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História Casada com um selvagem - Arco IV: O futuro do clã parte 9


Escrita por: BlackCat69

Capítulo 31 - Arco IV: O futuro do clã parte 9


 

Escorrendo os dedos pelos cabelos azulados, a Hyuuga os detinha antes de alcançarem a fita branca.

— Não brigue com o nii-san, ele guardou segredo da nee-san pelo mesmo motivo que o meu. E porque ele é o líder do clã.

— Não brigarei. — Hinata garantiu. — Mas se fosse algo sério, ele não poderia manter segredo por muito tempo, afinal, trata-se do Coração de Ashura.

Hanabi concordava.

Se uma instituição tão reconhecida pelo continente dos reinos tivesse algum envolvimento com os seguidores de Indra, as famílias importantes, as quais confiavam suas filhas ao convento, precisariam saber a verdade, antes que fosse tarde demais.

Hinata limpou o último resquício de lágrima, em seguida, conduziu suas mãos às de sua irmã e ergueu seu rosto, fitando-a docemente.

Pediu-a:

— Não conte pra ele que eu já sei, vamos fazê-lo pensar que continua me protegendo.

Hanabi soltou uma baixa risada, em assentimento.

Aos poucos, tornou-se séria despertando curiosidade na irmã.

Avisou-a:

— Posso segredar mais coisas para a nee-san, se quiser.

— Claro que quero, conte. — Hinata deu umas batidinhas na cama, convidando a caçula para retornar a sentar ao seu lado.

Mantendo-se em pé, Hanabi pediu:

— Primeiro nee-san tem que prometer não chorar.

A azulada balançou a cabeça, em afirmativa, assegurando:

— Eu prometo.

Hanabi sentou na beira da cama, sentiu a mão de Hinata acobertar a sua.

A palma da Hyuuga afundava na superfície macia.

— Compartilhei algo mais pessoal com Neji-niisan, e a Sra. Mitsashi. — A outra mão, a Hyuuga pousou no peito. — Sobre meus sonhos... ou melhor, lembranças. Lembranças quando estive sob a posse de Danzou.

A Uzumaki espremeu os lábios, preparando-se para escutar informações nada agradáveis.

— Elas estão vindo em formas de pesadelo. Aos pedaços. Que vão se encaixando no decorrer dos dias, e no final, recordo de uma imensa parte do que aconteceu. — Do peito, a mão foi para a testa, já a sentia se tornar úmida. — Não estou dando brecha pro medo me consumir, mas as vezes é difícil. Quando penso que estou recuperada, fico imaginando o que mais faltar eu lembrar, o que fizeram comigo lá?

Hinata sentia a pequena mão sob a sua se umedecer pelo suor.

— Meu amor...

Hanabi pousou os dedos da outra mão nos lábios da irmã, silenciando-a de forma suave.

— Nee-san, quando acordo e a vejo ao meu lado, me acalmo. É o motivo das lembranças tormentosas não me vencerem, não me afundarem em pânico.

A Uzumaki emocionada a abraçou e encheu o rosto da caçula de beijos.

A Hyuuga riu graciosa, recebendo todo aquele carinho da mais velha.

Espremendo as bochechas da caçula, Hinata pressionou sua testa contra a dela, verbalizando-a:

— Eu a amo muito Hanabi. Muito. Estou contente que me enxergue dessa forma, me perdoa por estar sentimental demais. Mesmo eu me mostrando aqui uma bomba de emoção, acredite que estou mais forte que antes.

— Não preciso perdoá-la nee-san. É normal. E claro que acredito que esteja mais forte.

Abandonando as bochechas da menor, a Senhora capturou as mãos dela, confortando-a:

— Não se sinta pressionada a compartilhar suas lembranças comigo. O importante é que me contou o que está acontecendo. Mas quando quiser falar sobre o que recordou... estarei aqui, meu amor.

Em afirmativa, a mais jovem sacudiu o crânio e esclareceu:

— Eu não detalhei as lembranças para nii-san ou para a Sra. Mitsashi. Mas se eu tiver que falar sobre elas, será com nee-san.

Os lábios da Senhora tremularam em um sorriso, e disse:

— Eu estarei sempre disponível para escutá-la. — Deu um último beijo na face da mais nova, no meio do nariz e elas retornaram a ficar agarradinhas em um abraço.

A Senhora desfez o contato quando uma questão lhe sobreveio:

— Você e a Sra. Mitsashi, não vejo mais as duas juntas, ultimamente.

— Ela está conhecendo o feudo, acho que se popularizou nas aldeias, o modo de vida dos aldeões deve lembrar mais o povo das ilhas de Konoha. — Hanabi verbalizou, jogou para trás do ombro uma madeixa negra. — Nee-san, fiz um pedido especial para a Sra. Mitsashi.

As sobrancelhas azuladas se elevaram.

— Qual pedido?

— Que ela me treinasse, me sinto necessitada em aprender a me defender.... e estou praticando.

Um silêncio se interpôs entre as irmãs.

Hanabi desceu a vista ao próprio colo, receosa.

O que escutou a surpreendeu:

— É por isso que as duas sumiam durante alguma parte do dia.

O timbre da irmã mais velha saiu suavizado.

A lady menor virou o rosto, fitando as feições femininas mais amadurecidas.

Questionou-a:

— Não está com raiva?

— Não. — Corando um pouco, a Uzumaki confessou: — Tenho ciúmes dela, mas ela é uma mulher admirável... e você está bem, então o treino está sendo seguro para ti.

Arregalando os olhos, formando um sorriso de boca aberta, a menor perguntou:  

— Nee-san não me proibirá de praticar os treinos?

— Não meu amor, não. Acho bom que saiba se defender. Poderia ter sido útil quando foi raptada.

A Hyuuga assentiu, dificilmente sairia do esconderijo de Danzou, mas poderia ter fugido do homem pálido que assumiu identidade falsa para levá-la ao Shimura.

A Senhora acrescentou:

— Você faz bem em não contar para Neji nii-san, ele não aceitaria.

— Eu sei bem, nee-san. Ele não me deixou segurar uma arma que a Sra. Mitsashi nos apresentava.

— Quando aconteceu?

— Faz tempo, ele ainda estava de cama. A nee-san saiu do quarto do nii-san antes de Tenten começar a mostrar as armas que levava na sacola de viagem.

Hinata recordou, foi depois do jantar. Na tarde daquele mesmo dia, a Hyuuga e a Mitsashi passaram horas dentro do quarto da mais nova, lendo livros. Jantara na presença delas e dos Hyuugas, quisera saber o que as duas fizeram juntas.

Retirou uma dúvida:

— Naquele dia, já estava treinando?

Hanabi confirmou em um balanço de cabeça, envergonhada.

— E como se saiu?

— Bem. A Sra. Mitsashi me disse que aprendo no nível de uma criança das ilhas de Konoha.

— Que maravilha meu amor... — Uma curiosidade brotou na Uzumaki: — Não a vejo também com a médica Tsunade. Elas não eram próximas?

Pensativa, a lady menor elevou a visão ao teto, agarrando o queixo, respondendo:

— Eu também não sei o porquê do afastamento entre elas, nee-san. A Sra. Mitsashi nunca mais mencionou a Sra. Senju. Antes de passar o tempo conhecendo o feudo, ela já se mostrava pensativa com algo.

As irmãs se estenderam em fofoca, não viram o tempo correr, e quando Natsu bateu na porta avisando sobre o almoço estar pronto, a Hyuuga e a Uzumaki se surpreenderam.

Decidiram almoçar no quarto, e continuar conversando.

 

 

~NH~

13 de abril

Terça feira

~NH~

 

 

O vestido acetinado se tingia da cor azul-perolada.

As mangas acampanadas terminadas nos pulsos.

Na cintura, fios prateados formavam uma faixa.

A saia longa acobertava os pés, eles se calçavam em couro macio.

Seu cabelo se prendia em trança única, com duas fitas brancas, uma na altura da nuca, e a segunda fita no final do rabo de cavalo trançado, separando a região trançada, da pequena porção não trançada. 

A mão direita massageava, amorosamente, o ventre, e a esquerda segurava firmemente a alça da cesta de vime repleta de embrulhos.

Ansiosa, Hinata contra a porta bateu as costas do punho cerrado, três vezes.

Bastou Kurenai saber que era a Senhora que permitiu a entrada dela, imediatamente.

Contente, a Uzumaki adentrou, seus perolados se fixaram no bebê a mamar de maneira ávida.

O coração de Hinata se derreteu inteirinho, o cheirinho de bebê se alastrava pelo cômodo. 

— Boa tarde, Sra. Sarutobi. Trago presente para esse pacote de gordurinha que completa três meses hoje.

— Que gentileza, Senhora. Não precisava. — Kurenai se avermelhou.

Sempre lisonjeada pela atenção que a Uzumaki entregava a ela e sua filha.

— Que bobagem. — Discordou Hinata se aproximando do leito. — É lógico que precisa, trouxe carne e frutas, produzirá bastante leite. — Reparou no banco ao lado da cama, perguntou-a: — Posso deixar aqui?

— Claro, à vontade.

A Senhora encimou a cesta no assento e pediu permissão para sentar na beirinha da cama.

A costureira chefe sugeriu:

— Não gostaria de providenciar uma cadeira com almofada, será mais confortável.

— Estou bem. — Hinata assegurou, afundando o traseiro na cama. — Está na hora de trocar seu colchão, Sra. Kurenai.

— Oh, por favor, não Senhora. — Implorou a costureira. — Está evidente a todos do castelo que me presenteia com várias mordomias. Seria bom que eu parasse de receber.

Seriamente, Hinata interrogou:

— Tem alguém com inveja? Alguém lhe comentou algo?

— Oh, não. É que me sinto envergonhada, questão de bom senso. Mesmo que os outros não se incomodem com isso, deve partir de mim o pedido.

— Outra bobagem, deixe-me paparicá-la. A Sra. Kurenai é uma das melhores servas do castelo, também uma das que me serve de perto, é lógico que eu lhe entregaria maior atenção. Eu já cuidei de tantas pessoas do feudo.

Bateu um ar de saudade em sair pelas ruas, visitar as aldeias, ou a cidade de Amegakure.

Cuidara de tanta gente.

— É verdade. — Kurenai não negava. — A fama de bondade da Senhora não é atoa.

Hinata se orgulhava, comentando:

— Nunca perderei esse meu lado gentil. É melhor que aceite meus presentinhos, por que me magoará se recusar.

— Se a Senhora insiste. — Kurenai foi convencida, sorrindo para sua filha.

A pequenina Sarutobi enquanto sugava o mamilo da mãe, dedilhava o seio, e sua outra mão permanecia inerte no ar.

Hinata estendeu a mão na direção do bebê.

A ponta do mindinho da azulada encostou-se à palminha gorduchinha de Mirai.

Os dedinhos cheios de dobrinhas apertaram o mindinho da Uzumaki.

Por mais bobo que parecesse, a pequena mulher recebera vontade de chorar.

Decorrente três minutos, a ainda emocionada Senhora comentou:

— É a primeira vez que ela segura tanto.

— Ela está agradecendo ao presente. — Kurenai brincou. — Nessa cesta deve ter produção para meu leite durante o mês inteiro.

As duas riram baixinho.

Algum momento depois, a Uzumaki reparando em como Mirai sugava o mamilo da Sarutobi, perguntou:

— Dói?

Kurenai seguiu a direção do olhar da Senhora, respondeu-a:

— No início, mas me acostumei.

Mirai soltou o mindinho da Senhora, um minuto antes de parar de mamar.

Kurenai botou sua menina para arrotar, e a entregou ao colo de sua Senhora, sabendo que a Uzumaki estava louca por aquilo.

Hinata não saía do quarto sem carregar aquele precioso bebê no colo.

A Sarutobi se divertiu com a fascinação de sua Senhora pelo bebê.

Aproveitando que a neném visitava o colo da Uzumaki, Kurenai assaltou a cesta e se guiou pelo aroma gostoso de carne.

Desembrulhou finas camadas cortadas em círculos.

Salivou bastante antes do primeiro pedaço.

Seus cílios alongados e negros se cerraram.

Sua boca se movimentou lentamente durante seu mastigar.

Daquela forma, aproveitou ao máximo cada segundo do sabor.

Reabriu as pálpebras, reconhecendo o alimento:

— Carne de cordeiro.

A maciez da carne era maior quanto mais nova a idade do animal.

— A caça se torna abundante novamente, coma sem preocupação.

Pediu Hinata, abaixando o nariz na direção da testa de Mirai.

O cheiro de bebê, ainda mais forte, inebriou-a.

Recuou a face, fitando as pequenas feições.

Amava aquele par de olhões brilhantes, identificou a cor escarlate ganhar dominância nas íris.

Kurenai depois de saciar sua fome, devolveu a cesta ao banco e sorriu, assistindo sua filha adormecer.

Estendeu os braços, intencionando pôr sua cria para dormir, todavia a Uzumaki não lhe cedeu o bebê.

Hinata quisera aproveitar a pequenina, durante mais algum tempo em seus braços.

Depois de meia hora e alguns minutos, foi cuidadosa em colocar o pequenino corpo no aconchegado de cobertas indicado pela costureira chefe.

— Sra. Kurenai, eu preciso falar sobre algo importante.

— À vontade, Senhora. — A Sarutobi falou, mantendo a vista na filha.

— Estive pensando, sabe quando me falou que compartilhou relação íntima com seu marido, durante a gravidez?

Rápida, a costureira chefe virou o rosto à Senhora. Com um sorrisinho, respondeu-a:

— Claro que lembro. A Senhora praticou com o Senhor?

Balançando a cabeça, em afirmativa, Hinata complementou em palavras:

— Estamos fazendo.

— Isso é excelente! — exclamou em rouquidão, cautelosa em não despertar Mirai. Avaliando sua Senhora, interrogou-a: — Por que não me parece contente? Meu Senhor não retribuiu como gostaria?

— Bem... em questão de quantidade, não. — Seu rosto enrubescia. — Recentemente, meu corpo esquenta cada vez mais. Me banho mais vezes para tentar me acalmar. A senhorita me avisou que essa fase chegaria, mas eu não esperava me sentir tão diferente. Fico constrangida... não pareço alguém normal. Em quase tudo eu vejo sexo. Hoje de manhã aconteceu o pior. — Fizera uma pausa silenciosa, encorajando-se a prosseguir.

— Senhora? — Kurenai questionou, após um minuto. Extremamente, curiosa.

Hinata abaixou a cabeça, fitando as mãos no colo, espremendo a saia do vestido, dando continuidade:

— Há poucos dias, minha irmã vem me lendo uma história de dragões, e hoje me excitei, me senti horrível por ficar desse jeito perto de Hanabi. — Não se esquecia de usar seu rouco timbre. — Uma história de dragões! Ela falava de cavaleiro pegando na espada, montando, enfiando a espada... quando ela lia a descrição do príncipe então... 

Não conseguia desvincular as cenas desenhadas em sua imaginação, de uma tensão sexual.

— Kami. — A costureira disse, concentrada em não rir. — A lady Hanabi descobriu sobre seu estado?

— Ainda bem que não, só me achou um pouco estranha. — Hinata respondeu, chorosa.

Passou a mão no rosto, lutando para se manter firme.

— Não se preocupe tanto com isso, Senhora. Veja bem, da mulher é cobrada sempre uma imagem tão pura e recatada. Minha Senhora deve sentir o dobro da pressão dessa cobrança, afinal, faz parte de um clã famoso e respeitável. Mas sendo efeito da gravidez, por mais que uma situação lhe pareça constrangedora, não tem que se envergonhar.

— "Eu tenho que me envergonhar quando faço isso no mato”. — A Uzumaki não expos seu pensamento.

— Não é apenas isso que me incomoda, Sra. Kurenai. Meu marido não entende o quanto eu quero mais dele na cama, mostro em linguagem corporal e costumo pedir sempre que terminamos a primeira vez.

Interessada, a Sarutobi perguntou:

— O que ele lhe diz, como ele reage?

— Ele não gosta de discutir, fala que não vai me cansar e pronto. No fundo, acho que me “castiga” por eu tê-lo feito pensar que me fez chorar durante horas.

Kurenai ergueu uma sobrancelha, estranhando.

— Foram minhas emoções a flor da pele que me fizeram chorar por algo bobo, mas não contei o motivo para ele. Quando ele descobriu que eu não chorava por causa dele, ele se chateou. — Hinata resumiu, impedindo-se de entrar em detalhes. Chateada, finalizou: — Sem contar o retorno à função de Senhor, ocupa-o tempo demais, ontem mesmo não jantou comigo, ele não tirará um dia livre do trabalho tão cedo.

— Então parte do motivo, para ele compartilhar a cama apenas uma vez, é por causa de cansaço?

— Sim.

A Sarutobi avaliou tópico por tópico.

Se a esposa tentou conversar, seja por meio do corpo, e por meio oral, restaram alternativas mais invasivas.

Sugeriu:

— Por que não o seduz, Senhora?

— O que? — Hinata piscou de forma veloz, inúmeras vezes, no perdurar de dois segundos.

— Jogue-o um charme, diga que sentiu leve tontura e que só quer a presença dele, e nesse pequeno momento... — Kurenai deixou incompleto em palavras, sabendo que a ideia seria captada inteiramente.

— Estou incerta, não quero fingir passar mal toda vez que eu quiser sexo.

— Não precisa ser toda vez. Fique na boa e velha sedução, atraindo o marido com o que ele mais gosta. E... — Kurenai estalou os dedos, espaçando as pálpebras, lembrava-se de algo. — A Senhora está sabendo dos novos óleos que chegaram na primavera?

— Óleos? Como o que costumo passar para tratar minha pele?

— Quase, olho perfumante vem com acréscimos, serve para massagem e deixa a pele brilhosa, há diversos aromas, bem mais fortes e que perduram por mais tempo no corpo. Como a situação econômica do feudo não se restabeleceu totalmente, a venda ainda está baixa, mas no final da estação acredito que todos terão sidos comprados.

— Óleo perfumante. — Soava bem para a Uzumaki.

— Aproveite e verifique qual de seus vestidos deixa seu corpo mais convidativo ao Senhor.

— Meu marido adora o vestido amanteigado e o alaranjado. 

— Perfeito então, use qualquer um deles depois que se banhar e passar o óleo. O óleo perfumante é vendido na barra  

— Comprarei agora mesmo! — a pequena mulher se levantou, as mãos grudadas no ventre. — Em que lugar do comércio os óleos são vendidos?

— Em uma tenda verde limão, no inicio da rua comercial, mas pode usar o meu. — Kurenai apontou para uma das arcas. — Abra a porta da direita, está ao fundo, no cantinho. Meu marido comprou para mim, como pedido de desculpas quando se atrasou para o jantar, eu descobri que ele bebeu com alguns amigos. 

Hinata andou até a arca, encontrou o óleo perfumante, o frasco lilás possuía forma de “8” sendo o circulo debaixo duas vezes maior que o de cima.

“Sementes de girassóis.”.

Era o que estava escrito no circulo maior.

Volveu-se à costureira chefe, apertando o frasco contra o peito, totalmente grata:

— Muito obrigada, Sra. Kurenai. Novidades... é isso que preciso trazer para o casamento.

Fisgará seu marido por mais tempo.

Alimentando a ideia da Senhora, Kurenai sugeriu:

— Já que está tão aberta a novidade, se a Senhora me permitir, listo ingredientes afrodisíacos suaves, para serem postos no jantar, será um ótimo estimulante.

— Afrodisíacos. — Hinata se maravilhava com as várias opções que vinham surgindo, aceitou: — Pois liste, anotarei tudinho na minha mente.  

 

~NH~

 

A Senhora se demorou em um banho quente, o qual acalmou seus íntimos desejos.

O óleo lhe trouxera refrescância à pele.

Escolheria o vestido alaranjado, de espirais, entretanto, encontrou outro da mesma cor, de seda.

Destacaria melhor os seus seios.

A cor favorita do seu esposo, uma cor de primavera e verão.

Uma cor quente.

Como esperado, seu marido se encontrava em mais uma reunião com os membros do Conselho dos Anciões.

A Senhora se assustava, até o momento nenhuma briga entre seu marido e os membros mais conservadores do clã apareceu.

Se eles ocultavam, faziam muito bem.

Aguardava do lado de fora da sala na qual a reunião ocorria.

Eles escolheram a sala dos fundos do castelo, de onde se possuía vista lateral para um dos jardins.

A lady crer que a mudança de local fosse pela proximidade dos aposentos pertencentes aos membros do Conselho. 

Assim, no término de cada reunião, eles não andariam muito.

Gentil por parte do Senhor.  

 — “Naruto está sendo tão tolerante com eles...”.  

Grudava as costas na parede do corredor, escondendo as mãos atrás do corpo, enquanto observava as linhas no concreto do teto.  

Desacreditava que seu marido abandonara totalmente o Selvagem que era antes do casamento.

 Vê-lo manter esse Naruto "adormecido" para lidar com o Conselho Hyuuga, fazia-a se orgulhar dele.  

— "Como eu o amo… dando o melhor de si para um futuro melhor... o nosso futuro...”.

Tinha vontade de invadir aquela maldita sala e agarrá-lo, tê-lo inteirinho para si! 

Morrendo de amores em como Naruto a fascinava, em pensamentos se tomava pelo calor de seu desejo, vontade carnal a fervia.

Jazendo com as mãos bem dadas atrás do bumbum, espremeu os dedos se controlando para não se acariciar.

Seus dedos coçavam para se moverem entre suas pernas.

Imaginava a língua do Selvagem.

Se via subir em seu marido, o Selvagem enfiar a cara entre suas coxas e segurá-la pelas nádegas, enquanto ele se mantinha de pé.  

Ela afundaria as mãos na cabeleira loira... 

— “Kami-sama, me ajude!” 

No primeiro estalar da porta ao ser aberta, Hinata se liberara da tentação e se prendeu ao som dos diversos passos.

Escondia-se em um corredor diferente.

Sabia que nenhum dos membros Hyuugas viria em sua direção, considerando que os quartos deles jaziam na ala totalmente oposta.

Vindo o silêncio, deu uma espiadinha e avistara o marido diante a porta da sala.

Naruto seriamente pensativo mirava o nada.

Trajava roupão laranja acobreado, e a calça marrom café, botas em um marrom mais claro.

Nas costas, o imenso símbolo de espiral bem bordado. 

Sem mais vestígio de algum Hyuuga, veloz Hinata disparou até ele para atirar-se contra os braços do mesmo. 

O Selvagem assim notando a esposa, esbravejou:

— Não corra mulher! Parece uma criança!  

A lady se divertiu com a bronca, amava a preocupação do marido.

Naruto tratou de passar as mãos na barriga dela, acariciando a região. 

— O bebê está bem, seu bobo. — Hinata beijou o meio do peitoral do esposo. Depois, espremeu a bochecha direita contra os músculos peitorais. Tão quentinhos!  — obrigada, querido, obrigada.

 — Pelo quê? — o Selvagem agradara os cabelos azulados, sentindo-os levemente úmidos, indicando que não fazia muito tempo que ela se banhara.

— Por se tornar o homem que amo, por me amar, por me dar uma semente pra gerar, por… 

— Aconteceu alguma coisa? — Naruto devagar afastou-a, segurando-a pelos ombros, analisava as leves coradas no rostinho alvo e delicado.

Emocionada, a ex Hyuuga discursou:

— Estou orgulhosa por ainda não expulsar os membros do Conselho. Eu conheci tanto de sua impaciência, que se tornou parte de seu ser. Sei que é um grande esforço não jogar tudo pros ares e fazer do seu jeito. Sei que o Naruto Selvagem… Aquele Naruto antes de me conhecer ainda reside… então, eu agradeço por mesmo assim, continuar pensando em mim e em nosso fruto, aqui em meu ventre. 

A intensidade dos perolados rotundos atingiu o imo do homem. 

Naruto grato pelo carinho de palavras resolveu compartilhar um pouco de seu assunto de trabalho com a esposa: 

— Eu prometi que os Hyuugas continuarão a seguir a tradição do clã. Os membros do Conselho somente custam a crer na palavra de um Selvagem. Não importa que eu tenha conquistado a confiança ou obediência dos Hyuugas.  

— É por isso que essas reuniões se arrastam. — A Uzumaki compreendeu a demora de um resultado. — Aposto que eles fazem você assinar vários contratos. Eles são desconfiados, muito desconfiados. 

— Assino tudo, me ocupo demais lendo cada contrato. Da última vez foi um pergaminho inteiro que eles elaboraram. Sinto que esperam que eu perca a paciência e faça alguma besteira. — Cruzara os braços e premera as costas no batente da porta. — Não cairei na armadilha deles.

— Eu queria defender os membros do Conselho, porém, meu pai também teve a paciência testada várias vezes depois de anunciar que se casaria com uma mulher fora do clã, ainda mais sendo uma camponesa.  

— Admiro o seu pai, Hinata.

— Eu também.  

A lady se pressionou contra os braços do marido, fazendo-o descruzá-los e encaixá-la em um abraço. 

— Você está mexendo em sândalo? — ela perguntou, curiosa.

— O que é isso? — ele passeava as mãos, carinhosamente, pelas costas femininas.

— Uma planta.

— Tem vários vasos de plantas na minha sala. — Ele admitiu indiretamente.

Os sândalos da sala que pertenceu a Hiashi, seguiam bem cuidados.

— Amo esse cheiro. — Ela declarou, beijou o peito dele e inspirou mais forte.

— Era o cheiro de seu pai. — O Selvagem então se recordou. Àquela altura, sua esposa lhe compartilhara tantas informações pessoais, especiais. E sentia um misto de culpa por não se abrir tanto quanto ela. Hinata não ligava, não cobrava. Consequentemente, fazia-o se sentir um marido ruim, em vários momentos. 

— Sim... o cheiro acolhedor, seguro... em você combina perfeitamente, é como me sinto em seus braços. Eu o amo, Naruto. — Elevou-se nas pontas dos pés, com sede de beijo.

O loiro a ergueu para a boca feminina encostar aos seus quentes e receptíveis lábios.

Quando as línguas se descolaram, a pequena mulher notou o olhar estudioso do esposo.

— O que há? — perguntou-o.

— Seu cheiro... está melhor hoje. — Ele reparou.

A pequena mulher se lembrou de seu objetivo.

Comicamente, estava ali derretida de amor pelo esposo que esquecera da intenção de seduzi-lo, sendo que momentos atrás imaginava ambos em um momento ardente. 

Retornando para seu objetivo inicial, sorriu-o convidativa.

— Obrigada amor, é um novo óleo que passei. — Hinata informou. E pediu mansa: — Me põe de volta no chão?

Naruto desceu o pequeno corpo, e assim que os pés encostaram-se ao piso, as mãos femininas agarraram o punho direito do Uzumaki, conduzindo-o ao interior da sala.

— O que está fazendo?

Ele perguntou.

A sobrancelha loira da direita mais alta que a da esquerda.

A Senhora soltou-o para ir fechar a porta.

— Hinata...

Naruto murmurou, quando ela regressou para perto dele, teve seu punho agarrado outra vez, e ela o soltou quando os dois pararam na frente da mesa.

Manhosa o pediu:

— Eu preciso de você, querido.

Tornando-se explicito o que ela almejava, o Selvagem se exerceu de autocontrole. Relembrou-a:

— Você se arrependeu da nossa última aventura.

— Prometo que dessa vez não. — Hinata disse imploradora. — Por favor... — Sentou-se à mesa, e entreabriu as coxas, passeando sua mão entre elas, amassando o tecido do vestido contra sua intimidade. — Está doendo... meu corpo precisa agora... — Disse chorosa. Suplicante, questionou-o: — Não quer sentir mais do meu novo cheiro?

Os azuis rotundos se intensificaram contra a pele do colo, a bela divisão dos seios.

Aproximou-se mais de sua esposa, retirou-a da mesa, puxando-a contra seu corpo.

Beijou-a, inclinando-a pra trás.

Hinata pensou que seria deitada na mesa, mas ele logo a puxou de volta, os dois retornaram à verticalidade de seus corpos.

Ele se curvou, intencionando carregá-la no colo, mas a Uzumaki veloz, recuou, achando que ele a levaria nos braços ao quarto deles, sendo uma mania do marido.

— Hinata? 

De malícia a lady sorriu.

Naruto elevara as sobrancelhas.

— Eu não me arrependerei, querido. Estou jurando. Anseio que me tome em todos os lugares do castelo. — Atirando seu olhar provocador, umedeceu o lábio inferior, prometendo-o: — O levarei à loucura.

Como era possível a transformação bruta, de um encanto de mulher a transpirar doçura e inocência, para uma dama ardente repleta de luxúria?

Vangloriava-se o Selvagem por ter em sua esposa as duas essências.

As mãos da azulada se enfiaram no cinturão do Senhor, desprenderam a peça.

Os lábios femininos se curvaram.

As pequenas e delicadas mãos desciam a calça pelos músculos.

Os perolados aumentavam o fulgor.

Como pretendido, Naruto retornara a praticar exercício, aumentando sua lista de ocupações desde que retornou a sua função de Senhor.

Hinata ansiosa avisou:

— Eu ainda posso me ajoelhar. 

— Não deixarei que faça isso. — O loiro protestou, seriamente.

— Nosso amigo aqui discorda. — Ela contrapôs assistindo o pênis se erguendo.

O rubor sutil tomou as feições do Selvagem que inutilmente tentou se impor:

— Vamos para o q...

A mão macia e suave da esposa massageou o membro; para cima e para baixo.

Naruto levantou a cabeça, fortemente, fechando suas pálpebras.

A excitação o percorria inteiramente.

Estático, o primeiro pensamento do Selvagem foi detê-la, entretanto, suas mãos, seus músculos seguiam a vontade de seu pau duro.

Seu apetite sexual inflado o fazia clamar interiormente pelo que estaria por vir.  

A Uzumaki umedeceu novamente o lábio inferior, não podia negar seu nervosismo, o receio de falhar a mastigava, todavia, nada a faria deixar de tentar.

Vendo seu marido se perder em prazer, ela sorriu, sem interromper a masturbação, abaixou-se até se ajoelhar.

O loiro se curvou, espalmando as mãos na borda da mesa.

Ele apertava os olhos e os dentes.

Notando que ele não pretendia impedi-la, Hinata aumentou sua confiança, e prosseguiu mais segura sobre conduzir aquele momento.

Abriu a boca a encostando na cabeça do pênis.

O esposo notara o cuidado que ela tomava ao tocá-lo, os dentes raspavam em um contato quase inexistente na pele sensível do órgão.

Hinata na primeira tentativa não tardou para recuar a cabeça e encarando a glande, cobriu o lábio inferior com o superior. 

Sua mente se conturbara, acelerara várias linhas de pensar para se decidir o que fazer a seguir.  

— Venha pra cima de mim. 

O loiro se dobrara, enfiando as mãos por baixo dos braços de sua pequena, só que a Senhora encolheu o corpo fazendo força pra baixo, impedindo-se de ser levantada.

Ele poderia levantá-la facilmente se quisesse, não importava o quanto ela tentasse.

Entretanto, ele não queria que ela fizesse força.  

— Hinata. — Soa reprovador.

— Me deixe continuar, por favor, eu quero muito. — Pedinte, expressara seu profundo desejo.

— Eu… Também quero. Só... Não se cobre tanto caso não saia como queira. 

— Tá… Eu prometo que não. Ficarei satisfeita por ao menos tentar.

Desabrochara ela, acalorado sorriso, retornando a acalmar sua cabeça e se concentrar. 

Permaneceu de joelhos.

Ela enfiou a boca novamente, cautelosa foi empurrando pra frente, imobilizou-se ao crer que alcançou o limite, buscou a quietude para se adaptar com todo o volume em sua língua e quando arrastou seu paladar de volta, não chegou até a glande, pois impulsionou sua boca pra frente novamente. Vai e vem lento a arrancar gemidos curtos e potentes do homem.  

Era um gosto forte e o cheiro de sexo atiçava os instintos da Uzumaki. 

Ela própria se assustava ao iniciar a rapidez de ritmo. 

Os sons que fugiam do marido fizeram-na erguer as pérolas para cima, contentando-se pela força que ele exercia para se agarrar à mesa e cerrar os dentes.

As unhas do Selvagem marcavam a madeira do móvel.

Uma prova do quanto o prazer o torturava.

Também provava exibindo as linhas faciais formadas pelo forte fechar de pálpebras dele e os mantidos dentes cerrados.

Uma dúvida recaiu na pequena mulher.

A expressão do marido poderia ser de dor nada prazerosa, de desconforto.

Logo freou sua velocidade, temeu causar algum erro, retornara a chupá-lo com lenteza.  

O Uzumaki não sentiu dor.

A cara dele se reproduzia daquela maneira, pelo esforço de conter suas mãos, tivera a súbita vontade de pegar aqueles cabelos azulados e mover a cabeça de sua esposa.

Contudo, sabia que sua força poderia estragar o momento, duvidava que teria o controle de ser suave com ela, sua virilha doendo e aquela sensação do ejacular chegando.

A selvageria batia-lhe na porta.  

— Huumhum! — ela soltava uns gemidos longos, seguidos de curtos e sentia aquela vibração do pênis cheio, pronto pra dar a semente. 

Convencia-se ela de que ia bem, então, se arriscara a ir rápida, uma nova vez.  

Naruto vendo que a esposa se aperfeiçoara, num desespero pegou o rosto dela com as duas mãos o afastando do seu membro.

Quando a boquinha passava pela glande, seu sêmen foi expelido.

Uma porção escorreu pela língua da esposa, mas a maior quantidade sujou o rosto dela.  

— Foi tão ruim assim?  

Hinata perguntara, entristecendo-se por ser afastada bruscamente, em seguida, direcionou as pontas dos dedos para a viscosidade em sua face.  

— Eu… Eu não consegui me preparar, você de repente foi rápida demais, pensei que iria devagar até o final. — Naruto se justificou, abrindo a mão, vendo os filamentos de esperma se romperem entre os dedos. — Veio rápido e forte… Poderia tê-la prejudicado. 

A pequena mulher se imaginava dentro de uma cena constrangedora, como por exemplo, se engasgar com sêmen.

Pensou: 

— "Como se não bastasse todos os constrangimentos que sofri até hoje, teria sido mais um que me faria desejar enfiar a cabeça em um buraco".  

Passos acelerados se tornaram audíveis ao casal que se atentara à porta, na brecha entre ela e o chão, os dois identificam sombras.  

Foi na velocidade de raio, que o loiro subiu a calça.

— Eu fechei a porta.

Avisou Hinata, rouca, para não ser escutada por quem quer que fosse do lado de fora.

Naruto ao prender o cinto, ficou quieto, olhando para o nada, focando em sua audição.

O conhecido barulho do mecanismo da fechadura, foi o suficiente para o Selvagem pegar sua esposa pelo braço e leva-la, apressadamente, na direção esquerda à porta, onde se situava o depósito de ferramentas de jardinagem.

Dentro do depósito, para a Senhora, o espaço parecia ter reduzido drasticamente com a presença deles, principalmente a de Naruto.  

— Quem é? — sussurrante, Hinata perguntou.

O marido se situava entre ela e a porta do depósito.

A curiosidade consumia a pequena mulher.

O Selvagem ignorou a pergunta dela, estando sem resposta.

Cauteloso, ele abriu devagarinho a porta, apenas um pouco, a finura de brecha permitia somente um olho espiar.

Eis a surpresa do Uzumaki: Tenten e Neji adentravam o cômodo.

O Hyuuga se desprovia de armadura, o que era estranho estando em seu horário de trabalho.

Usava túnica de algodão, calça amarronzada e botas.

A morena usava vestido verde escuro, de decote arredondado e mangas ajustadas.

Seus cabelos estavam soltos, madeixas caindo na frente dos ombros e nas costas.

Os calçados não eram visíveis, por causa da saia longa.

Tenten deu um empurro na porta antes de correr e pular no colo do Hyuuga, tendo ela a certeza de que ele a seguraria.

Naquela posição, as pontas dos seus sapatos beges se tornaram visíveis. 

As mãos dele a agarraram firme pela cintura, e gradualmente desceram às nádegas.

— Espero que saiba consertar a fechadura.

Neji comentou, repreendedor. Fechando as pálpebras, sorvendo o cheiro da morena. 

— Eu não destruí.

A Mitsashi assegurou, lançando uma pequena arma sobre a mesa, o objeto possuía lâmina afiada e triangular, na outra extremidade formava um circulo cuja função era encaixar um dedo.

Após arrancar um beijo intenso do Hyuuga, escutando-o ofegar, ela compartilhou:

— Conheci o melhor ferreiro do feudo, ele faz várias coisas e aprendi com ele o mecanismo de fechaduras. Abrir fechaduras com kunai é muito fácil.

Neji detestou escutar a menção de um homem naquele momento tão íntimo.

Questionou-a:

— Se tornou amiga de Rock Lee?

— Claro, é um homem divertido. — Ela abraçou a nuca do Hyuuga. — Recue até a mesa.

O Hyuuga ficou com os lábios entreabertos, notando que por pouco não bradou com ela, proibindo-a de falar em outro cara.

Obedeceu-a.

Recuou, mantendo suas mãos firmes no bumbum da morena.

Como... como Tenten obteve tamanho poder?

Empós dias, bastou se reencontrarem, um momento de conversa e paft, ele se deixou ser guiado por ela.

Desconfiava que o visual feminino dela era o que mais o hipnotizava. 

Ele constantemente admirava a aparência dela. 

Parou de andar pra trás, sentindo seus quadris encostarem na mesa.

— Por que essa cara, está com medo?

Tenten perguntou, descendo do colo dele, passando a dedilhar o peitoral do Hyuuga, por cima da túnica.

Atordoado, Neji queria encontrar suas forças para sair dali, contudo algo maior o prendia.

Respondeu-a:

— Eu tenho que voltar pra minha sala, Tokuma precisa de minha ajuda. Eu não deveria ter me desfeito da armadura. E ainda assim... meus pés não se movem.

Estava confuso.

Tenten riu, aclarou-o:

— Você sentiu saudades de mim. E acaba de descobrir que tem uma queda por minha pessoa, da mesma forma que eu tenho por você. — O fez sentar na mesa, e montou nos quadris dele. Levantou toda a saia para esfregar suas partes íntimas na dele, por cima das roupas. — Se sentirá bem quando fazermos.  

Hinata colocava as mãos na boca, embora não entendesse todas as palavras da conversa, reconhecia as vozes.

O susto a fazia relutar em acreditar que seriam Neji e Tenten dentro da sala.

— Seu primo e a hóspede. Ao que parece, é a primeira vez deles.

O Selvagem dissera.

— Oh Kami. — Previa Hinata mais problemas futuros envolvendo os membros do Conselho. 

Levantou a saia do vestido e limpou o que sobrara de sêmen em sua pele.

Em dois minutos, os gemidos do Hyuuga e da Mitsashi repercutiam.  

O Uzumaki passara a mão na cara. Não envergonhado, sim aborrecido.

Teria que ouvir outros fodendo enquanto não podia fazer o mesmo.

Puto, pensou:

— "É o tipo de escândalo que aqueles velhos decrépitos esperam”.

Qualquer exaltação do Selvagem, o Conselho usaria contra ele.

Considerava a posição do Hyuuga, ele não iria querer ser flagrado, manchar a própria imagem perante os membros mais respeitáveis do clã Hyuuga.

Se Naruto saísse do armário com Hinata, poderia fazer um acordo com Neji para um não entregar o outro. 

A ideia parecia boa, no entanto, restava um pingo de desconfiança no Uzumaki: 

— "A não ser que ele reprove meu comportamento com a querida prima dele, e acabe por entregar a si mesmo ao Conselho, sacrificar sua imagem para me ferrar também...".

Eis que de repente não escutava mais a transa de Neji e Tenten.

— “Bem feito, acho que o filho da puta brochou.”

O Selvagem pensou, indo espiar outra vez, entretanto, a porta foi aberta, e por ela entrara a Mitsashi e o Hyuuga, os dois em fuga.

  

Silêncio…. 

 

Grande e constrangedor silêncio.

 

À visão da Senhora, o espaço que antes pareceu pequeno, com a chegada de mais dois, tornou-se menor.

Um pesadelo de aperto!

Todos do depósito sentiam seus corpos quentes.

Quentes demais.

Caso realizassem movimentos bruscos, arriscariam derrubar alguma das ferramentas de jardim penduradas ou encostadas nas paredes.

— O mesmo que vocês.

Antecipadamente, Naruto respondeu a óbvia pergunta que os dois recém chegados expressavam nas caras.

Gradativamente, Tenten se desligou do choque, curvando os lábios um pouco, exibia algo a se assemelhar a um sorriso.

Na certa, ela era a menos afetada naquele momento de puro constrangimento.

Neji atordoado avisou em voz rouca:

— São os membros do Conselho dos anciões, estão entrando na sala. Eu não compreendo o porquê, os vi no corredor indo para seus aposentos antes de...

Interrompeu-se, mirando a face de Tenten.

Ainda se assustava pelo fato de tê-la deixado guiar até àquela situação.

Tenten apertou os lábios, prendendo seu sorriso e se perguntando por que o Hyuuga lhe fitava como se fosse uma assombração.

Ele desceu a vista, dizendo:

— Acreditei que eles se recolhiam aos quartos após uma reunião, não imaginei que regressariam depressa.

— Nós também achamos isso. — Naruto falou por ele e pela esposa que se escondia atrás de seu corpo.

A Uzumaki se desencorajava a encarar o primo.

Suas mãos se espalmavam nas costas do marido.

Entre elas, sua testa pressionada contra o roupão do Senhor, e seu olhar abaixado.

O desespero percorria a mente da Senhora:

— "Kami-sama, me livre dessa e eu juro que da próxima vez, esperarei para fazer amor no quarto como uma dama decente... já entendi que Kami-sama não quer que eu realize minhas fantasias sexuais fora do quarto!"

Os escondidos escutaram os arrastares de cadeiras, e os empurrares das mesmas em seguida.

"O que aconteceu com a porta? Não está trancando direito." Foi o que um membro comentou. Outro dissera "bata com mais força" ecoou um baque de porta, em seguida, a primeira voz falou "Deve ter sido o Senhor, com sua natureza bruta causou esse problema na porta."  Outro concordou "Ele não tem delicadeza com nada." 

Veias grossas se desenharam no pescoço do Uzumaki. 

Hinata acariciou as costas do esposo, lamentando pelo que escutaram. 

"Foi mal" foi o que Tenten sussurrou. E depois arregalou os olhos e se embraveceu, havia esquecido sua kunai. 

Como passou um tempo, com os anciões se acomodando à mesa, e nenhum deles falou nada, a Mitsashi entendeu que nenhum deles avistou sua arma.

O que era estranho, tinha certeza que deixou em cima da mesa...

Não. 

Havia derrubado a arma no chão, em sua pressa em se vestir, sem querer derrubou a arma. 

Seja onde a kunai tenha caído, que fosse em um lugar difícil para os membros avistarem. 

Levou-se um minuto até os anciões iniciarem uma importante discussão:

— Os Hyuugas manterão a tradição do clã, independentemente, com quem os próximos de Hiashi se casem. Não há alarde, são novos tempos vindos, sempre terá uma nova época de transição, e o que compõem a essência do clã prevalecerá. Não nos apagarão, somos parte desse mundo, uma peça fundamental do Continente dos reinos… Somos a história. O correto agora é nos retirar para nossa paz espiritual no mosteiro, é isso que faremos.

— "Aki”. — Naruto reconheceu a quem pertencia à voz. Após dias escutando-os, reconheceria a voz de cada ancião. — "Estranho, ontem ele parecia ter tudo contra minha pessoa." — Talvez tenha o convencido pelo cansaço. 

— De acordo, Aki, todos se depararam com os problemas que Hiashi trouxe quando se casou com uma impura de sangue, porém, nosso clã seguiu firme com suas tradições, costumes e nossa imagem no Continente dos reinos continuou segura. Dessa vez há de sermos compreensíveis. 

— “Impura de sangue”. — Hinata trincou os dentes, sua testa se franzia.

Como odiava escutar tais palavras.

O Senhor enrijeceu o maxilar, as mãos da esposa exerciam força em suas costas, desejou passar Hinata para sua frente, e abraçá-la.

 

--***--

 

— Fale baixo. A criação dentro do clã nos prepara para isso, em todo clã é assim. Não achamos esquisito, consideramos uma honra manter a linhagem pura.

Tenten abaixando as mãos, pensativa, comentou:

— Não será honroso o filho de sua prima, então.

Ele lançou austero olhar ao rosto feminino:

— Não sei se tentou me atingir, mas o filho de Hinata-sama será bem tratado por mim. Não permitirei que ninguém o faça nada.

— Não tentei atingi-lo. Só deduzi. Se é um honra gerar filhos de sangue puro, o que os Hyuugas pensarão de um meio Hyuuga?

O herdeiro de Hinata não seria metade Hyuuga, seria um quarto Hyuuga, Neji corrigiu mentalmente. Respondeu-a:

— Ficarão satisfeitos de Hinata-sama trazer uma criança saudável ao mundo.

 

--***--

 

A lembrança repassava em Neji, e ele observou durante um momento, o comportamento de Hinata.

Sua prima se feria ao escutar o termo “sangue impuro”.

Ele sentiu-se ruim.

Volveu seu olhar à Mitsashi, ela ergueu uma sobrancelha, dando pista de que também se lembrava do momento que eles conversaram sobre sangue puro.

Ao que parece, nem todos os anciões ficarão satisfeitos com os herdeiros do casal Uzumaki, sendo os bebês saudáveis ou não.

Obter herdeiro de sangue puro ainda era um objetivo primordial.

— “Por que estou me envolvendo com um homem de clã?” — Tenten suspirou, fechando as pálpebras. — “Onde eu estava com a cabeça? Ele está prometido à minha aprendiza.

Nos dias distantes do castelo, sua cabeça faltou estourar, no fundo não se livrou da magoa, por sua ídolo, Tsunade Senju, não ser a mulher que ela esperava.

Tentou suprimir seu desapontamento, todavia apenas o acumulou no peito e tentou se distrair de tantas formas, fazendo novas amizades, ajudando os aldeões do feudo, passando alguns dias na floresta.

Procrastinando.

Não saber decidir se retornaria às ilhas, ou se continuaria no continente. 

Criar sua fama como uma boa construtora de armas.

Uma ótima guerreira.

Poderia realizar seu sonho em paz, sabendo que a situação crítica do povo das ilhas permanecia? 

Tenten tardava em resolver essas questões e ia fazendo o que podia para se ocupar com outras coisas. E essas coisas a levaram até ali, naquele aperto de depósito. Quisera atender às saudades do Hyuuga, revendo-o após dias, despertara o interesse de ter contato íntimo com o mesmo. 

O arrependimento já batia à porta. 

— Acabamos cedendo ao casamento de Hiashi porque, ele, sendo sangue puro ainda sentava no trono... mas... e agora? Mesmo Hinata-sama sendo sangue puro, não é ela que senta no trono. 

— “Fuyunoyo”  — O Uzumaki distinguiu mais uma voz, e levou sua mão para o lado, cravando seus dedos na parede. Fuyunoyo era um dos piores. 

— Hinata-sama apresentou problemas mentais quando era criança, por certo, uma doença como castigo pelo pai se casar com uma impura. — A voz de Fuyunoyo prosseguia áspera. — Ela mal falava e vivia com medo de algo invisível. Pesadelos frequentes, e amanhecia urinada.  

— Não era doença, sofria de pesadelos, somente. — Aki argumentou.  — Normal para uma criança.

— Uma criança grandinha demais para mijar na cama. E isso aconteceu de um dia para outro, ela não era assim até certa idade. Os pesadelos foram um sinal de Ashura-sama avisando Hiashi que ele cometeu um erro ao se casar com uma impura. — Fuyunoyo reforçou.

Hinata sentiu um nó na garganta, eles se referiam à época na qual ela jazia traumatizada pelo seu rapto, e a tudo que testemunhou no esconderijo de Danzou.

O Selvagem não quis mais permanecer no depósito.

Aqueles velhos precisavam saber a verdade!

Eles não imaginavam pelo que sua esposa passou!

Inventar aquelas bobagens de que era sinal ou castigo divino corroeu a alma do Selvagem de ódio.

Fazendo menção de segurar a maçaneta da porta, a pequena mulher o abraçou pela cintura, puxando-o para trás.

Olhando, por cima do ombro, Naruto viu sua esposa suplicar para ele não sair do depósito, ela balançava a cabeça em movimento de negação, rapidamente, desesperada.

Neji em seu silêncio lamentava.

Atualmente, ele jazia bem informado sobre o que sua prima vivenciou na infância.

Hinata compartilhou com ele, e seu senso de proteção para ela, aumentara.

Danzou Shimura.

Destruiria qualquer seguidor de Indra que ainda existisse no Continente dos reinos.

Em cada um imaginaria a face do Shimura.

A conversa entre os anciões prosseguia:

— Nossa Senhora está casada e nossos cavaleiros aceitaram o novo Senhor. Não podemos fazê-los quebrar o juramento. — Dizia outro ancião. 

— É por isso que Hanabi-sama e Neji-sama são nossas esperanças, nos concentraremos neles. Hiashi era um homem respeitoso, mas sem ele aqui, não existe mais o mesmo fervor de nosso sangue. 

— Neji-sama não parece objetivado em casar, o que acontecerá se não for dos planos dele? 

— É certo que não iremos vencer os Selvagens se declararmos guerra, mas um dia no futuro, seremos muitos e reconquistaremos o que é nosso, com o rumo que o trono tomará, não durará muito, pois, um sangue impuro nunca será digno da coroa Hyuuga. A palavra de nosso Deus é clara. Creio que o melhor é dar a escolha aos Hyuugas para virem conosco ao mosteiro e lá iniciar a nova geração de nosso Clã.  

— Abandonar nossas terras e separar nosso clã? — o ancião apaziguador de antes, comentara em tom desolado.

Infelizmente, a maior parte dos membros do Conselho enxergou como um plano reserva para manter a pureza da linhagem, depois de perderem uma imensa quantidade de vidas no acontecido de Suna, abriam-se para qualquer plano que garantisse o aumento e preservação do sangue puro Hyuuga.

A voz de Aki se manifestou:

— Não estarei mais vivo quando os Hyuugas tomarem o que é deles por direito, mas que minha alma esteja protegendo nossa futura geração.

— O clã Hyuuga nem sempre esteve nas terras, temos nossa marca desde a era das cavernas, esperar séculos para chegarmos ao nosso lugar, é algo que estamos adaptados a fazer. — Fuyunoyo finalizou a reunião.  

Retiraram-se na lentidão que a idade permitia.  



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