Postado em 15 de novembro de 2020
Naruto Uzumaki sentia-se entediado, bebera metade de uma garrafa de vinho, sentia sua cabeça doer, estava irritado. Ou seria apenas por não ter transado com ninguém. O dia fora produtivo, e aquilo havia requerido atenção redobrada dele. Olhou inúmeros papéis sobre a sua mesa e bufou servindo-se de mais um gole de uísque. Seu telefone tocou, o rosto tornou-se sério. Seu dia não havia sido tão bom como planejara. Havia decidido ter uma noite com Sakura Haruno, queria destruir aquela pureza antes que ela o deixasse cego. Atendeu.
_Sim, sou eu... Os resultados?
A cada palavra que Naruto escutava do outro lado, seu rosto ia fechando-se e por fim ele expirou profundamente.
_O teste de DNA? Eu vou pessoalmente buscar.
E desligou bruscamente. Levantou-se rapidamente pegando seu paletó e mala, saiu sem arrumar nada. Hinata ainda estava em sua sala, apesar de já se passar das 21:00, silenciosa e muito ocupada com papéis, talvez ela estivesse se atrasando com seu trabalho ou simplesmente estava se apressando a terminar dias antes.
Fitou Hinata por um tempo sem que ela percebesse, ela sempre estivera ali para ele. Dedicara-se a sua empresa desde os seus 19 anos quando tornara-se o manda chuva dela. E agora, com seus quase 27, tudo parecia desmoronar misteriosamente, talvez houvesse cansado daqueles dias repetitivos. O bom em tudo aquilo, era que podia confiar totalmente em Hinata. Embora uma vez ou outra no passado havia sido mais que sua secretária, mas, aquilo ficara no passado.
A empresa estava fechada, não havia mais ninguém ali, e quanto a Sakura?
O horário de ela ir para casa já havia esgotado, com certeza não estaria ali. Só iria até ele se ele ligasse para dizer que o acordo entre os dois estava valendo e assim teriam uma noite louca de sexo conforme ele planejava. Quem sabe ela estivesse na UTI com seu pai.
Seu motorista o aguardava do lado de fora da empresa, deixaria que Hinata a fechasse naquela noite. O motorista já sabia para onde dirigir, Naruto ajeitou-se na limusine, retirou um notebook de sua mala e o ligou.
_Senhor Iruka, viu aquela mulher hoje e chegou a falar com ela?
O motorista o olhou pelo retrovisor do carro e sorriu levemente.
_Não, senhor Naruto, não falei com sua ex-esposa hoje, mas a vi numa grife passeando com sua prima Shiho.
Naruto cerrou os dentes. Abiru seu email com um olhar receoso, sabia que a resposta de certo email poderia leva-lo ao inferno ou ao céu. Havia um novo email, recebido de um alguém anônimo, o abriu. Tinha ali a foto de uma criança, um menino pequeno, cabelos loiros e olhos azuis, Inojin Yamanaka. Seu filho de apenas 6 anos e depois um teste de DNA. Naruto engoliu o máximo de saliva que pode, seu coração pulsava depressa, tentou manter a calma e leu calmamente o resultado daquele exame.
_Paternidade negativa...
Ele sussurrou como a morte, gélida e fria. Seus olhos fecharam-se por alguns segundos e depois se abriram, não houve reação positiva e nem negativa. Apenas fechou o notebook em silêncio. Um calor começava a surgir em seu peito, era raiva, raiva de uma grande mentira. O senhor Iruka nada disse, apenas deixou que os pneus do carro deslizassem pela rua e continuou em silêncio. Naruto desajeitou-se no banco traseiro do carro e ficou ali olhando as ruas através das janelas de vidro com o olhar vazio e cheio de mágoa.
O senhor Iruka parou o carro em frente à uma praça movimentada, cheia de crianças por todos os lados, havia uma pequena apresentação de palhaços e muitos pais viam naquilo uma forma de acalmar as crianças.
_Vou ser rápido.
Naruto disse ao sr Iruka e saiu do carro. Caminhou com pegadas pesadas e ao mesmo tempo silenciosas, encontrou Inojin Yamanaka com uma das empregadas da casa de Ino, sua ex-esposa. Não disse nada, apenas segurou a mão da pequena criança sem culpa e inocente e saiu levando-a para longe dali. Inojin olhava para seu suposto pai com um grande sorriso, estava em feliz em vê-lo. Naruto, por outro lado, queimava em mágoa e rancor dentro de si por ter alimentado uma mentira por muito tempo.
Sabia ele que a criança não merecia sua raiva, mas, Sakura Haruno seria aquela que levaria todo o seu ódio dentro de si quando quisesse um fetiche. Comprou um sorvete em uma banquinha e deu a Inojin que recebeu alegre o sorvete e assim entraram no carro. Embora estivesse magoado e com raiva, Naruto sentia uma grande vontade de chorar, mas como adulto, a regra era nunca derramar lágrimas em frente de uma criança. Durante boa parte da viagem, Naruto se manteve quieto olhando a inocência de Inojin.
Por pedido dele pararam em frente a uma loja de conveniência. Naruto levou Inojin para dentro deixando-o escolher tudo o que quisesse, mal prestava atenção no que ele escolhia. Nada estava importando. Para a sua surpresa, passando pela prateleira de congelados encontrou uma figura: Sakura Haruno.
Ela estava ali, usando ainda a farda de trabalho, porém os olhos estavam inchados como se houvesse derramado a si pr[opia em prantos por horas. Ela quando o viu arregalou os olhos surpresa e ao mesmo tempo assustado quando o pequeno Inojin se pôs ao lado dele.
_É uma boa escolha.
Sakura disse para a criança vendo o grande pacote de marshmallow que ele carregava. Inojin sorriu levemente.
_Sim, eu gosto muito de marshmallow, mas, a minha mãe não me deixa comer muito. Mas, o papai deixa.
E Inojin olhou para o pai, que lançou um olhar desconcertante para Sakura. Ela fingiu estar olhando para algo em alguma prateleira distante e quis sair. Naruto não a deixaria ir. Precisava ter uma boa transa naquele dia, pois tudo desabara. Havia perdido uma boa grana para Sasuke e Shiho, e pelo que havia entendido, Shiho gastara o dinheiro com Ino em uma boutique e ainda mais, o pequeno e querido Inojin que ele tanto cuidava, nem filho dele era.
Talvez fosse melhor levar Sakura para a sua casa, ela poderia distrair Inojin por um tempo, tinha medo de ficar perto dele e falar algo que magoasse a criança. Tinha medo de descontrolar a raiva que sentia e descontá-la na criança indefesa. Quando chegasse em sua casa ligaria para os seus contatos e tentaria descobrir quem era o verdadeiro pai daquele anjo.
_A senhorita Haruno trabalha comigo, Inojin. E ela vai cear em nossa casa hoje.
Sakura surpreendeu-se com a decisão, aquilo não dizia a respeito apenas dele, e sim dela. Porém, talvez ir com ele lhe fizesse receber outro cheque, era pelo pai, apenas aquilo. Ficou se perguntando a razão de o sr Uzumaki querer leva-la para a casa dele. Seria por conta do cheque que recebera sem precisar ter transado com ele? Era hora de ela pagar o que devia, quando o pai acordasse perguntaria dela como ela havia conseguido dinheiro, responderia, ele ficaria irritado. Mas, estaria vivo, aquilo já era tudo para ela.
A viagem de carro até a casa do sr Uzumaki foi de poucas palavras, Inojin estava contente por ter uma amiga com ele. Sentou-se ao lado de Sakura enquanto comia marshmallow e sorria para ela. Ela retribuiu embora pelo canto dos olhos percebesse que o sr Uzumaki queria devorá-la.
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