1. Spirit Fanfics >
  2. Cavaleiro vampiro >
  3. Sacrifícios necessários

História Cavaleiro vampiro - Sacrifícios necessários


Escrita por: MisawaNamikaze

Notas do Autor


Olha eu aqui pessoal... kkkk! Eu sei. Já estava na hora, não é mesmo? Enfim, aqui estou.
Tenham uma boa leitura! Vejo-os nas notas finais.

Capítulo 23 - Sacrifícios necessários


Não compareceria ao casamento de Naruto. Em primeiro porque não me achava digno de compartilhar de sua felicidade, e depois minha presença não seria bem quista a não ser pelo mesmo.

Cerejeiras ladeavam a estrada, e a imagem de Sakura veio a minha mente. Sorri involuntariamente ao lembrar-me de que em uma de nossas poucas conversas civilizadas me falara de seu aniversário.

Eu estava há dias de casa, e não conseguiria chegar a tempo.  Sem saber ao certo o que fazer e sem pensar, enviara-lhe uma mensagem com “Parabéns”. Era ridículo, eu sabia. Mas, o que mais poderia dizer-lhe? Nunca fui bom em me expressar, e a perspectiva de fazê-lo era aterrorizadora embora jamais fosse admitir.

Era fato que podia lutar contra cem homens, mas não conseguiria me declarar para aquela a quem meus pensamentos pertenciam.

 

Aoda cavalgou sem descanso dia e noite, e estávamos há um dia de casa quando vi Peregrino planar em minha direção. Soube que trazia a resposta de Sakura que eu jamais leria, pois um tiro cortou o céu e o falcão despencou.

Segui a direção em que a ave fora abatida e deparei-me com um garotinho pálido com ossos salientes arrancando sua cabeça e bebendo o sangue que escorria em seguida.

-Era sua a ave, senhor? Indagou cínico. -Desculpe-me, eu estava com fome.

-Mascarar-se como criança não impedirá a sua morte.

-Não se pode matar o que não está vivo.

-Revele-se.

-Humanos! Bufou. -Sempre tão autoritários.

-Eu não sou humano.

-Mas já foi, um dia.

-Faz muito tempo.

-Eu estou por essas terras desde que o fogo foi descoberto. Disse ele e quando se levantou já havia se transformado num homem. Ainda muito pálido, estava despido da cintura para cima e os ossos de suas costelas eram visíveis. A figura esquelética me analisava com um sorriso sarcástico. -Quando se é eterno o tempo é superficial criança.

-Você é aquele a quem chamam de Zetsu. Falei.

Ele riu assentindo.

-Vou conceder-lhe um desejo, numa forma de redimir-me por ter matado sua ave.

-Não quero nada.

-Ora, vamos... Deve haver algo que você queira. Insistiu. -Todos querem alguma coisa.

-Ouvi histórias sobre você. Há quem diga que é capaz de fazer qualquer coisa.

-E é verdade. Gabou-se o demônio.

-Então, torne-me humano.

-E qual motivo o faria querer abrir mão de sua imortalidade e juventude eterna?

-Não importa.

-De qualquer forma, deve saber que isso terá um preço.

-Diga-me qual.

-Seria capaz de sacrificar o que você mais ama?

-Todos que amei estão mortos. Eu disse. -Não tenho apresso por nada que tenho.

-Então porque preserva aquela bela jovem de cabelos rosados?

Segurei-o pela garganta, chegando a levantá-lo do chão.

-Não ouse cobiçá-la. Ameacei.

Sua risada irritante atingiu meus ouvidos, e minha pele pinicou. Era como ser espetado por agulhas. No instante seguinte, desapareceu de minhas vistas e reapareceu no galho de uma árvore.

-Cobiçá-la? Foi o que fiz no momento em que a vi. Debochou. -Sua alma pura me atraiu como um prato de comida atrairia alguém que está há dias sem comer.

-Se você a tocou...

-Tão gentil e educada. Interrompeu-me. -Encantei-me no mesmo momento. Eu arrancaria sua língua com a mão só para que se calasse, mas o demônio era rápido e quando me movi em sua direção ele reapareceu do outro lado da estrada. -Não se preocupe, eu não pegaria a alma de alguém que não tem ambições. Riu novamente, enquanto sentava-se ao chão apoiando os cotovelos nas pernas e amparando o rosto com as mãos. -Ela voltava da vila quando topou com um menestrel faminto, e muito solicita ofereceu-lhe pão para aplacar sua fome e vinho para saciar sua sede. Em troca, ele disse que conceder-lhe-ia um desejo. Humilde, ela disse que não esperava recompensa quando se prestava a ajudar quem precisa. Mas, deveria haver algo que a tentasse. Disse-lhe que poderia tornar real o maior desejo de seu coração. Com um sorriso tão brilhante quanto a luz do sol, a bela criatura dissera que se seu desejo não fosse realizado naturalmente, não valeria a pena tê-lo e que esperaria o tempo que fosse.

-E depois?

-Interessa-se?

-Fale demônio.

-Percebo agora que sua semelhança com Indra vai além da aparência física. Ele disse. -Sabe, ele também gabava-se de não amar nada nem ninguém. Queria a glória a qualquer custo, mesmo que isso significasse deixar a humanidade para trás. Desesperado ao ver seus homens serem abatidos no campo de batalha, ele veio a mim e eu me compadeci de sua causa. Estava satisfeito em ser o grande guerreiro e não desejava nada além disso, mas então ele conheceu uma bela mulher. Afinal antes de ser um monstro, era um homem. Os desejos da carne podem enlouquecer um homem, tanto quanto a sede a um vampiro. Disse sugestivo. -Ele se casou com ela e teve filhos. Coitado! Se soubesse que estava condenando toda a sua linhagem... Anos depois, procurou-me implorando para que o tornasse humano. Disse-lhe que se desejava ser um homem normal, deveria sacrificar o que mais amava. Sua esposa, ao descobrir, esfaqueou-se para que ele não tivesse que fazê-lo. E tão grande foi seu remorso, que ele arrancou o próprio coração do peito. Será que a história irá se repetir?

-Maldito! Avancei mais uma vez em sua direção, mas dessa vez, desaparecera.     

-Volte para sua donzela cavaleiro. Sua voz ecoou no ar. -Volte e aproveite o tempo com ela. Pois para os humanos, tempo é algo escasso. Lembre-se de que a vida é como um sopro, e sacrifícios são necessários quando desejamos algo.

Sakura era humana, e sua vida era frágil. Se fosse picada por um animal peçonhento morreria facilmente ou mesmo uma doença poderia tirá-la de mim. Constatei que eu não era o maior perigo para si, pois embora que a sede avassaladora me consumisse preferiria tirar minha própria vida a fazer-lhe algum mal. Aquela mulher era preciosa para mim e eu a protegeria. Mas para mantê-la a salvo, seria necessário submetê-la a um sacrifício maior do que a morte. O pensamento atingiu-me como uma lâmina afiada. Eu desejava tê-la ao meu lado, mas não era egoísta o bastante para condená-la a uma eternidade de escuridão. No fim, já havia me decidido. Viveria a seu lado, em seu tempo. No tempo em que a vida me permitisse.


Notas Finais


No fim, ele se decidiu. O que esperar de um momento tão esperado? Kkkkkk. Já chega de enrolação não é minha gente?! Eu disse lá em cima que já estava na hora... Espero que tenham gostado.
Até a próxima vez!

Leiam também o novo projeto! Será bem curto, mas prometo que a diversão será garantida.
https://www.spiritfanfiction.com/historia/perfect-opportunity-13045009


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...