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História Cavaleiros das sombras - Yahiko


Escrita por: Ferichita e Hime_AnnabelLee

Capítulo 7 - Yahiko


Capitulo sete: Yahiko.

 

 

 

Aqueles que não entendem a dor verdadeira não pode compreender a verdadeira paz.  - Yahiko.

 

 

 

Naquela noite, eu tive um sonho estranho.

 

“A vila estava escura, a chuva aumentava a cada segundo, eu sabia que correr não era a solução, mas eu estava apavorada, eu corria como se minha vida dependesse disso e realmente dependia, o vento gelado batia nas minhas costas me fazendo arrepiar, as lágrimas de pânico corriam pelo meu rosto e a sensação de medo me dominava. Ouvi passos atrás de mim, me virei abruptamente e não vi ninguém, me virei na esquina mais próxima, um beco sem saída, me desesperei, quando pensei em correr de volta para o mesmo lugar vi sombras vindo daquela rua, senti que meu fim estava próximo e fechei meus olhos, um vento frio me fez estremecer novamente, senti um hálito gelado no meu pescoço e automaticamente abri meus olhos novamente, olhei para trás e um relâmpago iluminou o céu, não conseguia acreditar em quem eu via, era Yahiko.”

 

Acordei suando, assustada, olhei pra a janela e um clarão iluminou o céu, tremi e respirei fundo, “foi só um sonho” repetia para mim mesma como se fosse um mantra, levantei da minha cama e peguei um casaco que estava jogado em uma cadeira, e desci as escadas rumo ao primeiro andar, fui até a cozinha, abri a porta da geladeira e peguei um copo de agua para beber, encostei-me à parede e respirei fundo novamente. O barulho da chuva lá fora só aumentava.

 

Sentei-me a cadeira e me perdi em pensamentos enquanto terminava de beber a água, “por que será que eu tive esse sonho? Por que o Yahiko estava me perseguindo?” Eram os pensamentos que rondavam a minha mente, me levantei, lavei meu copo e voltei para o meu quarto, torci mentalmente para não ter um novo pesadelo e adormeci.

 

Senti os raios de sol batendo no meu rosto e me virei para o outro lado, não queria me levantar agora, peguei meu cobertor e levantei-o até o meu rosto tentando voltar a dormir, mas foi em vão. Levantei-me bufando, em pleno sábado de manhã eu não conseguia acordar tarde, fui até o guarda roupa peguei um vestido lilás simples e o vesti. Desci as escadas e fui até a cozinha, minha avó já estava lá fazendo café.

 

 – Acordou cedo Konan! – disse ela sorrindo – Hai, estou acostumada já. – Falei fazendo bico e ela riu. – Vem aqui, sente-se e vamos tomar café. – Disse ela colocando duas xicaras na mesa, me sentei e tomamos café enquanto conversávamos.

 

Após terminar o café resolvi dar uma volta pela vila, desde que cheguei não tirei um dia para isso. Me despedi da minha avó, peguei um casaco e sai. O tempo estava nublado, o sol que estava brilhando no céu quando eu acordei havia sumido, não que isso seja algo de se espantar aqui em Amegakure.

 

Passei na padaria perto da minha casa e comprei alguns chicletes com algumas moedas que eu tinha no bolso do vestido, ao sair de lá coloquei meus fones de ouvido e fui andando distraída observando a vila. Virei em uma rua e depois percebi que ela era sem saída, automaticamente lembrei-me do meu sonho e parei. – Konan? – perguntou alguém, me virei devagar e olhei para a pessoa e era... Yahiko. – Tudo bem? – ele perguntou se aproximando e eu não conseguia me mover. - Eu... Eu... Não. – Falei gaguejando e ele me olhava preocupado – O que houve? – perguntou segurando minha mão que há essa hora estava tremendo. – Você... Eu... – Não conseguia terminar a frase, senti tudo ficando preto e minha visão ficar embasada, não me lembro de nada que ocorreu depois, pois desmaiei.

 

- Konan? Konan, por favor, fala comigo! – Ouvi a voz de Yahiko praticamente implorando para que eu acordasse. Abri meus olhos devagar e senti minha cabeça doer muito. – O que aconteceu? – perguntei o olhando – Você não se lembra? Você desmaiou! – Ele disse me olhando. – Eu... Eu não me lembro. – Disse confusa com a mão na cabeça.

 

 – A sorte foi que eu estava com você e te trouxe para minha casa. – Ele disse e eu corei violentamente. – Sua casa? – ele riu. – Hai. – Ele confirmou e eu virei meu rosto. – Ah eu já estou bem, então acho melhor eu ir. – Falei levantando do sofá. – Iie, você acabou de acordar, não irei deixar você ir. – Ele disse ao me olhar e eu me sentei. – Todo bem, você ganhou. – Falei e ele riu indo até a cozinha e voltando com um copo de água.

 

 – Toma para se sentir melhor. – falou me entregando o copo e se sentando ao meu lado. – E seus pais? – perguntei pegando o copo da mão dele. – Não estão, os dois viajaram. – Ele respondeu. Eu corei, estávamos sozinhos na casa dele. – Eles viajam com frequência? – perguntei olhando para o chão. – Hai, é raro eles estarem em casa, mas eu nem ligo mais. – Ele respondeu suspirando e dando os ombros. Percebi o tom de decepção em sua voz e involuntariamente coloquei uma mão em seu rosto e ele sorriu.

 

 – Tudo bem, eu já me acostumei, sério. – O alaranjado continuou e eu dei um pequeno sorriso. – Quando se sentir sozinho me procure, eu não vou hesitar em te ajudar. – Falei preocupada e ele riu, pegou minha outra mão e a segurou. – Eu sei que não – Ele disse com um meio sorriso. Corei e tirei a mão de seu rosto, me virando para o outro lado.

 

– Então, me conta o que aconteceu com você depois que eu parti? – Perguntei a ele conseguindo o olhar novamente, ele soltou minha mão e se ajeitou o sofá. – Bem, depois que você se foi eu fiquei muito mal nada foi o mesmo sem você... – ele falou olhando para o nada. – Ah nossa... – Olhei para ele. – Mas agora que você voltou tudo está bem de novo! – Ele falou com um sorriso no rosto e eu sorri também. – Hai hai, eu voltei e não pretendo ir embora tão cedo! – Afirmei animada. – Mesmo se quisesse, eu não iria deixar, de novo não. – Eu o olhei e ele também me olhou no fundo dos meus olhos, o silêncio se instaurou no local, o único barulho que se ouvia era a batida acelerada do meu coração e as nossas respirações.

 

 – Konan, tem algo que eu quero te dizer já faz muito tempo... – ele falou acabando com o silêncio, minha respiração ficou descompassada, Yahiko segurou minha mão. – Não diga nada. – Pedi, ele apertou um pouco minha mão – Mas... – ele tentou terminar e eu balancei a cabeça – Por favor. – Ele suspirou e eu levantei do sofá.

 

– Vou pegar uma água. – Falei indo em direção à cozinha, Yahiko me acompanhava com o olhar, abri a porta da geladeira e olhei para dentro dela, um copo com um liquido de cor escura me chamou atenção.

 

 – Yahiko, o que é isso? – perguntei, em questão de segundos ele estava atrás de mim e eu me assustei. – Suco. – Ele respondeu indiferente. – De? – Perguntei curiosa, olhando-o. – Beterraba com laranja, mas não tome, eu misture alguns remédios que preciso tomar pelo dia, nada demais, apenas para controlar a alergia. – Ele respondeu com a mão no meu ombro, eu concordei e peguei a garrafa de agua, fechando a porta.

 

Depois que terminei a água, fiquei o olhando, me escorei na parede e ele estava do outro lado da cozinha encostado na bancada. – Esses remédios não vão comprometer o seu metabolismo não né? – Perguntei com o copo na mão. – Não. Não tem substâncias proibidas. – Ele respondeu sorrindo. – Que bom! – Afirmei sorrindo também. Yahiko, junto com os meninos do grupo praticavam hóquei de gelo.

 

 - Bem, agora eu vou indo, já está perto da hora do almoço. – Continuei. – Ah tudo bem, eu te deixo em casa. – Ele falou andando em direção a porta e eu comecei a andar também.

 

 Andamos pela vila lado a lado e em alguns minutos já estávamos na porta da minha casa. – Está entregue! – ele disse e eu sorri. – Arigatou, Yahiko! – Agradeci. Ele se aproximou e me deu um abraço, eu retribui. – Até segunda. – Ele despediu-se me dando um beijo no rosto. – Até! – eu falei acenando. Ele começou a andar e eu o acompanhei com olhar até ele desaparecer a minha vista.

 

 

CONTINUA...



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