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História Cerejeiras Outra Vez - Imagine Bakugou Katsuki - Reencontro


Escrita por: Tau_Strawberry

Notas do Autor


Oiee

não demorei pra postar esse né? um milagre de deus será? kkkk
boa leitura, xoxo

Capítulo 2 - Reencontro


Fanfic / Fanfiction Cerejeiras Outra Vez - Imagine Bakugou Katsuki - Reencontro

Sakurai Harumi

Entrei no bar, levemente receosa, a luz estava amena, havia um burburinho incessante dos clientes conversando e cheiro de álcool e perfume caro impregnava o lugar. Todoroki-kun havia me convidado para beber no bar mais famoso — e lotado —  da cidade, só a ideia de topar com algum figurão me deixava nervosa. E se algum herói famoso estiver aqui também? — pensei.

    Por outro lado, eu estava feliz em poder me reencontrar com Todoroki Shoto. Nós éramos amigos de longa data, mas, após o incidente 5 anos antes, que havia feito eu mudar de cidade e perder o contato com todos, levou pelo menos um ano para eu conseguir convencer minha mãe de que era seguro trocar e-mails com Todoroki-kun. Ela havia o feito jurar que jamais contaria a ninguém onde nós estávamos e ele cumpriu sua promessa.

    Embora eu e ele trocássemos mensagens periodicamente, eu não pude vê-lo em todos esses anos, mas eu estava de volta a Tóquio e não havia nada para impedir nosso encontro. Então lá estava eu, suando frio na mesa de um bar lotado, esperando pacientemente meu melhor amigo dar as caras. Ah, Shoto, sempre me trazendo nos lugares mais indiscretos — pensei, relembrando do meu aniversário de 15 anos quando ele me levou à uma festa à fantasia.

    Na verdade, pensar sobre meu aniversário de 15 anos não era uma boa ideia, já que eu havia conhecido um garoto naquela festa. Relembrar de fantasmas do passado era a última coisa que eu queria nessa noite.

    Quando o relógio metálico e extravagante, que estava pendurado próximo ao balcão do bartender, marcou nove horas, eu já estava conformada que Todoroki-kun estava atrasado. Aposto que o Endeavour tem dedo nisso — pensei. Após o garçom passar pela minha mesa pela terceira vez fazendo cara feia, resolvi fazer um pedido, antes deles me chutarem para fora do estabelecimento por não consumir nada e estar ocupando uma mesa. Pedi um drink de Cassis Grapefruit, afinal, a noite era de comemoração.

    Depois de terminar de beber todo o drink, eu comecei a ficar irritada com o atraso de Todoroki, ou talvez fosse apenas frustração da saudade e da ideia de levar um bolo e não poder vê-lo naquela noite como eu havia planejado. Quando estava prestes a me levantar, fui surpreendida por uma companhia inesperada.

    — Senhorita Sakurai-san, essa cadeira está vaga? — Um rapaz alto perguntou com um sorriso discreto. Antes que eu respondesse em voz alta ele se sentou e eu apenas o encarei, ainda surpresa. Era o segurança-muro… Aquele que havia me ajudado a passar pelas catracas. Quando lembrei desse acontecimento senti minhas bochechas corarem — Não precisa ficar com vergonha sobre isso, acontece com vários visitantes na agência, — ele disse e então me recordei que ele conseguia ler o que eu estava pensando.

    — Não é justo você usar sua individualidade em mim… — respondi e tentei me concentrar para não pensar em nenhuma besteira.

    — Desculpa, é que você ficou em silêncio por muito tempo — ele justificou. — Eu me chamo Ito Iori, prazer — ele se apresentou e eu sorri, porque fazia sentido ele se chamar Iori (nota da autora: esse nome significa “rapaz bonito”). O sorriso dele estava ainda mais gentil do que mais cedo naquela tarde. Parte do cabelo do garoto já havia soltado do gel, mas era um bagunçado atraente, ele não estava mais usando o uniforme de segurança, mas sim, uma camisa branca que realçava muito bem seu porte físico…

    — Foi mal por aquilo que eu pensei hoje de tarde… — pedi constrangida, por tê-lo chamado de muro bonito em pensamento.

    — Relaxa, eu achei engraçado — ele respondeu e se apoiou para trás na cadeira. — Na verdade, eu te achei bem humorada — ele disse, eu não sabia se era um elogio ou não, mas me faz corar de novo de qualquer forma. Eu estava me perguntando o porquê dele estar ali comigo, mas como o esperado, antes de eu perguntar em voz alta ele respondeu: — Hoje à tarde, quando eu te vi entrar na agência, achei seus pensamentos incomuns, você pensa bem rápido né? — ele perguntou rindo. — Eu quase não consigo ler eles, são muito frenéticos…. Mas isso me fez te achar intrigante, deve ter um papo legal. E aí, por coincidência, eu vim ao bar depois do meu expediente e te vi aqui sozinha, achei que eu não podia perder a oportunidade da gente conversar… Mas... agora falando isso em voz alta soa meio stalker — ele falou rindo. Ele transbordava uma aura simpática e tranquila que me fazia querer conhecer ele.

    — Soa um pouco — concordei também rindo. — Deve ser muito legal portar essa individualidade, mas é meio assustador imaginar que existem pessoas por aí que podem ler tudo o que você pensa e você só vai saber disso se elas te contarem — comecei a tagarelar, o drink de minutos antes estava fazendo efeito.

    — Sim, é uma individualidade muito útil no ramo da segurança, a gente sempre sabe como o indivíduo vai agir antes mesmo dele tentar fazer algo que não deveria. Mas também tem seus benefícios na vida privada, quer saber o que as pessoas aqui no bar estão pensando? — Iori perguntou puxando a cadeira para mais perto de mim. Nessa proximidade eu conseguia sentir o perfume dele, era suave e refrescante, combinava com a personalidade dele. Ele era tão agradável e eu estava tão absorta em nossa conversa, que até estava me esquecendo do motivo para estar ali.

    — Está vendo o bartender? — Iori disse apontando na direção do balcão onde um homem elegante fazia malabarismos com as coqueteleiras. — Esse cara trabalha nisso a tanto tempo que está fazendo os drinks quase sem pensar nos movimentos, ele está pensando no que vai jantar quando chegar em casa, —  ele contou com a voz em um tom baixo, quase rouca. Por Deus, ele era atraente, mas eu não podia expressar nenhum pensamento em relação a isso ou morreria de vergonha.

— Aquele casal sentado nas banquetas do balcão, o cara está com um anel no bolso faz uma semana, mas ele não tem certeza de qual é o momento certo para pedir a mão da namorada. — ele contou e eu sorri imaginando quando o rapaz faria o pedido. Iori sorriu para mim, como se estivesse lendo a cena fofa que eu estava imaginando.

    — Para de usar sua individualidade em mim… — eu o repreendi rindo. —  E essa garota? O que ela está pensando? — perguntei curiosa, apontando discretamente para uma moça bem vestida, sentada em uma mesa próxima.

    — Hum… Ela está trabalhando… Esperando aparecer um cliente… — ele respondeu e virou o rosto para minha direção, segurando uma risada. Ele estava perigosamente perto para alguém que eu havia acabado de conhecer, então, para evitar constrangimentos, olhei para outra direção buscando mais um alvo. Foi quando tive uma visão inesperada.

    Havia um homem sentado do outro lado do bar em um sofá largo. Ele segurava um copo em uma das mãos e a outra mão repousava na cintura de uma linda garota a tiracolo. Meu coração disparou descontroladamente.

Quando eu era mais jovem, logo após de mudar de cidade, eu havia passado meses desenhando sempre o mesmo garoto. Eu lembrava perfeitamente de seus olhos e os desenhava como uma foto, mas já não tinha muita certeza do formato da boca ou do contorno do rosto. Eu nunca conseguia me recordar dele inteiro, ele era uma lembrança fragmentada. E embora eu estivesse o vendo mais velho e mais alto, eu tinha certeza sobre quem era aquela pessoa.

Bakugou Katsuki continuava com a mesma cara amarrada, mesmo que houvesse uma garota deslumbrante em seu colo sussurrando algo em sua orelha. Na verdade, assistir aquela cena parecia quase irreal, eu nunca havia pensado que, assim como eu, ele também cresceu. Então, vê-lo bebendo e com outra mulher em seus braços é algo que eu nunca cogitei.

    Assim como horas mais cedo no elevador da agência, os olhos carmesim, que eu bem conhecia, cruzaram com os meus e depois de alguns segundos se estreitaram. Era difícil tentar adivinhar o que ele estava pensando enquanto fazia aquela expressão, mas Iori sabia o que era:

    — Sakurai-san… Aquele cara olhando na nossa direção está pensando que te acha familiar, você o conhece? — Iori perguntou e eu imediatamente varri qualquer lembrança de Katsuki Bakugou da memória, Iori não precisava saber do meu passado, nós havíamos acabado de nos conhecer.

    — Acho que não conheço, não… — respondi e pela primeira vez na vida consegui usar as técnicas de limpar a mente com sucesso. Olhei novamente na direção de Katsuki-kun, mas ele já não estava mais lá, apenas a garota sentada sozinha.

Eu estava inquieta, comecei a me desesperar. Eu precisava sair dali antes de me desconcentrar, senão, Iori iria ler todos os meus pensamentos aflitos. Mas graças a boa pessoa que escreve as linhas do destino eu fui salva pelo gongo:

    — Haru! — Foi a única coisa que escutei antes de ser amassada em um abraço apertado. A pessoa tinha um perfume familiar, mas era uma voz grave que eu não conhecia. Quando finalmente fui solta pude ver Todoroki Shoto sorrindo de orelha a orelha. Respirei fundo extasiada, ele estava incrivelmente mais alto e forte. — Eu sei que eu me atrasei, não fica brava, quando disse pro meu pai que viria te ver ele me deu mais umas 5 tarefas antes do expediente acabar, eu sinto muito mesmo… — Ele disse me abraçando outra vez. Todoroki não era uma pessoa que mostrava muito afeto em público, mas acho que há exceções para alguém que não vê há 5 anos, então apenas aproveitei seu abraço caloroso. — Oh, não sabia que traria um amigo, — ele disse quando percebeu que Iori estava sentado comigo.

    — Ah, na verdade, Ito-san e eu nos encontramos aqui por acaso — expliquei. — Todo-kun, este é Ito Iori, nos conhecemos em uma agência para qual eu me candidatei. Ito-san, este é Todoroki Shoto, um amigo de infância — disse apresentando os dois.

    — Muito prazer Sr. Todoroki — Iori o cumprimentou sorridente, deveria estar lendo algum pensamento constrangedor de Todoroki. — Bem, já que seu acompanhante já chegou, eu vou indo nessa, tudo bem, Sakurai-san? — Iori disse já se levantando.

    — Certo, conversamos melhor outro dia — me despedi sorrindo e ainda tentando manter minha mente limpa, mas eu estava quase desmoronando. Quando avistei Iori sair pela porta, suspirei aliviada deixando aquele turbilhão de preocupações inundar minha mente. Olhei em volta para todos os lados, mas ainda não havia nem sinal de Bakugou aparecer novamente. Era minha chance, eu precisava sair enquanto tinha tempo.

    — O que há com você, Haru? — Todoroki perguntou sem entender minha agitação.

    — Vamos para outro lugar… — respondi já o puxando em direção a porta, ele me seguiu sem questionar.

    Katsuki havia sido o único garoto que eu amei na vida, embora eu nunca tivesse tido a oportunidade de dizer isso a ele com todas as palavras. A relação que um dia tivemos, se resumia a constantes desencontros e desentendimentos, somados a beijos escondidos na biblioteca e no vagão vazio do trem, quando voltávamos tarde da escola. E então, na noite em que resolvemos contar a nossos amigos sobre nosso namoro, e quando pensei que finalmente poderia dizer a ele o quanto eu o amava, Katsuki foi raptado pela Liga dos Vilões. Em seguida minha família mudou de cidade e eu nunca mais o vi.

    Eu sabia que nossa história não havia ganhado um ponto final, sabia que um dia eu teria de encará-lo e explicar tudo o que aconteceu, mas eu definitivamente ainda não estava pronta para isso. Eu havia crescido e me tornado uma heroína mediana que cuidava de uma pequena cidade, mas eu não queria que ele me visse dessa forma, não queria que ele me olhasse com aquele olhar de desprezo pensando o quão medíocre eu havia me tornado. Além de tudo, eu tinha total e plena certeza de que ele me odiava por partir daquela forma cinco anos antes.

    Quando eu e Todoroki chegamos ao lado de fora do bar, eu quis voltar para dentro imediatamente.

    — Então realmente é você… — uma voz grave ressoou, me fazendo arrepiar. Bakugo Katsuki estava na calçada, de braços cruzados, nos esperando. Seus olhos eram como duas facas cravadas na minha alma e a única reação que consegui reproduzir foi encará-lo em completo estado de choque.


Notas Finais


aaaaaaaaaaaa <3 quero ver só a reação da haruzinha


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