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História CEMETERY DRIVE - Only Chapter


Escrita por: TR4GICIAN_

Notas do Autor


<3 thanks for reading <3

Capítulo 1 - Only Chapter


Fanfic / Fanfiction CEMETERY DRIVE - Only Chapter

Eles disseram que foi melhor assim, que agora ele estava em paz.

Ele ainda anda por essas ruas, eu o sinto todas noites.

A ausência de seu abraço me sufoca, cada segundo ao pensar no caixão lacrado é a tortura constante da estrada sem caminho.

A ausência de seus beijos deixa tudo mais difícil, é difícil respirar.

O sangue que escorria por seus pulsos, mancham minha mente todas as noites.

Prometi ficar pela eternidade ao seu lado.

 

 

 

 

22/03/2013

 

Era uma sexta- feira de dia nublado, sentia o meu peito pesar, cada centímetro da minha cabeça doía e parecia que algo estava errado. Me levanto de vagar, vou até o banheiro e tomo um banho demorado. Ao sair do mesmo, ouço o meu telefone tocar. Era a mãe de Gerard.

-Frankie? Frank, me ajude!! –A mulher do outro lado da linha gritava em prantos, eu não sabia o que estava acontecendo. E admito que a essa altura do campeonato, eu tinha medo de saber.

 

- Donna? Calma.. O que houve? Ta tudo bem?

 

-Frank é o Gerard....

 

Não precisei terminar de ouvir sua voz para cair no choro, minhas pernas vacilaram e senti cada extremidade do meu corpo amortecer. Em um impulso rápido termino de me vestir e desço as escadas de casa correndo. Minha mãe tentou me parar e perguntar o que houve, mas não saia nada da minha boca a não ser o seu nome.

 

“Gerard.”

 

Em questão de poucos minutos, Me encontrava na frente de sua casa.

Tinha um carro da policia.

Um do corpo de bombeiros.

E a Donna chorando, sendo consolada pelo o que eu acho ser uma policial. Ou psicóloga. Ao me ver a mulher corre em minha direção e me abraça.

 

-Frank, ele está lá em cima, não suba! Por favor.... – Eu sentia o seu desespero ecoar por suas cordas vocais. Mas nada me impediria de vê-lo uma última vez, nem que fosse na sua pior forma. E então eu me soltei de seus braços, briguei, gritei e esperneei para me deixarem passar pela porta... Não demorou muito até eu invadir a sua suíte.

 

E la estava ele. Dentro de uma banheira coberta de agua manchada por seu sangue.

Os olhos serenos e sem brilho.

E seus pulsos, estavam destroçados.

 

Eu chorava, chorava até perder o ar de meus pulmões. Tentei tira-lo de dentro da banheira, tentei o acordar. Tentei mesmo, tentei mais uma vez o fazer rir com alguma piada sem graça. O disse mais uma vez que o amava. E todo sangue.... O sangue manchou minha alma.

 

Já sentia sua falta.

 

E antes de ser arrastado dali selei nossos lábios, o meu último adeus.  

 

 

 

 

22/04/2013

 

Já se passou um mês desde então. Não comia direito, mal dormia, minha mãe não queria aceitar me ver desse jeito. Mas essa seria minha última noite.

O medo de o perder me venceu, eu perdi essa guerra.

 

As pessoas não entendem quando dizem “morrer por amor”, mas hoje eu entendo. Você não morre em matéria, mas sim em sentimento. Quando perdemos quem amamos, o vazio corrói o nosso peito, e nos faz sentir infinito. Mas um infinito ruim. Um infinito doloroso. Um infinito que te faz ver e ouvir o que não quer. Um infinito eterno que se encontra exatamente entre os sentimentos opostos.

 

Mas essa seria minha última noite.

 

Não irei me despedir, pois despedidas costumam ser dolorosas demais e tornar tudo mais complicado.

 

Vago por todas as ruas até o antigo cemitério.

 

“This night, walk the dead
In a solitary style
And crash the cemetery gates.”

 

A voz de Gerard me guiava essa noite. Ele me guiaria até a nossa eternidade.

 

Arrebento o grande cadeado de metal e lá estava ele. Lindo como sempre, usando seu terno preferido, com os cabelos pretos moldando seu semblante. Os olhos avermelhados moldados pela morte e os pulsos enfaixados.

 

Em um voto de silencio, ele me estende a mão e eu a seguro. Estava extasiado por ver ele novamente. Não falava, não chorava, não sorria... eu apenas entendia que ali seria o fim de todos nós.

 

Seguimos por algum tempo em linha reta até um mausoléu. Demorei para raciocinar o que estava escrito no mesmo, até ver nossos nomes. Ele sabia que esse seria minha última noite, e tornou tudo como deveria ser. Nossos nomes pra sempre, lado a lado.

 

-Esperei por você sweet...

 

Ele sussurrou em meu ouvido e eu fechei os olhos ao sentir o seu hálito perto de mim, e estremeci ao sentir os cheiros de rosas.

 

-Prometemos a eternidade. E assim vai ser...

 

Segurei seu rosto e o beijei novamente, um beijo não de despedida, mas de boas vindas.

 

Me levanto do pequeno tumulo e me vejo deitado. Os pulsos cortados, com todo o sangue escorrendo e banhando o lugar iluminado apenas com a luz do luar.

 

E ele do meu lado, segurando minhas mãos. Daqui até a eternidade.



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