História Cassandra - What do you think?

‘’Nunca fiquei tão envolvida

Ainda estou tão ligada na gente

Eu nem sequer penso em ir embora às vezes

Eu nem sequer penso em esquecer

Nem sequer pensei em ir a lugar algum

Nem sequer vejo um fim para isso

Porque estamos coletando momentos

Tatuagens em minha mente

Eu nem sequer penso em ir embora às vezes

Eu nem sequer penso em esquecer

Nem mesmo às vezes.’’ ― Ariana Grande (Sometimes)

Point Of View Cassandra Agron.

Estados Unidos, Seattle 10 de setembro de 2018.

Remexo o meu corpo na cama ao sentir beijos serem deixados em minha bochecha. Ainda de olhos fechados, eu sorrio pelo nariz sentindo a frequência dos afagos aumentarem por minha face.

― Cassandra ― sua voz rouca soa e eu aninho-me mais ao lençóis com preguiça de levantar, isso aqui está tão bom ― Cassandra, acorda! Senão vamos chegar atrasados no colégio.

Mais beijos são deixados em minha bochecha. Viro-me para cima e abro os meus olhos quando ele beija a ponta de meu nariz. Noto que Justin está sobre mim, mas sem apoiar o peso de seu corpo sobre o meu.

Um riso tímido escapa de meus lábios, e o meu rosto começa a esquentar ao olhar fixamente em seus olhos. Ficamos por alguns segundos, apenas nos encarando. Subo o meu olhar e seus cabelos estão bagunçados e isso é fofo. Volto novamente a olhar seus orbes e vejo-o dar um sorriso pra mim.

― Bom dia! ― ele diz, e saí  sobre mim, deitando-se ao meu lado. ― Você dormiu bem?

― Bom dia, Justin! ― respondo, ficando de lado e voltando a mirar as suas íris castanhas. ― Dormi sim. ― novamente, sinto o meu rosto esquentar, ao lembrar-me da madrugada onde mais uma vez aconteceu e foi algo realmente ousado e bom.

― E você? ―Indago.

― Eu também. ― responde. ― Seria impossível não dormir bem. ― trás sua mão até a minha bochecha deixando um afago tranquilo, os seus dedos caminham até a minha boca e contorna os meus lábios.

Após sua carícia. Sento-me sobre a cama e mordo a ponta de meu lábio, sentindo-me dolorida. Aperto os meus olhos com força quando o meu estômago embrulha fortemente. Levanto-me rápido com o lençol cobrindo o meu corpo, não dá nem tempo de calçar os meus chinelos e eu corro. Ouço o Justin me gritar, perguntando o que está acontecendo, porém não o respondo porque é nesse justo momento que eu passo pelo a porta do banheiro.

Chegando no vaso, curvo o meu corpo e coloco tudo para fora, sentindo-me tonta.

O gosto amargo domina a minha boca e eu passo as mãos em minha testa suada. Eu não vejo a hora desses enjoos passarem. Conversando sobre isso com a minha mãe, ela disse-me que os enjoos variam muito de mulher pra mulher. Falou-me que muitas enjoam apenas nos primeiros meses e outras passam a gestação inteira assim. E eu torço para que os meus possam dar adeus logo. Conforme a minha mãe, durante as minhas consultas do pré-natal irá ser receitado algum remédio que vai melhorar os mesmos.

Volto a vomitar e sinto quando os meus cabelos são segurados por trás. E eu repreendo por não ter fechado a porta do banheiro, não queria ele aqui. Isso é algo nojento e que ele não precisa presentear.

Levanto-me depois de terminar.

― Você está melhor? ― pergunta e eu apenas assinto e abraço-o agarrando bem forte, experimentando os seus braços rodearem o meu corpo, enquanto eu tento regularizar a minha respiração que está bastante pesada. ― Isso vai passar ― ele diz, agora com uma de suas mãos descendo e subindo por minhas costas, tentando tranquilizar-me.

Separo do abraço e pego a minha escova. Dou a que o Justin usou no outro dia em que dormiu aqui e começamos a escovar os nossos dentes. No momento que termino, guardo e olho para ele que está vestido somente por sua boxer.

― Posso tomar banho com você? ― coça a sua nuca, esperando a minha resposta.

― Sim ― sussurro.

Deixo o lençol cair de meu corpo e jogo-o no cesto de roupa suja. Quando chegar irei lavar toda a roupa de cama que troquei ontem mesmo pela manhã.

Caminhamos diretamente até o Box. Ligo o chuveiro e fecho os meus olhos experimentando as primeiras gotas de água molhar a minha pele. Pego o sabonete e passo no meu corpo inteiro. Termino e entrego para o Justin que faz o mesmo processo. Enxaguo-me e aproveito para lavar os meus cabelos suados.

Acredito que já estamos nesse banho há uns quinze minutos e não aconteceu nada demais, apenas estamos terminando o nosso banho tranquilamente. Desligo o chuveiro e viro o meu corpo, sentindo sua mão direita puxar minha cintura e ele rouba-me um selinho rápido que se transforma em um beijo lento.

― Agora sim. ― diz, após encerrarmos do beijo.

Com os nossos corpos enrolados nas toalhas, deixamos o banheiro e voltamos para o quarto. Pego o meu uniforme. Após colocar as minhas roupas íntimas, visto a camisa e por último a saia. Reviro os meus olhos pesadamente. A minha barriga ainda nem cresceu e a saia já está bem justa em minha cintura e a tendência é só aumentar.

Sento-me em um dos pufes de meu quarto. Desenrolo as minhas meias e uso-as, calçando o meu sapato em seguida. Termino e ando rapidamente até o espelho para arrumar os meus cabelos, penteio deixando-os soltos, para que possam secar mais rápido.

― Quer ir tomar café em uma Starbucks? ― sugere, ao ver que eu terminei, assim como ele que já está com a sua mochila sobre as costas.

― Sim ― respondo, ouvindo o meu estômago reclamar de fome em seguida. Se fossemos tomar café aqui, eu ainda teria que preparar algo e bem rápido. Já que na maioria das vezes a minha mãe deixa tudo pronto, mas como essa noite ela não dormiu aqui não há nada feito para tomar café.

•••

Na Starbucks tomamos um café bem reforçado. O bom foi que o local não estava tão cheio, também pelo o horário. Agora nós estamos voltando para o carro para irmos direto para o colégio para mais uma semana de aula.

― Você não acha que irá causar um alvoroço se chegarmos juntos no colégio hoje? ― indago, sentando-me no banco do passageiro e o Justin apenas dar de ombros e arranca com o carro em direção de nosso destino que não está tão longe daqui.

Justin liga o som do carro. Eu abro metade da janela e fico olhando para a mesma, esperando que cheguemos o mais rápido possível. Meu coração acelera ao já imaginar diversos olhares direcionados em nossa direção. Até ontem nós nos odiávamos e nos alfinetávamos em quase todas as festas que íamos e nos corredores do colégio quando nos encontrávamos. E agora pela manhã chegamos juntos? Porém, acontece que depois do descobrimento da gravidez, não somos mais os mesmos, coisa que ninguém vai entender por não estarem a par da situação.

E eu sei que ele vai fazer a linha que nada aconteceu, e que ninguém precisa saber o que houve entre a gente, afinal, nós só transamos mais uma vez e isso é uma coisa normal para ele.

Respiro e desço do carro assim que o mesmo é estacionando. Coloco uma mecha de meus fios de cabelos atrás da orelha e começo a caminhar, mas paro no instante que sinto ele chegar perto de mim, segurando em minha mão direita e entrelaçando os nossos dedos. Olho-o sem reação alguma, porque não somos um casal, mas estamos agindo como um ultimamente.

Experimento o meu coração pulsar mais forte ainda e as minhas pernas dão uma leve bambeada.

― Vamos? ― ele indaga, e eu ainda surpresa com sua atitude, apenas assinto com a minha cabeça e começamos a andar em direção dos portões do colégio, onde já tem vários alunos passando pelo mesmo.

Sobre o olhar de todo mundo, não nos importamos e cruzamos o portão. Ao estarmos dentro do corredor, uma das primeiras pessoa que vejo é a Caitlin que nos olha com os olhos saltados e as narinas expandindo-se. Seus olhos descem e quando nota que nossas mãos estão juntas, ela chega até mesmo a mudar de cor e cruza os seus braços fitando-nos com com ódio explícito em seu olhar.

Sorrio para ela  e viramos a esquerda, deixando-a inconformada com o que acabou de presenciar. Encontramos agora o Ryan, Chris e Alec, eles nos olham com a mesma expressão surpresa que a loira, assim como metade do pessoal aqui do colégio e as minhas amigas que vem em minha direção.

― Depois a gente se fala ― ele sussurra, desgruda as nossas mãos e beija a minha testa, deixando os olhares mais eufóricos ainda. Olho por seu ombro e a Caitlin agora está parada em uma das pilastras, alisando-nos.

Concordo com minha cabeça e vejo quando ele vai até os seus amigos. As minhas amigas, puxam-me pela mão e sentamos em um dos bancos próximos. Olho para elas sem graça e a Luna, observa-me esperando que eu diga alguma coisa.

― Eu não sei o que dizer. ― digo rápido.

― Mas sabe que vocês dois chamaram a atenção de todo mundo, não é mesmo? ― Luna indaga.

― Sim ― soou sem jeito.

― Você e o Justin estão muito amiguinhos ― Sophia diz um pouco carrancuda, ela ainda tem uma leve implicância com ele. Já a Luna parou mais com isso, desde que ele veio até mim para assumir o nosso filho.

― Ele é o pai do meu filho ― sussurro.

― Eu acho que aquele antigo Justin está morrendo aos poucos ― Luna fala, desviando um pouco do que a Sophia falou. ― Esse é diferente, sabem? A maneira como ele te trata e olha para você, Cass, mudou bastante e eu acho que ele está apaixonado. Essa criança os aproximaram e eu acredito que até o final dessa gravidez vocês vão estar juntos.

Não digo nada, apenas concordo sobre esse ser um novo Justin. Um Justin mais humano, simpático e que a cada dia vem mostrando que está realmente disposto a cuidar do nosso filho e ser um ótimo pai para o nosso pequeno.

― Mas mudando de assunto. Eu ainda quero saber qual foi o motivo que te fez parar novamente em quarto de hospital e quase ter perdido o meu sobrinho — Sophia, estuda-me, bastante curiosa.

― Prometo que hoje à tarde no trabalho, eu conto tudo para vocês ― levanto-me sabendo que hoje não terei as primeiras aulas de inglês, porque o professor Rupert avisou na semana passada que não viria e com isso os horários foram investidos.

Vou ter dois horários extras e os meus serão de álgebras. Vi desde semana passada que o Justin, Shawn, John e nem os minhas amigas vão ter essa aula comigo. Despeço-me de minhas gêmeas favoritas ao ouvir o sinal soar mostrando que a primeira aula do dia irá se iniciar.

Calmamente, eu caminho até a sala já encontrando a professora em seu lugar. Murmurro um ‘’bom dia’’. Noto alguns alunos olhando-me e cochichando, enquanto outras olham-me com o nariz torto. Ouço até mesmo um ‘’O que ela tem que nós não temos?’’ e um ‘’É só mais uma diversão dele’’. Já está esse burburinho todo por apenas eu e o Justin termos chegados de mãos dadas, imagina quando eles descobrirem que estou grávida dele e que vamos ter um filho juntos?

Rolo os meus olhos pesadamente e sento-me na quarta fileira, não costumo sentar-me aqui, mas opto por este local hoje.

― Oi, Cassandra ― Chaz diz, assim que senta-se na terceira fileira em uma cadeira a minha frente. Menos mal, pelo menos tem alguém que eu conheço. Chaz é um dos amigos de Justin que está ajudando-me muito, sem contar que ele e a Luna estão quase namorando.

― Oi, Chaz ― respondo.

Não demora muito e a Caitlin cruza a porta, mostrando-me que teremos essa aula junto. Ela olha-me com um olhar mortal. Caminha em minha direção e sinto quando ela senta-se atrás de mim, bem próximo mesmo e eu eu sei que isso é para me provocar.

A professor depois de explicar o assunto. Começa a escrever o mesmo na lousa diante de nós. Já tem mais ou menos meia hora que estamos aqui nessa aula e até agora a mesma está sendo tranquila.

― E aí, como foi passar na cama do Justin novamente? Sinta-se privilegiada porque isto não costuma acontecer ― ouço a voz de Caitlin soar debochada, mas controlo-me e finjo que não é comigo. ― Deve ter sido bom, não é? Sexo com ele é sempre bom ― percebo que ela bate suas enormes unhas sobre a mesa. ― Mas quero que você entenda que ele está apenas usando você. Olha para você, Cassandra. Você não é boa o suficiente para ele.

Noto-a dar uma pequena gargalhada, para que apenas nós duas escutemos.

― Ele só está agindo dessa maneira com você porque ele a engravidou, diz ele, né, porque ninguém sabe se realmente essa coisinha que você carrega é realmente dele ― abro a minha boca duas vezes seguidas e aperto os meus olhos com força. Como assim ela sabe que eu estou grávida? E quem ela pensa que é para se referir ao meu filho como ‘’coisinha?’’ ― Na verdade, ele só está agindo assim porque sabe que o tio Jeremy. O pai dele nunca vai aceitar você e essa coisa que o Justin está chamando de ‘’meu filho’’. Os Biebers jamais vai aceitar uma bolsista na família com o único filho deles.

― Golpe baixo e antigo esse seu, não é? ― continua com sua provocação, para que apenas eu ouça. ― Mas o tio Jeremy é esperto, e ele vai fazer o que é certo!

E ela não cansa.

― O Justin quando enjoar de você e desse feto ― noto que as palavras saí com ódio de sua boca. ― Ele vai chutá-la para longe, assim como ela faz com todas. E outra, eu o conheço e sei que ele nunca vai se importar verdadeiramente com quem você está carregando. Isso é apenas cena dele pra brincar com você até quando quiser.

Viro para trás encarando-a com raiva, porque ela pode me chamar do que for, mas se referir dessa maneira ao meu filho, eu não vou permitir, assim como não vou permitir que ela faça algo contra nós.

Lembro-me do pesadelo de noite passada e minhas mãos suam, enquanto eu encaro seus olhos verdes raivosos.

― Eu acho que você não conhece o Justin tanto assim ― falo, lembrando-me que ele já não é mais o mesmo. ― Se eu estou grávida ou não dele, isso não é de sua conta, até porque fomos nós que fizemos essa criança, e somos os únicos responsáveis por ela. E jamais, refira-se ao meu filho como ‘’uma coisinha’’ ‘’um feto’’, porque ele é um ser humano e eu e o Justin já o amamos tanto.

― E outra, você também não é tão boa para ele porque se fosse, ele não teria a descartado e ainda estaria com você.

Sua boca abri-se, mas ela não diz nada.

― E eu vou dar ao Justin, aquilo que você nunca foi capaz de o dar em anos. Vou dar um filho e um filho é para sempre, Caitlin ― continuo vendo que ela aperta as suas mãos. ― E essa criança veio no momento certo, vai vir para mudar o Justin para melhor, porque ele já não é mais o mesmo. É um Justin carinhoso, amoroso e que está fazendo de tudo para cuidar de mim e de nosso filho. Entende? E prova disso é que ontem mesmo ele largou tudo pra cuidar de mim e do nosso bebê.

― O Justin não ama ninguém além de si mesmo e você acha que ele vai amar quem ele ainda não conhece? Alguém que vem para atrapalhar os sonhos grandiosos dele? Essa criança vai ferrar com a vida dele! Ele sonha em ser um grande jogador de basquete. O Justin não é tolo e sabe a dificuldade que um filho na adolescência trás e quando perceber isso, vai abandonar o barco e te deixar só com essa responsabilidade que você procurou.

― E sem contar que isso não vai durar. Você nem sabe se vai conseguir levar essa gravidez até o final, Cassandra ― cantarola.

― Você pode pode até tentar me machucar, pode falar o absurdo que quiser, mas se tentar algo contra o meu bebê ― olho-a nos olhos. ―  Pode ter certeza que eu acabo com você, Beadles!

― Está ameaçando-me, Agron? ― pergunta debochada.

― Sim, eu estou, porque pra proteger e defender o meu filho, eu sou capaz de fazer tudo e de ser contra a todos ― sou sincera.

― Está acontecendo algo aí, Cassandra? ― ouço a voz de Chaz soar e eu olho para frente, vendo seus olhos, mirando-nos curiosos.

— Está tudo bem, Chaz ― tento soar o mais tranquila possível, quando a minha maior vontade é de voar no pescoço da Cailtin e fazê-la engolir cada palavra que me disse, mas respiro fundo olhando a professora que ainda passando a atividade no quadro.

•••

A Caitlin não me provocou mais, porém as horas pareciam não passar nunca. Nos dois primeiros horários também sentir um enjoo terrível, atacar-me e eu tive que sair no meio da aula para vomitar no banheiro, depois de escovar os meus dentes, eu voltei.

O terceiro horário passou bem rápido. E agora eu estou indo com o John em direção do refeitório, enquanto conversamos. Procuramos por uma mesa legal e com várias cadeiras, mesmo estando apenas nós dois. Colocamos as nossas bandejas sobre a mesa e sentamos-nos.

O John fala o quanto a aula de geografia foi incrível e do quanto ficou apaixonada pelo assunto abordado pela professora hoje.

― Realmente a aula foi incrível! ― concordo, e noto as minhas amigas juntarem-se a nós.

Começamos a comer ainda conversando.

― Vocês acreditam que a Caitlin me provocou durante os primeiros horários? ― pergunto para as minhas amigas e para o John que está com a gente.

― Ela fez o que? ― Luna grita, levantando-se. ― Vontade de pegar a Caitlin de novo como eu fiz naquela festa lá que ela te humilhou. ― lembra-se daquela noite. ― Mas agora se eu pegar ela, com toda a certeza vai ser bem pior.

Seguro-a pelo braço, fazendo-a sentar novamente em seu lugar.

― Será que ela sabe que você… ― olho para a Sophia estreitando os meus olhos e ela para rapidamente, dando conta do que iria soltar aqui agora. O John ainda não sabe que eu estou grávida e eu não quero ninguém fique sabendo agora. Já não basta a Caitlin ter descoberto e acredito que ela pode fazer um auê por conta disso e espalhar para todos aqui no colégio.

Terminamos de comer e as minhas amigas surtou na maior parte do tempo ao saber da provocação da Caitlin, mas quando estivermos sozinhas, irei deixá-las a parte de tudo o que ela falou pra mim e a forma como ela se referiu ao meu filho, que deixou-me muito nervosa.

Passo o meu olho por todo o corredor e noto que o mesmo está lotado, há adolescentes para todos os lados. Do outro lado a Caitlin está sentada com suas duas amigas, olhando em nossa direção. Contudo, desvio o olhar assim que Luna sussurra ‘’O Justin está vindo com o Chaz em nossa direção.’’

Miro o caminho e eles vêm em nossa direção. O Justin sorrir a medida que os seus passos aumentam. Quando chega perto de mim. Arregalo os meus olhos sentindo ele puxar o meu queixo para si e juntar nossos lábios em um beijo calmo, por mais envergonhada que eu esteja, cedo espaço para ele e nos beijamos rápido. Separamos do afago com um selinho demorado e eu abaixo a minha cabeça respirando fundo, mas logo trato de levar olhando para todos na mesa que nos olham tão surpresos quanto eu ao receber esse beijo inesperado.

Eles sentam-se com a gente e começam a conversar. Noto o John ficar um pouco incomodado com isso e logo sai. Tento levantar para pedir para ele ficar, mas é quando eu sinto a mão de Justin levemente em meu braço e eu levo o meu olhar até o próprio.

― Está tudo certo para a consulta hoje às 13:00. ― diz, e eu sorrio por ele está realmente envolvido na minha grávidez.

•••

Eu e o Justin acabamos de chegar aqui no consultório. Ele fez tudo o que tinha que fazer na recepção e eu o acompanhei. Agora, estamos aqui na sala só esperando a médica me chamar.

Sinto as minhas mãos suarem e eu começo a bater um de meus pés freneticamente contra o chão. Eu estou muito nervosa e ansiosa para saber como o meu filho está. E isso enche-me de alegria porque essa é a minha primeira consulta no pré-natal e como eu demorei para descobrir a gravidez, creio eu que vou poder vê-lo pela primeira na ultrassonografia.

― Você está nervosa? ― Justin pergunta e toca em minha mão direita que está suando muito.

― Sim ― sou sincera, esperando que o meu nome seja o próximo a ser chamando. Eu não aguento mais aguardar, e ainda mais que depois irei diretamente para o trabalho encarar mais um dia naquele estabelecimento que vai estar lotado por hoje ser uma segunda.

― Eu acho que ele vai ser mais parecido comigo ― ele diz e eu olho-o rapidamente fechando a minha cara em seguida.

― Não mesmo! ― sou rápida. ― O bebê vai parecer comigo. Eu sou a mãe, e vou  carregá-lo por nove meses.

― E se mesmo assim nascer a minha cara?

― Não vai, Justin ― solto as minhas mãos da sua. ― Ele ou ela vai nascer parecendo comigo.

― Tudo bem, mas eu ainda acho que não ― rolo os meus olhos e ele está sorrindo convencido.

― Você é abusado, Bieber! ― cruzo os meus braços na frente de meu corpo vendo-o levantar as mãos, rendendo-se.

― Você fica linda brava ― diz e trás os seus dedos apertando o meus nariz levemente  ― Sabia?

Acabo deixando escapar um sorriso.

― Semana passada, eu encontrei uma matéria na internet. Não sei se é verdade, mas vi que meninas têm mais chance de nascer parecidas com o pai e meninos com a mãe.

― Sério isso?

― Sim, encontrei essa matéria, depois te envio o link.

― Que legal! Mas falando sério, você acha que o nosso bebê é menino ou menina? ― pergunta, e eu realmente ainda não tinha parado para fazer essa pergunta.

― Não sei, o que vier para mim está bom ― noto o nervosismo ir se esvaindo de meu corpo a medida em que conversamos.

― Todo mundo faz suposição do que acha que o filho vai ser. Então vamos lá! ― é insistente e eu penso nisso. Sorrio ao imaginar uma menininha loirinha com lacinhos nos cabelos e com enormes olhos azuis correndo por minha casa daqui uns anos. Isso enche-me de alegria e meu sorriso aumenta.

― Menina. ― digo, encantada com o pensamento que acabei de ter.

― Só para nascer a minha cara. ― ele brinca. ― Confessa que você me acha lindo e que quando eu dormi pela primeira vez na sua casa. Você ficou admirando-me enquanto eu dormia.

― Eu não fiz isso, convencido ― minto, porque realmente fiz isso quando acordei e ele ainda dormia. ― Agora você fez isso hoje pela manhã.

― Eu também não fiz isso, convencida.

Gargalhamos juntos, por sabemos que foi exatamente isso que fizemos, só não queremos admitir.

― Voltando o assunto, e você acha que vai ser o que?

― Eu acho que é menino! Vai ser menino porque meninas dão muito trabalho ― percebo suas sobrancelhas, fecharem-se e ele fica sério. ― Vai ser o meu garoto e eu vou ensinar tudo que eu sei sobre basquete para ele.

Volto a sorrir olhando fixamente para ele, vendo-o fazer a mesma coisa.

― Já pensou em nomes? ― Indaga eufórico.

― Se for menina, eu gosto do nome Isabella ― rio, é um nome tão doce e belo.

― Eu prefiro Julia ― ele ri, só porque a inicial é a mesma de seu nome, mas esse nome não.

― Eu não gosto desse nome ― sou sincera.

― Kaite é bonito. ― ele diz e eu nego com a cabeça. ― Ashley? ― pergunta e volto a negar. Ainda nem sabemos o sexo e já estamos aqui debatendo os nomes, isso vai ser uma loucura.

― São nomes bonitos, mas não coloco de jeito nenhum se for menina.

Ouço-o bufar.

― Amy é um nome lindo. ― falo.

― Gostei de Amy. ― concorda.

― E se for menino?

― Vai ser Max ― Justin diz, com certeza convicta. Quem foi que o iludiu dizendo que irá ser ele a escolher o nome?

― É um nome bonito, mas não. ― falo. ― Eu prefiro Gabriel.

― Eu não gosto desse nome. De maneira alguma você vai colocar esse nome no meu filho, Cassandra!

― Jack.

― Também não gosto desse nome. Ele é o segundo nome de meu pai e eu nunca o colocaria em um filho meu ― faço careta, porque eu também não colocaria nunca este nome em meu bebê. ―  Então Frank, é melhor do Gabriel.

― Não é, Justin!

― Joe ― sugere e eu sorrio achando o nome perfeito, visto que se for menino vai combinar bem com o nosso bebê. ― Nosso pequeno, Joe. ― diz orgulhoso. ― Joe Bieber.

― Eu gosto desse nome.

― E se forem Gêmeos? ― seu rosto ganha uma expressão divertida e eu arregalo os meus olhos, negando imediatamente com a cabeça. ― A Luna e a Sophia iria amar ― continua. ― Se forem gêmeos pode ser Amy e Joe.

― Não fale uma coisa dessa nem de brincadeira, Justin! ― peço, ficando com medo. Nunca tinha parado para pensar nisso, mas descarto essa probabilidade, na minha família não há alguém que tenha dito gêmeos, então não há com que se preocupar. ― E não são gêmeos, tire isso da sua cabeça!

― Saberemos logo!

― Cassandra Agron! ― olho em direção do corredor e vejo uma enfermeira com uma folha em mãos. Levanto, sentindo-me nervosa. É agora a hora da minha primeira consulta. Arrumo a blusa em meu corpo e noto quando o Justin passa seu braço por cima de meu ombro e caminhamos em direção da mulher vestida de branco que nos recebe com um sorriso caloroso, e guia-nos pelo extenso corredor branco.