
Hinata achou um pouco de graça do homem que cairia a qualquer momento se não fosse amparado pelas companhias.
— Eu prometo não lhe deshhhreshhp... — Kiba tentou se concentrar. A visão dele se desfocava. — Eu fui... te axei goshhtos... gostosa mas... não falarei mais...
— Saia da frente Kiba. — Ordenou Naruto feroz, nada gostando, do que Kiba dizia. Sacudiu as rédeas e avançou.
Spirit soltou som irritado pelas narinas.
As duas prostitutas ao mesmo tempo puxaram Kiba para trás e por pouco Spirit não passou por cima dele.
— I-isso foi perigoso. — A nova Uzumaki falou. — Ele poderia ter morrido!
Naruto de face rígida nada dissera.
— Você tratará o meu povo assim? — receosa perguntou ela.
— Não. Kiba não morreria fácil assim, por isso avancei.
A perolada confiou nele, mesmo achando assustador esse comportamento.
Continuavam a atravessar a vila, e num momento Hinata localizava o Selvagem mais novo sentado num caixote com o filhote de cachorro no colo.
Konohamaru estava na frente de um beco formado pelas paredes de um bordel e de uma taverna, assim que ele viu o casal, levantou-se e infiltrou-se na escuridão do espaço estreito.
Perguntou Hinata:
— O que ele tem?
— Quem? — Naruto rodeou o olhar, mas só encontrou três Selvagens jogados no chão, caídos de porre.
— “Ele não viu”. — Ela decidiu desconversar: — Aonde dormiremos?
Naruto proferiu som irritado e aumentou o ritmo do cavalgue terminando de cruzar a vila.
Passou a se embutir no caminho da floresta seguindo a passagem de rio.
Só então respondeu-a:
— Alguns dos meus homens armaram uma tenda por aqui, sabem que não durmo na vila. Mandei que colocassem suas coisas aí dentro.
Sem mais demora, a lady dilatou as pupilas, enxergando a grande tenda armada rodeada por flores azuis e brancas, pela abertura da entrada a claridade de velas era visível no interior da lona.
A melhor vista era o luar em cima da floresta o qual se refletia no rio.
O Uzumaki desceu primeiro e pegou a cintura da mulher com as duas mãos.
Hinata ao sentir seus pés firmes no solo, decidiu arriscar uma sugestão:
— É.... será que poderíamos deixar a nossa consumação para a cerimônia nas minhas terras?
Não ultrapassava a vista do peito do loiro. No momento, não aguentaria cruzar seus olhares. Ele leria todo seu receio criado pela primeira vez deles.
Ela argumentou:
— A cerimônia de núpcias consiste em eu mostrar o lençol manchado com meu sangue de virgindade aos que habitam meu castelo.
Naruto se desagradou, negou veemente:
— Retornarei a pisar nas terras Hyuugas, com você sendo toda minha.
— Mas...
— Você firmou filhos no contrato então vamos começar a fazê-los hoje mesmo. — Volveu-se a Spirit. — Lhe darei um tempo para se preparar... por enquanto, vou me reunir com alguns de meus homens, se ainda encontrar algum consciente.
— Está bem.... — Hinata respondeu derrotada, suspirando no fim. Assistiu o marido cavalgar até sumir no caminho escuro da floresta. — “Ao menos tentei...”. — Resolveu entrar na tenda. — “Essa noite passará logo, em breve estarei em meu lar.”. — Buscava um meio de se confortar, enquanto se desfazia da roupa. — “Por que não aproveitar esse lugar maravilhoso? Eu não saía muito das minhas terras.”.
Começava a desejar um banho no rio sob o belíssimo luar.
Terminara de se despir, abandonando o vestido pelo chão, nua andou pela tenda a procura de uma toalha.
Três velas iluminavam o ambiente.
A lady se curvou sobre um cesto e antes de vasculhar dentro dele, um lento movimentar a atraiu, um movimento vindo detrás da cortina a contornar o leito.
— “Tem alguém aqui!” — desesperada, juntou o vestido do chão e o pôs na frente do corpo, pensou em fugir assim mesmo, entretanto antes de cruzar a saída, ouve um cantarolar. — “É uma mulher”. — O espanto sumiu tão rápido quanto viera. Voltara nas pontas dos pés e afastou a cortina. Boquiaberta, a Hyuuga viu a mulher esparramada de peito na cama se apoiando pelos cotovelos e os joelhos separados com as canelas pra cima. Totalmente nua. Exclamativa, exigiu saber: — Quem é você?!
— Ha! — a mulher assustada se deitou de lado, de forma apressada. Apresentou-se: — E-eu sou Ayame. — Seus olhos se abriram mais ao verem a cor perolada dos orbes da recém chegada. — Estou enxergando direito? Seus olhos são da cor da lua? Então é você mesma, a Senhora das terras Hyuugas? — quando sua surpresa diminuiu, nem precisou esperar pela resposta, depressa reconheceu a tonalidade pálida da pele e os cabelos azulados da Uzumaki. — É você sim! Eu fui paga para cuidar de você no acampamento Selvagem!
— Ha, então foi você. — A Hyuuga apertava o vestido na altura do peito e abdômen: — Quem a chamou aqui?
— Vim por conta própria. — Ayame sentou pondo as pernas pra fora da cama. Percebeu que a outra também estava nua. — Eu espero na tenda de Naruto quando os homens dele passam a noite na vila.
— É um costume de vocês? E mesmo assim ele me trouxe aqui? Por que ele não me avisou? — a lady interrogou irada.
— Bem... desde que ele retornou à vila, ainda não tive a oportunidade de conversar com ele, os Selvagens me contaram a pretensão do líder em se casar com a Senhora das terras Hyuugas, não quis acreditar, pensei que fosse um brincadeira de mal gosto, ainda tive esperança de vê-lo abrir as cortinas e me encontrar como sempre fazia. — Sua voz começou a ganhar um tom de choro. — A-agora vejo que é verdade.
Hinata desconsertada, dissera:
— Primeiro.... estou grata que tenha cuidado de mim no acampamento, é um alívio saber que foi uma mulher que retirou meu chemise. E segundo... lamento pelo que meu marido a fez, ele deveria ter casado com você. Entendo como é difícil se tornar uma mulher usada, e terceiro...
— Do que está falando? — interrompeu Ayame, limpando uma lágrima. — Nenhum homem casaria com uma prostituta.
— Ha. — Hinata boquiaberta, piscou rápido e perguntou tentando saber se entendeu a situação: — Você era uma prostituta particular dele?
— O líder Selvagem não se limitaria a uma, Senhora. — Ayame sorriu, seria um sonho se ele desejasse somente seu corpo. — Mas aqui na vila do rio, sou a preferida dele, ele me desperta... paixão. — Corou.
Hinata permanecida sem jeito comentara:
— Nossa, eu não sabia que... que uma prostituta poderia se apaixonar.
— Pior que tem, euzinha. Mas não podemos ser esperançosas, por isso... vou superar. — Esfregou mais forte os olhos. Do outro lado da cama catou suas roupas do chão. — Eu tenho que ir antes que seu marido chegue. Não quero que o líder Selvagem pense que estou tentando destruir o casamento dele.
— Eu explicaria o mal entendido. — Hinata falou calma, sentindo-se melhor ao ver que a prostituta não estaria ali para intrigas.
— Puxa, você é gentil. — Ayame falou após terminar de se vestir. — Outra esposa providenciaria minha punição.
— Verdade? — Hinata franziu a testa.
— Da última vez que fui pega oferecendo meus serviços para um homem casado, a esposa dele me condenou a receber chibatadas. — Ayame tremeu apenas ao lembrar. — Mas como sou conhecida dos Selvagens, eles me salvaram.
— Que horror! Eu não lhe farei nada, juro. — A lady negou, balançando as mãos, soltando sua peça de roupa. Esqueceu-se de que estava nua. Veloz juntou o tecido.
Ayame riu pelo recato da dona do par de perolas, educada se despediu e andou na direção da saída, mas antes de cruzar a lona, recebeu o chamado da outra:
— Espera! — Hinata subitamente teve interesse em conversar com ela. E tendo conhecimento que a mesma já dormiu com Naruto, lhe era esquisitamente vantajoso. — Já que você é uma mulher da vida, digamos assim, será que pode me aconselhar?
Ayame desacreditada no que ouviu, virou-se lentamente e parou fitando a Uzumaki. Repetiu interrogativa:
— Aconselhar?
Hinata assentiu, e caiu direto no assunto:
— Eu sou virgem, posso pagá-la pra me orientar?
Hinata após colocar o vestido de volta ao corpo, estranhando o silêncio da prostituta, perguntou-a:
— Você não pode me orientar? Prometo-lhe que pago bem.
Ayame desconsertada explicara-se:
— É que não estou acreditando.... é muito estranho.... novidade uma mulher casada querer me pagar por esse serviço, mesmo sabendo que foi um homem ao qual eu servi tantas vezes.
— Eu sequer o amo, não será um problema para mim. — Hinata naturalmente respondeu. — É um casamento de negócios. Até sugeri que ele tivesse outras mulheres, mas ele rejeitou.
Ayame esbugalhara os olhos, abismada. Se tivesse no lugar da lady, em nenhuma hipótese permitiria essa liberdade ao Selvagem. Desabafou surpresa:
— A Senhora não sabe a sorte que tem! Naruto é um homem apaixonadamente delirante. É o paraíso de toda mulher que o conhece. Eu tenho inimigas só porque sou a puta preferida dele! — de sorriso amarelo, corrigiu-se: — Digo, eu era a puta preferida dele.
— Ele é tão desejado assim? — Hinata perguntou curiosa, não tem como negar a beleza do Selvagem, todavia a prostituta falara como se ele fosse o último homem do mundo.
— Senhora, eu garanto.
— Bem, não importa. Ele me enche de pavor e por isso preciso que me oriente. Pagarei amanhã de manhã, no momento o dinheiro não está comigo, mas prometo vinte moedas de ouro. O que acha?
A prostituta dilatou as pupilas.
Vinte moedas de ouro equivaliam a um quinto de um wadoskin.
— Pe-pela minha orientação? Nem seu marido que é mais insaciável dentre meus clientes me pagou tudo isso. — Ayame estava quase tendo um treco.
— Se-se quiser me recomendar uma colega...
— Não! Já está passando! — Ayame abanou o rosto com as mãos. — Eu aceitarei o serviço. — Livrou-se do vestido de novo, retornou à cama, ao sentar sobre o colchão, sorriu. — Agora sei porque mudaram até a cama do líder Selvagem, foi um presente? É muito mais confortável que a anterior, deve ser feita com pele de ovelha.
Hinata sequer escutou as palavras da prostituta, perguntou estranhada:
— Por que ficou pelada?
— Dependendo do que quiser saber, uma orientação prática sempre será a melhor, estou agilizando. — Sorrindo bateu a mão contra o colchão pedindo que a lady se sentasse ao seu lado.
Hinata assentiu, também levaria o momento no profissional, e reduziu a distância, aceitou sentar ao lado da prostituta. Concentrando-se, iniciou:
— Pra iniciar, eu sei que a primeira vez dói. Mas, você sabe como é o tamanho do Naruto comparado ao meu, imagino que comigo doerá sempre.
Ayame sorrir, a dúvida da pequena mulher era formidável, refletiu sua inocência que tinha aos quinze anos, antes de entrar na prostituição.
— Naruto comparado com todos é um gigante, exceto o irmão, claro. Mas a natureza da mulher se desenvolve pra adaptar o pênis do homem, de qualquer tamanho.
— Me-mesmo o maior de todos? — Hinata questionou cheia de admiração.
— Sim, até a minha colega mais experiente do bordel onde trabalho nunca viu um caso em que uma mulher não conseguiu acolher um pau. Nossa parte aqui dentro se estica muito. — Ayame separou as pernas, pondo o pé direito no chão e a perna esquerda esticada na superfície macia. Passou os dedos em sua fenda, no movimento pra cima e pra baixo e depois enfiou os dois dedos.
Hinata abobalhada desviou seu olhar à vela, terá dificuldade em levar tudo no profissional.
— Hahaha não vi nenhum pênis maior que o de Naruto. Se eu suportei várias vezes, você também suportará, pois tem mais carne que eu.
— E-eu não tenho mais carne que você, eu sou mais baixa.
— Altura sozinha não define um corpo bonito. Levanta-se, por favor, deixe-me verificá-la. — Retirou-se do leito.
A lady após a respiração aprofundada se ergueu, também frontalmente à prostituta.
— Levante os braços. — Ayame ansiosa pediu. Assim que a outra elevou os membros superiores, passeou as mãos pelo corpo de curvas aprováveis. Apertava em lugares estratégicos, demorou as apalpadas nos quadris, deslizou pra trás e apertou a pele macia. Voltou a subir o tato e traçou a curva dos seios, conferiu as mamas firmes e avantajadas. Apertou os lados dos globos macios e consequentemente recebeu um gemido de uma Hinata de pálpebras semicerradas. Avaliou-a curiosa: — A Senhora é bem sensível, eu nem apertei com força.
— Estou acostumada a ser tocada por apenas uma pessoa, uma que cuida de mim. — Aludiu a Haku que adorava ajudá-la no banho. Tremeu-se um mínimo. — Quando eu penso que perderei minha virgindade hoje...
Sua fala incompleta transmitiu seu pavor.
A prostituta pensativa observava a pequena mulher, o temor da lady se prolongava.
— Eu preciso confirmar algo. — Ayame puxara o decote arredondado de Hinata. — O medo os atinge de montão. — Referiu-se aos mamilos que se destacavam na faixa de algodão que os tapavam.
— Ham?! — a ex-Hyuuga passou pra trás, pondo as mãos sobre o busto.
— Hahaha isso é perfeito, se aproveite desse medo para excitá-la. Não há como evitar dor na primeira vez, tem mulheres que não sentem nada, outras sentem muito, mas é de cada uma, não é algo que se possa controlar. Então use o que tiver disponível para o seu propósito.
— E-eu não tô entendendo... tenho que ficar assustada?
— Não necessariamente, mas já que está. — Ayame dar de ombros. — Quem sabe ajude para lubrificá-la, não sei se você ficou molhada aí embaixo.
Hinata sentou num movimento veloz apertando a saia do vestido.
— “Lubrificá-la” com isso está se referindo... ao estado em que a mulher fica quando tem prazer. — Seus tons vermelhos voltaram à face, impetuosamente.
— Haha sim, lady tem uma cara confusa, não lhe ensinaram nada sobre a vida sexual, nadinha?
Hinata neutralizara o semblante.
— Sim... é que... bem, é que só tive essa conversa uma vez, e não foi com muitos detalhes. Só o necessário para saber como ocorre a reprodução humana. A pessoa que deveria ter essa conversa intima comigo não está aqui.
Primeiro, pensou em sua mãe, seria um momento mãe e filha, infelizmente a perdera cedo.
A próxima pessoa seria Haku, e ele se encontrava presentemente distante.
— Entendo. Bem, a Senhora tem uma aparência agradável, depois de verificá-la retorno a afirmar que tem mais carne que eu. Tens proporções distribuídas perfeitamente no seu tamanho pequeno. A única coisa que tem a fazer é se acomodar ao ritmo do marido.
— Ritmo? — Hinata perdeu a vergonha, estando mais interessada no diálogo.
— O líder Selvagem não é nenhum cavalheiro de sua classe lady, isso é escancarado na nossa cara. Eu aprendi acompanhar o ritmo dele pra ter prazer, se eu não conseguisse... ele pouco se importaria em me fazer gozar.
— Gozar... ah... é lubrificar também certo?
A moça assentiu prendendo o riso, e adicionou:
— Ainda bem que não é totalmente leiga, Senhora, conhece alguns termos do sexo. Peça para ele ir devagar, como se tornou a esposa do líder Selvagem, talvez ele atenda seu pedido, mas, por favor, não se irrite e nem ria se ele não aguentar. Os homens têm um orgulho muito frágil, ainda mais se tratando de prazer.
— Acho que não tenho motivos pra me irritar, muito menos rir. Eu não estou buscando prazer, eu só quero evitar dor.
— Deveria experimentar se toc... – Ayame interrompeu-se, pois o som de galope se tornou audível.
— HO droga, ele está voltando. Pensei que fosse demorar mais!
Ayame saltara da cama e correu pra juntar seu vestido, colocou-o em seu corpo na velocidade da luz.
— Amanhã procure pela “Casa do prazer” é onde moro! — a prostituta informou antes de cruzar a abertura da tenda. — Todo mundo da vila conhece!
~NH~
A velocidade de Spirit traduzia a pressa do Uzumaki que de dentes cerrados e testa franzida mirava o caminho à frente.
Seus nervos borbulhavam e as conhecidas veias grossas gradualmente brotavam no pescoço.
Avistava a tenda ao longe onde ela se tornava um ponto claro na noite, as flores azuis e brancas são manchinhas sob o luar.
Os desenhos adquiriam formas definidas de acordo com a aproximação do cavaleiro.
Uma silhueta magra se movimentava devagar na beira da passagem do rio, estando mais perto do alcance do loiro, ela atraiu a atenção dele.
— Você está aí! — reconheceu à prostituta, puxou as rédeas ao alto e Spirit custara a parar, as patas arrastaram-se arrancando quantidades de mato com suas patas. — Uma colega sua me avisou que veio para cá.
Naruto arranjava comida quando ocasionalmente foi abordado por uma das meretrizes.
Assim que soube da espera de Ayame, ele acelerou pra retornar todo o caminho.
— Pensei que saberia do meu casamento e nem viria pra cá. — Reclamou ele, em um tom brutal, evidenciando o desprazer causado pela presença da prostituta.
Ayame se sentiu patética, nada adiantou a pressa em se retirar da tenda.
— Estive ocupada no bordel, quando vi os Selvagens festejando eu escolhi esperar pelo senhor na tenda e o perguntar o motivo da animação. Sabe que eu tenho mania de ter algo para conversar com você, mesmo que não me responda com frequencia.
Naruto emudecido confirmava mentalmente.
— Não aconteceu nenhum mal entendido, expliquei tudo à Senhora Hy... Uzumaki, e ela compreendeu perfeitamente.
As veias do loiro deixaram de se ressaltar.
Naruto se tranquilizou, firmando seus azuis em direção à tenda.
— “Maldição! Por que me importei tanto com o que ela pensaria...”.
O Selvagem se embravecia consigo, sequer notando o afastamento da prostituta.
Quando saiu de seus pensamentos, a presença de Ayame estava longe, ele a viu entrando nas sombras da noite a caminho da vila.
— Já que estou aqui...
Murmurou, não retornaria à farra dos Selvagens, entraria na tenda com a comida que conseguiu trazer.
Desmontou de Spirit, retirou a pequena carga, o embrulho de comida.
Despreocupava-se em puxar as rédeas, sabendo que seu amigo de quatro patas não o abandonaria.
Spirit se afastou somente quando se encaminhou ao rio, mataria sua sede.
Ao passar pela abertura da tenda, o loiro foi capturado pela visão da esposa curvada sobre a cama, ela empinava o bumbum na direção dele, enquanto tentava passar um cobertor por toda a extensão macia.
O formato arredondado das nádegas sob o tecido delicado do vestido deixou o Uzumaki instantaneamente vislumbrado, escapou-lhe um súbito rosnado de excitação.
Hinata ao ouvi-lo rapidamente endireitou a coluna e girou até parar de frente ao recém-chegado.
— Oi... — Foi tudo o que ela conseguiu pronunciar.
A imagem imponente dele na quase escuridão, longe da vela, tornava-se mais temível.
Naruto precisava de alguns segundos pra se recuperar, para ter a certeza de que seu pênis não saltava.
Como a minúscula mulher continuou silenciosa o fitando, ele iniciou:
— Encontrei a prostituta no camin...
— Ayame esclareceu o mal entendido.
O Uzumaki confirmou, o que escutou da prostituta.
— Apenas quis me certificar, de que não pense que tentei ofendê-la.
— Como eu me sentiria assim? Eu mesma sugeri que você se servisse de outras mulheres.
Naruto teve um incomodo desconhecido, mudou de assunto:
— Trouxe comida. — Cortou o assunto se abaixando e desfazendo o nó da corda que amarrava o embrulho, depois sentou dobrando uma perna com o joelho ao alto e deixando a outra esticada.
Hinata também resolveu sentar no chão. Fascinada observou os alimentos. Questionou-o:
— O que é tudo isso?
O Selvagem arrancou o último pedaço da parte que comia.
— Javali, o único animal de bastante carne que habita na região da floresta próxima da vila do rio. – Chupou o osso e depois o jogou pra trás. — Os caçadores da vila são péssimos, no máximo conseguem pegar só os filhotes.
— “E péssimos em assar comida...” — Pensou a mulher após a ligeira avaliação da carne que restou, tem mais região preta de queimado do que a cor de um bom assado.
— O resto é tudo bicho do rio, se está com nojinho espera chegarmos ao castelo pra você se satisfazer com as comidas de luxo, tipo queijo da melhor qualidade, ratinha.
Ratinha! A pequena mulher já não estava mais suportando o apelido. Rebateu-o:
— Não tenho nojo, só estou curiosa tá bom?! Ogro!
Hinata puxou uma travessa de peixe. A espécie lhe era estranha, decidiu experimentá-la. Após engolir um pedaço, comentou:
— Nã... Não é ruim.
O Uzumaki assistiu a esposa que se entregou ao momento mastigando apressada, ela manteve certo recato. Seja segurando cuidadosamente a travessa de peixe ou aparando as migalhas que caíam.
— Sabe o nome disso aqui? — Hinata o perguntara com um lado da boca cheia, encheu a mão de pequenas esferas alaranjadas e pretas. — Quero levar pro castelo, pros servos aprenderem a preparar... — Virou a mão sobre a boca, engoliu grande porção e seguidamente passou a língua nos lábios. — Nossa que delícia!
— São ovas de peixe, repito que tudo aqui tem no rio. — Ele a respondeu pegando um frasco cerâmico, ao abri-lo o levou ao seu paladar e sorveu o vinho que há dentro.
Ovas de peixe? Argh! A ex Hyuuga quase cuspiu. Mas não o fez.
Hinata mastigou com nojinho, não queria desperdiçar comida e engoliu, soltou um sorriso amarelo no fim.
Naruto fingiu que ignorou, porém na próxima golada de vinho ocultou seu minúsculo sorriso com o frasco, evitou irritar a ratinha.
~NH~
Naruto terminou a alimentação primeiro que a lady, deitado de lado, pousava a mão no abdômen e a outra amparava a cabeça.
O que comeu só foi um tira gosto, dava pra segurar mais até o dia seguinte.
Descansava de pálpebras cerradas.
Hinata lambia os dedos há bastante tempo, o gosto marcou fortemente seu paladar.
Totalmente saciada, pensara em se deitar, depositou sua atenção no marido, entrou ela em contemplação.
O movimentar da respiração fazia com que os cordões dos grossos músculos se juntassem e ondulassem.
Na pose, em que ele jazia mais parecia um ensaio sensual.
A mercê da luz de velas, o loiro se tornava ainda mais bronzeado, uma figura toda dourada.
— “É, ele é bem atraente...”. — Pensou a Uzumaki.
— Por que me encara? — sem abrir os olhos, o loiro perguntou assustando a esposa.
— Co-como sabe que... estou te olhando?
Naruto se deitara de costas, pondo os músculos braçais atrás da cabeça, respondeu-a:
— Eu sei, apenas.
Os perolados distinguiram poucas cicatrizes sob a claridade das velas.
Gostaria de ouvir as histórias que seu marido tinha pra contar sobre aquelas marcas.
Eram riscos em vertical e horizontal, alguns inclinados.
Até onde ela conseguiu contar, identificou umas três vezes, dois daqueles riscos se cruzando em "X".
— Já está preparada pra transar? — ele perguntou, abrindo um dos olhos.
Hinata recuou com o corpo.
— A... ainda não. Tomarei banho no rio.
Em dois segundos, Naruto se sentou, decidindo:
— Irei junto. — Ergueu-se, passando a esticar os músculos do corpo, em seguida, ele foi para fora da tenda.
Na frente da abertura da saída, ele esperou pela esposa.
A lady permaneceu estática no interior da tenda, procurara sugar uma enorme quantidade de ar e a seguir encorajara-se a mover seus pés.
~NH~
Ela se despiu rapidamente.
Enquanto o loiro tirava as calças, ela correu para a água até afundar a altura dos seios, protegendo-os do olhar do Uzumaki, mas com certeza ele viu seu traseiro.
Sabia que era ridículo, em breve ele veria muito mais do corpo dela, entretanto, suas ações eram incontroláveis.
Estranho que na água fria Hinata sentiu as costas queimando pelo olhar que o marido a dirigiu.
E como sabia que era observada por ele?
Compartilhava da mesma explicação que o Selvagem deu na tenda: Apenas sabia.
Mergulhado até a cintura de uma distância nem muito longa e nem muito curta da esposa, ele a observava.
Ouvia-se o som dos grilos e uma vez ou outra o grito de uma ave noturna, intimidando a Uzumaki.
Spirit se perdia no mato, em algum lugar dormindo.
— “Ele esperará eu sair?”. — A lady nutria a esperança de que o loiro terminasse o banho primeiro e retornasse sozinho à tenda.
Entretanto, o loiro não dava sinais de que sairia da água.
A perolada o espiava rápida.
O tempo se prolongara demais e Hinata resolveu finalizar o banho, ou morreria congelada.
Na visão do Uzumaki o banho sob o luar fazia a imagem de Hinata parecer irreal, uma filha da lua.
Hinata rapidinho mergulhou e ao ressurgir na superfície, os cabelos compridos colaram em sua pele.
Voltara à margem, intuindo se secar, e propositalmente, mantendo a vista para longe do marido.
De costas para ele, ela se enxugava o máximo, com um tecido felpudo e pegara suas roupas reservas.
Lembrando-se de seu servo, esfregou seu rosto contra as roupas, dizendo cheia de saudades:
— Haa Haku, quero tanto te ver...
— "O quê ela tá fazendo?".
Desentendido, o Uzumaki permaneceu vigiando a esposa.
Confirmava outra vez a beleza feminina ao seu alcance visual.
Reparava nos úmidos cabelos azulados, trilhando as curvas do corpo e as pontas dos fios se convergindo na direção da divisão das nádegas.
Impulsivamente, o loiro saiu da água pelado, parou atrás da esposa que soltou um grito de susto a se ver erguida pelos dois braços musculosos.
As roupas caíram das mãos dela e breve os orbes perolados e azulados se chocaram.
— Que...
— Não se veste. — Naruto diz inchado de desejo, seus orbes azulados queimavam.
Apressando-se, levou-a ao interior da tenda.
Sendo jogada em cima do colchão, Hinata pediu:
— E-espera... se enxugue primeiro pra não molhar a cama.
— Que se foda a cama. — Naruto estava pronto, não suportaria esperar mais. Ajoelhara-se na borda, afundando o material macio.
As feições da mulher empalideceram, ela entendeu o afobamento do marido ao ver o órgão intimo dele totalmente empinado.
— “Mas... é... é maior do que... é maior do que esperei”. — O medo de antes voltou triplicado. — “Ayame suportou isso várias vezes? Ela por acaso é de ferro?!”. — Fechara as coxas, dobrando as pernas. — De-deixei as roupas caírem...
— Depois você as colhe. — Naruto a interrompeu, pousando as mãos nos joelhos dela e os separou. Já caindo à visão esfomeada no triangulo pubiano, eram pelos ralos e que possuíam a mesma tonalidade dos cabelos da dona.
— “Oh Kami! Se não há jeito, pedirei pra ele ir devagar, como Ayame me orientou”. – A ex-Hyuuga pensou, enquanto o marido se deitava por cima do seu pequeno corpo. — Sa-sabe, tenho uma coisa importante pra lhe ped...
O loiro não quis mais ouvi-la, pensara que ela puxaria outra desculpa para acabar com o momento, rico em vontade a beijara, enfiando a língua com tudo, buscando explorar o gosto de sua esposa.
E por todas as forças do mundo! Que sabor extraordinário!
A lady gemeu desesperada para avisá-lo, mas em questão de segundos se deixara viajar na sensação gostosa de ter aqueles lábios quentes sobre os seus.
É tomada de forma animalesca, incontrolável.
Beijar é muito bom, para ela resumir o contato entre as bocas em uma palavra, é impossível.
Mas toda essa fantasia sumiu quando Hinata recebeu o pênis em sua íntima abertura, seu grito de dor foi abafado pelo beijo que Naruto aprofundou intensamente.
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