História Casamento Por Aluguel - For The Rest Of My Life

POV. Harry

— Aonde você pensa que vai, mocinho? – Minha mãe apareceu na cozinha no exato momento em que eu abria a porta dos fundos.

— Eu... Eu estava... Estava indo pra casa do Louis! – Aprecei-me em dizer.

— Casa do Louis, é? – Minha mãe me olhou desconfiada. – Já disse que não quero você vendo essa garota, Harry.

— Mas mãe...

— Sem mais, Harry – suspirei, fechando a porta e sentando-me em uma das cadeiras. – Eu estou seriamente começando a achar que você é idiota, ou que tem alguma deficiência mental, porque, sério, mesmo depois de tudo o que ela fez, você continua correndo atrás dela igual um cachorrinho!

Mantive-me quieto, segurando a vontade de desmentir tudo o que Grace havia inventado.

— Está bem, mãe.

— Entenda, filho, que eu só quero o melhor para você – apoiou sua mão em meu ombro gentilmente. – E o melhor no momento é ficar com seu pai, que não sei se você já se esqueceu, mas poderia ter morrido...

Apenas assenti com a cabeça, pensando no que Grace poderia estar fazendo naquele momento.

POV. Grace

— Grace, você realmente vai ficar o dia inteiro aí? – Minha avó perguntou, adentrando o meu quarto e abrindo as cortinas.

Apenas resmunguei e me virei para o outro lado da cama, sem a mínima vontade de levantar.

— Já passou das 13h da tarde, então trate logo de levantar e ir tomar um banho!

— Pra quê? Não tenho nada pra fazer hoje mesmo – minha voz saiu abafada pelo travesseiro.

Minha avó suspirou, sentando-se na beirada da cama.

— Pois deveria. Eu já estou cansada de vê-la passar dia após dia enfurnada dentro desse quarto.

— Eu só não tenho nada para fazer, vó.

— Não minta para mim, Grace. Eu sei que você sente falta daquele garoto. – Bufei, erguendo o meu tronco e ficando sentada de frente para ela. – Só não entendo porque você está mantendo essa mentira...

— Porque é isso o que fazemos quando amamos – segurei a sua mão. – Colocamos a felicidade do outro na frente da sua.

— Eu já desisti de tentar entender vocês – balançou a cabeça negativamente, levantando-se de minha cama. – Ah, já estava quase me esquecendo! Chegou isso para você hoje de manhã.

— O que é isso? – Perguntei, pegando o envelope que ela estendeu em minha direção.

— Leia, oras.

 — Está bem – percorri meus olhos pelo papel e senti meu coração falhar uma batida quando vi quem era o remetente.

POV. Harry

Ouvi duas batidas na porta e gritei um “entra”, surpreendendo-me ao ver quem era.

— Louis? O que você está fazendo aqui? – Pausei o videogame, indo dar-lhe um abraço.

— Eu, querido amigo, vim te resgatar – sorriu maroto.

— Como assim? – Perguntei, fazendo-o revirar os olhos, impaciente.

— Eu convenci a sua mãe a deixar você sair comigo, mas na verdade to levando você pra encontrar a Grace.

— Ah, certo. Mas por quê?

— Porque ela disse que precisa urgentemente te ver – Louis adentrou o meu closet, catando uma bolsa e jogando algumas mudas de roupa dentro.

— O que você está fazendo? – Indaguei.

— Você já vai entender, só fique quieto e me ajude.

— Eu ajudaria se soubesse o que você está fazendo – revirei os olhos.

— Vá arrumar uma nécessaire – mandou e, mesmo sem estar entendendo nada, obedeci.

Segui para o meu banheiro e peguei meus itens de higiene pessoal, colocando-os na pequena bolsinha. Voltei para meu quarto, onde Louis já me esperava na porta, e entreguei-lhe a nécessaire.

— Nós vamos no seu carro. Me deixa na casa da Amélia e vá direto pra Grace, entendido?

— Entendido.

[...]

Toquei a campainha e quase que imediatamente a porta se abriu. Grace envolveu-me em seus braços, apertando-o fortemente. Retribui o abraço, um pouco confuso. Não fazia nem dois dias desde que havíamos nos visto pela última vez.

— Está tudo bem? – Perguntei.

— Por que não estaria?

— Ãm... Deixa pra lá.

— Então... Vamos? – Ela saiu de sua casa, trancando a porta e carregando uma bolsa consigo.

— Pra onde? – Perguntei, seguindo-a de volta para o meu carro.

— Você faz muitas perguntas – abriu a porta, sentando-se no banco do carona.

— Me explique o que está acontecendo, Grace. – Impedi-a de bater a porta.

— Está bem – revirou os olhos. – Nós vamos passar o final de semana no chalé da família da Amélia.

— Eu, você, ela e o Louis?

— Não, Harry – segurou o riso. – Só nós dois.

— Só nós dois? – Sorri de lado.

— Você por um acaso quer plateia? – Grace corou diante da própria fala.

— Oh, não, não. – Fechei a sua porta e me apressei em dar a volta no carro e sentar no banco do motorista. — Quem sabe para onde estamos indo? – Perguntei, observando-a configurar o GPS.

— Minha avó, o Louis, Amélia e a Lizzie. – Sorriu, ajeitando-se no banco.

Observei-a por uns instantes, pensando no quão incrível aquela mulher era.

— O que foi? – Ela indagou.

— Nada não. – Sorri, ligando o carro e entrelaçando minha mão na sua.

POV. Grace

— Estou com câimbra – reclamei, destrancando a porta com a chave dada por Amélia.

— Claro, né. Passamos três horas dentro de um carro, sem nenhuma parada.

— Porque você não quis – acrescentei, adentrando o chalé e procurando por um banheiro.

— Eu só queria chegar logo, oras. – Ouvi o barulho da porta se fechando, enquanto me sentava no vaso sanitário e sentia um alívio percorrer o meu corpo por finalmente estar esvaziando minha bexiga.

Lavei minhas mãos e voltei para a sala, onde Harry mexia na TV.

— Amélia disse que a antena está com problema – informei-o, colocando minha bolsa no sofá, ao lado da do Harry. – Mas ela disse que tem uma coleção de filmes na gaveta.

— E eu estava aqui pensando... Não paramos em nenhum mercado para comprar comida.

— Você acha mesmo que eu ia me esquecer de algo tão importante quanto comida? – Indaguei. – Amélia disse que tem um caseiro que vem aqui uma vez por semana. Ela pediu pra ele abastecer a cozinha ontem – expliquei. – Ah, e ela disse que aqui embaixo é a sala, a cozinha, tem um banheiro e um quarto. Lá em cima tem duas suítes e uma sala com lareira.

— Graças a Deus. Estou morrendo de vontade de tomar um banho – Harry se aproximou, envolvendo minha cintura e puxando-me para si.

— E eu vou ver algo para comermos. – Coloquei meus braços ao redor de seu pescoço. – Alguma sugestão?

Harry sorriu maliciosamente, aproximando seu rosto de meu pescoço. Ele roçou seu nariz sobre a minha pele, movendo-se lentamente até chegar ao meu ouvido.

— Serve você? – Sussurrou, mordendo levemente o lóbulo de minha orelha.

 Meu corpo inteiro se arrepiou, ansiando pelo que estava por vir.

— Harry...

Ele me calou com um beijo, segurando firmemente minha cintura com suas mãos. Agarrei seu cabelo, puxando-o para ainda mais perto, ao mesmo tempo em que sua língua adentrava a minha boca e revirava cada mísero centímetro dela.

Interrompi o beijo, lembrando que estávamos na sala.

— Vamos para... – as mãos de Harry apertaram a minha cintura.

— Para? – Perguntou.

— Para... – murmurei incoerentemente.

Seus lábios tocaram os meus mais uma vez, antes dele se dirigir para o primeiro cômodo que encontrou, puxando-me pela mão. Felizmente era um quarto.

Sem perder tempo, as mãos de Harry puxaram minha blusa para cima e, antes mesmo que eu pudesse perceber, a peça já estava jogada no chão. Seus lábios chocaram-se novamente com os meus, enquanto suas mãos moviam-se pelo meu corpo até às minhas pernas, onde fez impulso para que eu subisse em seu colo.

Envolvi sua cintura, colando ainda mais nossos corpos. Harry fechou os olhos e parou de se mover por um breve segundo, deixando sua boca parada contra a minha. Mordi seu lábio inferior, sentindo-o apertar as minhas coxas e pressionar-me ainda mais contra o seu quadril.

— Harry – arfei, puxando seus sedosos fios encaracolados.

 Senti minhas costas baterem contra a parede no exato momento em que meus lábios mais uma vez eram tomados pelos seus. Sua boca começou a se mover contra a minha com urgência, fazendo com que aquela sensação na boca do meu estômago se intensificasse.

Desci minhas mãos pelos seus braços, sentindo seus músculos se retesarem com o toque. Adentrei sua blusa com minhas mãos, passeando meus dedos pela pele quente de sua barriga.

— Grace... – Harry murmurou contra minha boca, desencostando-me da parede e caminhando comigo em seu colo até a cama.

Harry me deitou delicadamente e se afastou para tirar o seu sapato. Ele olhou-me por um segundo antes de remover meu tênis delicadamente e desabotoar a minha calça, puxando-a pelas minhas pernas até eu estar livre da peça.

Sorri sentando na cama e ficando de joelhos logo em seguida. Levei minhas mãos até a barra de sua blusa, tirando-a pela sua cabeça e jogando-a no chão. Beijei os lábios de Harry, sentindo seus braços envolverem a minha cintura.

 — Grace? – Ele interrompeu o beijo.

— Sim? – Levei minha mão ao seu rosto, passando o polegar pela sua bochecha.

— Eu... – Harry respirou fundo. – Eu...

— Eu sei – sorri, encostando minha testa na sua. – Eu também te amo.

— E quem disse que eu ia falar isso? – Harry sorriu de lado.

— Você é ridículo – revirei os olhos.

— Mas você me ama.

— E daí? – Harry riu, dando um beijo em minha testa.

— E daí que eu também te amo e... – Fez uma pausa, olhando-me fixamente nos olhos. – E eu quero fazer amor com você esta noite.

— Só esta noite?

— E pelo resto de minha vida.