História Castelo de Papel - Como tudo começou

Capitulo 1 – Como tudo começou

Todo começou há sessenta anos atrás em 1958, onde Voldmort, um homem ambicioso e cruel, tentou fazer uma experiência que deu errado. Essa experiência teve consequências devastadoras no mundo bruxo. Naquela época muitas crianças acabaram por morrer e a maior parte das mulheres não conseguiam engravidar.

Após 20 anos a população tinha diminuído drasticamente, com medo que a magia desaparecesse do mundo, o ministério da magia junto dos grandes feiticeiros tentaram fazer uma experiência que revertesse a situação.

Em 10 ano conseguiram alguns resultados e houve uma melhoria mas não o suficiente e uma busca incansável pelo aumento da população do mundo bruxo ainda continuava. Todos os dias os melhores bruxos trabalhavam em busca da salvação.

Os cientibruxos e os medibruxos chegaram à conclusão que não existiam mulheres suficientes para o aumento da população, com isto, o ministério da magia decidiu que descobrissem uma poção que fizesse alguns jovens do sexo masculino puderem reproduzir.

Em alguns anos acabaram por descobrir uma poção que iria modificar os genes dos jovens que a ingerissem. Descobriram essa poção com o ADN da família Potter que milagrosamente não sofreu nenhuma morte nem alteração nos genes ao longo dos anos. A partir dessa descoberta, todos os jovens com 15 anos de idade eram obrigados a tomar essa poção. Todo o processo tinha a duração de um ano, esse era o tempo que levava para a modificação completa do corpo.

A poção tinha diversos resultados nos jovens; nas raparigas ajudava na fertilização, já nos rapazes havia três resultados, primeiro havia os que não sofriam qualquer tipo de mudança, permanecendo exatamente iguais, sendo estes chamados de normais. Segundo havia os que ficavam férteis que podiam reproduzir e o seu corpo ficava mais feminino, delicado e frágil, sendo chamados de submissos. Por último havia os que não podiam reproduzir mas também tinham o seu corpo mudado, ficando mais altos, fortes, musculosos com a voz mais grossa e potente, estes eram chamados de dominadores.

Um dominador sendo o mais forte dos quatro era compatível com todas as classificações. Um submisso só podia ser compatível com um dominador. Já os que não sofriam modificações só eram compatíveis com raparigas fértil.

2015

- HARRY é a milésima vez que vos estou a chamar. – Disse a loira olhando para os amigos com preocupação na voz. - Por favor não vamos morrer, simplesmente vamos ser classificados. Vai correr tudo bem. - Disse tentando anima-los.

- Não é você que pode virar um submisso. – Disse o ruivo um pouco nervoso levantando-se.

- Harry – disse Rony olhando para aporta que se abriu revelando um Neville com os olhos marejados e um tanto atrapalhado andando na direção dos meninos.

- Eu vou com vocês. – Disse Neville com uma voz chorosa.

- Vamos! – Disse Hermione levantando-se e caminhando até eles. – Vai correr tudo bem. – Falou a loira puxando-os para a saída.

- O que acham que vamos ser? – Perguntou Neville enquanto caminhavam em direção ao salão principal onde iria acontecer a classificação. – Tenho medo… - disse olhando para os amigos um pouco reticente.

- Eu acho que… desculpe Harry, você será um submisso. – Disse Hermione olhando para o moreno. – Neville normal e Rony dominador. – Completou a loira desviando o olhar para o chão. – É só o que eu acho. – Disse um pouco triste pelos amigos.

Rony tinha um sorriso gigante nos lábios, Neville continuava bastante assustado. – Porque dizes isso? – Perguntou Harry olhando para Hermione com um pouco de medo de sua resposta.

- Porque qualquer pessoa que olhe para você consegue ver que mesmo sem classificação és um tanto pequeno, delicado e de aparência frágil. – Disse olhando para Rony como um pedido de ajuda.

- É verdade cara, mas seja o que for, estamos aqui uns para os outros. - Disse o ruivo dando palmadinhas no ombro do amigo.

Enquanto caminhavam o moreno sentiu o pequeno corpo tremer por causa da classificação e do que os amigos lhe disseram. Ele não queria ser um submisso, queria ser simplesmente ele próprio, alguém frágil e inocente. Alguém que quer ser feliz e não a pessoa que alguns desprezam só pelo simples facto que todas as gerações da sua família sobreviveram à “experiência da morte” como era chamada hoje em dia, e também por a sua família ser o motivo dessa classificação que todos detestavam. Ele queria ter uns pais que estivessem consigo e não tivessem morrido naquele acidente de há 14 anos atrás onde só ele sobreviveu, ficando aos cuidados de uns tios trouxas que eram frios e abusivos.

- O que foi Harry? – Perguntou Rony parando ao seu lado. – Aconteceu alguma coisa? – Não me digas que estás a pensar que a culpa é tua? – Disse o ruivo olhando nos seus olhos.

– Não, lembrei-me que deixei a minha varinha no dormitório, vão andando, vou busca-la. – Disse andando no sentido contrário dos amigos.

- Ok, guardamos-te um lugar. – Disse Hermione desconfiada das palavras do amigo que se afastava a passos apressados.

Começou a andar sem rumo por aqueles corredores gelados e sombrios para desanuviar a cabeça, até sentir alguém apertar seu pulso e ter seu corpo jugado contra a parede fria e húmida com força suficiente para o magoar, fechou os olhos com força e encolheu-se à espera do golpe, pois já estava habituado a sofrer vários tipos de agressões dos seus colegas. O moreno abriu os olhos com um pouco de medo e encolheu-se ainda mais, quando viu diante de si o seu maior pesadelo, Draco Malfoy.

- Ora, ora, se não é o menino que sobreviveu... – Disse o loiro com escarnio enquanto agarrava de forma bruta a face delicada do pequeno. – Posso saber o que um ser nojento como você está fazendo do lado que não lhe pertence? – Disse prensando ainda mais o corpo frágil na parede.

- Ahhhh… - gemeu com dor sentindo a respiração do outro perto do seu ouvido. - D-d-desculpe e-eu não queria. Por favor pode soltar-me? – Disse com dificuldade devido ao aperto na cara e da proximidade do maior.

- Não voltes a atravessar o meu caminho, só de olhar para a sua cara me dá vontade de vomitar. Disse soltando o corpo do pequeno de forma bruta, o fazendo cair de joelhos no chão. – Graças à sua família nojenta tenho uma classificação para ir. – O loiro abaixou-se até ficar ao nível do moreno e puxou-lhe os cabelos com força para o obrigar a encarar. – Que classificação iras ter? – Disse olhando naqueles olhos verdes cheios de lagrimas que escorriam sem parar pela cara frágil do garoto. – Não é muito difícil adivinhar não é mesmo? Visto que és um inútil e mais pareces uma putinha. Tenho pena daquele que te tiver que tocar, mas para isso temos que esperar um ano. Disse o loiro largando o moreno e saindo em direção ao salão principal.

Harry continuou encolhido e chorando naquele chão frio se perguntando porque o culpavam de algo que ele próprio nem sabe como começou nem de como sua família ficou envolvida nisso já que ele ainda nem sequer tinha nascido. Levantou-se, limpando as lagrimas que teimavam em cair e encaminhou-se para o seu terrível destino.