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História Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - A Felicidade dura só um instante


Escrita por: NinaKurumada

Capítulo 13 - A Felicidade dura só um instante


Fanfic / Fanfiction Cavaleiros do Zodíaco - Depois de Gaya - A Felicidade dura só um instante

A viagem para o Taiti não poderia ser melhor. Seya e Saori não se desgrudavam nem mesmo um segundo. Desejavam que aqueles dias demorassem uma eternidade. Não sabiam que era tão bom dormir e acordar ao lado da pessoa amada, tomar café, almoçar, andar de mãos dadas na areia, sentindo as ondas do mar molharem os pés. Seya não conseguia parar de olhar para a esposa, de biquíni em seu corpo escultural.

— Você é a mulher mais bonita que existe. Só podia ser uma deusa mesmo.

— Seya, não seja exagerado!

— Meu amor por você parece crescer a cada minuto. Por que demorei tanto para me declarar a você?

Saori se lembrou dos anos em que Seya ficara inválido. A cura existia mas Atena se negou a dar ao amado.

— Ei... — Ele tocou o queixo dela, obrigando-a a olhar para ele. — Pare de pensar nisso, sabe que não tenho rancor de você.

— Eu sei, mas...

— Você cumpriu o seu papel divino. Não deixou os sentimentos pessoais prevalecerem sobre sua missão. Por isso você é Atena.

A moça suspirou e forçou um sorriso.

— Venha, vamos dar um mergulho. Precisamos aproveitar o sol e o mar. Não sabemos quando voltaremos aqui.

— Podemos voltar a qualquer hora.

— Sabe que não. Eu espero que esse tempo de paz dure muito. Mas...

— É, sinto a mesma coisa. Sempre esse pressentimento ruim que não nos abandona.

— Talvez seja só um pressentimento.

— Seya... — Ela tocou o rosto do marido. — Tenho tanto medo de perder você. O que seria de mim?

— Precisamos estar preparados para tudo, meu amor. Não somos pessoas comuns. Mas não se preocupe. Temos muitos anos pela frente.

Ela o abraçou e o beijou. Seya correspondeu. Em seguida, a carregou no colo e entrou no mar, arrancando gritinhos e sorrisos da esposa.

 

Depois do dia todo na praia, foram para o hotel tomar um banho e jantar. Já há uma semana desfrutavam daquela lua de mel dos sonhos. Saori, viciada em trabalho, conferia o celular de hora em hora nos dois primeiros dias. Como não recebera nenhuma mensagem de Tatsumi, acabou relaxando e esquecendo o trabalho e as responsabilidades como herdeira Kido.

Era tarde da noite quando deitaram-se nus na cama, com as luzes apagadas e as janelas escancaradas. A brisa balançava as cortinas brancas e o céu estrelado iluminava o contorno dos seus corpos abraçados. Estavam aprendendo juntos a se amar, pois ambos casaram virgens. Cada noite era melhor do que a anterior. A felicidade parecia não caber dentro do peito.

 

Dormiam abraçados em meio aos lençóis amarrotados quando o telefone do quarto tocou. Os dois despertaram exaltados e Seya atendeu, esfregando os olhos.

— Alô.

— Seya, desculpe acordá-los, a Sra. Saori está?

— Tatsumi? O que houve? Algum problema?

Houve um silêncio do outro lado. Seya percebeu que era sério. Saori acendeu o abajur e sentou na cama, cobrindo-se com o lençol.

— Seya, quem é?

O rapaz fez um sinal para que ela aguardasse.

— Tatsumi, diga o que houve.

— Tudo bem, é melhor eu falar com você primeiro. Sinto muito ligar a essa hora e estragar a lua de mel de vocês... Estou tentando ligar desde ontem no celular da Sra. Saori.

— O celular? — Seya olhou para a esposa, que se levantou e procurou pelo aparelho, esquecido em uma gaveta. Ela o ligou e colocou na tomada para carregar. Havia dezenas de chamadas não atendidas.

— Seya, o que houve? — Ela indagou, preocupada. 

— Diga Tatsumi, estamos aflitos — Seya se exasperou. 

— É o Shiryu.

— O que houve com o Shiryu? — Pégaso deu um grito. 

O coração de Seya deu um salto. Saori abria as mensagens no celular. Tatsumi havia enviado os resultados dos exames que o Cavaleiro de Dragão escondera todos aqueles meses.

— Ele está internado — disse o mordomo. — Tivemos de trazê-lo em um avião particular às pressas para o hospital da Fundação Kido. Quase o perdemos.

Seya começou a suar frio e sentou na cama, jogando os lençóis com violência.

— Mas que droga! O que houve com o Shiryu? Foi atacado?

— Ele está com câncer — Saori disse enquanto vertia lágrimas diante do parecer médico que sua equipe enviara pelo celular. 

— Ele está em coma. Os médicos disseram que não há mais nada que possam fazer — Tatsumi falou ao telefone. — Parece que ele escondeu de nós. Estava tratando de um câncer há alguns meses. Mas o tumor se espalhou.

Seya deixou cair o telefone e cobriu o rosto com as mãos. Era muita ironia do destino! Depois de tudo a que Shiryu sobrevivera, uma doença como aquela estava vencendo o Cavaleiro de Dragão.

Saori se apressou, enrolada no roupão e pegou o telefone no tapete.

— Tatsumi?!

— Sra. Saori, ele está em coma, internado no hospital da Fundação. Parece que não vai resistir por muito tempo. Estou ligando para todos, caso queiram se despedir. Ele está inconsciente, mas ainda respira.

— Estamos indo, ligue para todos.

— Sim, senhora.

Saori colocou o telefone no gancho e sentou ao lado do marido, que chorava feito um bebê.

— Isso é um pesadelo. Me diga que estamos sonhando e logo vamos acordar — Seya soluçava.

Saori o abraçou e chorou em silêncio. Pégaso sentia-se indignado:

— Não é justo! Logo agora que a Shunrei está grávida! Ele não vai nem ao menos conhecer o filho. Os céus foram muito ingratos. Depois de tudo o que o Shiryu fez pelo bem na Terra.

— Seya, respire fundo, acalme-se.

— Saori, não entende? — Ele olhou para a esposa, desesperado. — É o Shiryu. O Shiryu!

O choro de Saori aumentou e ela também não conseguiu se acalmar.

Fizeram as malas às pressas, se vestiram e tomaram um táxi para o aeroporto. 



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