História Cellbit, a vida com MITW - Tudo acontece por algum motivo

Ainda é P.O.V Rafael

- Isso mesmo, acho que posso ter certeza do que estou dizendo. – Digo.

- Calma, velho... Então isso que você tem na pele, é por causa do Pac e quando você ou o Mike sofrem, vocês têm a mesma dor? Cê tá zoando com a minha cara né? - Ele pergunta.

- Bom, acho que o meu sangue naquela hora foi bem real. – Digo sério.

- Tá, calma. Deixa eu digerir isso tudo... Aí você me pediu ajuda depois que o Pac foi espancado, para não vê-lo mais sofrer, porque acha que espancaram ele por sua causa? – Ele pergunta ainda tentando esclarecer tudo.

- Sim. – Digo apenas.

- E você acha que quem o ameaçou por mensagens, entrou na casa de vocês e o espancou, foi o Felps?! – Pergunta, dessa vez incrédulo.

- Entendeu? – Pergunto.

- Nã-Não. Espera... Na verdade vou levar algum tempo para conseguir entender tudo. Mas eu te pergunto... Têm tantas pessoas que gostam de você... Fãs, algumas pessoas que nosso grupo sai às vezes, conhecidos... Por que você tem tanta certeza que foi o Felps quem espancou o Pac? – Ele pergunta fazendo gestos com as mãos.

- Ele é o único que tem a chave extra daquela casa Pedro... Assim que assinamos o contrato e pegamos a chave, fizemos três cópias. A original é minha, uma cópia do Pac, outra do Mike e a última eu dei para o Felps. – Digo.

- Tá, e por que você acha que o Felps gosta tanto de você, ao ponto de espancar o Pac? E o que o Pac tem a ver, Rafa?- Rezende pergunta se sentando ao meu lado na cama.

- Porque eu fiquei com ele e com o Pac e... Com o Mike. – Digo de cabeça baixa, envergonhado.

- Nossa Rafael, sério?! – Ele pergunta. – Você ficou com os três, cara?! Meus Deus do céu... Que merda...

- Olha, eu sei que eu errei pra caralho Pedro, mas porra, você pode me dar uma ajuda?! –Perco a paciência.

- Ok Rafael... Nossa, não acredito que depois de termos brigado, você ficou com o Pac. – Bufo. – Tá, desculpa. Bom, você já sabe que isso na sua pele é por causa do Pac, as dores por causa do Mike... Então, acho que a sua ideia até que foi boa... Finalmente.

- Nossa Rezende, tá foda em?! - Digo o encarando.

- Você quer que eu fale o que Rafael?! – Grita irritado.

- Quero que me ajude como me ajudava, quando éramos melhores amigos!! – Grito de volta.

- Ok... Calma, vamos lá. É... – Ele coloca as mãos no cabelo e começa a pensar. – Tá... Você é melhor amigo do Felps, certo? – Pergunta.

- Era. – Digo

- Porra, me ajuda também né Rafael?! Você É o melhor amigo do Felps. – Ele grita me assustando e eu só assinto com a cabeça concordando. – Você vai ter que voltar atrás e tratá-lo bem, para que se for ele quem espancou o Pac, não suspeitar de nada e não fazer coisa pior.

- Meu, eu não tinha pensado nisso. – Digo incrédulo.

- Pois é... Agora... Pac, Pac, Pac... Pensa Pedro... Você gosta dele? – Me pergunta.

- Lógico! – Respondo sem hesitar.

- Não Rafa! Gostar de amar ele...? – Dou de ombros, arqueando uma só sobrancelha, demonstrando incerteza e o mesmo continua. – Você vai ter que esquecê-lo para essa coisa na sua pele desaparecer.

- Não! Não, não e não! Eu não vou simplesmente apagar ele e o que fizemos da minha cabeça.

- Pelo amor de Deus! Ele não vai morrer! Você só precisa dar um tempo nessa ligação de vocês, pra isso parar! – Ele diz e eu assinto com a cabeça, com os olhos marejados.

- Viu? Isso não pode acontecer! – Ele diz apontando para mim enquanto minhas lágrimas deslizam em minhas bochechas. – Você tem que confiar em mim e aceitar Rafa. – Eu assinto com a cabeça.

- Com uma condição. – Digo e o mesmo me encara. – Não quero deixar de vê-los. Não preciso falar, conversar, ficar ou amar eles, mas preciso deles perto de mim.

- Ok. Feito. Mas espera a poeira baixar. – Ele diz e eu assinto.

- Não acredito que ficamos brigados todo esse tempo por causa que você ficou com o Pac. – Digo.

- Relaxa. Tudo acontece por algum motivo. – Ele diz me puxando pelo braço no intuito de me levantar da cama. – Precisamos dar o primeiro passo.

- Qual?

- Nos divertir sem lembrar deles. – Ele diz, tirando a camisa e indo em direção ao seu guarda-roupa.

- Você me ajuda a... – Ele me interrompe.

- Sim... Vai tomar um banho e já enfaixo seu peito. – Ele Diz.

Não acredito que perdi um melhor amigo desse.

P.O.V Mike.

Pac chorou tanto no meu colo que acabou dormindo. Preciso cuidar dele, mas realmente não sei o que fazer. Acho que deveríamos sair para fazer algo.

- Pac... Pac... Acorda... – O chamo passando as mãos em seus cabelos.

- O que foi? – Ele diz com a voz rouca.

- Vamos sair moço? – Pergunto enquanto ele se levanta de meu peito.

- Eu não quero Mike. – Diz se virando para o outro lado da cama.

- Não quero saber. Nós vamos e ponto. – Digo e ele me encara com seus olhos negros que parecem prontos para jorrar fogo a qualquer hora. – Não adianta me olhar assim. Desculpa moço, mas não vou deixar você cair em depressão por causa de você sabe quem.

- Você é um idiota Mikhael. – Ele diz se sentando na beirada da cama e coçando os olhos.

- Não Pac... Sou o seu idiota. – Digo e consigo ver um sorriso de lado se formando em sua boca. – É bom te fazer sorrir.

- É bom poder contar com você. – Ouço sair de sua boca enquanto ele se levanta e vai em direção ao guarda-roupa. – Onde vamos?

- Numa balada. – Digo enquanto Pac veste sua calça jeans skinny branca e uma camisa social azul marinho.

- Dobra pra mim? – Ele estica os braços me mostrando as mangas.

- Em baixo ou em cima do cotovelo? – Pergunto já dobrando sua manga.

- O que você achar mais bonito. – Ele diz e eu com certeza estou corado. Droga Pac.

(...)

- Que chapéu é esse? – Ele me pergunta após eu tirar uma foto quando pronto. (Foto do capítulo)

- Estava jogado no meu quarto. – Dou de ombros e imploro aos céus para ele não ter visto o vídeo do Cell com esse chapéu junto do Felps.

- Ah. – Ele diz e volta a se olhar no espelho, passando a mão no cabelo.

- Está melhor? – Pergunto.

- Não... – Ele diz pegando sua carteira e seu celular. – Vamos?

- Agora. – Digo e saímos de casa.

P.O.V Rafael

- Que demora noiva! – Rezende debocha.

- Falou o que ficou uma hora se perfumando e trocando de camisa. – Rio.

- Pronto? – Ele pergunta pegando as chaves do carro.

- Não... – Digo chateado.

- Isso tudo vai passar, você vai ver... Agora vamos. – Ele diz e saímos de sua casa.

Continua...