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História Cela 132 - Library


Escrita por: gucciqeen

Notas do Autor


Heeeeeeeeeeeeeey! Voltei rápido não foi? risos risos risos (nem vem, demorei só uma semana)
Quando eu acho que não tem como eu ficar mais feliz, a fanfic chega a 166 favoritos em uma semana!! Sem falar dos 20 comentários que o último capítulo teve!! ❤️❤️ Muito obrigada amores ❤️
Enfim só vim aqui para agradecer mesmo e deixar este capitulo quentinho que acabou de sair do forno kjsdnkisneoik
Tenham uma boa leitura e espero que gostem ❤️

Capítulo 5 - Library


Fanfic / Fanfiction Cela 132 - Library


Tradução do título do capítulo: Biblioteca

 

— Jimin? — A voz de Jin invade minha mente, fazendo com que eu acordasse de tais lembranças.

— Sim? — Olho para seu rosto, vendo o roxo um pouco mais claro e menos inchado.

— Estava dormindo acordado? — Perguntou risonho.

— Não. — Dou um sorriso sem graça.

— Parecia distraído.

— Acho que já está bom. — Digo movendo meus dedos de seu olho, indo para seus cabelos. — Eu estou preocupado com você. Sei que não tem a obrigação de me contar nada, mas... — Paro de falar, ao vê-lo ficando desconfortável com o assunto. — Desculpe, eu prometo não pergunt...

— Se estiver pensando que eu não confio em você, pode esquecer. Eu confio. — Falou calmo, fechando os olhos e aproveitando minhas carícias em seus fios. — Apenas não quero te envolver em problemas.

— Do que está falando?

— Você não sabe nada sobre Wondong... — Ele parou de falar ao ver Jeon parado na entrada da cela de braços cruzados.

Pensei que ele faria algum tipo de piada sobre minha proximidade com Jin, mas, para a minha surpresa, sua reação fora totalmente diferente.

— Cai fora daqui, Kim.

— O que? — Pergunto indignado com aquilo. — Você acha que...

— Não. Está tudo bem, Jimin. — Ele me interrompeu, se levantando em seguida. — Obrigado por hoje. — Sorriu e bagunçou meus cabelos, partindo dali em seguida.

— O que deu em você? — Pergunto alterado. — Por que fez isso? — Se jogou em sua cama, ignorando minhas perguntas.

— Shin está te esperando no corredor. — Disse sem me olhar. — Melhor não deixar ele esperando, Park.

Ao ouvir aquele nome, senti nojo.

Por que aquele babaca estava me procurando? Qual era seu problema comigo?

Bufo e saio da cela, indo em direção ao corredor, vendo-o parado encostado na parede.

— Me chamou? — Pergunto fazendo reverencia, sem vontade, arrancando um sorriso convencido em seu rosto.

— Um mês aqui e a loucura já está te dominando, detento? — O encarei confuso. — Você tem terapia com o psicólogo, agora as 14h00min. — Explicou, tirando as algemas do bolso.

— Eu disse que não queria. — Me afasto, porém, ele segurou meus braços à força.

— Encaminhamento médico, detento. — Prendeu as algemas em meus pulsos.

— Ele não pode me obrigar!

— Então, chame seu advogado. — Começou a me guiar pelo corredor.

Bufo, fechando os olhos por um momento, completamente frustrado. Ao chegarmos em frente a uma porta, que ficava perto da sala do diretor, o guarda a abriu sem bater, mostrando a sala do tal psicólogo. Lá, havia um homem sentado em uma poltrona enquanto lia um livro.

— Trouxe o seu o seu paciente.

O homem levantou o olhar. Ele tinha pequenos olhos marcantes, cabelos negros e pele clara. Era aparentemente jovem, devendo estar em seus trinta anos de idade... para ser sincero, bem diferente do que eu imaginava, já que, em minha cabeça, o psicólogo seria um velho de cabelos brancos e barba.

— Entre, por favor.

Resisto ao seu convite, ficando no mesmo lugar.

Eles não podiam me obrigar... Ou podiam?

Antes de chegar a alguma resposta de minha própria pergunta, recebo um empurrão de Shin em minhas costas, me fazendo adentrar ali. Ele saiu da sala, fechando a porta. Suspiro fundo e faço reverencia, me sentando na cadeira, apoiando minhas mãos algemadas na mesa.

As cores das paredes de sua sala eram pintadas da cor cinza, no canto havia uma prateleira repleta por livros. Havia duas pinturas penduradas na parede, uma de um piano, e a outra de uma flecha. Ao lado de ambas, havia o seu diploma de formatura da faculdade em um quadro.

— Park Jimin? — Eu assenti. — Eu sou o psicólogo de Wondong, Min Yoongi. — Sorriu pacífico. — Tudo bem?

— Eu... Eu estou bem. — Digo baixo, virando o rosto. — E... Escute, senhor Min. Eu tive alguns eventos de estresse. Mas já passaram. Eu estou bem... Eu não preciso de terapia.

— Detento. A terapia não é obrigatória. Só vai fazer se realmente sentir vontade, tudo bem? — Assinto, e suspiro aliviado. — Mas todos os detentos recém-chegados precisam vir aqui. Não quer dizer que isso é uma primeira sessão de terapia. É apenas uma conversa, a qual irei explicar algumas coisas. E, pelo uniforme, vejo que chegou recentemente. Quanto tempo?

— Certo... Eu estou aliviado. — Sorrio leve, suspirando. — Eu cheguei tem um mês e alguns dias.

— E acha que já se adaptou a sua nova rotina?

— Bem, eu... Eu não sei. — Por que ele fazia tantas perguntas difíceis?

Meus olhos vão para sua prateleira de livros. Lembrava a prateleira de meu quarto. Não consigo esconder um sorriso, ao lembrar-se de minha coleção de livros que eu tanto amava. Descobri ainda pequeno que a leitura era o caminho para a liberdade da alma e do espírito. Era incrível como um monte de palavras podiam fazer com que eu viajasse para outros lugares, outras vidas e conhecer um mundo novo ao qual fisicamente ainda não tinha acesso. Lembro que com onze anos de idade eu era assíduo frequentador da biblioteca do colégio e um ótimo comprador da livraria. Amava tanto livros que aos dezenove anos, quando me formei, comecei a trabalhar em uma biblioteca.

— Também é um apreciador da literatura? — Perguntou sorrindo e eu assinto, envergonhado. — Então é um dos poucos frequentadores da biblioteca daqui?

— Há uma biblioteca aqui? — Pergunto surpreso.

— Tem. Não sabia? — Nego. — Os livros não são tão recentes, mas há muitos clássicos bons lá. Deveria ir. — Ajeitou-se na cadeira, ainda sorrindo. — Bem, o que faz aqui diariamente?

— Eu acordo, tomo café, vou para o pátio tomar banho de sol, almoço e fico na minha cela durante a tarde.

— É uma rotina monótona, não é? — Assinto com a cabeça. — Eu não sei se já percebeu, mas a maioria dos outros detentos são escalados a serviços remunerados. Não é grande coisa, mas com o dinheiro você pode comprar coisas na lojinha do pátio, fichas para telefones e fichas para a lavanderia. — Então quer dizer que em todo esse tempo havia uma lavanderia aqui, enquanto eu estava lavando minhas roupas no banheiro com sabonete? — A maioria das unidades prisionais de segurança média aqui da Coreia do Sul possuem esse sistema de trabalhos. Caso tenha interesse, eu posso te escalar também.

— Pode me explicar como funciona?

— São quatro horas diárias de serviço, de segunda a sábado. Aos domingos, somente se for trabalhar na limpeza ou então na cozinha.

— Hm... Entendi. Então, eu tenho interesse sim. — Seria bom para ocupar a mente.

— Isso é ótimo, Jimin. — Ele sorriu e abriu a gaveta, pegando uma folha e colocou a mesma em minha frente. — Você é alfabetizado? — Questionou pegando uma caneta e colocando ali também, e eu assinto. — Isso é uma ficha de aptidão para os trabalhos. Preencha o primeiro campo com seu nome. No próximo o número de sua cela e depois, data de nascimento. Então, responda as perguntas de marcar com um “x”, e por último responda as três perguntas com respostas simples. Se não entender algo, pode me perguntar.

— Certo.

Pego a caneta, começando a preencher todas as informações, com certas dificuldades por conta das algemas em meus pulsos. Eram perguntas simples, que iam desde empregos passados, experiências, nível de escolaridade e até mesmo uso de medicamentos controlados.

Assim que termino, empurro a folha até sua frente, e logo ele a pega. Tirou os óculos quadrados que estava pendurado em sua gola da blusa social, o colocando, analisando o formulário.

— Muito bem, Jimin. Está tudo certo. Em breve lhe darei respostas sobre isso, tudo bem. — Assinto com a cabeça. — Você pode ir agora.

— Muito obrigado, senhor Min. — Levanto-me da cadeira, fazendo uma reverência curta, mas antes que eu pudesse dar as costas para ir embora, ouço sua voz.

— Caso pense em começar a fazer terapia, pode me procurar. Estou aqui à sua disposição.

— Oh... Tudo bem. Obrigado de novo. — Dou um meio sorriso.

Eu não preciso nem mesmo pensar. A resposta é não. — Respondo mentalmente.

Viro as costas, indo em direção a porta e a abrindo, vendo outro guarda do lado de fora, provavelmente a minha espera. Ele destrancou minhas algemas, tirando-as de mim, finalmente.

— O senhor pode me dizer onde fica a biblioteca? — Pergunto massageando meus pulsos.

— Na primeira porta da esquerda no corredor quatro. — Disse sem me olhar, guardando as algemas.

— Obrigado. — Faço reverência.

Caminho com pressa até o corredor indicado, afinal, estava completamente ansioso. Finalmente havia encontrado algo que gostasse naquele lugar tedioso.

Quando cheguei, entro na primeira porta: Não era tão grande, porém as prateleiras feitas à madeira estavam lotadas por livros. Era um local aconchegante e por incrível que pareça, até mesmo o cheiro de poeira me agradava.

Ouço alguns barulhos e quando viro o rosto, vejo dois rapazes se beijando intensamente atrás do balcão. Fico estático...

Eu deveria sair dali?

O moreno abre os olhos e quando me vê se afasta do outro, corando imediatamente, arrumando sua roupa.

— Eu acho melhor você ir agora... — Sussurra para o loiro, fazendo com que o mesmo me encarasse com um olhar nada bom. Ele não contesta apenas sela os lábios do moreno, saindo em seguida, esbarrando seu ombro ao meu, nada delicado. — M-Me desculpe por isso... — Disse sem jeito. — Os outros não costumam vir muito aqui...

— Não precisa se desculpar. — Meu rosto deveria estar vermelho igual ao dele. — Trabalha aqui?

— Sim. — Se sentou na cadeira atrás do balcão. Ele devia ter a mesma idade que eu. — Fique à vontade... — Dou um sorriso sem graça e começo a vasculhar a prateleiras.

O clima estava tenso, não me sentia muito à vontade para ficar muito tempo ali, e ele parecia sentir o mesmo. Escolho um livro que já havia lido na minha época de ensino médio.

— Como faço para levar este? — Pergunto, colocando em cima do balcão.

— É novo aqui, certo? — Assinto. — Vou fazer a sua ficha... E antes que eu me esqueça, precisa devolver daqui uma semana. — Pegou um caderno e uma caneta. — Seu nome?

— Park Jimin. — Ele franze o cenho.

— Qual é a sua cela?

— 132. — Sua boca forma um "O", surpreso.

— Então você é a nova putinha do Jeon? — Pergunta em um tom diferente, e talvez eu até pudesse me preocupar com sua arrogância, se as palavras "putinha do Jeon" não tivessem chamado mais a minha atenção.

— Putinha do Jeon? — Repito incrédulo, fazendo-o revirar os olhos. — Deve estar me confundindo.

— Não se faça de desentendido... Quer saber? Pegue o livro e vá embora daqui, antes que eu faça algo que vá me render alguns meses na solitária e para você alguns meses no hospital! — Desta vez seu rosto estava vermelho de raiva.

Sem saber o que responder, tentava processar e entender tudo aquilo que ele havia falado de repente. Pego o livro e saio como se tivesse recebido uma pancada na cabeça, pois estava tonto.

Quando cheguei à cela, vi Jungkook no mesmo lugar de quando havia saído para o psicólogo, e senti uma vontade imensa de empurra-lo daquela cama e pedir explicações... Mas pelas poucas experiências que tive com ele, sabia que se fizesse isso, ele iria tentar me intimidar até que eu abaixasse a cabeça e começasse a me comportar como uma criancinha assustada de cinco anos.

— Ei. — Digo alto, fazendo-o abrir os olhos, e quando me viu revirou os olhos. — O bibliotecário acabou de me chamar de "nova putinha do Jeon". Sabe me explicar que porra está acontecendo? — Pergunto sem paciência, jogando o livro sobre suas pernas.

— Então essa é a nova manchete do mês? — Questionou risonho.

— Como consegue estar tão relaxado? — Me altero ainda mais.

— Não é algo ruim. — Diz relaxado.

— "Não é algo ruim"? Está ficando louco? Estão pensando que eu sou sua "putinha", e você diz isto?

— E tem algo negativo nisso? — Perguntou sério, levantando a cabeça para me olhar. — Devia agradecer a quem espalhou esse boato.

— “Quem”? Eu não perguntei quem foi... Está na cara que foi você.

— Eu? — Ele arqueou a sobrancelha. — Por que eu espalharia? Eu não ganho nada com isso... — Me olhou da cabeça aos pés. — Absolutamente nada. A única pessoa a ganhar, é você.

— Você é um convencido de merda...

 

— Não sou convencido, Park. Por que acha que ninguém mais mexeu com você depois do Gong? Ou acha que as pessoas que me viram protegendo você no banheiro, pensam que eu só fiz aquilo por solidariedade? — Ele deu um meio sorriso, dando de ombros. — Você mesmo sabe que não sou um cara muito solidário...

Então era por isso?

Bufo passando a mão em meus cabelos, completamente nervoso.

— Eu não acredito...

— Pois comece a acreditar. — Me interrompeu se levantando. — Só está a salvo porque pensam que você pertence a mim, unicamente a mim, todas as noites. — Sussurrou no meu ouvido, com um sorriso nada puro no rosto, rodeando-me lentamente. — Mas... boatos falsos como estes podem durar pouco. Se um de nós dois espalharmos a verdade, estará em perigo outra vez. — Riu nasalado. — Conversamos sobre isto depois. — Aperta meu ombro direito antes de sair da cela.

[...]

— Espera, você é a putinha do Jeon? — Jin perguntou surpreso depois que termino de contar todo o conflito, desde o acontecimento do banheiro até nossa última conversa na cela. — Já havia escutado uns caras falando sobre isso no chuveiro, mas não imaginava que eles estavam falando de você, Jimin!

— Falando sobre mim? — Entro em desespero. — O que estavam falando?

— Eram... "Elogios", um pouco pesados. Quer mesmo saber?

— Na verdade não. — Faço cara de nojo só de pensar. — Esse apelido é uma merda. — Resmungo, negando com a cabeça.

— Jimin, tenha foco. Isso não é o seu maior problema. — Ele falou sério, fitando meus olhos. — Jeon tem você na palma da mão. Se ele disser que esse boato é uma mentira, você vai estar ferrado...

— E por que eu estaria seguro se ele não contasse? — Arqueio uma das sobrancelhas. — Ele é assim tão respeitado pelos outros?

— Existe uma grande diferença entre respeito e medo.

— Medo? — Me seguro para não dar uma risada escandalosa, pegando um pouco do espinafre cozido de seu prato com os hashis. — Por que ele daria medo em alguém? — Pergunto irônico e coloco a comida na boca.

Jin suspira fundo e olha ao redor, certificando-se de que não havia ninguém prestando a atenção em nossa conversa.

— Lembra quando eu te contei sobre a fama "ruim" dele aqui? — Ele questionou baixo e eu apenas murmuro um "uhum" por estar com a boca cheia. — Ele matou um rapaz aqui tem dois anos.

Paro de mastigar imediatamente, arregalando meus olhos. Sinto meu rosto paralisar por um segundo...

Ele tinha... Matado um cara? Aqui dentro?

— O-O que? — Consigo dizer em um fio.

— Eu me lembro bem dos boatos... Ele tinha acabado de chegar e se envolveu com um garoto... Kim Minjae. Quando Jungkook descobriu que ele o traia com Gong Wooyeol, o matou. Eles dividiam a mesma cela. — Não sabia o que sentia. Surpresa, desespero e principalmente: Medo. Estava completamente apavorado... Minha mente me levou a todas as vezes em que eu havia afrontado Jungkook... Ele poderia simplesmente ter me matado a qualquer momento. — Jimin! Você está branco! Quer que eu chame um dos guardas para te levar a enfermaria ou...

— Não. — O interrompo, engolindo seco. — Eu estou bem... Só não esperava por isso.

— Quer que eu pare?

— Por favor. — Digo fraco, empurrando o prato de comida para o lado.

Havia perdido a vontade de comer.

Eu precisava mudar de cela.

— Se for perder o apetite toda vez que descobrir que um desses caras, ao nosso redor, matou alguém, vai morrer desnutrido. — Disse sério. — Está em uma prisão, não se esqueça disso. — Pega o prato, voltando a colocá-lo na minha frente. — Eu fui cumplice de um homicídio. E então? Vai se afastar de mim por isso? — Nego com a cabeça freneticamente. Havia ficado surpreso com aquela revelação, porém, tentei não demonstrar nenhuma emoção. — Termine o seu jantar, antes que enfie a força toda essa comida pela sua garganta. — Tento encontrar um pouco de humor em sua fala, porém, sua voz e seu rosto transbordavam seriedade. Bufo e pego o hashi e como um pouco do arroz contra minha vontade, arrancando um sorriso satisfeito do outro. — Enfim, voltando ao assunto... Eu vou te dar um conselho: pare de resistir ao apelido, pelo menos por alguns meses, até que os caras te esqueçam... eles só estão no seu pé porque você é novo aqui e é bonito. Outro conselho: não se envolva com Jungkook. Pelo seu bem... Ele é um aproveitador chantagista. Não vai perder a oportunidade de ver você aos pés dele.

 

Eu estava mais ferrado do que imaginava.


 

Jin me supervisionou comer até que meu prato estivesse completamente limpo e então saímos do refeitório. Pego minha escova de dentes e vou para o banheiro. Os chuveiros estavam completamente lotados e havia na fila de espera se formava por detentos impacientes; por sorte já havia tomado banho antes do jantar. Vou até um lavatório vazio e começo a escovar os dentes. Cuspo e enxaguo minha boca quando termino.

— Droga! Não acredito que esqueci... — O cara ao meu lado resmunga. — Ei, pode me dar um pouco da sua pasta dental? — Assinto e quando vou entregar a ele, me deparo com o bibliotecário sem educação que agora me encarava com o mesmo olhar de nojo de hoje mais cedo. — Não pode ser... Está me perseguindo? — Pergunta escandaloso.

— Pode ter certeza que, se eu tivesse te visto aqui antes, eu nem teria entrado no banheiro..

— E você não tem o direito de gritar comigo. — Se alterou ainda mais, batendo as mãos no mármore da pia.

Ele devia ter alguns parafusos a menos...

— Gritar? Eu nem ao menos aumentei o tom da minha voz. — Ele apertou os punhos e seu rosto se envermelhou rapidamente pela raiva, porém, o mesmo loiro que estava na biblioteca junto a ele, saiu da fila onde esperava sua vez para o banho.

— Acalme-se, Yun... — Me lançou um olhar mortal, como se eu fosse o culpado pelo surto do outro. — Não vai perder seu tempo brigando com ele, vai? — Segurou os ombros do moreno, fazendo uma massagem ali. O tal "Yun" negou com a cabeça, cruzando os braços. — Ei, Jeon. — Gritou. Ele estava aqui? Sigo com os olhos a direção em que o loiro olhava e vejo Jungkook na fila, sem camisa e com a toalha amarrada na cintura, observando toda a cena com o rosto sério. Por um momento cogitei que aquilo tudo fosse apenas uma encenação e houvesse câmeras escondidas ali, porque era praticamente impossível tamanha desagradável coincidência. — Talvez deva educar a sua puta. Ela precisar ser mais gentil com as pessoas. — Cerro os olhos, e quando ia retrucar, Jungkook fala na frente.

— Certo... Mas, que tal você controlar a sua, para que ela não saia por aí procurando encrenca com as outras pessoas? — Ele riu baixo.

— Quem você pensa que é, seu moleque... — O loiro estufou o peito e foi para cima de Jungkook.

— Isso Jun, acaba com ele! — O tal Yun disse animado.

 

JEON JUNGKOOK

 

Me encosto na parede gelada esperando minha vez naquela maldita fila enorme. Não sei por que ainda insisto em tomar banho após o jantar... o banheiro sempre fica lotado.

— Somos realmente azarados, Jeon, a água quente já vai estar gelada quando chegar a nossa vez! — O cara atrás de mim disse, resmungando, passando a mão em seus cabelos cinzas desbotados.

Ele deveria ter uns vinte e poucos anos. E... Por que ele estava falando comigo? Eu o conhecia?

— Uhum. — Concordo apenas por educação.

Analisando melhor, seu rosto parecia familiar, tinha certeza de que ele tinha "Chang" em alguma parte do nome. Ele começou a tagarelar sobre várias coisas que eu, simplesmente, não dava atenção na esperança de que ele percebesse que eu o ignorava e calasse a boca.

Minha visão é tomada por um corpo baixinho de cabelos negros, adentrando no banheiro logo abaixando a cabeça ao notar o local cheio. Caminhou rapidamente até a pia e começou a escovar os dentes. Era engraçado como Jimin encarava tudo ao seu redor como se estivesse cercado por alienígenas.

— E então, continua trabalhando na elétrica?

— Sim... — Digo desconfiado. — "Chang"... certo?

— Não, é Yoon Sanha. Eu estava na cela 131 no início do ano, não se lembra? Fui seu vizinho. — Disse empolgado, me fazendo franzir o cenho e voltar minha atenção para a fila a minha frente. Retiro o que eu disse, ele deveria ter uns dezessete anos, no máximo. — Mas pode me chamar de Chang se quiser... — Disse sem jeito.

— Está me perseguindo? — Ouço uma voz familiarmente escandalosa.

Viro e vejo um Song Yunhyeong com as veias do pescoço saltadas por estar estressado e um Park Jimin assustado com os olhos arregalados.

Seria uma cena interessante. — Penso, dando uma risada interna.

— O que? Por que eu estaria te perseguindo? Eu nem te conheço... E, além do mais, foi você quem veio para o lavatório ao meu lado. — Ele claramente tentava manter a paciência.

— Pode ter certeza que, se eu tivesse te visto aqui antes, eu nem teria entrado no banheiro. — Yunhyeong bateu as mãos no mármore da pia. — E você não tem o direito de gritar comigo.

— Gritar? Eu nem ao menos aumentei o tom da minha voz. — Jimin diz calmo, tentando controlar a situação.

— Acalme-se, Yun... — Koo Junhoe tinha que se intrometer justo agora que as coisas começariam a ficar mais divertidas? — Não vai perder seu tempo brigando com ele, vai? — Segurou os ombros do pimentão Yunhyeong, massageando-o. — Ei, Jeon. — Gritou. Eu realmente não esperava que todo aquele showzinho fosse me evolver. Os três se viraram em minha direção, e em especial, um par de olhos castanhos claros claramente assustados e confusos. — Talvez deva educar a sua puta. Ela precisar ser mais gentil com as pessoas. — Jimin cerra os olhos, batendo o pé direito no chão como se fosse uma criança, prestes a fazer birra.

— Certo... Mas, que tal você controlar a sua, para que ela não saia por aí procurando encrenca com as outras pessoas? — Questionou tranquilo.

— Quem você pensa que é, seu moleque... — Estufou o peito, vindo em minha direção.

— Isso Jun, acaba com ele! — Ouço a voz alta de Yunhyeong atrás dele.

Seguro seu punho antes que ele acertasse meu rosto e rio baixo, negando com a cabeça.

— Eu acho melhor você abaixar a sua bola, Junhoe. — Sussurro apertando os seus dedos. — Não tente dar um de bonzão na frente de todos para tentar impressionar o seu namoradinho. Nós dois sabemos que você não tem um terço da coragem da qual você encena ter.

— O que foi? Ficou dolorido por que falei que sua putinha precisava de educação? — Aperto ainda mais forte, ouvindo seus dedos estalarem, causando-o uma expressão de dor.

— O que está esperando Jun? Acabe com ele! — Ouço outra vez os gritos escandalosos de Yunhyeong.

— Ei, vocês dois! — O guarda falou alto, batendo o cassetete na porta de metal do banheiro, chamando a atenção de todos. — Querem tirar férias na solitária? — O ignoro e volto a olhar o otário na minha frente, que tentava puxar seu braço.

— Fique longe do Jimin. — Sussurro pausadamente.

 

 


Notas Finais


-Use no twitter a hashtag #Cela132fic para que eu acompanhe vocês ♡

Link do trailer da fanfic: https://www.youtube.com/watch?v=oU3jhGHB93E
Link do grupo da fanfic: https://chat.whatsapp.com/LXM20Emablt5eWebCTByGT

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