“Quando vamos achar tempo pra sermos somente amigos? Nunca é seguro para nós, nem mesmo durante a noite. Porque eu estive bebendo. Nem de manhã onde sua merda funciona, é sempre perigoso quando todos estão dormindo. E eu estive pensando, nós podemos ficar sozinhos? — Amy Winehouse (Just Friends).”
Acordo na manhã seguinte com muita ansiedade, sentindo que eu realmente não tinha dormido.
Levanto e quando vou fazer as higienes no meu banheiro, eu realmente olho meu reflexo e suspiro, lembrando de tudo o que havia se passado ontem.
Eu liguei, eu realmente deixei meu orgulho de lado e ele não se importou, simplesmente deixou uma mulher qualquer atender o seu telefone, qual é o problema dele? Céus. Eu devia saber que esse imbecil está é cagando para mim, mas mesmo assim parece que eu sempre o quero por perto, que mesmo ele me machucando o meu corpo responde ao dele como se ele fosse um íman, e céus, essa íman machuca muito.
Tomo um banho bem gelado e nem me incomodo em secar meus cabelos, apenas visto um dos meus abrigos e desço, vendo que o Francis saía para o trabalho e minha mãe fala que vai passar o dia com os meus avôs, ou seja, só eu aqui no momento.
Após comer cereal, eu me sento na sala e fico passando os canais, mas sempre conferindo a tela do celular, nervosa para receber o que quer que fosse.
Já haviam se passado umas 3 horas desde que eu acordei e até agora ele não me ligou mandando eu ir lá, brigando comigo, ou sequer me mandando á merda, por que eu estou estranhando? Parece que realmente falta algo no meu dia. Sem contar que eu estou com uma cólica dos infernos e isso não ajuda em nada, porque me deixa mais nervosa e ansiosa.
Meu celular começa a tocar e eu fico desesperada já ao ver o nome do Chaz, o que me faz atender na hora.
— Alô? — Falo tentando normalizar a voz e escuto sua risada de fundo. Isso Maddie, parabéns por estar aqui desesperada para saber se o Bieber te quer com ele, o mesmo que nem a merda te mandou ontem enquanto transava com outra.
— Ta vestida?
— Sim, por quê?
— Tu já sabe, to a duas quadras, pode sair. — E ele desliga na minha cara. Ótimo.
Vou até o andar de cima e pego uma bolsa, colocando apenas algumas coisas na mesma e já escuto o Chaz buzinando do lado de fora, então desço apressada e fecho a porta da mesma maneira, indo em sua direção. Subo no carro e ele dá a partida enquanto bocejava.
No início do caminho é um silêncio enorme, eu queria perguntar para ele, mesmo já sabendo a resposta, queria apenas ver se ele deixaria soltar algum detalhe que eu poderia considerar importante.
— Ah, foram para a boate ontem? — Ele apenas concorda e eu suspiro, esperando que ele fale algo, mas nada.
Assim que ele chega na casa do Justin, eu já desço apressada e ele até mesmo ri quando eu abro a porta ansiosa.
— Ele ta na cama ainda, mandou tu ir lá em cima. — Eu concordo com o que ele fala e subo rápido, com medo de encontrar ele na cama com alguma vadia. Mas, por que eu deveria me importar? Afinal… Não, não é afinal, eu não quero ele com mais nenhuma menina, esse imbecil realmente me consegue fazer sentir ciúmes e eu nem sei porquê, no fim das contas se trata do Justin Bieber, ele não é de ninguém. Ele provou isso ontem, quando me beijou antes de me largar em casa e então por uma simples discussão que nem eu sequer entendi como ocorreu, ele simplesmente vai até uma de suas boates e fica fazendo merdas.
Paro na frente da porta do seu quarto e ia bater, mas não, apenas tomo coragem e abro a mesma de uma só vez.
— Pediu para eu vir? — Me faço de tonta quando abro mais a porta do quarto e suspiro por o ver sozinho na cama. Esse suspiro foi de alívio?
— Fecha a porta. — Ele fala fazendo uma careta, eu concordo e faço isso, fecho a porta e fico o olhando de relance, logo vou caminhando lentamente até a cama enquanto ele se sentava melhor nela, ainda com as cobertas completamente bagunçadas.
— Como foi ontem? — Eu ironizo ao perguntar e ele ia falar algo, mas pela expressão que ele faz, tenho certeza que ele está com uma bela de uma ressaca. Não é que cada um tem mesmo o que merece?
— Eu nem me lembro direito de… — Ele começa a falar, mas eu já congelo e não seguro as palavras da minha boca quando noto o que eu acho que é o que eu estou pensando que está em cima da cama.
— Meu Deus. — Falo com nojo quando vejo uma camisinha usada do lado dele, filho de uma… Maldito.
— Ah… — Ele geme em frustração pegando a mesma e a jogando no chão.
— Você é um porco. — Eu falo furiosa e vou até a porta. — Um porco desgraçado que merece queimar no fogo do inferno, se bem que você e o diabo devem ser irmãos gêmeos né seu infeliz. — Falo segurando a maçaneta e ele já ergue a mão.
— Onde acha que vai? — Ele questiona realmente sério e eu apenas forço meus dentes um contra os outros, eu não queria, mas estou me corroendo por dentro, juro que estou.
— Descer. Vá se vestir e tomar um banho, deve estar sujo de ontem. — Aponto para ele com raiva e ele ri. — A noite deve ter rendido muito, essa é a única camisinha ai na cama? Mais nenhuma perdida embaixo do seu travesseiro? — Se eu achar outra acho que infarto, ai sim.
— Ta brabinha é? — Ele levanta rindo e eu não acho a mínima graça. Não acho a mínima graça porque ele está só de cueca na minha frente e o esperado é eu estar mais do que furiosa aqui.
— Você é um idiota, o cara mais estúpido e egocêntrico que alguma vez eu já conheci na vida. — Vou abrir a porta e ele puxa o meu braço, chutando a porta para a fechar e me pensando na porta.
— Se tu tivesse me ligado aquela camisinha podia ter sido usada em ti. — Quando ele fala isso eu não me seguro. Não só de raiva, mas com nojo pela forma que ele fala.
— Você sequer pensa antes de falar? Acha que seu pênis é mágico ou realmente que eu vá querer ter uma noite de prazer com um cara que nem sequer aguenta uma noite de prazer e já acorda todo machucadinho? — O provoco mais e ele fica furioso.
— Cala a boca, isso é ressaca, eu aguento tudo. Tu queria era ser a…
— Ser o que? A puta que acabou na sua cama? Bieber, você não acorda para a vida não? Você não é o único homem nesse mundo. — Falo pela raiva, mas a realidade é que ele é o único homem que anda nos meus pensamentos ultimamente. Céus, eu estou na merda.
— E nem tu a única mulher! — Ele fala e eu rio sem acreditar.
— Eu sei, a mulher de ontem fez eu perceber muito bem isso! Quer saber, eu devia é ter lavado minha boca com sabonete, porque você deve ter todo o tipo de doença sexual né. — Falo realmente indo até o banheiro e novamente ele segura o meu braço com força.
— De que porra tu ta falando?
— Se tivesse me atendido saberia! Mas não, estava ocupado demais cheirando com o Chaz e comendo puta alheia! — E acho que essa era uma das primeiras vezes que eu batia de frente com ele e não segurava nada do meu pensamento. Se eu estou com medo? Eu estou apavorada, mas eu realmente também estou machucada, e nem sequer entendo o porquê, eu apenas… Isso não pode acontecer, não posso nutrir sentimentos por ele e apenas me machucar mais.
— Tu não ligou, porra! Tava ocupada demais com o teu amiguinho de merda que nem conseguir pegar a porra do celular que eu te dei e me ligar tu conseguiu! — Quando ele fala isso só falta eu acertar essa cara incrivelmente sexy dele. Por que ele até brigando comigo tinha que ser assim lindo e maravilhoso? Que carma que eu tenho.
— Você está louco? Eu tive a coragem de ligar, você que não teve a mesma de atender! — Falo começando a ficar ofegante e ele nega na hora.
— Mentirosa. — Quando ele fala isso eu já rio.
— Eu não preciso te provar nada, mas realmente quero calar a sua boca. — Falo pegando meu celular da bolsa, destravando ele e pondo nas últimas ligações. — E sim, você é o único “Bieber idiota” que eu tenho nos meus contatos. — Falo só faltando esfregar o telefone na sua cara.
— Eu não recebi essa porra. — Ele fala pegando o celular da cabeceira, quando destrava o mesmo ele simplesmente fica mudo.
— O que foi Justin? Gastou todas as suas palavras gemendo o nome dela ontem de noite? — Eu não deveria sentir ciúmes, não mesmo, mas eu juro que isso não é mais algo que eu possa ou consiga controlar. Meus sentimentos em relação à ele são algo que eu não consigo mais controlar.
— Qual é gata, eu que devia ta bravo ainda por tu ter transando com o Matt. — Ele fala convencido de que não aconteceu nada ontem entre mim e o Matt. Ele só fala isso porque viu que eu liguei e deve ter pensado que eu passei a noite sozinha, bem, eu passei, mas então decido jogar sujo e não negar, ele merece realmente levar um pouco.
— Em nenhum momento da aposta falamos que éramos exclusivos um do outro? Não é mesmo? — Repito suas palavras e ele já me olha sério. — Ou será que falamos? Bem, eu pelo menos esqueci isso ontem à noite. — Falo me fazendo de sonsa e ele me olha como quem não acredita.
— Dormiu com ele? — Eu não nego novamente e ele soca a porta, soca bem do lado a minha cabeça, o que já me faz dar um pulo de susto.
— Ele foi melhor do que você. — Falo séria e ele me olha sem acreditar. — Realmente, ele tem aqueles braços musculosos e divinos, tinha que ver como ele me carregava e me jogava com uma facilidade simplesmente impressionante.
— Como é que é?
— Ele fez tudo com mais vontade, foi maravilhoso. — Falo com maldade de novo e ele põem a mão na cabeça, boa sorte com a ressaca, senhor Bieber.
— Cara… — Ele ri fraco como quem não acredita e logo já me lança um olhar frio. — EU VOU MATAR ELE! — Ele berra e vai até o closet, tomando não sei quantos medicamentos de uma vez e começando a pegar roupa. Se ele não morrer de doença sexual, morre por conta de medicamento.
— Você não vai à lugar nenhum!
— Não? Por quê? Tem medo que eu machuque o teu amorzinho? — Ele ironiza e eu rio.
— Você é bem ciumento, não acha? É bem ciumento para quem anda com uma a cada noite!
— Você quebrou a nossa aposta!
— Você também dormiu com alguém ontem! — Eu aumento o tom de voz e ele me olha ainda sem acreditar.
— Ele tirou a tua virgindade? Ele fez mesmo essa porra? — Ele grita mais do que puto e eu fico chocada com sua reação. Ele… Eu nunca confirmei com ele que era virgem, mas… É óbvio que é por isso a obsessão toda, maldito seja. — Ele fez mais o que? Em, me diz caralho. — Ele avança até mim e me prensa de novo na porta. — Ele te chupou melhor que eu? Te tocou melhor que eu? Ninguém sequer pode fazer isso! — Ele fala apertando meu pulso e eu tento me soltar, mas é em vão.
— Justin. — Falo olhando para o meu pulso e ele nega, me apertando ainda mais.
— Me fala, me fala porque eu vou quebrar a cara daquele filho da puta em mil e um pedaços. Eu vou arrancar cada — Eu tento me soltar de novo e às lágrimas já começam a querer escorrer dos meus olhos. Ele me aperta com força e me olha de uma forma absurdamente fria, ele parecia não estar em si.
— Me solta. — Ele olha no fundo dos meus olhos e sua raiva era mais do que visível. — Por favor. — Eu imploro e ele solta o meu pulso ainda furioso, se virando e pegando o abajur comprido, jogando ele no chão com tudo. — Justin… — Choramingo e meu corpo vai para frente quando a porta é aberta.
— O que ta acontecendo? — O Chaz fala e eu me escondo na hora atrás dele.
— Somers, sai daqui. — O Justin fala realmente com o peito ofegante, começando a se acalmar aos poucos, mas ainda fervendo.
— Não cara, tu… — O Chaz começa e o Justin já nega.
— Sai. — Ele aumenta o tom de voz e aponta para a porta, não pedindo, mas sim mandando que ele saísse.
— Pra que, pra tu socar o olho dela de novo? — Ele fala sério e eu continuo atrás dele, sem falar absolutamente nada.
— Eu quero tu e os outros fora da minha casa agora, isso inclui os meus funcionários, até seguranças. — Ele fala sério e eu tremo toda. De maneira alguma que eu fico sozinha aqui com ele nesse estado, definitivamente não.
— Eu vou com o…
— Tu vai ficar, ainda vamos conversar. — Ele fala sério ainda ofegante enquanto me encarava.
— Chaz… — Eu peço e ele se vira para mim sem sequer tentar discutir com o Justin. Eu sei que ele não me considera como sua irmão nem nada do tipo, mas… Eu realmente preciso entender esse medo constante que ele tem do Bieber, esse medo que ele tem de o desafiar com o que quer que seja.
— Eu vou estar na minha casa, dá um jeito de sair e vai pra lá. — Ele fala isso e simplesmente encara o Bieber de novo, antes de se virar e ir escadas a baixo, para fazer o que o querido havia mandado.
— Justin, eu…
— Como tu deixou ele te tocar? Ontem mesmo tu… Porra, eu devia saber que tu não passa de uma vadia. — Ele fala e eu decido simplesmente não retrucar, porque sei que isso seria a melhor resposta para ele, ele detesta o meu silêncio, ele gosta de me provocar e discutir comigo. — Em? — Ele fala de novo e eu chorava com mais e mais raiva dele, eu não aguento nem sequer ver ele na minha frente.
— Eu te odeio. — Falo apenas isso e ele me encara por longos segundos, parecendo processar o que eu havia dito. Eu já falei isso para ele mil vezes, não sei como logo dessa pode o ter afetado, mas acho que afetou, porque ele me olha fixamente
— Me odeia? — Ele fala e eu concordo firmemente, fazendo ele me olhar com uma cara nada contente. — Por que faz isso? — Ele fala suspirando parecendo se acalmar e eu fico sem acreditar ou sequer entender nada.
— Você dormiu com alguém ontem, porque…
— Porque eu sou assim, eu sou um maldito filho da puta, sou idiota, estúpido e tudo o que tu falou, mas tu… Tu é pura meu, tu não pode deixar qualquer cara de tocar. — Ele fala e eu rio, ele falou mesmo isso?
— Você está se ouvindo?
— Eu sei que eu sou o pior cara possível pra tu sequer conversar, ou ficar no mesmo quarto, mas caralho… Eu sei que não parece, mas é difícil tu conviver quase um mês inteiro com a pessoa e realmente não ligar pra ela. — Depois que ele fala isso quem precisa de longos segundos para raciocinar as palavras sou eu.
— Está dizendo que se preocupa comigo? — Eu falo séria e ele bufa.
— Não, só…
— Então por que teve essa reação? — Eu questiono e ele me olha como quem realmente tivesse pensado bem antes de falar agora.
— Tu notou que já passou mais de um mês e que falta menos de um mês pra essa porra de aposta acabar? — Ele fala e eu concordo.
— E o que tem isso?
— Já parou pra pensar se a gente vai seguir se vendo? Tipo… — Ele começa a sequer tentar falar e eu meio que já entendo onde ele quer ir com esse papo todo.
— Justin… — Eu falo devagar e ele respira fundo, levantando a mão como quem sinalizasse que iria continuar falando e que queria que eu o escutasse.
— Depois de antes de ontem, quando a gente tava aqui só nós os dois, eu percebi que tu é irritante pra caralho, mas que muitas vezes tu é legal, tu me escuta e eu sinto que de algum jeito tu meio que se preocupa comigo. — Ele fala isso e eu fico sem entender.
— O que você quer que eu faça? O que você quer que eu diga? Você agiu como um imbecil, para seguir falando coisas como essas…
— Eu só…. — Ele coça a cabeça e eu nego.
— Justin, eu não vou dizer que estou detestando passar esses dias com você, mas a questão é… Isso é só algo temporário. — Eu falo e ele concorda na hora, já tentando recuperar sua postar.
— Em nenhum momento eu to dizendo que quero que a gente fique junto. — Ouch.
— Eu sei, e é por isso que eu falo, você é um traficante, por mais que você seja engraçado, você é uma pessoa que faz coisas erradas, você pode mesmo ter bondade no seu coração, mas tem uma maldade que eu não sei se sou ou não capaz de aguentar. — Eu falo e ele me olha se cima a baixo.
— Não se acostumou ainda com a ideia do que eu faço da vida? — Ele fala e eu suspiro, negando com a cabeça e criando coragem para o olhar nos olhos.
— Justin, você… Você é um cara de 22 ou 23 anos que simplesmente mata, tortura, rouba e faz coisas erradas para ter dinheiro e “curtir” a vida, não é só porque você é bonito que isso vá deixar de ser errado. — Eu falo e ele ri, começa a rir e eu não entendo o porquê. — O que foi?
— Então me acha bonito?
— Você é um imbecil. — Falo cruzando os braços e ele olha o meu pulso.
— Foi mal. — Ele aponta e eu rio fraco.
— Já ouvi isso antes. — Ele apenas fica mudo e parece pensar, céus, quando ele e a Rylee pensam são os momentos que eu realmente devia começar a me preocupar.
— Tá, ambos nós os dois sabemos que qualquer coisa séria entre nós os dois não vai sair, então por que a gente não se curte até o mês acabar? — Ele fala e se aproxima para tocar o meu pulso, mas eu dou um passo para trás e espero ele continuar. — Faltam 20 e poucos dias, depois disso cada um é livre pra pegar quem quiser e fazer o que quiser, como sabemos que é só por esse tempo, quando acabar nenhum de nós vai ficar “decepcionado” ou porra do tipo. — Ele fala e eu suspiro já analisando a ideia. Ele não queria só que não dormíssemos com outros, mas pelo que eu entendi, ele… Ele quer que nós fiquemos juntos até a aposta acabar?
— Sabe que se eu não puder ficar com mais ninguém, isso inclui você não poder dormir com nenhuma das mulheres que está acostumado. — Falo apontando para a cama e ele ri.
— Cara, até semana que vem tu perde essa aposta e vira uma viciada em sexo, depois que tu transar comigo pela primeira… — Ele para de falar quando se lembra que eu falei ter ficado com o Matt. — Ficou mesmo com ele? — Ele questiona e eu nego olhando para o chão e suspirando.
— Mas não foi por causa sua, é porque nós somos amigos e eu não me vejo ficando com ele, apenas por isso. — Falo me justificando e ele sorri, parecendo realmente contente com isso.
— Vem cá, eu quero te mostrar um lugar. — Ele sai simplesmente de cueca e me puxa com ele pela mão até mais um andar a cima, o que me deixa completamente arrepiada.
Ele abre uma porta do corredor, que eu jamais havia vindo, e a minha boca abre em um completo “O” de surpresa quando vejo o que tinha nessa sala.
— Você tem um cinema em casa? — Ele concorda sorrindo e eu vejo até uma maquina de pipoca, churros, refrigerantes e tudo mais, céus. Tinha um sofá vermelho enorme, literalmente enorme, ele era largo e dava para deitar sobre o couro dele, cabia sem nenhum problema umas 30 pessoas nele.
— Quer ver algum filme? — Ele questiona e eu concordo na hora. Ele abre o refrigerador e pega uma cerveja para ele e uma coca para mim, eu seguro e ele abre um armário, pegando um cobertor grande.
Eu ponho as bebidas no compartimento do lado do sofá e tiro os calçados, me jogando sobre o sofá enquanto estendia o cobertor, ele se joga do meu lado e vai para baixo das cobertas comigo, passando o braço por cima do meu ombro e procurando algo para assistir no netflix. Estamos mesmo aqui? Assim?
— Friends! — Eu berro e ele me olha surpreso.
— É viciadinha? — Eu concordo na hora e pego o controle da mão dele, procurando pelo episódio da 4 temporada que é o casamento do Ross, amo o momento que ele fala Rachel.
— Você vai amar, já assistiu antes? — Ele nega dando de ombros e eu o olho surpresa, cruzando as pernas e me erguendo, o olhando nos olhos. — Como assim nunca assistiu?
— É que nesses momentos eu sou uma pessoa do mal, aquela que mata e tortura. — Ele ironiza e eu rolo os olhos. — A mesma que é gêmea do diabo, mas se pensar pelo lado positivo é até bom, consigo um lugar vip pra ti no inferno. — Ele fala brincando e eu tenho mesmo que rir com ele.
— Vou por desde o primeiro episódio então. — Me deito de novo e vou colocando o episódio, ele me puxa novamente o para ele e passa o braço na volta do meu pescoço, fazendo eu encostar a cabeça no seu peito enquanto me agarrava mais no cobertor e deixava o episódio começar.
— Em que ano é isso? — Ele fala fazendo uma careta e eu dou um tapa no peito dele.
— Shiu. — Ele ri e me olha, mas eu fico olhando para a tela. Ele ergue meu queixo com o polegar e cola os seus lábios nos meus rapidamente, ele não aprofunda muito o beijo, deixa ele bem calmo, fazendo eu senti bem seus lábios sobre os meus, realmente querendo por mais, mas ele simplesmente se afasta, me dando um selinho.
Eu me deito de novo no peito dele e não falo nada, apenas sinto sua mão agora na volta da minha cintura e suspiro.
Eu sei que ele é errado, e nós os dois tivemos essa conversa no quarto, mas será que dentro de uns 20 dias eu vou realmente querer que isso tudo acabe? Que eu não seja “obrigada” a ver ele todos os dias? Eu só… Maldito Bieber, eu acho que realmente estou começando a me apaixonar por ele, a pessoa que tem as maiores chances de me machucar.
CONTINUA...
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