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História Case: Song Lan - Uma esperança


Escrita por: alegorica

Capítulo 14 - Uma esperança


14/10/2016

Xue Yang estava sentado acompanhado do detetive e seu amigo, eles haviam pedido mais uma xícara de café e Xue estava esperando eles terminarem para que pudesse roubar o Xiao um pouquinho do Jiang e o levar para qualquer lugar.

Em algum momento a dupla de amigos começou a conversar, acabando por deixar o Yang de lado no assunto, Jiang Cheng comentava sobre a faculdade e um colega idiota que sempre tentava alguma coisa com ele e o detetive ouvia tudo atentamente.
— As pessoas do meu curso estão começando a desconfiar que eu não tenho mesmo um namorado, vivem perguntando sobre ele e me pedindo para o apresentar a elas, mas como eu vou apresentar alguém que está desaparecido há anos? — Jiang pegou a sua xícara de café que estava sobre a mesa e levou aos lábios, bebericando um pouco do conteúdo amargo, ele encarava a porta, como se estivesse perdido em seus pensamentos. — Eu só queria uma esperança, uma pista de que ele realmente está vivo antes que eu decida ir em frente, não quero ficar preso a uma esperança que praticamente não existe mais, quero algo verdadeiro, concreto, algo que me motive a continuar — Suspirou e bebericou mais do café.

O Cheng piscou seus olhos enquanto se endireitava na cadeira e prestava atenção em Xiao, que mordia o lábio inferior enquanto pensava em algo bom o suficiente para dizer, mas não conseguiu pensar em nada, então resolveu começar a conversar sobre qualquer coisa com Xue Yang.

Após alguns minutos o celular de Xingchen começou a tocar, fazendo os outros dois na mesa olharem para ele, se desculpou pela interrupção e atendeu a ligação.
— Alô, boa tarde, poderia falar com o senhor Xiao Xingchen? — A voz questionou do outro lado da linha, o dono desta parecia sério e um pouco desesperado.
— Sou eu, em que posso ajudar? — Um suspiro, talvez de alívio, foi ouvido na ligação junto com um barulho estranho.
— Senhor Xiao, me chamo Mo XuanYu e sou enfermeiro no hospital Yunmeng, quero falar sobre seu irmão, Lan Xichen — Xingchen ergueu uma sobrancelha, confuso, quem iria falar sobre uma pessoa que está desaparecida há anos? — Há menos de vinte e quatro horas que seu irmão deu entrada no hospital, ele foi atropelado por um táxi e ficou com um corte superficial no queixo — Xiao inclinou a cabeça para o lado, achando a piada muito sem graça e pensando que a pessoa que estava fazendo isso era sem noção.
— Olha senhor, eu peço que pare de fazer piada sobre isso, meu irmão está desaparecido há oito anos — Suspirou e inclinou um pouco a cabeça novamente, para ver se Xue Yang e Jiang Cheng estavam o observando.
— Não estou fazendo piada, existe um paciente aqui chamado Xichen, Lan Xichen, e, nós conseguimos entrar em contato com o senhor por causa do celular do paciente, onde tinha o seu número nos contatos de emergência — O detetive apertou o aparelho com a mão, às lágrimas queriam vir, parecia impossível acreditar no que estava ouvindo.
— Poderia me passar o endereço desse hospital? — O enfermeiro concordou e Xingchen ouviu atentamente o endereço, anotando tudo em sua mente, ele torcia para aquilo não ser uma brincadeira. — Obrigado por me informar, eu já estou indo — Levantou-se às pressas, quase derrubando a cadeira.

Jiang Cheng parecia em choque com o que tinha ouvido, embora tenha ouvido só as coisas que o amigo havia dito para a pessoa ao celular, o detetive pediu licença aos dois e saiu andando desnorteado para fora da cafeteria, Jiang foi atrás do amigo e Xue também, tentando entender o que estava acontecendo.
— Onde você está indo, detetive? — Yang questionou e correu para perto do carro, onde Xiao estava entrando.

Jiang entrou no carro junto com o amigo e se sentou no banco traseiro, Xue correu para o outro lado e entrou ao lado do passageiro, em nenhum momento o detetive se preocupou em impedir qualquer um dos dois de entrar no automóvel, apenas ligou o veículo e saiu em disparada para o hospital, era um pouco longe, mas não se importava, ele só queria ter uma confirmação de que era seu irmão que estava lá, suas esperanças estavam altas demais.

Xiao ficou ouvindo o Yang tagarelar durante todo o caminho, perguntando o motivo do detetive parecer tão desesperado em chegar a qualquer fosse o seu destino, se controlava para não jogá-lo daquele carro.

Quando estacionou pediu para que eles ficassem no carro enquanto corria pra entrar no hospital, Jiang Cheng o seguiu enquanto ignorava aquele pedido, uma enfermeira respondeu onde ficava o quarto onde supostamente estaria Xichen e Xingchen agradeceu antes de correr pelos corredores junto com o amigo, esbarrando em alguns enfermeiros que passavam e pedindo desculpas de forma afobada.

Ao entrar no quarto toda a sua agitação se esvaiu, Xichen não estava ali, seu irmão continuava desaparecido, parecia que era tudo uma brincadeira.

Havia uma fotografia sobre a cama, Xiao a pegou, era uma espécie de selfie e quem havia tirado era o Lan, não parecia nada demais até reparar que havia a silhueta do próprio detetive no fundo da fotografia, em frente ao escritório dele.

Sua vista parecia embaçar conforme as lágrimas iam chegando e caindo, seu irmão estava vivo, Xingchen só não conseguia entender o motivo da fuga e muito menos o motivo dele ter deixado àquela fotografia, Jiang Cheng pegou a fotografia de suas mãos e a abraçou, sentindo uma felicidade que não saberia explicar.
— Ele está vivo — Foi a única coisa que conseguiram dizer, embora aquela informação fosse óbvia agora.
— Xingchen, você acha que vai conseguir encontrá-lo? — questionou torcendo para que a resposta fosse positiva.
— Agora que eu sei que ele ainda está vivo, vou fazer de tudo para saber onde ele está, prometo — afirmou e puxou o amigo para perto, o abraçando, enquanto continuava a chorar, dessa vez em seu ombro. — A-Cheng, nós vamos encontrar o Xichen, nós vamos descobrir porque ele sumiu.

Quando os dois voltaram para dentro do carro Xue Yang pôde sentir um clima um pouco estranho no ar, pensou em indagar o que estava acontecendo, mas pensou que isso poderia ser invasão de privacidade já que eles pareciam um pouco atordoados com o que havia acontecido dentro daquele hospital.

Jiang foi deixado na porta da casa de Xiao e Xue descobriu que os dois moravam juntos enquanto o amigo do detetive estava na faculdade, o rapaz explicou que iria arrumar outro lugar quando finalmente terminasse a faculdade e arrumasse um emprego, o que poderia demorar, mas que iria deixar com que Xingchen tivesse seu próprio espaço finalmente.

Ouviu Xiao dizer que ele não precisava se preocupar com isso e que ficava feliz em dividir a casa com Jiang, os dois eram um apoio um para o outro, foi o que o detetive disse para fechar sua argumentação sobre o amigo ficar na casa por quanto tempo ele quisesse.
— Vou te dar uma carona até a sua casa — Xingchen disse.

Antes que ele tivesse a chance de dar a partida no veículo o Yang se inclinou para frente e puxou o rosto do motorista para beijá-lo. Iria se afastar para ver qual havia sido a reação de Xiao, mas foi puxado pelo próprio para que continuassem aquele beijo.

Apesar de Xue querer continuar com os beijos, Xingchen interrompeu o momento e voltou com as mãos no volante e respirou fundo, voltando a sua atenção para a rua, quando se acalmou deu a partida no carro e rumou em direção à casa do Yang.


Notas Finais


Boa noite, essa att saiu mais tarde por motivos de que eu tenho cabeça de vento e esqueci e ia deixar só para amanhã. Esse capítulo... Nem tenho palavras para expressar o que senti quando escrevi ele.


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