História Caso 669 (imagine Han Jisung - Stray kids) - Exame

– Tem certeza do que vai fazer ? – Pergunto para Jisung que revira os olhos. – Sabe que primeiro temos que ter provas ou algo concreto pra depois julgar alguém.

– S/n... Eu tenho certeza que é esse Changbin, ele está a em tudo. O que temos que fazer, é pelo menos pedir para ele fazer o exame. – Ele diz simples mas um pouco grosso.

Estamos no carro discutindo sobre o Changbin. Ele não é uma pessoa má, mas quem vê cara não vê coração.

Jisung cismou que é ele, e ele está conseguindo me convencer aos poucos. Eu fico pensando se não for ele, é desagradável pedir pra ele fazer um exame de DNA para comparar com o DNA que o Seungmin conseguiu do corpo de Lia.

– Eu falo com ele, fica tranquila. – Ele diz e abre a porta do carro saindo.

Marquei com Changbin no mesmo local da última vez, eu o avisei que Jisung iria e o mesmo já ficou em alerta, me fazia várias perguntas do porquê de nós estarmos atrás dele.

Saio do carro e ando em passos rápidos para acompanhar Jisung que já estava lá na frente.

– Espera Jisung. – Falo segurando o braço dele. – Deixa que eu falo com Changbin.

– Por que está tão ligada com esse cara? Parece que quer evitar isso. – Ele diz puxando o braço dele pra si irritado. – Se for ele, nós estamos com ele já nas mãos.

– E se não for. Se parar pra pensar está muito fácil esse caso. E nós que fomos idiotas de ter esperado tanto tempo. – Falo simples. – Eu sinto que não é ele.

– Sente ? – Ele diz debochando. – Se for ver por instinto, eu sinto que é ele.

– S/n ? – Quando ia falar escuto alguém me chamar. Changbin nos encara sem reação, ele foca parado até que continua. – O que querem comigo ?

– É o seguinte... – Jisung tenta se aproximar de Changbin mas eu o paro.

– Changbin, eu sei que já conversamos, mas não temos nenhuma pista ou provas, como você é o único que estava em todos os depoimentos só temos você de... – Abaixo o olhar vendo sua expressão triste.

– Suspeito. – Jisung continua me irritando, ele é tão insensível. Changbin já está desempregado e... Será que eu estou defendendo um assassino ? Eu sinto que não é ele mas de tanto que Jisung coloca na minha cabeça que eu estou errada já estou começando a acreditar nisso.

– Eu já imaginava que isso iria acontecer, claro. Sempre olha para o mais pé rapado e querem jogar a culpa. – Changbin diz passando as mãos pelos cabelos. – Vamos nessa então. Vou provar que não fui eu.

Sorrio fraco com sua determinação, agora você vai ver Jisung. Espero...

Nós três caminhamos até o carro de Jisung e entramos. Partimos indo em direção ao distrito, sendo mais exata o IML.

Abro a tela do meu celular e mando uma mensagem para Seungmin avisando que estamos chegando. Abro meu aplicativo de mensagens já que fazia um tempo que não mexia.

Há várias mensagens de Jackson. Melhor eu não abrir, é muita coisa pra mim digerir. Chegamos no distrito e saímos do carro indo em direção ao IML.

– Fica tranquilo, se você não é o culpado, isso virá a tona. – Falo baixo perto de Changbin.

– Não estou preocupado. – Ele diz simples.

Paramos na frente da porta da sala e Hyunjin abre surpreso.

– Quem é ele ? – O mesmo pergunta curioso enquanto nós entramos.

– O suspeito. – Jisung diz.

– Enfim, vamos começar logo. – falo tentando mudar o foco. Todos afirmam.

– Eu preciso que você... An... – Seungmin coça a nuca envergonhado.

– Já começaram ? – A porta é aberta revelando Felix e Chan.

– O que estão fazendo aqui ? – Jisung pergunta indignado. – Porque chamou eles s/n ?

– Eu não os chamei. – Falo surpresa.

– Eu chamei o Felix, agora o outro ali não. – Changbin diz apontando para Chan.

– Vocês se conhecem ? – Jisung pergunta curioso.

– Talvez. – Changbin diz e fica de frente pra mim. – Eu quero fazer isso, mas sem toda essa gente.

– Tabom. – Falo simples. – Vamos deixar ele sozinho. – Falo para todos.

– Na vdd quem tem que sair é ele. – Hyunjin diz deixando a gente confuso. – É que na verdade, o material que precisamos é o gozo dele. Seungmin é um banana que não consegue falar.

– Banana ? Eu lido com mortos não pessoas vivas. – Seungmin diz incrédulo. Ele pega um coletor irritado e entrega para Changbin.

– Como vamos saber se ele colocou o certo ? – Jisung diz desconfiado me fazendo bater em sua nuca. – Aí s/n! Não faz isso.

– Para de ser desconfiado o tempo todo. – Falo desviando o olhar vendo Chan ri baixo. – E você... Não ri.

– Desculpa. – Ele diz segurando o riso.

– Se está desconfiado vá com ele então no banheiro. – Hyunjin diz provocativo.

– Eu não. – Jisung diz com nojo. Todos se entre olham, Hyunjin diz que Seungmin é um banana mas parece que todos eles são.

– Vamos Changbin. – Falo pegando em seu braço.

– Onde pensa que vai s/n ? – Jisung pergunta se pondo a nossa frente.

– Como ninguém quer ir, eu vou acompanhá-lo. – Falo tentando o afastar mas só foi motivo para Chan também se por ao lado dele.

– Tenho que concordar com ele s/n. – Chan diz com os braços cruzados.

– Mas ele não disse nada. – Changbin diz sem entender.

– Deu pra entender Seo Changbin. – Hyunjin diz ríspido.

– Deixa que eu vou. – Felix se pronuncia nos fazendo o olhar.

– Certeza ? – Pergunto e ele afirma. Dou espaço para os dois passarem e vejo Changbin sorrir minimamente. Perai... Um sorriso ? Do Changbin? O que esses dois...

Procuro uma cadeira e me sento. Os meninos sentam em cima da maca e um fica encarando o outro.

– S/n... Eu estava pensando. Já que você não está namorando, bem que poderia me dar uma chance. – Hyunjin diz se aproximando.

– Não inventa Hyunjin.

– Qual é... Vai me dizer que não gostou daquele beijo. – Ele diz me fazendo arregalar os olhos surpresa.

– Mais um s/n ? – Jisung pergunta surpreso.

– Como assim mais um ? – Hyunjin pergunta confuso.

– Eu... – Tento falar mas não sai nada, eu nem sei o que dizer.

– Nós nos beijamos também. – Bang Chan diz sério.

– Safadinha. – Hyunjin diz rindo. – Então quer dizer que eu não fui o único.

– Chega! – Falo impaciente. – vocês dois me provocaram, se fosse um de vocês no meu lugar ninguém ia falar nada, mas já que sou todo mundo fica assim.

– Mas a gente não disse nada demais. – Chan diz dando de ombros.

– Verdade. – Hyunjin e Jisung falam juntos.

"Aí que vergonha!" Penso.

– Vai demorar muito Seungmin ? – Pergunto tentando mudar de assunto.

– Isso depende do Changbin com a... – ele faz sinal de masturbação me fazendo rir.

Esperamos alguns minutos e Changbin volta com Felix. Ele entrega o potinho para Hyunjin que observa o pote com deboche.

– Como saiu tudo isso ? – Ele pergunta fazendo Changbin ficar envergonhado.

– Deixa ele em paz Hyunjin. – Seungmin diz pegando o coletor da mão dele.

Nós ficamos ali parados, quando Felix se aproxima de mim.

– Não é ele s/n. – Ele diz baixo.

– Eu sei. – Respondo no mesmo tom. – Mas Jisung está cismado. Aliás... Como sabe ? Como soube que ele estava aqui ?

Felix tenta sair mas eu entrelaço nossos braços.

– Ele ligou pra você não foi ? O cartão de visitas. – Falo e ele desvia o olhar envergonhado. – Me fala Lix.

– Sim, ele me ligou. – Felix diz depois de se cansar por eu estar o balançando. – Não comenta nada, eu ainda tô o conhecendo.

– Tô vendo. – Falo olhando para o coletor rindo.

– S/N! – Felix chama minha atenção, os meninos nos encaram fazendo Felix se retrair. – Depois a gente fala sobre isso... – Ele diz sussurrando e eu afirmo segurando a risada.

Ficamos todos calados novamente, até que Seungmin nos chama. Nós aproximamos da tela do computador dele.

– Aqui é o resultado. – Seungmin aponta para uma frase.

– Sabia! – Falo aliviada. Jisung me olha com derrotado e se senta suspirando.

– S/n, sabe o que isso significa ? – Jisung pergunta e eu afirmo.

– Que meus instintos estavam certos.

– Não. Isso significa que voltamos a estaca zero. – Ele diz indignado e sai da sala.

– Ele queria que fosse eu. – Changbin diz cabisbaixo. – Isso facilitaria pra vocês.

– Ele está bravo porque não consegue salvar as garotas. – Chan diz dando de ombros.

– Ele está irritado porque cada dia que passa, parece que mais longe a gente fica de descobrir algo e ajudar as meninas. – Falo o corrigindo. – Está liberado Changbin.

Olho para Felix segurando o riso e o mesmo desvia o olhar.

– Obrigada Seungmin e Hyunjin. – Falo e eles sorriem. – Quer uma carona ? – Pergunto encarando Changbin.

– Eu... Eu vou ficar mais um pouco. – Ele diz coçando a nuca envergonhado. Que fofo.

– Entendo. Então eu já vou indo, e obrigada por colaborar. – Falo e saio da sala.

Ando pelo corredor pensando em Jisung, porque ele está tão irritado do nada ? Eu sei que a gente não conseguiu, mas a gente tá nessa desde o início, sempre voltando a estaca zero.

– S/n! – Escuto a voz de Chan atrás de mim, me viro e vejo ele se aproximar. – Podemos conversar ?

– Claro. – Falo e começamos a caminhar.

– Sobre o beijo. – Ele diz me parando de frente pra si. – Eu preciso te contar uma coisa.

– Olha Chan, foi só uma coisa de momento sabe, você é muito tentador eu não posso negar. – Falo simples e ele nega com a cabeça. – Eu não quero ferir seus sentimentos e...

– Ah então... Se é assim tudo bem. – Ele diz sorrindo, parece aliviado ou é impressão minha?

– Era só isso? – Pergunto e ele afirma, mas parece pensativo. – Então eu vou indo.

[...]

Nosso turno já acabou e agora estou com Jisung no carro. Ele não deu um piu o dia inteiro o que está me incomodando muito.

– Nós vamos achar elas. – Falo olhando pra rua.

– Instinto? – Ele debocha me fazendo olha-lo.

– E se for, algum problema? – Falo simples e ele da de ombros.

Chegamos em casa e ele vai direto pro quarto, vou até a cozinha pegando suco no frigobar e tomo.

Melhor ele tirar esse jeito marrento dele, se não a nossa relação de parceiros vai ficar muito ruim.

Ando até meu quarto e olho para o quarto do Jisung vendo ele deitado no chão com o braço tampando o rosto. Me aproximo dele e me abaixo.

– Vai me contar o que está acontecendo? – pergunto e ele respira fundo. Jisung se senta e me encara sem expressão. – Você mudou do nada, estava tão de boa.

– Porque você ficou com os caras do distrito? – Ele pergunta baixo desviando o olhar.

– Só aconteceu. Mas eles me provocaram. – falo simples. – Mas porque a pergunta ?

– Te provocaram como? – Ele pergunta curioso. – O que eles tem?

– Que pergunta são essas Jisung? – Me levanto sem entender.

– Deixa pra lá. – ele diz voltando a deitar.

– Perai... Você está irritado porque eu fiquei com os dois? – Pergunto segurando o riso.

– Claro que não. – Ele diz ríspido.

– Se eu te beijar agora você vai se sentir melhor? – Não sei porque estou falando isso, mas pode ser que dê certo. Não que eu não queira beija-lo, eu até que quero. Tô muito safada ultimamente, me lembro que no ensino médio eu era tão atiçada.

– Acha que eu vou querer beijar alguém que já pegou dois colegas de trabalho meu? – Ele diz me magoando, me senti um pouco suja, até parece que é algo pesado.

– Você fala como se eles fossem seus amigos de verdade. – Falo simples e saio.

Se ele quer ficar assim que fique, não vou ficar agradando e receber patada, sempre que penso nisso Jackson vem a minha cabeça. Eu admito que fui otária, mas também fiz tudo isso pela minha sobrevivência.

Escuto um barulho vindo da porta e vou até ela a abrindo. Vejo o vizinho com uma sacola na mão e um sorriso estampado no rosto.

– Oi... Houve algum problema? – Pergunto curiosa e ele nega.

– É que eu comprei comida mas acabou vindo demais, e como eu não quero desperdiçar, eu trouxe pra vocês comerem. – Ele diz e estende a sacola pra mim.

– Eu não sei se posso aceitar. – Falo olhando pra dentro de casa vendo se Jisung aparece.

– Eu insisto, se não vou ter que jogar fora. – Ele diz e eu pego. Não gosto de desperdiço de comida.

– Muito obrigada. – Falo sorrindo fraco.

– Eu que agradeço por ter aceitado. Eu iria me sentir mal jogando fora. – Ele diz um pouco sério e eu afirmo com a cabeça. – Bom, eu já vou indo.

– Desculpa vizinho, mas é que eu esqueci seu nome. – Falo e ele sorri.

– Jinyoung. – ele diz e eu sorrio.

– Obrigada novamente Jinyoung. – Falo e ele sai, fecho a porta e vou até Jisung.

– O vizinho... – Começo a falar e percebo que ele está dormindo. Ele nem tirou a roupa que usou o dia todo. Coloco a sacola no chão e pego sua coberta o cobrindo. Pego seu travesseiro e levanto sua cabeça devagar colocando o embaixo. – Porque você reclama de mim mas é pior.

Observo ele dormir e acabo sorrindo. Ele é muito fofo, tem umas bochechas que dá vontade de apertar. Talvez se eu...

Aproximo minha mão em sua bochecha na intenção de apertar fraco. Mas por algum motivo pouso ela ali e acaricio com meu polegar.

– Que ódio. – Falo baixo. – Melhor eu apertar essas bochechas quando você tiver acordado, só pra te irritar.

Me levanto e pego a sacola, apago a luz e encosto a porta. Esse gosta de dormir. Escuto meu celular tocar e vou até minha bolsa o pegando. Número desconhecido.

– Oi, a s/n se encontra? – Uma voz feminina perguntar do outro lado da linha.

– Sou eu mesma, quem gostaria?

– Aqui é da casa de repouso Healthy. – Ela diz me fazendo congelar. – Você poderia vir aqui amanhã ?

– O que houve com o meu pai ? – Pergunto rápido.

– Não podemos falar por telefone. E nós estamos fechando agora. – Ela diz simples.

– Qual é o assunto? Dinheiro ? Querem mais do que já tiram de mim ? – falo sendo um pouco grossa.

– Não senhorita, é sobre seu pai mesmo. Amanhã conversaremos.