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História Céu de Novembro - CH. Two


Escrita por: Sayunnie

Notas do Autor


Olá pessoal! Passando aqui rapidinho porque minha cabeça está prestes a explodir. Fiquei a tarde toda escrevendo capítulos e digitando trabalhos, então não quero ver mais meu notbook por hoje HSUAHUSH Bom, esse capítulo traz um pouco do nosso querido JongHyun \o/ espero que gostem, não é um dos meus preferidos, mas é um daqueles necessários, sabe? O capítulo foi betado pela @Taeout. Sem mais delongas, boa leitura!

Capítulo 3 - CH. Two


Fanfic / Fanfiction Céu de Novembro - CH. Two

 

O flash constante da câmera indica que deveria continuar com suas poses “perfeitas” e sua expressão de tédio. Nunca entendeu como há pessoas que gostam de comprar revistas apenas para vê-lo posar com uma carranca. Não que seja famoso ou algo do tipo, mas vez ou outra aparecem algumas meninas na portaria do estúdio ou de seu prédio querendo um autógrafo. Talvez a maior cobiça das garotas seja seu corpo, que quase sempre tem de estar à mostra nas fotos.

- Incline a cabeça um pouco para a direita. Isso! Perfeito! – Mais um bombardeio de flash’s quase o cegando de tão pertos. 

Odeia ser modelo, sempre odiou, mas precisa de dinheiro para poder comer e ter onde dormir no fim do dia, e posar seminu para algumas revistas não lhe arrancaria pedaço. Sua paixão é fotografar. Mas ser fotógrafo de momentos frívolos não lhe rende tanto quando gostaria, restando como última opção algum trabalho que lhe paga bem o suficiente para a única coisa que precise fazer seja cuidar de seu corpo.

- Hyung, falta muito? – Perguntou com certa impaciência e o homem negou, mal prestando atenção no modelo.

Faz exatas duas semanas que não se encontra com Kibum e isso começou a preocupá-lo. Não gosta de ser um estorvo, geralmente não manda mensagens de texto ao outro e nem tenta ligar para seu celular, tendo em mente que Jinki pode estar por perto. Porém, JongHyun nunca ficou tanto tempo sem se encontrar com Kibum. Sabe que o namorado dele está mais em cima nos últimos dias, percebe isso pelas respostas evasivas que recebe através das mensagens ou o modo estranho como o outro lhe trata quando conversam por ligações.

- Mais uma pose e você pode ir. – Sorriu torto apenas para poder sair. Mal contendo sua felicidade, colocou suas roupas dispostas em cima de uma mesa e saiu correndo com a mochila quase escorregando de seu ombro.

Depois de catorze dias inteiros, Kibum lhe ligou na noite anterior para que pudessem se encontrar e conversar um pouco. Está eufórico com a possibilidade de ter acontecido algo grave ou de que vá acontecer alguma coisa ruim, mas não pode deixar de pensar que irá vê-lo, uma calma estranha tomando conta de todo seu corpo, como se enfim pudesse relaxar apesar de tudo.

Caminhou rapidamente pelas ruas e quando chegou ao parque indicado por Kibum, desacelerou os passos, recuperando o fôlego perdido. Algumas crianças brincavam com as folhas secas caídas das árvores, apreciando o barulho que faziam quando pisoteadas, e JongHyun ri, porque ele também gosta de como as folhas, antes verdes, se tornam alaranjadas e quebradiças quando esmagadas.

Retira sua câmera da mochila e foca a imagem do que parece ser dois irmãos pulando em meio a um amontoado de folhas que caem por conta do vento. A imagem é tão cômica que ri enquanto fotografa a cena. Gosta de como crianças sempre parecem mais verdadeiras em fotos, e ele odeia ser modelo exatamente por isso, odeia a imagem fabricada que julga transmitir, odeia toda a produção por trás de apenas uma foto, quando tudo se torna melhor quando se é espontâneo. E é por poder registrar momentos assim que JongHyun ama fotografar.

- Eu gostei dessa. – Foi surpreendido por um abraço e um selo em sua nuca. Sorrindo automaticamente ao ouvir a voz que tanto adora. – Me atrasei um pouco, mas parece que você usou bem o tempo. – Mesmo sorrindo, JongHyun percebe que há algo errado. Kibum está pálido, muito mais que o normal e as olheiras abaixo de seus olhos denotam que alguma coisa o incomoda.

- Senti sua falta. – Disse simplesmente, sem coragem para abordar a aparência preocupante do outro. JongHyun jamais ousou se intrometer na “outra” vida de Kibum, e qualquer que seja o problema, tudo o que pode fazer é esperar que se resolva.

- Eu também. – Entrelaçou seus dedos nos do outro, o incitando a andar junto de si. – Precisamos conversar, e de preferência, em um lugar mais calmo. – Riu fraco, deixando o moreno ao lado cada vez mais apreensivo.

Quando passam muito tempo sem se ver, costumam marcar encontros em lugares mais reservados para que possam matar as saudades do tempo perdido. E estando em um parque movimentado, JongHyun mesmo querendo, não pode beijar e abraçar Kibum, verbalizando o quanto sentiu falta dele. Nunca disse ao outro o quanto Jinki o incomoda, não estaria nem mesmo em seu direito ao tentar fazer isso. O medo de perder Kibum é maior que sua vontade de tê-lo apenas para si.

A relação conturbada que constituíram era de longe, uma das melhores para JongHyun, que sorria satisfeito em todos os finais de semana por ter conseguido sexo fácil. Considerava saudável ser o amante na relação, assim não precisaria se preocupar em ouvir reclamações, lembrar-se de aniversários de namoro, marcar encontros em lugares sofisticados ou comprar presentes caros. Mas quando deu por si, estava com ciúmes do anel novo que Jinki havia dado a Kibum, de como o loiro sorria radiante contando que comera uma comida deliciosa no dia anterior e que tinha viajado no fim de semana para a praia.

E mesmo nunca mencionando o nome de Jinki, JongHyun sempre soube. Estava implícito nas marcas espalhadas pelo corpo de Kibum, nas ligações que o loiro deixava de atender quando estava com ele, mas que ainda assim se segurava para não respondê-las. Lee Jinki sempre esteve entre ele e Kibum mesmo sem perceber, e tudo o que o moreno achou ser uma relação descomplicada e fácil de lidar, se tornou algo grandioso, ele próprio se viu tendo ciúmes de alguém que não é seu e nem nunca será.

A personalidade forte de Kibum foi um dos principais atrativos que JongHyun observou. Ao contrário das outras pessoas com que se relacionou, Kibum nunca o agradou ou o desejou apenas por sua aparência. Ele foi o primeiro para quem mostrou as fotos em seu cartão de memória velho e foi também o primeiro a lhe apoiar dizendo que seu trabalho como fotógrafo é incrível.

Foram nos pequenos detalhes que JongHyun se viu completamente apaixonado por Kibum. Como quando ele lhe cobre no meio da noite para que não se resfrie; quando faz algumas compras com alimentos saudáveis como frutas e legumes; quando lhe dá um beijo carinhoso em todas as despedidas; como seu olhar repousa em seu corpo, não apenas com desejo, mas também com adoração. Kibum não percebe, mas a cada pequeno gesto cuidadoso que faz, JongHyun se vê cada vez mais perdido em um labirinto sem volta.

- Eu acho que estou vendo algumas rugas no canto de seus olhos. – Brincou um pouco, sentando-se ao lado do loiro sério. Não é alguém que gosta de brincar para aliviar a tensão, mas sempre detestou ver Kibum nervoso, talvez por adorar observá-lo sorrindo. – É sério, Key. O que está acontecendo? Você sabe que pode me contar o que quiser, não é?

Ainda que nervoso, Kibum não está, nem de longe, tão apreensivo em contar para JongHyun como esteve quando contou a Jinki. As palavras pareceram entalar em sua garganta. Talvez se contasse de uma maneira diferente, as coisas possam se diferir do modo como ocorreram com o namorado.

Respirou fundo e abriu a bolsa que trouxe consigo, tirando de dentro o bastão do teste e alguns exames de sangue que fora obrigado por Jinki a fazer, “apenas para termos certeza” de acordo com ele. E não foi surpresa quando os demais resultados também deram positivo. Não há dúvidas, Kibum consegue sentir algo mudando em seu corpo e para o bem ou mal, Jinki terá de se acostumar com isso.

Entregou tudo a JongHyun que lhe lançou um olhar confuso antes de aceitar. Não querendo observar as reações do moreno ou ter de ver o olhar desesperado dele, achou melhor fechar os olhos e se permitir ser acariciado pela brisa leve da primavera. Ao seu lado, o moreno analisou o bastão em sua mão. Não entendeu de primeira por nunca ter tido qualquer tipo de contato com esse tipo de coisa, mas arregalou levemente os olhos quando se deu conta do que se tratava. Não precisou abrir os exames para ter certeza, jamais desconfiaria de Kibum, o loiro não iria até ele se ainda possuísse incertezas.

- O filho é meu? – Falou baixo, como se alguém pudesse os escutar.

Kibum permaneceu de olhos fechados e em silêncio. A dúvida sempre o corroeu. Nunca perguntou diretamente ao outro, mas como sempre notou as marcas avermelhadas no corpo do loiro, não tinha dúvidas de que nem mesmo Kibum sabe quem é o pai. Imagina que, se está sendo difícil para si mesmo aceitar, deve ser pior para Kibum que talvez esteja tendo que enfrentar tudo sozinho.

Mas se há uma chance, ainda que uma remota possibilidade de o filho ser seu, faria tudo que estivesse ao seu alcance por ele, por Kibum. Lutaria por seus direitos como pai, mas também lutaria para ter o loiro apenas para si.

- Ele quer te conhecer. – JongHyun sequer precisou perguntar a quem “ele” se referia. – Vamos nos reunir amanhã à noite para um jantar “amigável”. – Finalmente o loiro o encarou, e nos orbes escurecidas, pôde ver todo o medo e insegurança pelo qual está passando. – Desculpe-me.

Logicamente Kibum está apavorado, teme por não ter controle do que pode acontecer e da sucessão de momentos ruins que podem ser acarretados em apenas uma noite. Claro que, Jinki fez questão de escolher um local publico justamente por temer não se controlar diante da situação imposta a si. No comando de uma grande revista do país, precisa manter sua imagem de chefe exemplo, não pode se dar ao luxo de causar escândalos e ser reconhecido. Seria como assinar sua demissão instantaneamente.

- Hey, está tudo bem. – Sorriu reconfortante, passando seu braço esquerdo pelo ombro de Kibum, o trazendo para o aconchego de seu corpo. – Deve ter sido difícil contar, sou eu quem deve sentir muito. – JongHyun sabe que Kibum ama o namorado e ter que admitir isso dói, uma dor dilacerante. Mas se conforta ao dizer a si mesmo que o outro também sente algo por si, talvez não tão forte quanto pelo outro, mas definitivamente há um “algo”.

Nunca conversaram sobre sentimentos ou trocaram declarações. Julgavam que seus olhares diziam tudo, e talvez digam, porém, verbalizar com palavras, ainda que poucas, o que sente, torna tudo mais concreto e palpável.

- Está tudo bem agora. – Aninhou-se no peito confortável de JongHyun, sorrindo fraco. – Obrigado por não surtar.

- Eu não teria motivos para isso, Kibum. Na verdade, estou feliz. E por enquanto, isto basta. – E é verdade. Apenas se da conta disso quando as palavras saltam de sua boca.

- Eu tenho que ir. – Se afastou contra a vontade, dando um selo suave nos lábios de JongHyun antes de levantar. – Vou marcar a primeira consulta do bebê com o obstetra.

- Oh! Eu posso ir? – Kibum ia negar, dizendo que poderia ir sozinho, mas acabou concordando, não há saída quando JongHyun resolve lhe provocar com seu aegyo falho, mas eficaz consigo.

- Claro. – Disse receoso, Jinki também havia dito que iria com ele e isso não poderá terminar de uma forma agradável. – Eu te ligo amanhã e te passo o endereço.

- Tudo bem. – Havia se esquecido do jantar. – Volte em segurança e cuide bem do meu bebê!

JongHyun não pode ver por já estar de costas, mas Kibum ruborizou e sorriu bobo para o nada. O fato de o outro ter aceitado tão bem ele estar grávido e não saber quem é o pai, o deixa feliz, uma preocupação a menos para se lidar.

Por outro lado, enquanto JongHyun caminha de volta para a casa, sua mente lhe prega peças, o fazendo se questionar como sustentará Kibum e uma criança com o salário que recebe. Ganha bem sim, mas mora sozinho e há apenas o seu conforto que precise ser levado em consideração, apenas suas roupas que precisam ser compradas, apenas o seu alimento, apenas suas contas, apenas seu espaço. E Kibum está acostumado a viver no luxo, pelo pouco que conhece de Jinki, sabe que ele recebe bem mais que si.

Pode simplesmente voltar a trabalhar para seu pai na empresa da família, mas isso seria assinar seu contrato de infelicidade pelo resto da vida. Odeia executivos, odeia ter que usar terno e gravata, odeia aquela empresa, e odeia sua família.

- Droga... – Resmungou baixo, tateando a mochila escancarada a procura do celular que toca incessantemente. – Hyung!

“Desculpe ter desaparecido por tanto tempo, JongHyun.” – A voz risonha fez JongHyun sorrir também. Seu agente sempre desaparece depois de lhe arranjar algum emprego, mas isso não o faz menos eficiente. “Tenho novidades! A Seul Magazine está à procura de um fotógrafo novo e pelo conceito que me disseram, suas fotos irão se encaixar perfeitamente!”

- Não brinca, hyung! – Disse empolgado, trabalhar em uma revista famosa lhe traria muitos outros empregos, e consequentemente mais dinheiro. O melhor é que estaria fazendo o que ama.

Permaneceu mais alguns minutos ouvindo detalhes da vaga e logo que desligou o aparelho se apressou em correr até a loja de filmes. Revelaria todas as fotos do cartão de memória da máquina fotográfica que carrega consigo e selecionaria as melhores em casa.

Talvez a sorte estivesse começando a lhe sorrir.

 

 

 

[̲̅ə̲̅٨̲̅٥̲̅٦̅]

 

 

 

Suas aulas da manhã pareceram passar tortuosamente, enquanto lutava para se manter acordado, recebendo vez ou outra alguns cutucões de seus colegas, evitando que acabasse cochilando justo na matéria de um professor carrasco. O médico lhe dissera que dali em diante a tendência de precisar dormir mais e mais apenas pioraria.

O sonho de Taemin sempre foi cursar gastronomia. Mas seus pais não pareceram concordar consigo. Se for falar sinceramente, a opinião de seus progenitores nunca importou realmente, foi MinHo quem o convenceu a entrar para engenharia civil. Seu talento com cálculos era invejado nos tempos de escola, mas isso nunca quis dizer que ele quisesse fazê-los pelo resto da vida.

Taemin também nunca imaginou que se casaria no primeiro ano de faculdade, que ficaria grávido no último e que seria um pai solteiro, mas a vida é cheia de surpresas e ali está ele, torcendo para que a hora do almoço chegue rapidamente, sem querer pensar em todas as reviravoltas que aconteceram consigo nos últimos anos. E todos os seus problemas tiveram inicio e fim em Choi MinHo.

O divórcio lhe pareceu a melhor saída quando o pediu, mas tudo parece ser mais doloroso estando longe. Entende que tomou uma decisão e que talvez seja melhor parar de se arrepender de algo que definitivamente é o certo. É hora de crescer, porque há uma vida crescendo dentro de si, que em pouco tempo se tornará o centro de seu mundo e precisará de todo seu apoio e atenção.

Quando o sinal soou, indicando o término da aula e o fim do período, Taemin foi o primeiro a se levantar, quase se atirando da janela para sair o mais rápido possível do lugar. Não deveria ter dado ouvidos aos demais, engenharia civil é detestável do começo ao fim, e o mais intrigante é que não precisa se esforçar para tirar boas notas, o que o deixa incomodado por não ter o que fazer no tempo livre.

Caminhou rapidamente em meio ao aglomerado de alunos tão desesperados quanto ele próprio para sair. Decidiu que não voltaria para as aulas da tarde por estar cansado demais – mesmo não tendo feito nada. Sua irmã acena quando o vê, e Taemin sorri, combinara com a mais velha de irem a algumas lojas para renovar seu guarda roupa. Com a barriga crescendo e suas coxas aumentando, muitas de suas calças e blusas não lhe cabem mais, causando certa frustração para seu ego.

- Você demorou. Dormiu na privada de novo? – Falou alto o bastante para alguns estudantes ouvirem e darem uma risadinha discreta. Taemin passou a andar em frente a mais velha. O episódio ocorreu apenas duas vezes, não é como se pudesse evitar. – Aonde quer ir primeiro, Tae?

Minah sempre cuidou muito bem de si. Melhor até mesmo que seus pais. Nutre um ódio imenso por Kibum e MinHo. Taemin tentou entendê-la no começo, mas desistiu quando tudo começou a se tornar complicado demais. Porque se há algo que odeia, são problemas que não pode resolver, no geral, quase todos, porque a vida não é como os problemas matemáticos que resolve nas aulas. É tudo complicado demais, envolve pessoas demais, e tudo afeta, direta ou indiretamente alguém.

Resolvem ir caminhando mesmo. A universidade é no centro da cidade, facilitando sua locomoção para a parte mais movimentada. Sua irmã entrelaça os dedos nos seus e sorri suavemente, dizendo que não devem se perder. Um costume que adquiriu desde que Taemin se perdera quando criança, num parque de diversões onde a responsabilidade por sua conduta, era dela.

- Noona! – Exclama alto, apontando para uma criança do outro lado da rua que comia apetitosamente um algodão doce. – Eu quero!

- Hã? – Seguiu os olhos do irmão e sorriu brincalhona. – Certas coisas nunca mudam. Espere aqui Tae, eu já volto. – Assentiu vagarosamente, sentindo a boca salivar apenas em imaginar o doce derretendo em sua língua.

Para se distrair um pouco, passou a olhar as vitrines de algumas lojas. Está feliz em poder passar algum tempo com Minah. Ela e Kibum são as duas únicas pessoas que o entendem realmente e a irmã sequer sabe da história completa com MinHo, apenas que estão se divorciando por diferenças irreconciliáveis.

- Taemin?! – Uma voz rouca e conhecida soou perto. Antes de se virar, tentou colocar o melhor sorriso no rosto.

- MinHo... – Cumprimentou com desgosto. Faz exatos três meses que não o vê, desde a noite em que tudo terminou. – Olá, Victoria. – A mulher sorriu e acenou de volta.

Victoria é prima de MinHo, com quem ele deveria ter se casado primeiramente. Os dois não são parentes de sangue e os Choi queriam apenas unir ambas as empresas, o que não deu certo depois de Taemin ter aparecido e arruinado os planos das duas famílias.

- Eu tentei te ligar... – Soltou-se das garras de Victoria e se aproximou um passo de Taemin, que recuou dois. – Você precisa assinar os papeis do divórcio. – Disse finalmente, desviando o olhar para um ponto atrás de si.

- Ya, você! Choi MinHo! – Taemin havia se esquecido de Minah e todas as implicâncias que a presença dela significava. Arregalou os olhos no momento em que a garota se pôs entre os dois e proferiu as palavras que tanto temia. – Com ousa abandonar meu irmão depois de tê-lo engravidado?!

- Taemin... Você está grávido?!

 

 

 

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Quando Kibum pediu para que JongHyun se juntasse a ele e Jinki em um jantar, não imaginou que o mais velho faria uma reserva no lugar mais luxuoso de Seul. Queria apenas uma noite “tranquila” para que pudessem conversar. Mas estando ali, em meio a tantas pessoas da elite com expressões esnobes e nariz empinado, Kibum sente que terá de passar a noite toda se preocupando em não cometer erro algum, como tomar sopa com a colher da sobremesa.

Em seus planos iniciais, não constava intimidar ninguém com seu poder aquisitivo. Mas depois de ter pedido para um de seus assistentes fazer uma rápida pesquisa sobre Kim JongHyun, soube que teria de se sobressair de alguma forma. Quando o viu com Kibum adentrando o hotel, não reparou em seu rosto ou físico. Seus olhos estavam mais focados nas mãos entrelaçadas e risos bobos.

Contudo, quando Minki – seu assistente – apareceu em sua sala com uma ficha contendo alguns dados sobre JongHyun e uma foto atualizada, quase saltou de sua cadeira. Ter dinheiro realmente é um de seus únicos atributos, enquanto o outro pode usufruir de uma beleza única e um sorriso cativante.

Estão esperando há vinte minutos e pontualidade não deve ser uma das qualidades de JongHyun. Mais um ponto a seu favor. Como uma criança, Jinki passou a tentar encontrar defeitos no outro, montando um placar mentalmente para poder numerá-los depois, e se for bom para seu ego, o fará dormir tranquilamente, o que não vem fazendo desde que soube da gravidez. Kibum por outro lado, parece aéreo a sua brincadeira boba, franzindo o cenho enquanto olha atentamente para a porta, como se pudesse fazer JongHyun brotar ali com apenas um olhar. Isso machuca Jinki, mas tudo que faz é bebericar mais um pouco de seu vinho.

- Desculpem-me pelo atraso! – Jinki mal notou quando Kibum se levantou do assentou para cumprimentar o outro que se curvou algumas vezes em lamento. – Tive alguns contratempos no trabalho.

Percebendo que os outros dois ainda esperavam por sua resposta, Jinki murmurou um “sem problemas” e chamou o garçom, apenas para ter tempo de se recompor. Quando Minki lhe mostrou a foto de JongHyun, jamais imaginou que ele poderia ser ainda mais bonito pessoalmente. Como o moreno saíra correndo do trabalho, acabou indo com as roupas da qual modelou para as fotos, e com a maquiagem que lhe passaram durante a seção, destacando os contornos de seu rosto.

Sem saber o que fazer, Kibum deixou que Jinki pedisse por ele. Secou o suor de suas mãos em sua calça, mas não pareceu surtir efeito. A situação se tornou ridícula, nenhum dos três se olhava nos olhos e o loiro está nervoso, gostaria de dizer algo para quebrar o gelo, mas nenhum assunto lhe vem à mente e não quer parecer desesperado, ainda que esteja quase tendo um colapso.

Quando JongHyun finalmente resolveu encarar Jinki e ser retribuído, Kibum prendeu a respiração e se revezou para observar ambos. A tensão tão palpável que se piorasse conseguiria tocá-la. Há faíscas ao redor de ambos, Kibum pode jurar que as vê. Sente-se em um campo de batalha, mas não quer que nenhum dos dois seja o vencedor. Sabe que ambos estão se ferindo mutuamente estando no mesmo ambiente e tendo que se encarar como se fossem virar grandes amigos.

Desviando o olhar para sua taça, Jinki suspira derrotado. Sua raiva foi dissipando conforme os dias passaram e tudo que sente é mágoa e certo rancor ao pensar em todos os sorrisos de Kibum, tentando encontrar algum que tenha sido por sua causa e não da de JongHyun. Força sua mente mais um pouco e lembra-se dos dias ruins que tiveram e não pode de fato transferir toda a culpa de suas costas para as de Kibum. Mas em momento algum pensou em traí-lo, no dia em que precisou resgatar Minah, não parou de pensar um segundo sequer em como estava sendo um péssimo namorado escolhendo sua inimiga aos dois.

Por outro lado, JongHyun está realmente impressionado com o comportamento de Jinki. Sempre imaginou que o encontro dos dois seria conturbado e repleto de agressões, mas assim que pôs os olhos nele, soube que não seria assim, ao menos não a parte da violência. Kibum nunca lhe descreveu como Jinki era e crê que o loiro também nunca o descreveu para o outro.

Tem de admitir que Jinki é ligeiramente mais bonito do que imaginou. Não mais que si, é claro. Sua aparência gentil parece cativar todos ao redor, inclusive ele que ficou tentado em começar uma conversa amigável, mas rapidamente lembrou-se do motivo de estar ali.

- Faremos o teste de DNA. – Começou Jinki, atraindo dois pares de olhares curiosos para si. – E mesmo que a criança não seja minha, não desistirei de Kibum. – Frase que fez JongHyun rir soprado, o encarando de volta com certo deboche.

- Eu nunca pedi que desistisse. – Sorriu de canto, como se estivesse prestes a cometer uma travessura. – Mas caso não tenha percebido, aos poucos tenho tomado ele de você. – Kibum arregalou os olhos quando viu Jinki cerrar os punhos, achando melhor intervir antes de tudo ficar fora de controle.

- Eu não escolheria. – Os interrompeu com a voz irritada, como de quem teve que repetir a mesma frase diversas vezes. – Nunca. Prefiro criar meu filho sozinho a ter que me decidir entre vocês dois. É egoísta, eu sei. Mas não consigo, não mais.

O espanto ficou óbvio no semblante de Jinki, surpreso e magoado por Kibum estar disposto a jogar fora uma relação de anos por algo que julga ser passageiro. Olha com raiva para JongHyun que permanece estático, não acreditando que Kibum seria capaz de abandonar sua vida anterior por ele. Jamais imaginou que significa tanto assim para o outro.

- As entradas, senhores. – Os três se recuperam do choque momentâneo quando os pratos começam a ser servidos. Jinki estava com raiva, e JonghHyun, confuso, mas também feliz.

- Eu não vou desistir do Kibum.

- Muito menos eu.

 

 

 

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Acordou atrasado mais uma vez depois de ter dormido na mesa de seu escritório em casa, consequentemente deixando um rastro de saliva em vários documentos, os associados que dessem um jeito para lê-los depois. Levantou-se em um pulo e correu para o chuveiro, tomando uma ducha apenas para se limpar, porque desperto ele já estava.

Precisa chegar à reunião com o novo fotógrafo a tempo. A revista está inovando para o novo conceito de primavera, e precisa de um profissional que se prenda aos detalhes e não a estética. Da lista dos contratados pela revista, Jinki conhece todos e nenhum possui o perfil que deseja para a nova edição. Mas depois de ter deixado o assunto para que sua secretária resolvesse, tudo pareceu voltar a ocorrer naturalmente.

Fora seu assistente que apareceu em sua sala com um portfólio em mãos para que avaliasse. As fotos que viu eram tão belas e simples que imediatamente pediu para que sua secretária entrasse em contato com o fotógrafo e cuidasse ela mesma dos detalhes do contrato. Jinki estava com tanta pressa que dispensou “dar uma olhada” no currículo, saindo correndo para com cuidar de um Kibum manhoso e nauseado em casa.

Martelando-se mentalmente por nem mesmo saber o nome do individuo que trabalhará consigo por um mês, Jinki adentrou a editora e cumprimentou a todos com um sorriso amigável no rosto, mascarando sua pressa por estar muito atrasado.

- Senhor, espero que não se importe, mas pedi para que o Sr. Kim o esperasse em sua sala. – Informou-lhe a secretária, entregando um copo de café fumegante em suas mãos.

- Tudo bem, Irene. – Sorriu reconfortante para a jovem e entregou alguns envelopes pedindo para que a mesma os levasse até a gráfica.

Bebeu em goles longos o líquido amargo, forte o bastante para mantê-lo em alerta pelo resto do dia. Ajeitou sua gravata um pouco torta por ser posta as pressas e adentrou sua sala se curvando e pedindo desculpas pelo atrasado.

- Sinto muito, mas o trânsito está terrível e... JongHyun?!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


A reação do JongHyun foi tão calma ao receber a notícia que eu fico me perguntando se ele realmente entendeu todas as implicações do Kibum estar grávido KKK Teve interação 2Min e OnJongKey *^* Sim, o sapo não sabia que o projeto de diva está grávido, então, azar pra ele KKK Participação especial da Minah e da Victoria, agradecimentos as duas </3 os próximos capítulos ficam mais interessantes e o drama começa a dar as caras, nada muito pesado, vocês sabem como eu sou >///< Se leram até aqui, obrigada! Comentários são amor <333


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