Lucy on.
Me sentia uma completa idiota.
Natsu havia me prometido não vê-la mais e la estava ela, abraçada com ele. E eu não tive outra reação além de rir, rir de mim por ser tão facilmente convencida por ele.
- Lucy... - murmurou ele, com certeza não esperava me ver naquele momento.
Eu respirei fundo. Não quero demonstrar a Yukino que ela conseguiu mexer comigo, que eu estava fervendo de raiva.
Em alguns passos eu cheguei até eles, Yukino o soltou e Natsu parecia nem respirar mais, estava completamente imóvel. Eu me enfiei entre eles, a albina deu um passo para trás. Mesmo brava com meu noivo eu me agarrei em seus ombros e dei um breve beijo nos lábios, confesso que foi para provocar a megera. E escutei a escandalização das mulheres logo atrás, não pude me importar menos com o que era correto.
- Lucy. - repetiu Natsu quase que sem reação, ele deve estar confuso, essa não é a reação esperada nessa situação.
- Natsu, fique quieto. - rosnei entre os dentes, então me virei para as damas presente, porem me concentrei apenas em Yukino. - Senhorita Aguria, talvez ninguém tenha te dito isso, mas agarrar um homem comprometido é algo absolutamente inapropriado, e se isso se repetir, eu não vou poupar esforços para que chegue ao conhecimento de todos nessa cidade que você é uma oferecida que da em cima de homens que ja são de outras mulheres.
- Lucy! Eu não estou fazendo isso. Por Deus, isso é uma acusação muito forte! - falou alarmada e fingindo constrangimento.
Eu ri. Ela não me convencia de sua inocência.
- por favor, vá embora. - pedi.
Ofegante ela olhou para Natsu em busca de algum apoio, mas ele continuou calado.
- Natsu, eu sei que ela é sua noiva, mas vai permitir que ela me trate assim? - perguntou com a voz transbordando inocência.
Eu me virei para ver qual seria a resposta de Natsu, mas ele ficou quieto. Ótima escolha.
- Natsu! - exclamou ficando vermelha, horrorizada por não ter sido defendida por ele.
- Yukino, nós ja conversarmos. Por favor, vá. - disse ele calmo
Se ela estava vermelha antes, agora ela nem se comparava a antes, sentia que ela logo explodiria.
- ta. - disparou, batendo o pé no chão, antes de partir.
Mas as coisas ainda não tinham terminado.
Escutei Natsu se mover atrás de mim, e logo senti seus dedos roçarem nos meus em um toque tímido, mas eu distancie minha mão da sua.
- não me toque. - ralhei.
- Lucy... - resmungou, como se meu nome fosse a coisa mais difícil de ser dita.
- você mentiu para mim. Você quebrou sua promessa.
- não... Lucy, por favor, não pense besteira.
- há! Eu estou pensando besteira?
Natsu esfregou seu rosto angustiado. Então seus olhos se encontraram com o de sua mãe, que assistia tudo calada. Acho que ela nunca o viu em tal situação.
- mamãe, leve as garotas para dentro. - pediu, entorpecido pela aquela situação. - eu tenho que conversar com Lucy.
Ela assentiu e arrastou as garotas para dentro.
- meu amor...- começou a dizer com a voz suave. - vamos conversar.
- eu não quero conversar. - disparei, no mesmo tempo que comecei a andar em direção oposta a ele.
Mas Natsu me segurou pelo cotovelos, me impedindo de prosseguir, e me virou para ele.
- Natsu, me solta. - mandei.
- não.
- não? - como assim não?
- não. Eu não vou solta-la até que me escute.
- por que você quer que eu te escute? Para mentir para mim de novo? Sabe o que eu devia fazer, Natsu? Sabe? - eu já estava fora de mim.
- o que?
- devia te devolver essa aliança. - cuspi aquele pensamento nele.
Por um momento ele ficou em silêncio me encarando como se eu fosse louca.
- então devolva. Se você acha que deve me devolve-la devolva... - meu coração se partiu com suas palavras, ele desistiria tão fácil assim de nós. - mas eu ainda vou continuar a usar a minha.
Eu senti raiva, raiva por ele esta caçoando da minha cara, por ele ter mentido para mim, por ter deixado Yukino toca-lo novamente, raiva por ama-lo tanto que chegava a me doer a cada pequeno erro dele.
Assim que senti sua mão me soltar, eu avancei nele, com os punhos fechados, eu socava seu peito, sem conseguir mais controlar as lágrimas que estavam contidas dês do momento que vi Yukino em seus braços.
Quando não restou-me mais forças e eu estava prestes a desabar, Natsu me segurou me prendendo ao seu corpo, suas mãos afagaram meus cabelos com ternura e eu não lutei contra seu toque.
- se sente melhor? - eu assenti, entendi o que ele fez, me fez tirar toda a raiva que estava dentro de mim naquele momento. - quer entrar? - eu me agarrei a seu colete e balancei a cabeça recusando sua oferta. - esta brava comigo?
- estou... - resmunguei.
- vai me devolver a aliança? - perguntou com divertimento.
- não. - gemi. Eu sou incapaz de abrir mão dele.
- que bom, pois eu não ia me sentir muito a vontade te sequestrando e a obrigando a dizer seus votos. - dava para notar o humor em sua voz.
- fica quieto.- murmurei fechando meus olhos e me concentrando apenas nos batimentos de seu coração, Natsu aparentava estar calmo mas seu coração estava batendo como louco.
- perdão. - sussurrou ele, eu não consegui decifrar se foi por causa de agora ou por eu ter surpreendido com Yukino.
-não volte a ver Yukino, por favor. - pedi.
- acho que ela não voltará aqui, você foi bem convincente.
- espero que sim. - se não, terei que cumprir minha ameaça.
- você sabe que eu não a abracei, né? - falou ele depois de um tempo calado.
Eu me distanciei dele, fitei seu rosto, ele parecia apreensivo.
- eu vi sua reação, você não esperava a investida dela. Mas mesmo assim você voltou a vê-la mesmo depois de ter me prometido não vê-la.
- eu não esperava vê-la aqui. Se quiser, pode perguntar a o Gray, ele estava aqui quando ela chegou. Mas se quer saber acho que foi bom ela ter vindo, acho que ela finalmente vai nos deixar em paz.
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