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História Certo e Errado (Larry Stylinson) (2K17)(cancelado). - Capítulo Vinte.


Escrita por: MillaWand

Capítulo 20 - Capítulo Vinte.


Louis.

"Desculpe, aconteceram algumas coisas, eu estava passando mal, não pude ir para a reunião." 

"RESPONDA MINHA PERGUNTA."

''E-eu... Não sei!''

"Como não sabe? Vai dizer que apareceram do nada."

''Eu só estava aqui nessa cama, até então não havia percebido!''

"Eu fiquei esperando por três horas você aparecer na porra daquela reunião, estava louco pra te ver, mas você não apareceu, claro, devia estar dando essa sua bunda para outra pessoa."

''Pare de me tratar dessa maneira! Apenas passei mal, e por que está tão irritado? Vá se foder!'' Empurrei as cobertas, disposto a levantar.

"Não saia daqui, eu estou irritado, você nem ao menos me ligou para dizer que não apareceria e nem foi atrás de mim, eu poderia te levar para um hospital, sei lá. Você tem mordidas em todo seu pescoço, em seu corpo inteiro, realmente, passou muito mal não é?"

''E a culpa é minha se você sempre pegou pesado? Não se banque de desentendido, odeio jogos.''

"Não ache que vou engolir essa historinha, eu não sou uma criança, Tomlinson."

''E eu não sou seu cachorro. Sai da minha frente.''

"Vá para o inferno."

''Vá se foder.'' Dei um empurrão contra seu peito, que cambaleou um pouco até sair da minha frente, então peguei o casaco e saí do quarto, irritado.

Eu sei que a culpa é minha, e sei que estou errado e não mereço perdão pelo que fiz. Mas não vou aguentar ser jogado para baixo dessa maneira. Não vou discutir com um idiota infantil. E então, na fria manhã e na calçada do hotel, tentei acender um cigarro, mas o vento estava muito forte. Comecei a andar sem rumo pela lotada rua, cheia de carros e pessoas apressadas, algumas esbarraram em mim ao passar pela faixa de pedestres, furiosas. Apenas dei de ombro, soltando boa parte da fumaça no ar. O celular em meu bolso vibrou violentamente. O atendi, descontraído, relaxando um pouco.

''Onde é que você foi, em?''

''Porra, me deixe em paz, caralho!''

''Abaixe esse teu tom de voz comigo, Tomlinson, isso não vai sair barato!'' 

''Qual é a tua, em Harry? Você acha que pode tratar as pessoas dessa maneira? O bebê se irritou com a reunião, foi?'' Ele suspirou do outro lado da linha, me fazendo rir. ''Desapega do meu pé, porra.'' 

 

''Volta pro hotel AGORA, não estou brincando.'' 

''Desculpa, não estou te ouvindo, idiota.'' Desliguei, porém o telefone voltou a vibrar. Apenas ignorei, disposto a tomar um café.

Com um copo em mãos, saí de uma cafeteria lotada. Não queria retornar ao hotel, ao menos queria contatar alguém de lá... Me sentia com a consciência pesada demais para ligar a Marcus, bravo demais para ligar a Patrick. O jeito era passar o dia na rua e só retornar quando as coisas esfriassem. E foi o que eu fiz. Desde as onze da manhã até as seis da tarde, fiquei vagando pelas redondezas sem rumo, até que decidi voltar, disposto a pedir desculpas. Sei que já não seria a mesma coisa, tudo estaria uma bagunça, mas o jeito era esperar essa viagem acabar para nos acertarmos.

Subi de elevador para o quarto e abri a porta. Harry estava sentado sobre a cama, assistindo a TV. Virou bruscamente seu olhar para mim, a expressão mudou-se drasticamente. Era impressão minha ou ele estava bêbado? Sabia bem suas reações... Torci para que uma delas não fosse a agressão e a ignorância.

''Onde é que você passou o dia?'' 

''Caminhando.'' Recostei a porta. 

''Porra, eu quero te matar.'' Murmurou... E por Deus, foi como se o medo me atingisse em cheio com seu tom de voz. Ele nunca havia me tratado dessa maneira, com tanta raiva. ''O que é que vou fazer com você, em? Estou com tanta raiva contida, seria perigoso me desafiar.'' 

''Pode ao menos me dizer por que estava tão irritado de manhã?''

''CONTINUO IRRITADO!'' Gritou, e estremeci. Ele levantou-se da cama, o olhar petrificado em mim. 

''Ok, me desculpe, então. Quer que eu volte depois, quando estiver mais calmo?''

''Você não vai sair daqui novamente...''

"Você está me assustando, pare com isso.''

''Ah, agora sente medo de mim?'' Sorriu, me empurrando com força contra a parede.

"Está me apertando. ME SOLTA, PORRA!"

''Cale a boca, pare de gritar...'' Tapou minha boca com uma das mãos.

Tentava gritar e não conseguia. Harry apertava meus pulsos com força, onde estava roxo, provavelmente com intenção de machucá-los ainda mais. Seu hálito de álcool próximo a meu rosto me incomodava.

''Para...'' Murmurei, já em lágrimas. Não acredito que ele chegou nessa altura, não acredito que se sente bem fazendo isso.

"Fique calado. Se gritar será pior..." Ele agora tirou a mão de minha boca, e passou para o quadril, passou a apertar minha cintura fortemente com as suas duas mãos, me espremendo, causando dor intensa, só conseguia me derreter a algumas poucas lágrimas, mas ainda olhando em seus olhos pedindo perdão.

''Só me diz o que foi que eu fiz!'' Harry passou a beijar meu pescoço, tentei empurrá-lo com toda minha força, mas não foi suficiente.

"Shhhh.." Ele aplicava ainda mais forças em suas mãos e me mordia com ainda mais força.

''Para, Harry... Não me machuque...'' Gemi de dor, ainda relutando.

"Ontem você não reclamou quando estava sendo machucado dessa forma." Styles agora beijava a minha boca, de forma intensa, sem nenhuma paixão contida em seus toques, apenas fogo.

''Ontem eu não estava sendo tratado com tanta violência!'' Finalmente consegui me safar quando seu corpo se fraquejou. O empurrei para longe, e Harry não investiu mais em mim, apenas ficou parado.

"Não vale a pena."

''Depois de ter feito tudo isso não vale mesmo!'' Chorei desesperadamente, sem saber o que fazer, sem saber se corria ou se ficava parado.

''Você sabe o que acabou de fazer?''

"E você sabe como me machucou me aparecer aqui em casa dessa maneira.''

''Eu voltei pensando de que estaria tudo bem, de que poderíamos passar a noite juntos, e me deparo com isso...'' Rapidamente ergui a camisa até o quadril, vendo as marcas avermelhadas e os arranhões ali. ''Você me agrediu.''

''Você já estava todo machucado mesmo, não faz diferença, não é?''

''Não acredito que foi capaz de chegar num nível tão baixo como esse apenas para inflar seu ego e controle! Vá dormir sozinho agora, não me importo em me machucar mais um pouco.''

"Você não tem lugar nenhum para ir porra, pare de se fazer o coitadinho, sabe que eu não sou culpado sozinho nessa história.''

''Caramba, que se fod... Não se aproxima de mim, ou vou perder a paciência!'' Comentei, ao que ele tentou se aproximar novamente.

"Então siga em frente, Louis, perca a paciência, o que vai fazer? Vai me bater, é isso? Todas honras.''

''Eu não sou como você.''

"Fala isso apenas para mostrar que é inocente.''

''Eu falo isso porque não sou tão frio. Nunca, em qualquer momento pensei em erguer a mão para você, e na primeira hipótese que tem, no primeiro segundo que me pega vulnerável se aproveita de mim!''

''Frio... Hm, está mais para sarcástico.''

"Jura? Porque não pareceu, chega... Eu não aguento ficar mais nenhum segundo aqui dentro, seu cheiro forte de álcool me incomoda, esse clima pesado me incomoda, você não quer minha presença aqui, entendi, não deveria ter vindo aqui de forma alguma.''

''Se você não voltasse, eu iria atrás.''

''Até parece que agora algo te importa!''

"Se não importasse eu não ficaria chateado por você nem ao menos lembrar de mim quando desapareceu por horas, quando não atendeu nenhuma de minhas ligações, quando mentiu para mim, ou em saber para onde tinha ido quando saiu daqui mais cedo.''

''É por isso que ficou tão alterado? Por que não atendi as ligações? Esse foi seu crucial motivo?''

''Talvez agi pelo momento... Você me conhece o suficiente para saber que eu não teria coragem nem de ao menos levantar o tom de voz para você.''

''Chega, deu.''

''Sabe que não tem onde passar a noite, vai se perder pelas ruas novamente?''

''Tudo para ficar longe de você.''

~*~

Seis horas da manhã. As ruas já começaram a se encher de carros e pessoas, o sol já estava nascendo e eu, ali, sentado na escada do hotel a horas, sem rumo. Não importei-me de passar a madrugada acordado, e pareceu que ninguém sentiu minha falta. A vontade era de dar o pé daqui, mas lembrei que dependo dos outros para isso, lembrei que não estou em casa, que não tenho escolhas a não ser ficar aqui e deixar as coisas se resolverem sozinhas.

Eu chorei esta noite, chorei mais que tudo, por Harry ter agido daquela forma, por suas marcas em meu corpo, pelas suas palavras, não sabia que tudo correria dessa maneira.

''Ei, tome.'' Marcus sentou-se ao meu lado na escada e me ofereceu um copo de café. Agradeci, o pegando, e rapidamente minhas mão se esquentaram. A verdade é que estava bem frio ali. ''Há quanto tempo está aqui?''

''Umas nove horas, creio eu.''

''Como é? O que aconteceu contigo? Vamos para seu quarto, está frio aqui fora.''

''Não, eu só quero minha casa, não me faz voltar para lá.''

''Louis...'' Retornei a chorar, perdido em meus pensamentos, perdido em minhas palavras, falar em tudo aquilo doía em meu corpo inteiro. "Você está chorando? Shhh, pare, o que aconteceu?"

''Sei que estou...'' 

''Vem comigo, por favor.'' Não quis relutar mais, apenas levantei-me da escada, o acompanhando para dentro do hotel.

 

Harry. 

''Está vendo?'' Marcus me mostrava como Louis dormia em sua cama, totalmente desfalecido entre as cobertas, pálido feito a neve que agora caía lá fora. 

''Eu perdi a cabeça, foi culpa minha.'' Nós dois nos encaramos. ''O que? Estou confessando meus erros? Como acha que me sinto?''

"O que você fez foi terrível, quando o encontrei, ele chorava tanto, estava totalmente vermelho, perdido, eu nunca o vi daquela maneira antes.''

''Eu acho que... Sinceramente, apenas espere as coisas se acalmarem, espera o fogo baixar um pouco, ele chorou tanto arrependido por ter ficado longe de você.''

''Não, ele chorou porque fui um covarde, ficar longe de mim foi como um alívio.''

"Tanto que ele passou a noite toda na escada de seu andar, esperando a noite toda você aparecer e chamá-lo para dormirem juntos.''

''Marcus, entenda... Eu fui um monstro, horrível, o tratei muito mau, não acredito que realmente tenha passado na cabeça dele em me ver depois de tudo aquilo... Sei que meus erros foram graves, não posso conviver com isso.''

"Isso você tem que resolver com ele, bom, eu preciso ir agora, Patrick está me esperando, se quiser ficar aqui, fique, tem uma chave embaixo do tapete da porta, se precisar, está sempre lá.''

''Obrigado.'' Ele saiu dali, e ficamos os dois sozinhos. Coloquei uma cadeira até a beira da cama e ali fiquei, durante longos minutos. Já entretido nos pensamentos, fui interrompido pelo susto que Louis levou ao me ver. Primeiro, olhou todo o ambiente ao seu redor, assustado, e logo depois arrastou-se pelos lençóis até estarem pé, do outro lado do quarto. ''O que...''

''Shhh, calma.''

"O que você fez?"

''Eu? Nada!''

"Onde eu estou? Preciso ir embora...'' Ele virou-se procurando a porta para a saída, parecia assustado pela situação.

''Espera!'' O impedi, que se afastou bruscamente.

''Não me obrigue a gritar.''

''Por favor, não faça isso.''

E ele gritou.

 



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