Pov Finn
Eu queria matar Sadie Por que, meu Deus, ela tinha que interromper aquele momento perfeito? Ela não podiam simplesmente sair como se não tivessem visto nada? Era pedir demais?
– Finn me desculpa... – Sadie resmungava atrás de mim enquanto eu tentava convencer Millie a abrir a porta de seu quarto.
–Não quero falar com você agora Sadie. –resmunguei - Millie abra a porta vamos conversar. –eu implorei.
–Vá embora. –ela gritou.
Seria inútil ficar ali, eu sabia que ela não iria abrir a porta para conversar comigo e por hora me dei por vencido.
–Vamos embora Sadie. –desci as escadas emburrado comigo mesmo por ser tão idiota na presença de Millie.
Fiz o caminho até em casa em silencio. Sadie puxou conversa.
–Finn me desculpa. –ela pediu com seus olhinhos brilhantes com lágrimas.
–Não adianta fazer essa cara, estou chateado poxa...
–Eu sei, mas me desculpa.
–Ok. –resmunguei.
Depois de alguns minutos de silencio eu já entrava com o carro na garagem.
–Você gosta mesmo dela não é? – Sadie perguntou baixinho, olhando para suas mãos.
–Sim Sadie, eu a amo.
–Mas como? Você nem a conhece direito.
–Eu não sei explicar, só sei que a amo, e estou desesperado para que ela no mínimo goste de mim. –dei de ombros.
–Nisso eu posso de ajudar. –os olhos de Sadie brilhavam de empolgação, a olhei interessado.
–Como? –eu podia enfim ver uma luz no fim do túnel.
–Sabe, o seu maior problema é ser apressado e como eu conheço Mills com a palma da minha mão, sei que ela precisa de romance. –ela me condenou com os olhos. –Então vamos tentar consertar um pouco isso.
–Como assim consertar, não vou desfazer o noivado e...
–Calado. –ela me repreendeu. –Eu não disse nada sobre desfazer seu noivado. O que eu quis dizer foi que você e Millie terão um encontro.
–Um encontro? –perguntei surpreso.
–Sim, e com tudo que se tem direito. –ela bateu palmas toda empolgada. –Luz de velas, musica romântica, flores... –ela foi divagando, caindo em sua própria imaginação numa falação sem fim.
–Sadie... –a interrompi quando ela começou a falar de limusines. Ela me encarou atordoada, com certeza ela tinha ido para o mundo imaginário de Sadie. –Foco no encontro.
–Ok, eu viajei só um pouquinho. –ela deu uma risadinha sem graça.
–Você só não pensou no mais importante. –eu disse.
–E o que poderia ser?
–Como eu vou conseguir convencer a Millie a ir a um encontro comigo?
–Isso você deixa comigo. –ela sorriu. –Vou deixar ela belíssima sem saber que vai a um encontro com você.
– Sadie, eu posso te pedir um favor. –eu disse assim que entravamos em casa.
–Até dois Finnie, estou de bom humor hoje. –ela disse como se aquilo fosse novidade, Sadie tinha bom humor até de ressaca ou na TPM.
–Você pode fazer a Millie usar aquele vestido da festa de aniversario dela? –perguntei sentindo meu rosto corar um pouco.
–Cara, aquele vestido é poderoso mesmo. –ela riu. –Acho que vou pedi-lo emprestado para ir a um encontro com Caleb quem sabe ele não...
– Sadie! – a repreendi e ela me deu as costas subindo as escadas rindo consigo mesma e conversado sozinha.
Pov Millie
Quando tive certeza de que Finn havia saído da porta do meu quarto corri para ver se tinha alguém no corredor e vi que ele e Sadie desciam as escadas. Encostei-me ao batente da porta suspirando, toquei meus lábios sentindo-os ainda inchados pelo beijo enlouquecedor que eu havia trocado com Finn minutos atrás. Na verdade, o meu primeiro beijo. Eu não poderia imaginá-lo mais perfeito, pena que a situação não era perfeita.
Fui tomar um banho, tentando relaxar e esquecer aquela situação toda. Imaginando como seria se Finn realmente gostasse de mim.
Primeiro de tudo ele me convidaria para um encontro. Nós sairíamos algumas vezes e depois começaríamos a namorar. Nós teríamos amassos no carro, no sofá da sala, no seu ou no meu quarto, até enfim eu me entregar de corpo e alma para ele. Nós dois trocaríamos juras de amor enquanto fazíamos amor. Nós namoraríamos por um bom tempo, eu iria para a faculdade e ele me pediria em casamento. Quando eu me formasse nos casaríamos enfim e seguiríamos nossas carreiras, não importa onde, o importante seríamos nós dois juntos. Teríamos filhos e envelheceríamos juntos... Esses pensamentos me deixaram triste, ainda mais por saber que nós nunca teríamos nada disso, que esse casamento não passava de pura fachada politica. Onde a filha do candidato Brown se casava com o filho mais velho da mais antiga e tradicional família de Hawkins.
Sai do chuveiro quando minha pele já estava toda enrugada. Minha imaginação havia ido longe demais. Eu nunca teria nada daquilo, porque eu estava sendo obrigada a me casar sem amor e todos os meus sonhos seriam jogados no fundo de uma caixa e guardados no sótão completamente esquecidos.
Vi a tela do meu celular piscando. Havia 5 ligações perdidas de Sadie e uma da minha mãe e pasmem, uma mensagem de Josh me convidando para um encontro.
–Ahhhh... –eu gritava em frente ao celular, enrolada em uma toalha, quicando pra lá e pra cá que nem uma adolescente louca. –Ah meu Deus o que eu faço? –entrei em desespero e só encontrei uma solução.
Ligar para Sadie.
– Sadie Sink Wolfhard falando. –ela atendeu ao telefone com voz engomadinha e eu ri da palhaçada.
–Para de graça eu tenho uma coisa importante para te falar. –sentei em posição de índio na minha cama, ainda enrolada na toalha.
–Pois eu também tenho algo pra te falar.
–Então diga!
–Você primeiro, a minha novidade é muito melhor mesmo.
–Ok. –respirei fundo. –Josh me convidou para sair ahhhh... –soltei a bomba toda empolgada.
–O QUE? – Sadie gritou do outro lado da linha eu afastei o celular da orelha.
–Isso mesmo que você entendeu Sadie, Josh Cooper me convidou para um encontro no próximo sábado. E como você é minha melhor amiga te liguei para pedir conselhos.
–Você é noiva mulher, que tipo de conselhos você quer que eu de? –era impressão minha ou ela estava muito irritada.
–Conselhos de amiga, tipo que roupa usar... Esse tipo coisa sabe. –a ouvi suspirar do outo lado da há.
–Agora você me pede conselhos de moda...-sua voz foi sumindo na linha.
Eu podia ouvir sua respiração do outro lado e sabia que ela devia estar maquinando alguma coisa, eu podia ouvir sua mente trabalhando do outro lado da linha, tive arrepios de antecipação e medo de Sadie quando tramava era praticamente indestrutível.
–Er... Sadie terra chamando.
–Okay vou te ajudar. –ela respondeu rispidamente. –Esteja em minha casa sábado lá pelas 14 horas.
–Ta bom Sadie. -eu disse me contentando. -Até amanhã então.
–Até. –então ela praticamente desligou na minha cara e sem me falar qual era sua novidade empolgante.
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