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História Céus e Mares - Momentos Roubados


Escrita por: dfcrosas

Notas do Autor


Como eu já avisei vocês, é provável que eu leve mais tempo atualizando as fanfics agora porque estou sem o meu notebook onde tinha minhas anotações e gif e tudo preparado. Então vou terminar o capítulo com uma proposta pra ver se vocês se interessam por outros assuntos além de PJO. Caso a resposta seja não, sem problemas, só peço paciência. Tô escrevendo sim, todos os dias, o tempo todo, mas não vou poder postar com tanta frequência como gostaria. De resto, amo vocês e espero que se divirtam.


Ahhh e outra coisa... alguns de vocês talvez notem que eu mudei o nome do arco e também o dividi em dois. Eu ia fazer tudo uma coisa só, mas daí achei que ficaria confuso e estranho. Quero deixar claro que estou contando duas histórias ao mesmo tempo e não apenas uma.

"Do mar nos elevamos para o mundo dos céus..."

Capítulo 3 - Momentos Roubados


Fanfic / Fanfiction Céus e Mares - Momentos Roubados


Arco I - Para o Mundo dos Céus
Parte II - Olha, lá vai ela. Uma menina estranha, mas especial. É uma pena e um pecado que ela não se encaixe bem.

 

Piper ficou na parte de trás da biga com Leo e Lena, enquanto o garoto careca, Butch, controlava as rédeas, e o garoto loiro, Anthony, ajustava um aparelho de navegação feito de bronze. A biga balançou e deu um solavanco. Não havia cintos de segurança, e a parte de trás era aberta. Lena estava bem ao lado de Piper: aqueles grandes olhos azuis, os cachos dourados e os lábios rosados. Sua expressão era sempre bondosa e gentil, e também um pouco triste. Ela ficou encarando o horizonte e nem deu bola para Piper.

Nesse meio tempo, Leo tentava irritar todo mundo, como sempre. "Isso é tão legal!" Ele cuspiu uma pena de pégaso da boca. "Para onde estamos indo?"

"Para um lugar seguro," Anthony disse. "O Acampamento Meio-Sangue."

"Meio-Sangue?" Piper ficou imediatamente atenta. Ela odiava aquela palavra. Fora chamada de meio-sangue várias vezes: meio índia, meio branca, e nunca fora um elogio. 

"Ele quer dizer que somos semideuses," Lena explicou. "Meio deuses, meio mortais."

Anthony olhou para trás. "Você parece saber muito, Lena. Mas, sim, semideuses. Minha mãe é Atena, deusa da sabedoria. O Butch aqui é filho de Íris, a deusa do arco-íris."

Leo engasgou-se. "Tua mãe é a deusa do arco-íris?"

"Tu tem algum problema com isso?" Butch disse.

"Não, não," Leo disse. "Arco-íris. Muito macho."

"Butch é nosso melhor cavaleiro," Anthony disse escondendo um sorriso. "Ele se dá muito bem com os pégasos."

"Arco-íris, pôneis..." Leo murmurou.

"Eu vou te jogar dessa biga," Butch alertou.

Logo em seguida, eles chegaram em seu destino. Havia pelo menos vinte campistas ao redor e todos eles tinham camisetas laranja como a de Anthony.

"Chase!" Uma garota forte, de cabelos castanhos abriu caminho através da multidão. "É bom que não tenha destruído a minha biga, seu nerd."

"Está inteira, Clarisse," ele respondeu.

Clarisse virou seus olhos malvados para Piper, Leo e Lena. "São esses? Já são bem grandinhos. Algum sinal de Jackson?"

"Não," Anthony admitiu. Os campistas murmuraram. 

Os olhos de Clarisse amoleceram um pouco. "Sinto muito, Chase."

Outra garota avançou. Essa era alta, asiática, cheia de jóias e com a maquiagem perfeita. "Bem," a garota disse, "espero que eles valham o problema."

Leo bufou. "Nossa, obrigado."

"O que é este lugar?" Lena perguntou. "Onde estamos? Quanto tempo temos que ficar?"

"Lena," Anthony disse, "prometo que vamos responder tuas perguntas. E Drew," ele franziu o cenho para a garota bonita (Piper ficou orgulhosa de ver que a beleza dela não fazia efeito nenhum nele), "todos os semideuses valem a pena. Mas vou admitir que a viagem não foi como eu esperava."

"Nós não pedimos para sermos trazidos aqui," Piper comentou. 

Drew fungou. "E ninguém quer vocês, querida. Teu cabelo sempre parece um texugo morto?"

Piper avançou, pronta para bater nela, mas Anthony disse: "Chega." Piper parou. Ela não estava nem um pouco amedrontada com Drew, mas Anthony não parecia com alguém que ela iria querer como inimigo. "Precisamos fazer nossos recém-chegados sentirem-se em casa," ele disse, com outro olhar afiado para Drew. "Vamos designar um guia para cada, dar um passeio no acampamento. Com um pouco de sorte, na fogueira dessa noite, eles serão reclamados."

"O que isso significa?" Piper perguntou.

Subitamente houve um ofego coletivo. Os campistas se afastaram. Piper se virou e quase esqueceu como respirar. Flutuando sobre a cabeça de Leo estava uma imagem holográfica em chamas: um martelo de fogo.

"Isso," Anthony disse, "é ser reclamado."

"O que eu fiz?" Leo deu pra trás. Então ele olhou para cima e gritou: "Meu cabelo está queimando?" Ele se abaixou, mas o símbolo o seguiu.

"Isso não pode ser boa coisa," Butch murmurou. "A maldição-"

"Quieto," Anthony disse. "Leo, você acabou de ser reclamado-"

"Por um deus," Lena o interrompeu. "Esse é o símbolo do Vulcano, não é?" Todos os olhos viraram para ela.

"Como você sabe disso?" Anthony perguntou. 

"Não tenho certeza."

"Vulcano?" Leo perguntou. "Sobre o que vocês estão falando?"

"Vulcano é o nome romano para Hefesto," Anthony disse, "o deus dos ferreiros e do fogo."

"O deus do quê? Quem?"

Anthony virou para a primeira garota. "Clarisse, você poderia levar Leo para um passeio? Apresente-o aos seus companheiros no Chalé 9."

"Hmphf," ela fez cruzando os braços. "Tá. Mas se ele ficar tagarelando no meu ouvido, vou enfiar sua cabeça na privada."

"O que é Chalé 9?" Leo perguntou. "E eu não sou um Vulcano!"

Clarisse olhou pra ele com raiva. "Bico calado, novato." Ela colocou uma mão no ombro dele e desviou-o em direção aos chalés.

Anthony voltou sua atenção para Lena e a estudou como se fosse um projeto arquitetônico complicado. "Mostre teu braço," ele mandou. 

Piper viu o que ele estava vendo, e seus olhos arregalaram-se. Na parte interna do antebraço direito de Lena havia uma tatuagem: uma dúzia de linhas retas como um código de barras, e acima delas, uma águia com as letras SPQR.

"Eu nunca vi marcas como essas," Anthony disse. "Onde você as conseguiu?"

Lena sacudiu a cabeça e disse pela milésima vez: "Eu não sei."

"Elas parecem queimadas na tua pele," Anthony notou.

"Elas foram," Lena disse. Então ela estremeceu como se sua cabeça estivesse doendo. "Quero dizer... Eu acho que foram. Eu não lembro."

"Ela precisa ir direto para Quíron," Anthony decidiu. "Drew, você poderia-"

"Tá. Eu levo a loirinha." Drew atou seu braço ao de Lena. "Por aqui, bonitinha. Eu vou lhe apresentar ao nosso diretor. Ele é... um cara interessante." 

A multidão começou a se dispersar, até sobrar somente Anthony e Piper. Ele hesitou. "Venha comigo. Te darei um tour. Precisamos conversar." Eles andaram por um tempo, Anthony lhe apontando todos os locais importantes do acampamento, mas ele não demonstrou nenhuma emoção naquilo. Enquanto subiam uma colina, Piper se virou e teve uma incrível visão do vale todo. "O vale é protegido dos olhos mortais," Anthony explicou. "Como você pode ver, o clima é controlado, também. Cada chalé representa um deus grego, e neles vivem os filhos desses deuses."

"Você está dizendo que minha mãe é uma deusa?"

"Você está aceitando isso muito bem."

Piper não pôde dizer em voz alta, mas o sonho lhe havia avisado que isto viria. Ela tomou fôlego. "Acho que depois dessa manhã, é um pouco mais fácil de acreditar. Quem é a minha mãe?"

"Devemos saber logo," Anthony disse. "Os deuses devem reclamar seus filhos. Esse foi o acordo que Andy fez com eles. Às vezes leva mais tempo, mas você viu como foi rápido para Leo ser reclamado quando chegou aqui. Deve acontecer com você em breve. Quanto mais velhos vocês ficam, mais facilmente são notados pelos monstros, que vão tentar matá-los. É por isso que mandamos protetores nas escolas, para encontrá-los e trazê-los ao acampamento antes que seja tarde demais."

"Como o treinador Hedge?" Piper perguntou. Ele assentiu. "O que aconteceu com ele? Quando subimos nas nuvens, ele... ele se foi para sempre?"

"Difícil dizer." A expressão de Anthony estava aflita. "Espíritos da tempestade... são difíceis de combater. Mesmo nossas melhores armas, de bronze celestial, passam através deles, a não ser que você consiga pegá-los de surpresa."

"A espada de Lena transformou-os em pó," Piper lembrou.

"Ela teve sorte. De qualquer jeito, você ficará bem aqui. Terá amigos por perto. Sabemos o que você está passando. Você devia ouvir quantas encrencas Andy-" seu rosto ficou sério. "Venha comigo," ele resolveu. "Tenho que checar uma coisa."

Eles andaram um pouco mais até que alcançaram uma caverna perto do topo da colina. Ossos e espadas velhas espalhavam-se no chão. "O que tem ai?" Piper perguntou.

Anthony deu uma espiada, então suspirou. "Agora, nada. O lugar é de uma amiga. Estive esperando-a por alguns dias, mas até agora, nada."

"Tua amiga mora numa caverna?"

Ele quase sorriu. "Na verdade, a família dela tem um condomínio de luxo no Queens. Mas quando ela está aqui no acampamento, sim, ela mora na caverna. Ela é nosso oráculo, prevê o futuro. Eu estava esperando que ela pudesse me ajudar-"

"A encontrar tua namorada," Piper supôs.

Toda a energia drenou-se dele. Sua expressão estava tão cheia de dor, que Piper sentiu-se mal por estar ali olhando. Sentiu-se uma intrusa naquele momento tão íntimo. Seus ombros caíram e ele se inclinou nas pedras. Esfregou os olhos e inspirou profundamente. "Desculpe. Estou um pouco cansado."

"Você parece pronto para desmoronar," Piper disse. "Há quanto tempo está procurando por ela?"

"Dez dias, seis horas, e aproximadamente vinte minutos."

"E você não tem ideia do que aconteceu com ela?"

Anthony balançou a cabeça miseravelmente. "Estávamos tão animados quando... Nós nos encontramos no acampamento jurando que passaríamos as férias de inverno juntos. Era pra ser incrível. Aquela primeira noite... Aquela única noite foi fantástica. Mas na manhã seguinte, ela havia sumido. Procuramos pelo acampamento inteiro. Falamos com a mãe dela. Tentamos contatá-la de todas as maneiras que conhecemos. Nada. Ela simplesmente desapareceu."

"Há quanto tempo vocês dois estão juntos?

"Oficialmente...? Um ano e quatro meses," ele calculou mentalmente. 

"Uau," Piper disse. "É muito tempo. Eu só conheço a Lena faz uns três meses e... mas só ficamos juntas por algumas semanas."

Anthony se moveu desconfortável. "Piper... sobre isso..."

"Olhe, eu sei que a Lena pensa... ela pensa que simplesmente apareceu na nossa escola hoje. Mas não é verdade. Eu a conheço há três meses," Piper balbuciou.

"Piper," Anthony disse tristemente. "É a Névoa. É um tipo de véu que separa o mundo mortal do mundo mágico. Mentes mortais... elas não podem processar coisas estranhas como deuses e monstros, então a Névoa distorce a realidade. Faz mortais verem coisas de um modo que eles possam entender... como seus olhos simplesmente não notam este vale, entende?"

Piper engoliu em seco. "Não. Você mesmo disse que eu não sou uma mortal comum. Eu sou uma semideusa."

"Até mesmo semideuses podem ser afetados. Eu vi isso várias vezes. Monstros infiltram-se em lugares como escolas, passam-se por humanos, e todos acham que lembram daquela pessoa. Eles acreditam que ela sempre esteve por perto. A Névoa pode manipular memórias, até mesmo criar lembranças de coisas que nunca aconteceram-"

"Mas Lena não é um monstro!" Piper insistiu. "Ela é uma garota normal, ou semideusa, ou como você quiser chamá-la. Minhas memórias não são falsas. Elas são muito reais. O dia em que nós colocamos fogo nas calças do Treinador Hedge. A vez que Lena e eu assistimos uma chuva de meteoros no telhado do dormitório e eu finalmente tomei coragem para be... Para bei..." a boca de Piper tornou-se tão seca que ela achou impossível continuar falando.

Anthony franziu os lábios. "Se você a conhece tão bem... De onde ela é?"

Piper sentiu-se como se tivesse sido atingida entre os olhos. "Ela deve ter me dito, mas-"

"Você já havia notado a tatuagem dela antes de hoje? Ela já lhe disse alguma coisa sobre seus pais, ou seus amigos, ou sua última escola?"

"Eu... eu não sei, mas..."

"Piper, qual é o sobrenome dela?"

Sua mente ficou vazia. Piper não sabia o sobrenome de Lena. Como era possível? Ela começou a chorar. 

"Ei," Anthony pareceu extremamente desconfortável mas ainda assim tentou consolá-la. "Vamos dar um jeito nas coisas. Lena está aqui agora. Talvez vocês se resolvam."

Piper limpou uma lágrima da bochecha. "Você me trouxe aqui para que ninguém me visse chorando, não é?"

Anthony deu de ombros. "Pensei que seria difícil para você."

Quando Piper conseguiu se acalmar, Anthony a levou de volta para o acampamento. Eles foram até o arsenal e ele a convidou a escolher uma arma, dizendo que todo semideus precisava de uma. O abrigo de metal estava alinhado com todos os tipos de armas -- de espadas e arpões a tacos.

"Hefesto faz as melhores armas, mas temos uma boa seleção, também. Atena é sinônimo de estratégia: encontrar a arma perfeita para a pessoa certa. Vamos ver..."

Piper não estava muito no clima para uma tarde de compras de apetrechos mortíferos, mas sabia que ele estava tentando fazer algo legal para ela. Algo no canto do galpão chamou sua atenção. Parecia não ter visto a luz do dia por séculos.

"Não acho que você queira essa," Anthony disse seguindo o olhar dela. "Espadas geralmente são melhores."

"Você usa uma faca." Piper apontou para o cinto dele.

"Sim, mas..." Anthony deu de ombros. "Bem, dê uma olhada se quiser."

A bainha usada era de couro e preta, atada em bronze. Nada extravagante ou superficial. Quando Piper a desembainhou, encontrou uma lâmina triangular de quarenta e cinco centímetros, e o bronze cintilava como se tivesse sido polido ontem. 

"Combina com você," Anthony admitiu. "Esse tipo de adaga chama-se parazônio. Era cerimonial. Denotava poder e riqueza, mas numa luta, pode protegê-la bem." Ele exalou lentamente. "Só que... essa arma tem uma longa história. A maioria das pessoas teria medo de ficar com ela. Sua primeira dona... bem, as coisas não terminaram muito bem para ela. Seu nome era Helena."

Piper piscou. "Espere, você quer dizer a Helena? Helena de Troia?"

Ele assentiu. "Foi um presente de casamento de Menelau, primeiro marido de Helena. Ela nomeou a adaga como Katoptris."

"Que significa...?"

"Espelho," ele disse. "Vidro em que se olhar. Provavelmente porque foi a única utilidade que Helena encontrou. Não acho que esta lâmina tenha visto alguma batalha."

Piper olhou para a lâmina novamente. Por um momento, sua própria imagem a encarou de volta, mas então o reflexo mudou. Ela viu chamas, e uma face grotesca como algo esculpido de um leito de rocha. Ela ouviu a mesma risada do seu sonho. Viu seu pai numa prisão, amarrando a um poste de frente para uma fogueira estrondosa. Piper desviou o olhar, assustada, mas tentando não deixar transparecer. Ela sorriu fracamente e seguiu Anthony lá pra fora.

Eles foram checar os chalés. Todos eram frios e Piper não se identificou com nenhum deles. Até que viu o de Hera. Piper imediatamente seguiu até lá. Anthony a seguiu, mas não parecia muito alegre. "Está vazio?" ela perguntou. 

Ele confirmou. "Deusa do casamento," seu tom estava cuidadosamente controlado, como se ele estivesse tentando evitar palavrões. "Ela não tem filhos com ninguém a não ser Zeus. Assim, nenhum semideus. É um chalé honorário."

"Você não gosta dela," Piper notou.

"Não, não gosto," ele admitiu sem medo. "Eu achei que teríamos paz depois de tudo que aconteceu, mas quando Andy desapareceu... eu tive uma visão esquisita na qual ela apareceu."

"Dizendo para você ir nos buscar," Piper disse. "Mas você pensou que Andy estaria lá."

"Provavelmente é melhor que eu não fale sobre isso," ele disse. "Eu não tenho nada de bom para dizer sobre Hera."

Por instinto, Piper empurrou as portas e elas abriram facilmente. Ela entrou e congelou. Não estava sozinha. Atrás de uma estátua da deusa, num pequeno altar, estava uma figura coberta por um xale escuro. Somente suas mãos eram visíveis, as palmas para cima. Ela parecia estar fazendo um feitiço ou rezando.

Anthony entrou e ofegou. "Rachel?"

A outra garota virou. Ela baixou o xale, revelando um cabelo ondulado e ruivo e um rosto sardento que não combinava com a seriedade da coisa toda. "Oi!" Ela correu para dar um abraço em Anthony. "Mil desculpas! Eu vim o mais rápido que pude."

"Rachel, essa é Piper, uma dos meio-sangues que resgatamos hoje," Anthony apresentou. "Piper, essa é Rachel Elizabeth Dare, nosso oráculo."

"A amiga que mora na caverna," Piper adivinhou.

Rachel sorriu. "Essa sou eu."

"O que você..." Piper gesticulou ao redor da sala. 

O sorriso de Rachel esvaiu-se. Ela olhou para Anthony, então voltou para Piper. "Só uma intuição. Algo sobre esse chalé e o desaparecimento de Andy. Eles estão conectados de algum jeito. Eu aprendi a seguir minhas intuições, especialmente desde que os deuses se silenciaram."

"Silenciaram?" Piper perguntou.

Rachel franziu a testa para Anthony. "Você ainda não contou para ela?"

"Eu estava chegando lá," ele disse. "Piper... Bem, é normal para os deuses não conversarem muito com os filhos, mas geralmente podemos contar com algumas mensagens uma hora ou outra. Alguns de nós podem até visitar o Olimpo. Mas agora o Olimpo caiu em silêncio. A entrada foi fechada, e ninguém pode passar. Ninguém sabe o porquê. É como se os deuses tivessem se fechado. Até minha mãe não responde mais minhas preces, e nosso diretor do acampamento, Dioniso, foi chamado de volta. Semideuses ainda são reclamados, porém nada mais. Sem mensagens. Sem visitas. Nenhum sinal que os deuses possam estar nos ouvindo. É como se algo tivesse acontecido, algo realmente ruim. Então Andy sumiu."

"E Lena apareceu," Piper completou. "Sem memória."

"Quem é Lena?" perguntou Rachel.

"Uma... Uma amiga," Piper disse. "Mas, Anthony, você disse que Hera te mandou uma visão?"

"Isso," ele disse. "A única comunicação de um deus e justo Hera, a deusa menos útil. E ela faz contato comigo, um semideus que ela odeia. Ela me disse que eu descobriria o que aconteceu com Andy se eu fosse para o Grand Canyon e encontrasse uma garota loira com um sapato só. Eu encontrei vocês, e a Cinderela é a Lena. Não faz sentido nenhum."

"Algo ruim está acontecendo," Rachel concordou. Mas antes que ela pudesse continuar, seu corpo endureceu. Seus olhos começaram a brilhar com uma luz esverdeada, e ela agarrou Piper pelos ombros. Piper tentou recuar, mas as mãos eram como aço. "Liberte-me," ela disse. Mas não era a voz de Rachel. Soava como uma mulher mais velha, falando de algum lugar muito longe, muito abaixo. "Liberte-me, Piper McLean, ou a terra irá nos engolir. Faça isso no solstício."

Os joelhos de Piper dobraram, e tudo ficou escuro.


Notas Finais


Só uma sugestão pra quem curte Guerra dos Tronos: Em um Universo Alternativo do mundo de Westeros, a jovem Lyanna Mormont, de quinze anos, sofria com a tenebrosa habilidade de ver fantasmas. No entanto, seu trabalho não é fácil, como nem todos os fantasmas querem ser guiados. Todos os dias, ela é assombrada por aqueles que não vão deixá-la em paz até que ela ajude-os a resolver seus negócios inacabados com os vivos. Mas tem um fantasma em particular, o fantasma de um menino, um tal de Snow, que vive no seu quarto, do qual Lyanna não quer se livrar jamais.

Winterfell Assombrada ---> https://spiritfanfics.com/fanfics/historia/fanfiction-a-mediadora-winterfell-assombrada-5952841


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