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História Casamento Arranjado - Fillie - 08


Escrita por: Baby_Mills

Capítulo 8 - 08



Pov Finn



Jack havia me alertado sobre o temperamento de Millie, mas eu não havia levado muito a sério afinal eu sabia o quão 'doce' ela poderia ser. Só de pensar eu começava a ficar louco, procurei afastar tais pensamentos da minha mente.

Cabeça dura era o que ela era. Teimosa ao extremo. Ela estava deixando Sophie -amiga de Kelly e a corretora que nos levava a diversas casas- de cabelo em pé. Nada para ela era bom o suficiente, eu havia visto uma casa perfeita, onde eu me imaginava com Millie na varanda, vendo nossos filhos brincando, mas como ela disse era parecida demais com a casa de seus pais. Ou não tinha cômodos o suficiente, ou o jardim era pequeno demais, ou então a garagem não tinha espaço para nossos carros, enfim uma lista imensa de defeitos que só ela poderia apontar.

Millie estava no andar de cima da penúltima casa, segundo Sophie, enquanto eu olhava o quintal.

–Então para quando é o casamento? –ouvi a voz da corretora atrás de mim e me verei para ela.


–Daqui a um mês. –respondi sentindo meu peito inflar só de pensar que logo, logo Mills seria minha esposa.


–Mas por que tão cedo... –era impressão minha ou ela tentava jogar charme pra cima de mim? –Sua noiva está gravida?


Sophie costumava ser meu tipo de mulher. Alta, loira, mas depois de Millie, mulher nenhuma era capaz de ocupar a minha mente e agora eu a via como uma mulher vulgar e aquilo me enojava.


–Não. –respondi fechando a cara.



–Desculpe, eu só estava tentando entender por que alguém como você, se casaria com uma adolescente como ela.


–Não que seja da sua conta... – Millie entrou no ambiente assim que Sophie terminou a frase. –Mas estamos nos casando por amor, não é mesmo querido? –e ela veio para o meu lado, me abraçando pela cintura e passando a mão em meu peito.



Eu acho que eu estava dormindo ainda e isso tudo era um sonho maluco.


–Sim, querida. –o que não deixava de ser verdade da minha parte. Abusando da sorte a puxei de encontro a mim cheirando seus cabelos macios.


–Oh eu não quis dizer isso. – Sophie disse num tom afetado.


–Ah eu sei exatamente o que você quis dizer. – Millie riu irônica. -Vamos amor, não gostei essa casa. –me pegando pela mão ela me arrastou até o meu carro, e esperamos por Sophie para nos levar para conhecer a próxima casa.



Assim que estacionei o carro logo atrás do de Sophie eu sabia que aquela era a casa certa e quando olhei para Millie tive mais certeza ainda.





Seus olhos brilhavam enquanto admirava a casa da janela do carro.






Pov Millie



Como alguém pode ser tão vulgar? Esse era o meu único pensamento ao ver Sophis, desfilando em seu scarpin vermelho altíssimo, saia justa e com os peitos praticamente pulando fora do decote. Era a corretora amiga da minha mãe. E desde que Finn e eu nos encontramos com ela para ver as malditas casas eu percebi ela lançando olhares de cobiça em cima dele e fazendo questão de rebolar mais do que o normal, jogando pra lá e pra cá aquele traseiro achatado dela. Finn bobão como era não percebia ou fingia não perceber e aquilo estava me dando nos nervos.


Não, eu não estava com ciúmes. Era só irritação mesmo, logo de cara não gostei de Sophie e ver ela se oferecendo para Finn e praticamente dizendo a ele que eu não era o suficiente para ele, estava me tirando do serio então fiz aquela pequena ceninha, só para ver Finn se divertindo, provavelmente ele pensava que eu estava com ciúmes.


Nós estávamos seguindo Sophie para ver a penúltima casa já que eu havia feito questão de não gostar de nenhuma das opções que ela havia nos mostrado. O que era mentira, as casas eram perfeitas e eu podia me ver morando nelas, mas eu não podia dar o braço a torcer. Eu estava meio distraída com meus pensamentos e quando dei por mim o carro estava parando. Olhei para o lado e vi uma casa perfeita, que parecia ter saído dos contos de fadas ou de meus próprios sonhos.


Havia um carvalho de cada lado cercando a casa, um pequeno jardim repleto de flores coloridas, uma pequena fonte onde os passarinhos brincavam. E uma varanda com vista para o jardim, com um balanço de dois lugares. O lugar era mágico e eu estava encantada.

Uma pena que aquele casamento não era de verdade. Que Finn não me amasse e que eu também não o amasse, porque se fosse ao contrario eu tinha certeza de que nós seriamos muito felizes ali, naquela casa magica.


–São três quartos com suíte, uma sala de jantar, sala de visitas, a cozinha possui equipamentos modernos, piscina nos fundos... – Sophie enumerava as qualidades da casa e nem sua voz de ganso agonizando na beira da morte poderia me distrair da magia daquela casa.



–Gostou? –senti um arrepio gostoso se alastrar por todo meu corpo a partir de meu ouvido e se concentrando em minhas costas, onde Finn mantinha uma mão cuidadosamente. Eu estava tremula com sua voz rouca e seu toque quente, e aquela era uma reação que eu não esperava de mim.

–Velha demais. –eu dei de ombros e me afastei. Saindo de lá o mais rápido que eu podia fui para o volvo, o que foi uma péssima ideia, já que assim que me lá dentro senti o cheiro de Finn se espalhando por meus sentidos com força total.

Droga, porque ele tinha que ser tão perfeito?



Porque ele não podia ser um ogro brutamontes, que não me tratasse bem? Mas ai me lembrei de toda a palhaçada do casamento arranjado e me lembrei que aquilo tudo era uma farsa cheia de conflitos e interesses.

–Mills... – Finn entrou no carro me olhando preocupado.


–Quero ir pra casa. –eu disse olhando pela janela, só para não ter que encará-lo.


–Mas só falta uma casa para vermos e...


–Do que adianta me levar, no final é você quem decide não é? –perguntei irônica.


Ele suspirou pesado e ligou o carro dando partida.



No final das contas o maior conflito que existia nessa história toda era o que existia dentro de mim. Eu acho que estava me apaixonando por Finn Wolfhard, e aquilo era completamente errado.

Finn estacionou em frente a minha casa e eu já estava pronta para descer quando ele segurou minha mão e senti pequenos choques com seu toque.



–Millie... –ele chamou.

–Que foi. -olhei para ele me arrependendo logo em seguida por ver seus olhos negros carregados de uma emoção desconhecida, me queimando.



Não sei como aconteceu, mas em seguida seus lábios queimavam nos meus e eu correspondia com todo o entusiasmo que eu poderia. Eu estava sentada em seu colo, perdida em seus braços, nossas línguas brigavam entre si, Finn chupou meu lábio inferior com força, sua mão subindo por minhas costas, parando na lateral de meu seio direito, eu me senti tremula, quente e excitada, ainda mais por sentir em minha coxa que ele também estava excitado, seus lábios agora distribuíam beijos quentes e molhados em meu pescoço enquanto eu tentava recuperar a respiração.


Eu não devia estar ali, meu sinal de alerta piscava em minha mente. Ah, que se foda, eu ia aproveitar o momento. Sentei-me de forma que eu estivesse com uma perna de cada lado da cintura de Finn e me abaixei de encontro a ele, sentindo sua potencia em mim, e ele deu um gemido rouco que reverberou em meu corpo indo parar direto 'lá', me deixando mais quente do que eu já me encontrava. Fui de encontro aos seus lábios me perdendo novamente, naquela imensidão deliciosa, sua mão massageava meu seio por cima da camisa e minhas mãos puxavam seus cachos macios e cheirosos quando ouvi batidinhas no vidro do carro e risadinha feminina, rapidamente me separei de Finn e vi Sadie rindo do lado de fora, senti meu rosto queimar.

–Merda. –ouvi Finn xingar baixinho..


–Eu tenho que ir. –eu disse me afastando ainda mais dele.


–Espera. –olhei para ele e eu já podia sentir as lágrimas se acumulando em meus olhos, eu tinha que sair dali.



–Eu tenho que ir. –repeti me soltando dele e sai correndo em direção a minha casa, ouvindo duas vozes gritando meu nome, mas fiz questão de ignorá-las e logo eu estava completamente segura e trancada em meu quarto e eu só queria esquecer o que havia acontecido naquele carro, mas eu não poderia, seus toques ainda queimavam por meu corpo.











Eu havia entrado em um labirinto e o pior, eu não sabia o caminho para voltar. Eu estava completamente perdida.
































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