Ainda é P.O.V Rafael
- Promete me contar o que o Pac tem depois de esclarecermos tudo? - Mike retira a mão de minha bochecha e abaixa o olhar. - Mike?
- Ok. – Fala e sorrio.
(...)
Depois de uma hora contando exatamente tudo para Mike, exceto o fato de eu e Gabriel termos nos apaixonado um pelo outro, me sinto aliviado ao ouvi-lo falar normalmente comigo.
- Meu Deus, Cell... Como foi que tudo isso aconteceu? Numa hora estávamos juntos, felizes, e depois estávamos sofrendo, separados, de diferentes maneiras. – Mike fala, surpreso.
- Eu disse que não tinha sido só você quem tinha sofrido. Entende agora como eu não fiquei às mil maravilhas?
- Entendo... – Respira fundo. – Agora eu acho que é a minha vez, né? – Pergunta e assinto com a cabeça. - Certo, os pensamentos você já sabe, mas o porque ainda não. – Fala, sentado na cama, segurando minha mão, desde o começo da conversa.
- Então me conta. – Me sento de frente para Mike, apreensivo.
- Você sabe que o Pac ficou destruído com aquela carta que você deixou, né? – Abaixo a cabeça. – Então, depois que você se foi, o Pac viu a pessoa que o machucou, aqui em casa, num dia. Eu tinha saído e quando voltei, ele estava do lado de fora da casa, correndo até mim.
- Ele apanhou? – Pergunto, assustado.
- Então... Não. Mas disse que não queria mais ficar em casa naquele dia. Então nós fomos para a casa do Alan. Estava tudo trancado lá, mas o Pac disse que tinha visto a pessoa lá, e que viu por uma janela... Uma janela que estava trancada.
- Espera, você não está falando que... – Me interrompe.
- Não tinha ninguém lá e a janela e a casa inteira do Alan estavam trancadas. Então o Alan pediu para eu levar o Pac no médico. Eu o levei e o médico disse, depois dos exames, que devido à muitos traumas, o Pac estava alucinando. – Abaixa a cabeça.
- Que? Mas por que? Como? – Pergunto, assustado e surpreso.
- Eu não sei... Ele só ficou assim do nada... – Continua olhando para baixo.
- Então é por isso que ele está agindo estranho?
- Não. Esse comportamento é a consequência do efeito de tanto calmante que damos à ele.
- Calmante?
- Sim. O médico disse que sempre que ele tiver uma crise, é para o medicarmos com calmante. No começo ele teve tanta crise que acabou se tornando dependente de nós, por causa dos calmantes. Mas agora a frequência de crises diminuiu, mas a dependência permanece.
- Como assim?
- O recorde dele foi de quatro dias sem crise. No começo eram duas por dia. Mas agora ele voltou a ter. – Mike abaixa a cabeça.
- Como é essa crise? – Pergunto, sentando mais próximo dele.
- Ele treme muito e alucina, acho que alguém vindo na direção dele, porque ele se encolhe todo e depois começa a chorar. – Fala puxando uma linha solta da minha camiseta, focalizando ali.
- Por isso que eu não posso me aproximar dele né? Por isso que não queria que eu falasse com ele? Por causa que eu sou um evento traumático por tê-lo deixado? – Pergunto triste, de cabeça baixa, com os olhos marejados.
- Sim. – Fala e me olha nos olhos. – Mas você foi. Você falou com ele e ainda o chamou de pequeno, como se nada tivesse acontecido com vocês.
- Como sabe que o chamei assim? – O olho surpreso.
- Ele teve uma crise e repetiu esse apelido. E a única pessoa que o chama assim é você.
- Me desculpa... Eu não sabia Mike. Se você tivesse me dito o que estava acontecendo, eu jamais iria me aproximar dele dessa maneira . – Uma lágrima cai de meu olho.
- Agora já foi... – Alisa minha mão. – Podemos recomeçar? Por nós... Pelo Pac.
- Com certeza. – Sorrio e encaro seus olhos.
- O que é isso? – Pergunta, girando minha aliança em meu dedo.
- Ah, então... Eu só deixei de te contar uma coisa. – Falo sem graça. – Tem uma pessoa...
- Como assim? Você está com alguém? – Pergunta, triste, me olhando nos olhos.
- Sim... – Abaixo a cabeça.
- E-Eu conheço? É o Felps? É, não é? Porque ele foi te buscar e... – O interrompo.
- Não, não é o Felps, Mike. – Sorrio sem graça.
- Então quem é? – Tenta tirar minha aliança, provavelmente para ler o nome gravado, mas fecho minha mão.
- Agora não, ok? Não nesse momento. Não agora, que conseguimos nos entender.
- Tudo bem. – Fala e me abraça forte. – Eu senti sua falta, seu loiro egoísta. – Fala, brincando, me dando um tapa leve na nuca.
- Eu também, emo, gótico das trevas. – Zombo e rimos.
(...)
00:03
Depois de conversarmos, sobre tudo, por mais algum tempo, nos deitamos, novamente, e pegamos no sono, mais uma vez.
P.O.V Rezende
- Ei, está com sono? – Felps pergunta, me cutucando.
- Não muito. – Olho para ele. – Por que?
- A gente podia dar uma rapidinha então para ver se ficamos com sono depois. – Sorri, malicioso e assinto.
- Ótima ideia. – Tiro minha camiseta e sento no colo de Felps.
- Caramba, está no pique hoje, em? – Morde o lábio inferior e tira sua camisa.
- E você não, né? – Falo, irônico.
Selo nossos lábios, não o deixando responder, e começo a rebolar, lentamente, por cima de seu membro, ainda coberto por sua calça.
Cesso nosso beijo, antes mesmo do ar fazer falta e retiro sua calça, junto de sua cueca. Faço o mesmo comigo, jogando nossas roupas no chão.
- Precisa que eu te prepare? – Pergunta, mordendo meu pescoço, quando volto a sentar em cima dele.
- Felps... – Ele me olha. – Cala a boca e mete.
- Você é mesmo uma puta. – Sussurra em meu ouvido e me sento, bruscamente, sobre seu membro. – Ahh...
- Posso ser sua puta... – Começo a cavalgar, fazendo Felps arfar. – Mas você está deixando de me odiar.
- Nunca... – Fecha os olhos e cavalgo mais rápido, o provocando. – E-Eu ainda odeio você mais do que tudo. – Me estoca, enquanto rebolo.
- Estou vendo. – Rio fraco e mordo seu pescoço. – Gosta de me comer que eu sei. – Sussurro em seu ouvido, cavalgando cada vez mais rápido.
- E você gosta de dar pra mim. – Puxa meus cabelos, encarando meus olhos, enquanto ofega.
- Bate pra mim. – Sussurro, mordendo seu ombro, evitando gemer. – Eu estou quase.
- Já? – Sorri, começando a me masturbar.
- Sim. É uma rapidinha, não uma transa intensa. – Pisco com um olho para ele, que nega com a cabeça, rindo.
Felps coloca suas mãos em meu quadril, deixando de me masturbar, me fazendo quicar em seu membro, rapidamente, enquanto tomba a cabeça para trás.
- Pff, colchão. – Rio o olhando e ele sorri, apertando minha nádega esquerda. – Se soubessem o que fazemos.
- Acho que não iriam acreditar. – Arfa. – Ahh, eu vou gozar, Pedro.
- Ahh, eu também. – Coloco sua mão direita em meu membro. – Bate, Felps.
Assim que sinto Felps se empolgar dentro de mim, acertando, sequencialmente, minha próstata, não aguento e me desmancho em seu abdômen, logo sentindo seu líquido ser despejado em jatos, dentro de mim.
- Ahhh... – Geme, puxando meus cabelos, me estocando mais lentamente.
- Nossa... – Arfo, me deitando em seu peito, após Felps sair de dentro de mim. - Nossa...
Puxo o edredom e me cubro, fechando os olhos.
Depois de poucos minutos, Felps me cutuca.
- Rezende.
- Hum? – Resmungo, cansado, de olhos fechados.
- Rezende. – Me balança.
- O que foi? – Abro somente um olho, o encarando.
- Vai dormir no colchão. – Fala e rio, voltando a me ajeitar. – Rezende.
- Meu Deus, Felps. – O encaro. – O que foi?
- Vai dormir no colchão. – Fala e rio.
- Cê tá zoando, né?
- Não. Vai. – Me descobre e aponta para o colchão com a cabeça.
- Que? Velho, mas a gente acabou de... – Me interrompe.
- Vai logo, Rezende. – Fala e não entendo.
Me descubro, com raiva, visto minha cueca e deito no colchão, me cobrindo com o edredom que colocamos em cima.
Idiota! Imbecil!
Viro de costas para Felps e pego no sono, depois de deixar minha raiva de lado.
(...)
1:56
Sinto a coberta, ao meu lado, ser levantada e, logo depois, um corpo se juntar ao meu. Sorrio e quando abro os olhos...
- Tarik? – Sussurro e recebo um olhar negro brilhante, me encarando.
Tarik apenas se encolhe, sorrindo sem mostrar os dentes, apoiando seu rosto em meu peito.
Sorrio e o viro de costas para mim, o abraçando de conchinha, o deixando confortável. Puxo a coberta, nos cobrindo até nossos ombros e o aperto contra mim, sentindo seu cheiro perfeito.
- Eu te amo. – Sussurro.
Beijo o topo de sua cabeça e aconchego meu rosto em sua nuca.
Depois de alguns minutos, percebendo que isso é real, pego no sono, junto dele, com um sorriso no rosto.
(...)
08:00
P.O.V Felps
Acordo e me sento na cama, coçando os olhos. Olho para o colchão e vejo Rezende dormindo... Com o Pac?
Que? Quando? Como?
Por que?
Os olho, dormindo de conchinha, mais uma vez e me levanto.
Me visto e saio do quarto.
O Mike iria adorar saber disso, Rezende.
(...)
09:45
P.O.V Rezende
Sinto Tarik começar a se mexer no colchão e abro os olhos.
- Hmm... – Resmunga, coçando os olhos e, em seguida, me abraça.
Sorrio e retribuo o abraço.
- Ei, o que acha de levantarmos e tomarmos um café bem caprichado? – Sussurro e ele assente, olhando em meus olhos. – O que foi?
- V-Você vai c-comigo?
- Claro que vou. – Beijo sua testa. – Vem.
Me levanto e o ajudo a levantar. Visto uma bermuda e caminho para fora do quarto, junto de Tarik.
P.O.V Rafael
Acordo com meu celular tocando, então o pego do chão, atendendo a ligação.
~Ligação on~
- Alô? - Sussurro, acordando, e vejo Mike me encarar.
- Amor? - Ouço a voz de Gabriel do outro lado da linha e meu coração salta do peito.
- Meu Deus, aonde você estava? Tentei te ligar umas cinquenta vezes.
- Eu sei. Me perdoa amor, é que eu não consegui atender.
- Não conseguiu atender? E sobre o "Me ligue quando quiser"? - Pergunto, baixo, preocupado.
- Me desculpa amor.
- Eu desculpo, eu só... - Respiro fundo. - Me desculpa. Eu só... Achei que tinha acontecido mais alguma coisa com você ou algo assim.
- Por que não está me chamando de amor? Está bravo comigo, Blue eyes? Me desculpa, amor... - O interrompo.
- Não é isso. - Vejo Mike continuar me encarando.
- Não contou ainda para eles, né? Da gente...
- É... - Falo sem jeito.
- E tem alguém ai com você, por isso está evitando falar meu nome, né?
- Sim. - Sorrio bobo. - Está bravo?
- É claro que não, amor. Não se preocupe, eu respeito o seu tempo. - Uma pausa. - Agora eu preciso desligar, minha mãe está me chamando.
- Mas eu não ouv... - Me interrompe.
- Eu te amo, Rafa.
- Eu também... - Falo e a ligação é encerrada.
~Ligação off~
- É ele, né? - Mike pergunta e o encaro.
- Sim... - Falo, pensativo.
- Quando vou saber quem está com você? - Se senta na cama.
- Quando eu decidir trazê-lo aqui. - Sorrio.
- Uau, ele te faz feliz. - Me olha e sorri. - Que bom que está feliz, Cell.
Esse apelido...
- É... - Falo e levantamos.
- Bom, o que acha de aumentar ainda mais o nível da sua felicidade? - Pergunta, segurando a maçaneta da porta.
- Como assim? - Pergunto confuso.
- Bem... Eu estava pensando e... O que acha de conversar com o Pac? - Sorri, me olhando.
- É sério? - Pergunto, surpreso.
- Você quer?
Continua...
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