História Cavaleiros das sombras - Nagato

Capítulo oito: Nagato.

“Amor e perdão não são sentimentos que compramos com palavras bonitas.” Nagato.

Meus pensamentos estavam confusos em relação ao Yahiko.

Depois do almoço, fiquei deitada na minha cama olhando para o teto, estava com um pouco de sono, porém estava com medo de dormir e ter aquele pesadelo de novo, olhei para a janela e leves pingo de chuva caiam lá fora, suspirei , senti meu celular vibrando debaixo do meu travesseiro, peguei-o e o atendi.

 – Oi – falei dando um leve bocejo. – Oi Konan, você está ocupada? – perguntou Nagato do outro lado da linha. – Não... Por quê? – Respondi um pouco sonolenta. – Eu estou indo treinar esgrima, quer ir comigo? – ele perguntou, eu sorri. – Claro! – respondi animada. – Então tá, passo aí em 10 minutos, me espere na porta. – Ele falou e finalizou a ligação.

 Me levantei, coloquei uma calça jeans e uma blusa lilás, calcei minha sapatilha e desci as escadas. – Obaa-san, eu vou sair com o Nagato, está bom? – falei, ela me olhou com um sorriso maroto. – Seu namorado? – perguntou ela. – Não! Apenas um amigo! – falei corando e ela deu uma gargalhada. – Tudo bem Konan, só não volte tarde. – Ela disse voltando a ler o jornal, enquanto eu corria para a porta à espera do ruivo.

Alguns minutos depois ele chegou de moto, dei um sorriso ao vê-lo. – Está pronta? – ele perguntou tirando o capacete. Nagato estava com uma calça jeans escura, uma blusa azul marinho, uma jaqueta preta de couro e de cabelos molhados. – Sim! – falei. Ele pegou o capacete reserva que estava atrás dele e me deu. – Vamos então – coloquei o capacete e me sentei na moto, passei meus braços ao redor de sua cintura e segurei forte. Ele não foi rápido demais, o trânsito estava livre por ser um final de semana, então aproveitamos a estrada, por alguns segundos fechei os olhos e me senti livre com o vento batente m minha face.

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- Chegamos – ele falou estacionando a moto, tirei-o capacete da minha cabeça e levantei, o colocando no lugar onde estava. Nagato fez o mesmo e pegou minha mão, ele segurou firme, fazendo-me sentir um arrepio no corpo, o ruivo me conduziu para dentro do clube, era um lugar luxuoso, as paredes eram de cor amarelo claro dando uma sensação de tranquilidade ao local, me senti um pouco desconfortável de não estar com uma roupa adequada ao lugar, já que as várias mulheres que ali estavam, usavam vestidos.

 – Senhor Nagato Uzumaki, Senhorita. – Cumprimentou-nos um homem na recepção. – Olá Yuri. – Cumprimento-o ruivo simpático e eu sorri. – Sua sala é a 253. – Disse ele entregando a chave para Nagato – Obrigado – Nagato pegou a chave com sua mão livre – Meu oponente já chegou? – perguntou o ruivo – Sim, ele te espera na sala – respondeu-o.

 Nós fomos caminhando até a sala em silêncio, Nagato abriu a porta com a chave e eu entrei, ele entrou logo depois. Eu me sentei em um sofá branco que ficava ao lado da porta e olhei ao redor, meus olhos se fixaram no oponente de Nagato, aqueles cabelos brancos não me deixavam confundir.

 – Hidan? – perguntei, ele se virou com um sorriso. – Olá, Bitch – Eu corei, ele tinha me chamado de puta...? – Hidan, olha os modos! – Advertiu-o Nagato com um olhar de reprovação. – Oi Hidan. – Eu falei acenando. – Vamos parar de conversa, porque hoje é dia de treinar! – disse o ruivo e o albino riu. – Claro. – Concordou Hidan pegando o florete e colocando a máscara. Nagato já estava todo vestido e com seu florete na mão.

Os dois se cumprimentaram com as mãos livres e se distanciaram logo depois, Nagato começaria dessa vez, ele marchou até Hidan com o florete e fez afundo (esticou-o mantendo certa distância) tentando encostar a barriga do albino, porém ele fez guarda de sétima (se defendeu), o albino e fez afundo tentando acertar o ruivo, mas ele ficou de guarda de quarta (se defendeu). Hidan aproveitou a defesa de Nagato e fez um ataque por estocada atingindo a barriga do ruivo, no quadro eletrônico que ficava acima da porta marcava pontos para Hidan pelo toque.

Eles se distanciaram de novo, e dessa vez quem começaria era Hidan, ele fez a marcha se aproximando de Nagato, fez um ataque por destaque (para confundir o ruivo) ameaçando tocar o mesmo lugar onde acabara de o acertar, porém desviou o florete e acertou seu peito, mais pontos para Hidan, ele realmente era habilidoso. Os meninos se afastaram mais uma vez, e de novo era vez de Nagato começar, o ruivo marchou até Hidan efetuando a parada e batendo a lâmina do florete dele com o seu, tendo o direito de tocar no Hidan, e com resposta encostou o florete acima do peito do albino, Hidan também encostou no Nagato, mas como o ruivo começou os pontos foram para ele.

Alguns golpes mais tarde, marcaram-se 3 minutos e a partida terminou, os dois se cumprimentaram novamente e se sentaram ao meu lado, tirando as máscaras. – O que você achou Konan? – perguntou-me Nagato. – Eu gostei muito, os dois são bastante habilidosos! – falei impressionada com um sorriso, o albino riu. – Mas eu sou melhor. – Disse se gabando. – Admito que não foi meu melhor jogo. – Disse o ruivo, suspirando. – O importante é que vocês treinaram, não é como se estivessem competindo alguma coisa. – Eu falei brincalhona e eles se entreolharam. – Não, é só treino para a competição. – disse o ruivo dando os ombros e eu balancei cabeça.

 – Fiquei sabendo dessa competição, boa sorte para os dois! – Eu falei e os dois sorriram. – Obrigado Bitch. – Agradeceu-me albino. – Obrigado Nana – Agradeceu-me o ruivo. Hidan saiu da sala e foi beber água, deixando-me e Nagato sozinhos ali. O Uzumaki olhou para mim e eu abaixei minha cabeça, senti minhas bochechas ficarem vermelhas, senti suas mãos no meu rosto levantando-o, me fazendo olhar para ele.

– O que foi? – ele me perguntou. – Nada... Eu só... Nós dois aqui sozinhos... – tentei me explicar, sem sucesso, ele riu. – Nem parece que a gente já se conhecesse assim, Konan. – Ele disse. – Mas é diferente – Afirmei. – Nós éramos crianças e agora crescemos, só isso que mudou. – Ele disse dando os ombros e sorrindo. – Tudo bem. – Concordei com um sorriso. Hidan voltou logo depois e eles continuaram treinando.

Algumas horas depois eles pararam o treino, Hidan despediu-se de mim e foi embora, e novamente só eu e Nagato estávamos dentro daquela sala, ele estava em pé tirando a roupa de treino, e eu estava distraída olhando os quadros que estavam nas paredes. Perto do sofá, tinha uma armadura de metal com uma espada do lado, me aproximei dela e sem perceber encostei-a admirada, parecia aquelas armaduras de livros medievais, tropecei em meus próprios pés e empurrei a armadura para trás fazendo-a quase cair.

 Nagato apareceu do nada e segurou a armadura não a deixando cair, eu o olhei assustada. – Como você...? – perguntei apontando para a armadura. – Eu estava do seu lado, você que não percebeu. – Ele respondeu aparentemente nervoso. – Mas você estava do outro lado da sala agora pouco. – falei e ele riu. – Você estava muito distraída mesmo. – Eu respirei fundo e coloquei a mão no meu peito tentando acalmar meu coração. – Me desculpe. – Falei sem graça, ele colocou sua mão na minha cintura.

 – Tudo bem. – Ele disse. Eu olhei no fundo dos olhos dele e senti novamente um arrepio, ele me virou me fazendo ficar de frente para ele e aproximou seu corpo do meu até que eles estivessem colados , se inclinou sem tirar os olhos dos meu olhos, eu estava em transe, meus batimentos estavam acelerados e eu realmente senti que o tempo tinha parado naquele momento.

Nagato colocou sua mão livre no meu rosto, puxando para perto dele, senti seu hálito de menta no meu rosto e fechei os olhos, senti os lábios dele no meu, dei passassem para a língua dele entrar, e o beijo se aprofundou, ele inverteu as posições e me empurrou na parede ao lado da armadura, coloquei meus braços envolta do pescoço dele, puxando para mais perto de mim, como se fosse possível, porém com a falta de ar nós nos separamos, ele me soltou e eu fiquei olhando pra ele sem expressão. – Desculpa Konan, eu não queria... – ele disse me olhando – Não... Precisa! - Falei, tentando respirar. – Vamos embora? – Ele perguntou e eu assenti dessa vez, quem segurou a mão dele fui eu.

CONTINUA...