História Céu do Amor - Gravidez?

No dia seguinte, Yoongi veio me buscar para irmos juntos até a escola.

— Bom dia. – ele sorriu.

— Bom dia. – retribui o sorriso.

Ele pegou a minha bolsa e colocou na cesta que havia em sua bicicleta.

— Obrigada.

— De nada.

Subi na garupa e o segurei para não cair.

Enquanto estávamos indo para escola fiquei pensando no quanto eu estava feliz, e no quanto ter conhecido o Yoongi mudou a minha vida...

(...)

2 meses depois.

Eu estava com à Aya vendo o Yoongi e o Jimin cantando, eles tinham uma banda com alguns colegas de classe.

— Ei, vocês duas, vamos para nossa sala! – uma colega veio nos chamar.

— Desculpa, iremos depois. – falamos juntas.

Eu achei que a minha felicidade seria para sempre.

— Ji-Eun, o que a sua classe vai fazer no Festival de Cultura? – mamãe perguntou.

— Uma loja de croquete. – falei.

— Eh, que legal! – minha irmã disse toda empolgada.

— Querido, vamos comer alguns! – disse mamãe.

— Você vai estar junto do menino loiro, filha? – papai me perguntou todo sério.

— O Yoongi está em uma classe diferente, pai. E ele está em uma banda.

— Uma banda, isso é muito bem aceito. Mas ele consegue cantar?

— Você também não tocou em uma banda antes, papai? – minha irmã perguntou.

— Sério, pai? – perguntei.

— Sim, ele era muito bom! – respondeu mamãe.

— Vamos ouvir a banda do Yoongi juntos, né?

— Se ele for péssimo, vou cantar no lugar dele!

— Coitada da Ji-Eun se você fizer isso. – rimos.

Eu estava comendo quando senti alguns enjoos.

— O que foi, irmãzinha?

— Nada. Tenho que ir ao banheiro. – corri para vomitar.

Todos acharam muito estranho, mas ninguém me perguntou nada.

(...)

— Bom dia.

— Bom dia, filha. – mamãe e papai falaram juntos.

— Ji-Eun, você está pálida. – disse mamãe. – Ainda está se sentindo mal?

— Estou bem.

— Vá ao hospital antes de ir à escola... – você está com febre.

— O hospital é próximo do meu trabalho, então eu te levo até lá.

— Tudo bem, eu posso ir sozinha pai. Você está se preocupando demais, papai.

— É normal os pais se preocuparem com seus filhos.

— É melhor você ir com seu pai, filha.

Peguei minha bolsa e fui com o meu pai até o hospital.

Eu achei que jamais acabaria.

Papai ficou me esperando no Departamento de Gravidez.

— Você já falou com o Yoongi? – meu pai me perguntou.

— Não.

Eu estava com medo... Eu tinha um bebê no meu ventre.

Yoongi, o que você dirá? Talvez você me odeie.

Eu marquei com ele numa lanchonete para dar a notícia, mas confesso que estava com muito medo da reação dele.

— Ji-Eun, é raro você faltar a aula. O que houve? Ji-Eun, o que houve?

— Tenho algo a lhe dizer, algo muito importante.

— Se você quiser terminar, não vou ouvir. – ele brincou.

— Não é isso. No meu ventre... seu bebê está no meu ventre.

Ele se levantou sem dizer nada e saiu pela porta da lanchonete.

(...)

— Querido, o que houve? Nossa filha está doente?

— Não.

— Então o que houve?

— Parece que ele está no terceiro mês.

— O quê?

— Ela está grávida.

— Isso é mentira, não é?!

— Não.

— Cadê a Ji-Eun?

— Com o Yoongi.

— Com o Yoongi? Por que você a deixou ir?

— Você não notou? Você é a mãe dela!

— Sinto muito.

— Eu também.

— O que faremos?

(...)

Eu estava prestes à ir embora, quando o Yoongi voltou.

— Yoongi?

— Parabéns, Ji-Eun. Vamos ser papai e mamãe, né?

— Você quer esse bebê?

— Mas é claro! Aqui, para o nosso bebê. – ele comprou dois ursinhos, um rosa e um azul.

— Obrigado, Ji-Eun. Nosso bebê está aqui. – ele colocou a mão na minha barriga.

— Eu... estava com medo... que você não ficasse feliz. – comecei a chorar.

— Boba! – ele me abraçou.

Fiquei mais feliz ainda por ter me apaixonado por alguém como o Yoongi.

Eu era sem dúvida a garota mais feliz do mundo.

Yoongi me levou até o centro da cidade para comprar dois anéis.

— Eu quero este. – apontei pro anel.

— É bonito! - ele falou.

Ele comprou os anéis, um pra mim e o outro pra ele. Fomos até o Rio, para ficarmos um tempo à sós.

— Vai ser menino ou menina? – ele me perguntou sobre o bebê.

— Eu te disse que não sei ainda.

— Quero uma menina. Uma menina igualzinha a você. E eu vou arranjar um namorado para ela!

— Yoongi, você está pensando nisso cedo demais.

— Mas nós já somos pais.

— Sim. – sorri.

— Vamos acertar as coisas. – ele se levantou e me deu a mão para me ajudar a levantar também.

— Ok.

Primeiro fomos até a casa do Yoongi, para dar a notícia a família dele.

— Que bom que você tem a Ji-Eun, irmãozinho.

— Como você planeja criar a criança? – a mãe dele perguntou.

— Eu vou sair da escola e trabalhar.

— Na loja? Isso não é demais?

— Eu vou ajudá-lo, pai.

— Você tem confiança de que vai fazê-la feliz?

— Eu vou com certeza!

— Entendo, então eu não serei contra.

Yoongi iria me levar para casa, agora era a hora de conversar com meus pais.

— Ji-Eun? – a mãe do Yoongi me chamou.

— Sim?

— Aqui. – ela colocou um cachecol em volta do meu pescoço.

— Muito obrigada.

— Eu também dei à luz a Minako bem jovem. Embora não tenha sido tão fácil.

— Sério?

— Sim. Não se preocupe, não é o fim do mundo ser mãe jovem. Está tudo bem. – ela sorriu.

— Obrigada. – sorri.

— Eu que te agradeço, obrigada por ter escolhido o Yoongi.

Os pais do Yoongi eram muito compreensivos, diferentes dos meus pais.

(...)

— Você tem pais legais.

— Você acha?

— Eles confiam em você, e também confiaram em mim.

— Agora vamos para sua casa.

(...)

— Cheguei.

— Com licença. – disse Yoongi.

— Pai, mãe...o Yoongi está aqui.

Meu pai estava muito sério, e minha mãe me olhava desapontada.

— Bem, eu quero... A gravidez da Ji-Eun... o bebê... – ele estava gaguejando.

— Eu quero ter o bebê! – falei.

— Eu vou sair da escola e trabalhar! Por favor, que eu fizer dezoito anos, deixe me casar com a sua filha. Eu imploro!

— Ji-Eun... Eu sou contra. Antes de dizer que quer ter o bebê, ou se casar, você deveria perguntar a minha opinião e a do seu pai! – ela deu uma pausa – E você sabe, ser mãe não é como brincar de bonecas!! Você tem que se tornar forte!

— Eu vou dar o meu melhor, mãe!

— Por favor, volte para sua casa Yoongi! – meu pai falou sem olhar para ele.

— Eu não vou para casa até que você me perdoe, senhor.

— Por favor, vá para casa.

— Eu não vou, senhor.

— Eu não vou aceitar isso, custe o que custar.

(...)

— O que eu devo fazer? Deixá-la dar à luz ou não deixar? Eles são crianças, que conversa é essa de casamento?

Aquele garoto não sabe o quão difícil é assumir essa responsabilidade. E Ji-Eun, é igual, ela não sabe de nada.

— Ji-Eun, era minha menininha, como ela cresceu tão rápido?

— Eu sequer imaginei que a minha filha ficaria grávida estando no colegial, ela é tão nova.

(...)

Eu estava sentada no meu quarto quando minha irmã veio falar comigo.

— Lee Ji, estou do seu lado. Você precisa cuidar muito bem do meu sobrinho. Mas, sabe, você tem que entender os sentimentos dos nossos pais também, foi um choque para eles, você sabe disso né?

— Sim.

— Não se apresse. Gaste o tempo que precisar e converse direito com nossos pais. Esse é seu dever como mãe.

— Obrigada. – abracei minha irmã e ficamos juntas até pegarmos no sono.

No dia seguinte me levantei e preparei o café da manhã, fui a primeira à levantar.

— Ji-Eun, o que você está fazendo?

— De agora em diante irei fazer o café da manhã todos os dias, e assim vou treinando para ser uma boa mãe.

— Já conversamos sobre isso, Ji-Eun.

— Mãe, eu preciso ir pro colégio.

Peguei minhas coisas e sai de casa, Yoongi e eu estávamos nos esforçando para conseguir o apoio dos meus pais, mas sabíamos que não seria uma tarefa fácil, porque a felicidade certamente não é algo que possa se obter facilmente.