— Para onde estão me levando?! - Eu me debatia tentando me livrar das cordas.
— Calada garota! — O mais velho se pronunciou.
— Eu não vou ficar calada! Idiota! — Resmunguei e dei um chute para trás tentanto atingir o garoto, mas infelizmente não acertou.
O velho riu e o garoto aumentou a força do aperto.
— Tem como você me soltar? Estou rodeada de homens armados e você acha mesmo que vou fugir? — O moreno me olhou desconfiado e desviou o olhar para seu, digamos, chefe.
— Você acha mesmo que vou confiar em você? — Ele negou com a cabeça e riu. Um zumbi se aproxímou de um dos homens e me senti no direito de não avisar, assim, ele morreria mais fácil.
Mas infelizmente meu desejo se desfez, atiraram contra o zumbi, mas logo cerca de quinze apareceram.
Ótimo, talvez seria o momento certo para fugir. Chutei novamente para trás, dessa vez acertando meu objetivo.
— Vagabunda! — O garoto me soltou instantaneamente, gemendo de dor.
Me aproveitei do momento para tentar fugir, mas me seguraram e senti um metal frio bater contra minha cabeça, me senti ser segurada por alguém e tudo se escureceu.
[...]
— Acorde a garota e tente falar com ela, se ela não responder, já sabe. — Ouvi a mesma voz do velho quando acordei, não sabia onde estava, mas parecia ser um galpão pouco iluminado. Eu estava presa numa cadeira.
— Sr.Gonzalez, ela acordou. — Ouvi outra voz, eu ainda estava meio zonza, então não conseguia indentificar da onde a voz vinha.
Senti todos me olharem e logo o velho fez algum tipo de sinal com um dos homens, e assim, sumiu de vista,junto com os outros homens, restando apenas o mesmo garoto que estava me segurando.
— Hm..Olá. — Ele se aproximou aos poucos e arrumou algo atrás das costas.
Não respondi, apenas continuei o encarando de cara fechada.
— Qual seu nome? — Ele perguntou se abaixando para ficar minha altura.
— Não te interessa. — Respondi rude e ele travou o maxilar.
— Eu juro que prefiria estar fazendo outras coisas do que estar tentando se comunicar com uma garotinha rebelde. Então fácilita pra mim que eu fácilito para você. — Cruzou os braços e me encarou.
— Você é patético! — Ri irônica e revirei os olhos. — Não sabe quem eu sou para me chamar de garotinha, seu merda.
O garoto se aproximou e se encostou na cadeira onde eu estava.
— Se eu te disser o meu nome, fácilita as coisas? — Sugeriu e eu o olhei arqueando a sombracelha.
— Pra que eu iria querer saber seu nome? Isso não me interessa! EU QUERO SAIR DAQUI! — Gritei e me balancei na cadeira fazendo a mesma mexer.
O moreno se afastou colocando as mãos nos ouvidos e negando com a cabeça.
— Você é louca! Vai logo garota! Eu não tenho o dia todo! É só o seu nome, quanto mais rápido disser, mais rápido poderá sair daqui. — Ele disse e parou novamente em minha frente.
Respirei fundo. Ok, é só meu nome.
— Alexia, Alexia Lewis. — Falei olhando meus pés. — Agora me solta! Isso está me machucando!
— Ótimo, Lewis. Mas antes me fale mais um pouco de você. É só ser rápida. — Ele passou a mão pelo cabelo e umedeceu os lábios.
— Isso é algum tipo de entrevista de emprego? — Reclamei, nervosa.
— Quase isso. — Respondeu irônico.
— Tenho 17 anos, e era da Califórnia. Isso basta! Agora me solta! — Ele sorriu de lado e veio até mim, e desamarrou as cordas. Levantei de imediato e andei até a porta para sair daquele lugar.
— Bem vinda a comunidade X, Alexia Lewis. — Sorriu malicioso e eu saí andando, dando de cara com várias casas e pessoas.
Mas fui supreendida por uma mão me segurando fortemente, só por que achei que estivesse livre.
— O que pensa que está fazendo?! Já não falei o que devia falar?! — Me virei achando que fosse o mesmo garoto de alguns minutos atrás, mas dessa vez era um loiro, claramente, de água oxigênada. Era o garoto que eu havia cutuvelado para subir no telhado.
O mesmo riu e começou a me arrastar para outro lugar.
— Mas que bosta, garoto! Eu disse pra me soltar! — Tentei me soltar de sua mão, mas ele era mais forte.
— Calminha aí, loirinha. Ainda vai ser muito segurada. — Disse e riu. Qual o problema desses caras?
— Para aonde vai me levar dessa vez? — O olhei séria e ele parou de andar.
— Já chegamos. — Apontou para uma casa cinza, de onde saia vários caras. Se passaram pela minha cabeça várias coisas do que aquilo poderia ser, e assim que adentrei a casa, arregalei os olhos e tentei me soltar com todas as forças que tinha.
Então ele me soltou e duas garotas vieram até mim, a porta foi fechada e o garoto havia saído também, então comecei a ficar a agoniada.
— Onde estou?! — Pronunciei nervosa, esperava realmente que não fosse o que eu pensava, mas o cheiro de sexo indicava tudo.
— Isso mesmo que está pensando, não chega a ser um bordel pois aqui as garotas são forçadas a se deitarem com um homem. Se isso for um pouco reconfortante, eles escolhem as mais bonitas para cá. — Uma morena falou e eu engoli em seco.
— Eu preciso sair daqui. — Murmurei para mim mesma, mas aparentemente todas ali presentes ouviram.
— É impossível, se você saí, você é morta. Por tiros ou por zumbis, a última que tentou fugir não teve um fim agradável. — Outra garota, ruiva, no canto da sala falou.
Respirei fundo e olhei todas aquelas garotas, gritos foram ouvidos do andar de cima e alguns instantes depois um homem saiu dali, em seguida uma garota com o rosto inchado.
— Ele me machucou, eu não aguento mais isso. — Ela disse assim que o homem saiu dali e correu até uma das garotas a abraçando.
Eu precisava sair dali, essas garotas não se arriscavam?
— Qual seu nome, garota nova? — A mesma morena perguntou me olhando.
— Alexia. — Coloquei a mão em minha bota e minha faca já não estava mais ali, claro, haviam tirado de mim.
— Sou Nya. Essas são Claire, Megan, Julie , Scarlett e Marie. — Apontou para as garotas ao seu arredor.
— Olá. — Respondi e me limitei a apenas dizer isso.
Me sentei no canto escuro, tentando me esconder ali, mas sei que não conseguiria me esconder por muito tempo, logo surgiria a notícia de que tem "carne nova" no pedaço.
E eu me perguntava, quem seria o primeiro a se arriscar ?
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