História Cavaleiros do zodíaco- Universo caotico - Guerra de ouro- O santuário espera ansiosamente!

Depois de um longo dia repleto de explicações, Kai e Tsuki passam a noite em Rozan, junto a Gabriel, até então traidor do santuário, e Kalos o grande mestre.

O sol nascia nas terras orientais. Os raios de luz refletiam na grande cachoeira, onde Kai e Tsuki já estavam acordados, treinando intensamente, não usavam suas armaduras, mas ainda sim era possível sentir suas energias gigantescas.

Tsuki- Vamos Kai! Temos que ficar mais forte!

Kai- Pode ter certeza, que eu farei isso!

Gabriel aos poucos vai aparecendo no horizonte, ele acordou antes do sol nascer, para pegar lenha na floresta. O cavaleiro usava suas roupas comuns e conforme se aproximava sentia que os cavaleiros estavam batalhando.

Gabriel- Ei! Estão treinando?

Kai- Sim!

Tsuki- Quer se juntar a nós!?

Gabriel- Bem, eu iria fazer essa pergunta agora. Querem se juntar a mim?

Tsuki- Hãn? Como assim?

Kai- Vai treinar?

Gabriel- Não... Eu tenho que buscar algumas coisas na vila, para curar o grande mestre. Poderiam me acompanhar?

Tsuki- Não vejo problemas.

Kai- Bem, é o mínimo que podemos fazer. Afinal você nos deu sua casa.

Gabriel sorri e logo segue o caminho para a vila que ficava próxima a grande cachoeira de Rozan. O santo de libra ia guiando Tsuki e Kai ate chegarem a um portal. A vila não era grande, mas tinha uma boa extensão, as casas eram humildes e na rua havia o comercio. Inúmeras barracas vendendo produtos variados, desde ervas até roupas e tecidos. Os moradores da vila eram simpáticos e de grande educação, a cada parada que os cavaleiros faziam eram bem recebidos. Gabriel era conhecido no local, cumprimentava a todos nas ruas em que andava, apresentava seus amigos Kai e Tsuki para todos. Depois de comprarem o que precisavam andavam pela vila ate encontrar duas crianças, um menino e uma menina. O menino parecia ter doze anos, não possuía um dente pois esta na época de troca, seus cabelos eram muito escuros assim como seus olhos, ele acompanhava sua irmã mais nova, a menina parecia ter oito anos e tinha longos cabelos da mesma cor do irmão. Logo que viram Gabriel sorriram e gritaram para chamar a atenção do cavaleiro.

Gabriel- Hao, Yilin! Como cresceram!

Hao- Finalmente voltou a aparecer Hein!

Yilin- Por onde andava Gabriel-kun?

 Gabriel- Bem... Muito ocupado heh.

Yilin olha para Kai.

Yilin- Quem é esse? Parece muito com Kotei.

Gabriel- Esse é Kai de sagitário, irmão do Kotei. Essa é Tsuki de touro, é uma amazona muito poderosa.

Tsuki- Olá

Kai- Muito prazer...

Gabriel- Aonde vão?

Hao- Nos vamos nos encontrar com alguns amigos, nos combinamos de brincar!

Gabriel- Hum... Perfeito. Vamos lá amigos.

Hao e Yilin vão em direção a um grupo de crianças. Gabriel empurra os outros cavaleiros em direção ao grupo sem entender nada.

Kai- O que esta fazendo Gabriel?

Gabriel- Relaxa, vocês precisam descontrair um pouco Heh Do que vamos brincar?

Yilin- Vamos brincar de Daruma-san ga koronda!

Gabriel- Excelente! O pega vai ser meu amigo Kai, tudo bem para vocês?

As crianças concordam.

Kai- Ei... Vamos brincar em um momento como esse? Eu nem sei brincar disso...

Gabriel- Relaxa... O objetivo do jogo é aproximar-se ao máximo do “pegador”, sem ser percebido por este, enquanto ele fala “Daruma-san ga koronda”, depois que chegarem perto do “pegador” ele vai repetir a frase mais uma vez e todos devem se afastar o máximo, quando ele se virar ele tem direito a dar 3 passos em direção de um dos jogadores e se ele conseguir encostar na pessoa essa pessoa se torna o “pegador” . Ou seja, se você me ver se mexendo, eu perco, mas se eu encostar em você... Você perde.

Kai ainda confuso, aceita e participa da brincadeira. Logo é derrotado, Gabriel encostou nas costas do cavaleiro de Sagitário.

Gabriel- Ah qual é? Você é muito ruim... Está com você Tsuki!

Tsuki- Eu?

E Tsuki participa também, da brincadeira, mas logo é derrotada como o Kai. Os cavaleiros ficam ali brincando junto às crianças por algum tempo. Ao notarem que o sol já passava do centro do céu, decidiram voltar para a cachoeira de Rozan. Quando passavam por uma densa floresta Gabriel pede para todos pararem.

Tsuki- O que foi Gabriel?

Gabriel- Estavam treinando, não é? Vamos lá... Agora vocês já sabem das regras do jogo... Vamos jogar heh.

Kai- O que está dizendo?

Gabriel- Daruma-san ga koronda! Vamos brincar! Vocês são o pega, estão em vantagem hein!?

Tsuki- Nos não temos tempos para brinca...

Gabriel estava atrás de Tsuki com a mão próxima aos cabelos roxos da amazona. Nenhum dos cavaleiros percebeu a aproximação do libriano, estavam surpresos.

Kai “Como se movimentou ate aqui? Ele esta ali”

Gabriel- Não estamos brincando...

Tsuki- O que você estava ali!

Gabriel- Isso é impossível, não posso estar em dois lugares ao mesmo tempo. Poderia estar um a zero para mim agora... Mas acho que vocês ainda não estavam brincando, então a partir de agora esta valendo...

Kai e Tsuki se afastam de Gabriel, eles não tiravam os olhos do cavaleiro.

Kai- Então se notamos sua movimentação ganhamos!?

Gabriel-... Já sabe as regras...

Gabriel aparece atrás do sagitário, ele estava com uma das doze armas de libra, o nunchaku dourado. O cavaleiro de libra estava prestes a atacar o sagitário mortalmente, antes que o próprio perceba, entretanto ele para o ataque no meio, aparentemente sem razão.

Kai- O que!? Você esta ali!

Gabriel- Que droga... Graças a Tsuki, não pude me mexer para atacar..

Tsuki olhava para Gabriel, estava surpresa.

Tsuki- Como chegou ai tão rápido? Está usando a velocidade da luz?
 

Gabriel sorri e logo estava atrás da amazona dessa vez com a espada dourada, ele ataca a amazona, porem ela se esquiva rapidamente e escapa por um triz, Gabriel volta a ficar parado.

Kai- Não pode ser tão rápido! Ainda vejo você segurando seu... Nunchaku?

O nunchaku estava no chão, em cima da grama, bem no local aonde Gabriel tentou atacar Kai.

Gabriel- Heh, eu estive ali sim... Mas será que estou mesmo aqui?

Gabriel abre um grande sorriso, do nada ele estava caindo em cima de Kai com seu tridente. O sagitário salta para frente seguido de um rolamento, o ataque foi poderoso criando uma cratera no chão, cravando o tridente no chão.

Gabriel- Ótimo reflexo.

Tsuki- Ele estava... Sua espada está no chão... Como se move tão rápido?

Kai- Isso não importa... Você perdeu o jogo Gabriel, nos não percebemos o momento de sua partida, entretanto vemos que você se mexe na velocidade da luz.

Gabriel- Heh... Está enganado. Não viram meus movimentos em nenhum instante... Viu?

Gabriel estava entre Kai e Tsuki, ele coloca as mãos nos ombros dos amigos e sorri.

Gabriel- Vocês perderam... Eu ganhei! Yeah!!!

Kai- Mas nos vimos você se mover!

Tsuki- Kai tem razão!

Gabriel- Correção, vocês viram meu cosmo se mover, entretanto não me viram em nenhum momento. Toda vez que pensavam que eu estava ali já estava em outro lugar...

Tsuki- O que?

Gabriel- Heh... Nós cavaleiros, enxergamos com os olhos, isso é obvio. Entretanto, instintivamente usamos nosso cosmo para enxergar, devido aos movimentos na velocidade da luz. Com o controle absoluto do cosmo, ou seja, o sétimo sentido permite que nos deixamos uma parcela de cosmo para trás... E quando vocês pensavam que eu estava ali parado por verem meu cosmo, na verdade eu estava atrás de vocês, isso levou a vitoria.

Tsuki- Incrível...

Gabriel- Obrigado! Entretanto eu fiz isso para mostrar a vocês como somos fracos perante as ilusões. E nosso inimigo usa bem essa técnica, quando voltarem para o santuário não usem o cosmo como visão, podem virar uma presa fácil...

Kai- Sim... Obrigado Gabriel!

Gabriel- Hehehe...

Depois do ataque fictício do santo de libra, os três voltam para a cachoeira e passam o resto do dia por lá. Enquanto isso no santuário, o clima era de tristeza, todos os cavaleiros estavam nervosos, aflitos esperando a volta dos cavaleiros dos cavaleiros que foram enviados para matar o libra. Pyliy estava em sua casa e logo recebe a visita de Báoli de capricórnio.

Pyliy- Báoli? O que o trás aqui?

Báoli- Queria falar com você...

Pyliy- Pois não?

Báoli- Acha que Kai e Tsuki seriam capazes de matar Gabriel?

Pyliy fica em silencio. Ela respira fundo antes de responder.

Pyliy- Bem... No lugar deles eu não conseguiria...

Báoli- Sim... Acredito que eles também não seriam capazes de tal ato. Parece que o retorno deles será amanha, acho bom inventarem uma boa historia para se livrarem...

Báoli segue caminho em direção a sua casa. Kotei aparece na casa de Áries, ele tinha ouvido tudo.

Kotei- Eu sabia! Sabia que vocês ainda acreditavam nele...

Pyliy- Kotei...

Kotei- Eu sabia que não era o único! Droga, se Gabriel traiu o santuário eu nunca vou perdoa-lo, entretanto se ele armou tudo isso quer dizer que um grande mal está no santuário.

Pyliy- Kotei acalme-se. Não sabemos a verdadeira intenção de Gabriel, nos queremos acreditar que tudo isso é mentira, mas os fatos não dão a nós esperança.

Kotei- Entendo... De qualquer forma, o santuário está em colapso, acho melhor nós cavaleiros de ouro agirmos depressa.

Kotei tinha razão, o santuário estava abalado. Athena dormia preocupada pensando em seus cavaleiros o tempo inteiro, a deusa não aceitava o sumiço de Kalos. Entretanto todos estavam atentos, afinal a adaga dourada estava fora do santuário, à única coisa que poderia matar Athena.