1. Spirit Fanfics >
  2. Chains >
  3. Going Crazy.

História Chains - Going Crazy.


Escrita por: stealmyziall

Notas do Autor


Hey meus amores!
Queria pedir desculpas desde agora se tiverem erros na ortografia, eu to a literalmente uma hora tentando corrigir, mas tenho muitos irmãos que não calam a boca e to com dor de cabeça, então peço que relevem :). Prometo depois dar uma olhada e corrigir os mais grotescos <3
Espero que gostem, boa leitura <3

Capítulo 31 - Going Crazy.


 

“Ah, e querido eu estou lutando de frente com o fogo só para chegar perto de você. Podemos queimar um pouco, amor?. — Rihanna (Love On the Brain).”

 

Madison Point Of View.

— Vai mesmo entrar? — Questiono quando ele estaciona na frente da minha casa e tira o cinto.

— Tu quer que eu vá? — Eu concordo na hora e ele sorri, mas não entendo como ele pode estar assim tão tranquilo em um momento como esses, pois é algo sem sombra de dúvidas atemorizante para mim. Eu… Eu sei que nós nos chamamos de namorados, mas sinceramente? É tão difícil definir a nossa relação. Desde as brigas mais intensas, até os momentos mais íntimos de carinho.

— Eu só não… — Paro de falar quando o telefone dele toca, ele pega o mesmo do bolso e quando vê o que estava na tela, suspira pesadamente, erguendo o dedo como um sinal para que eu esperasse.

— Vou ter que atender. — Após falar isso, ele desce do carro. — O que foi, Chris? — Ele começa a catar o cigarro no bolso e eu fico nervosa, eu detesto que ele fume. Se é sexy? É uma das coisas mais sensuais que eu já vi em toda a minha vida, eu fico louca, mas eu sei o quanto faz mal. — Como assim, o Aiden? — Ele acerta um soco no capo do carro e eu fico assustada.

Desço do veículo segurando a minha bolsa e vejo ele andando de um lado para o outro como quem não acreditasse. 

— Matou quantos? — Basta ouvir isso saindo da boca dele que o meu estômago trava. — Crianças? — E sim, mais um murro na minha barriga. — Eu to indo, já manda o Jared chamar alguns dos meus seguranças, a gente vai invadir agora aquela porra. — Ele joga a bituca do cigarro no chão e pega outro, mas então eu ando até ele e tiro o cigarro da sua mão, fazendo ele me olhar com raiva, mas apenas entrelaço nossos dedos, segurando a mão dele e acariciando a mesma, tentando o acalmar. — Eu já to indo, e não quero saber da porra do Ryan não indo por causa da puta da namorada dele, manda ele parar de comer ela agora e ir nos encontrar perto da torre. — Ele fala isso e desliga, soltando a mão da minha e passando a mesma pelo cabelo.

— Justin… — Chamo calmamente e ele nega.

— Não vou ficar, tem uma merda rolando. — Ele fala irritado e eu concordo. Não vou me meter em seus problemas, mesmo que envolvam o Aiden e crianças, algo que eu quero muito saber, porém não é essa a minha maior preocupação no momento.

— Mas… Você vem aqui depois, certo? — Questiono meio tensa, pois vejo como sua mente está em outro lugar agora, provavelmente no que ele está indo fazer.

— Eu vou ficar a noite toda.

— Mas eu posso esperar você acordada e…

— Maddie, tu precisa entender algo. A gente ta ficando, mas não tem como eu te por acima do meu trabalho. Nunca. — Ele fala isso nada grosso e eu apenas respiro fundo, tentando realmente manter a minha calma.

— Eu não pedi isso. — Falo isso e o encaro, o mesmo que já ia em direção ao carro.

— Amanhã eu te ligo. — Eu o ignoro e sigo até a porta da minha casa. — Me responde, porra.

— Eu não quero que você me ligue. — Eu falo me virando e ele ri, parecendo realmente achar graça da situação.

— Eu posso me ocupar melhor, tipo comendo qualquer vadia, afinal, todas ficam de quatro pra mim. — Ele ferve e eu o olho sem acreditar, já rindo sem o mínimo humor.

— Faça o que quiser, eu não me importo. — Abro a porta e ele dá uma buzinada, fazendo eu o olhar e ele continua me analisando sério.

— Eu não quero ir matar no mínimo 30 caras agora enquanto to brigado contigo. — Ele fala e eu sem me segurar levanto o dedo do meio para ele.

— Então pare de ser um idiota total. — Falo entrando e fechando a porta sem nem o olhar.

Penso em como conversaria com a minha mãe, pois a situação já havia me deixando irritada, mas o Justin conseguiu piorar ainda mais a situação.

Nem sequer preciso dar um passo a mais para dentro de casa, pois encontro a minha mãe e o Francis na sala.

— Era o Justin? — Minha mãe fala animada e eu bufo, realmente sem paciência para esse tópico agora.

— Por que interessa? Você não vai ter nem a chance de conhecer ele. — Falo séria enquanto cruzo os braços e ela me olha nada contente.

— Pelo visto eu vejo que o seu pai já te falou.

— Sim, aquele que eu vejo só uma vez por ano já me falou o que está acontecendo. Acredita que o vovô comentou com ele? E é assim que eu sei das coisas, sempre. Mas e então, já que não é marido novo, vai pelo atual? — Eu começo a atacar e ela levanta nada contente.

— Madison, o que aconteceu com você?

— Nada mãe, porque nada nessa minha maldita vida dá certo! — Acho que se eu for um pouco dramática ajuda, pelo menos é o que eu espero.

— Querida, Vancouver é um lugar maravilhoso…

— Mas mãe, e meus amigos? Minha faculdade? Eu não posso simplesmente largar tudo, eu não sou você! — Eu realmente falo a última parte sem pensar, mas logo queria me dar um tapa na cara. — Eu… Desculpa. — Ela apenas me olha e respira fundo, como quem estivesse mesmo tentando cooperar comigo.

— Você não me deixou terminar.

— Fale. — Cruzo os braços e ela suspira.

— Cameron, porque vocês não se acalmam e… — O Francis começa e ela nega.

— Ela não pode agir assim comigo. — Eu decido ficar quieta, pois eu estava com uma raiva imensa do Justin, ele vai ficar mesmo com outra? Eu esgano ele. E sim, essa é realmente a minha linha de pensamento no momento. — Se você quiser, você vai, se não quiser, você fica. — Ela fala tranquilamente, o que me faz rir. 

— Claro mãe, eu ficaria aqui sozinha? Ficou maluca?

— Você já é maior de idade e sabe se cuidar.

— Sim, ao contrário de você! — Eu juro que tento não ser grossa, mas alguém precisa por juízo na cabeça dessa mulher.

— No momento essa discussão está encerrada. Agora eu vou tomar um banho de banheira, te espero lá meu bem. — Ela dá um beijo na bochecha do Francis e sobe rebolando.

— Madison… — Ele começa, mas eu ergo a mão e nego, o fazendo parar para me ouvir.

— Isso é injusto comigo, você sabe que eu não posso simplesmente deixar ela assim. Ela… Ela precisa de mim.

— Maddie, quantos anos você tem? — Ele questiona erguendo as sobrancelhas, já me fazendo rolar os olhos.

— Você sabe.

— Em 19 anos eu acho que você nunca viveu sua vida, onde o maior problema era a faculdade e as brigas com o namorado. — Ele me encara e levanta. Acredite, as brigas com o Justin nem se eu quisesse conseguiria escapar. — Eu entendo a preocupação, sua mãe tem um gene difícil, mas eu estou aqui para a função de cuidar e amar ela, você já fez isso por muito tempo, eu só… Você merece uma folga. — Ele fala e eu nego pois já sei onde isso acabaria.

— Uma folga até quando? Até você se divorciar dela?

— Eu a amo.

— Todos falavam isso, todos. E então sempre sobra para mim, e acredite Francis, eu também estou começando a cansar de tudo isso.

— Mas eu a amo de verdade. Eu tenho que ir para Vancouver por causa da promoção, é algo maravilhoso para mim, para ela, para você e o Chaz. — Ele vai explicando e eu fico tentada, mas não havia como.

— Só… Vai ser definitivo?

— Claro que não, eu vou ter que vir para Toronto de no mínimo 14 em 14 dias. Eu tenho minha vida toda aqui, só… Eu preciso que dê essa chance para ela, de ser uma adulta, mas que também dê essa chance para você, de ser uma garota normal. — Ele fala e eu suspiro. A tentação de não ter que ser responsável por ela é enorme, mas também de certa forma faz eu me sentir mal, pois ela ser doente não foi algo que ela jamais escolheu.

— Não quer que eu vá?

— Eu amaria que você fosse, mas tenho noção que pedir isso à você é um egoísmo fora do comum. Seria como seguir te privando de viver, é te tirar do seu ambiente, e eu não conseguiria ser assim. — Eu respiro fundo e passo as mãos pelo meu cabelo, realmente sem saber o que fazer, preciso mesmo pensar.

— Eu estou bem estressada agora e não tenho cabeça para pensar nisso, só… Será que podemos conversar melhor amanhã? — Ele concorda.

— A mudança está programada para 2 semanas, você tem até lá para decidir o que quer. E eu realmente sinto muito que você tenha descoberto daquela maneira, mas com ela no hospital não sabíamos como falar. Apenas… É mais tranquilo que você já sabe. — Ele sorri e eu concordo, subindo as escadas apressada e me trancando no meu quarto.

Eu vou direto para o banheiro e entro debaixo do chuveiro, pensando em tudo. Desde conhecer a mãe dele, o barco, a ligação, o jantar com o meu pai, e bem… Aqui estou eu.

Já se passaram quase 3 meses desde que eu conheci o Francis pela primeira vez, logo quase o mesmo período de tempo que eu conheço o Justin, e bem, realmente passou de forma muito rápida.

Eu realmente o odiava, tudo bem que sempre o achei lindo, mas o seu ego era algo que eu não conseguia de forma alguma tolerar e aguentar, mas com o tempo ele foi se abrindo mais, me fazendo gostar de cada parte sua, para então assim como agora mais cedo, dar essas confusões e brigamos por nada.

Ele é muito explosivo, e acho que eu meio que já aprendi a lidar com esse seu lado, mas como estamos mais íntimos, eu me sinto mais à vontade para falar o que eu penso, o que para mim é bom, mas para ele desgastante, pois é como ter que aturar ele mesmo por alguns minutos do dia. A questão é… Eu tenho a opção de ficar, e a opção de ir. E acho que no fundo essa sim é a minha maior dúvida.

Se eu ficar, a certeza predomina na questão de brigas com o Justin e desgaste emocional, porém… Eu realmente acho que está na hora de deixar minha mãe viver a vida dela e aprender a se virar. Eu poderia ficar aqui na casa do Francis, tem o Justin, e por mais que o Chaz seja um idiota, acho que posso mesmo contar com ele. Então… Não sei se tenho muito no que pensar.

Dia seguinte. 

Justin Bieber’s Point of View.

— Não, eu não quero nem saber. — Falo jogando o cigarro no chão e pisando em cima.

— Eles marcaram. — O Ryan fala, mas mesmo assim eu nego.

— Não to com paciência pra ver ninguém. — Passo a mão pelo cabelo e respiro fundo.

Ela não ligou. A discussão de ontem e até agora ela não me ligou, nem sequer falou se conversou com a mãe dela ou porra do tipo, e isso ta me deixando furioso pra caralho.

— Que pena, porque o Lil Za e o Twist tão aqui, então a gente vai se encontrar com eles. Porque ontem o Aiden vendeu até órgão de crianças, e a gente aqui empacados. — O Chris fala realmente irritado, me fazendo rir.

— Eu não mato criança, e tu sabe muito bem disso.

— Ultimamente não anda matando ninguém. — Ele fala puto e eu o encaro, esperando que ele continue. — Eu adoro a Maddie, mas…

— Claro que adora, botou ela pra rebolar no teu pau. — Fervo e ele permanece sério, não achando graça alguma.

— Ela ta te distraindo dos negócios, e tu sabe disso. Tanto que ontem saiu puto com ela e nem ajudou o Chaz com as vadias novas da boate.

— E eu to a 4 dias te falando da plantação de maconha, que a gente não tem mais pra onde aumentar. — O Nolan começa e eu bufo irritado.

— Ela não ta me distraindo, eu consigo fazer as coisas e…

— E comer a minha irmã? Acho que não ta não cara. — E eu respiro fundo, realmente tentando ficar calmo.

— Tão querendo falar o que? — Cruzo os braços e eles se entreolham, tentando ver quem tinha coragem de abrir a boca, que acaba sendo o Ryan.

— Tu pode namorar, a gente não vai se meter na tua vida pessoal, mas quando afeta a tua profissional, a gente tem que se meter. Só… Tenta não focar tanto nela, divide teu tempo e faz o que tu precisa, mas sem precisar ver ela todo o dia. Tu não nasceu com o pau colado na buceta dela. — Quando ele fala isso eu apenas concordo, cagando pro que eles tão falando.

— Eles tão indo pro depósito do Aiden? — Eles concordam e eu faço o mesmo, olhando em volta e respirando fundo.

Entro no carro, acelerando o máximo que dava e pensando no que faria.

Por fogo na empresa do Francis seria uma boa opção, matar o pessoal todo da empresa, ou…

— Merda. — Bato no volante com raiva. Eu devia ta focado agora na negociação com os órgãos, mas não, minha mente segue nela.

Segue nela e nas curvas dela, consigo imaginar minhas mãos na sua volta, a acariciando e logo de seguida ouvindo seus gemidos de prazer no meu ouvido.

Porra.

O Nolan passa por mim buzinando e rindo, esse merda acha que ganha uma corrida aqui, então eu rio e piso fundo no acelerador, não demorando muito pra ficar lado a lado com ele.

Abro a janela e ergo o dedo do meio pro filho da puta, o que quase bate e tem que freiar bem rápido, me fazendo rir.

Sigo correndo até o depósito dele, abrindo a janela e sentindo o vento contra o meu rosto, eu amo essa sensação demais meu.

Assim que chego no depósito, pego uma das armas do meu compartimento e coloco na parte de trás da minha calça. Lil Za e Twist são malucos, não quero mesmo que dê merda e eu esteja desprotegido.

Os meninos chegam e entram comigo, vendo os seguranças do Aiden nos liberarem a entrada.

— O que ela ta fazendo aqui? — Eu pergunto para o Ryan, mas o mesmo não entende, porque não tinha conhecido a Olenka.

— Demorou. — O Twist fala sério, me fazendo rolar os olhos e olhar a puta importada da Russia de cima à baixo.

— Por que ela ta aqui? — Questiono realmente sem entender, mas o Aiden dá de ombros.

— O pai dela quis fazer uma doação de órgãos. — Ele aponta pra esquerda, e juro que não seguro a minha surpresa ao ver no mínimo 30 corpos jogados no chão.

— Papai gosta de coisas grandes. — Ela fala sorrindo, me deixando mais enjoado.

— Grande merda, ela não faz parte da…

— Agora faz. Ela é filha do Novak, então se ela quiser pegar até um cadáver pra limpar os pés, ela faz isso. — O Lil Za fala, parecendo estar sem o mínimo de paciência.

— Quanto tu vai pagar pelo que o Aiden trouxe? — Falo cruzando os braços e o Aiden ri.

— Só 1 milhão.

— Porra. — Passo a mão pela minha barba ralada e suspiro. — O que tu mais ta precisando?

— Medula e intestino.  

— Delgado ou grosso? — O Chris pergunta acendendo um cigarro, é bom que ele me consiga isso.

— Se conseguir dos dois, a gente da 2 milhões. — E na hora o Chris sorri, olhando pro Nolan, que concorda parecendo entediado.

— Em uma hora a gente traz, mais alguma coisa? — Ele ironiza, mas fazendo rir.

— Peraí cara, tu disse que não ia pagar 2 milhões por…

— Tu não tem o que a gente quer. — O Twist já trava o Aiden, me fazendo rir. — E tu, espero que da próxima traga mais do que só os corpos, o Chris e o Nolan sempre tiram as partes pra gente, por isso que ganham mais. — Ele fala pra Olenka, eu sorrio.

— É uma merda, né Aiden? Sempre atrás de mim. — Dou de ombros e ele me olha puto da cara. — O que houve? Ta irritado? — Rio e não consigo nem falar mais nada, porque o filho da puta vira um soco no meu rosto. — Caralho. — E então eu empurro ele com tudo, vendo seu corpo ser jogado pra longe.

Madison’s Point of View.

Já eram quase oito horas da noite, e não, eu e o Justin não trocamos nenhuma ligação, mensagem, ou seja o que for. Nem sequer para discutir.

Eu gosto da nossa relação, mas mesmo por conta da briga, acho bom cada um de nós ter o seu próprio espaço. Então espero que quando ele esteja disposto a pedir desculpas, que ele me procure.

Procuro meu celular e mando no grupo que eu tinha com a Rylee e o Matt que eu precisava deles, só precisava sair e me distrair, então o Matt sugeriu que fossemos ao boliche e depois podíamos dormir na casa dele. Eu e a Rylee concordarmos, porque acho que pelo visto ela deve ter brigado com o Ryan também.

Eu coloco um abrigo da nike mesmo e meu supertar, ponho uma muda de roupas e um pijama na bolsa. Pego a chave do meu carro e desço, deixando um bilhete na geladeira, avisando o que faria.

— Merda. — Falo para mim mesma quando vejo o meu carro aqui na frente, ele é maravilhoso.

Eu brigada com ele e subindo no carro me lembra à ele. Fazer o que, né? 

Subo na Range Rover e já sigo até a casa da Ry, pegando ela, a mesma que parecia furiosa.

— Eu não posso ficar, tenho que trabalhar. — Ela fala irritada tentando imitar a voz do Ryan. — Ele é um sem vergonha, nojento. — Ela cruza os braços e eu rio fraco, realmente achando nem que fosse um pouco engraçado.

— Pelo menos ele não ameaçou dormir com outra. — Falo e ela faz um som de chocada.

— O teu é mais baixo que o meu ainda, dois cachorros, eu ainda mato. — Ela fala séria e eu suspiro.

— O que eles fizeram hoje? — Eu pergunto pois realmente não sei, ela apenas ri e dá de ombros.

— Eu to fazendo greve de sexo com o Ryan. Acredita que ontem eu estava quase gozando e ele foi embora porque o Chris ligou? Falando que eles tinham que sair? Espero que todos se fodam, literalmente. — Ela masca mais do chiclete e então paro para pensar.

— Como está fazendo greve de sexo se vocês dormiram ontem?

— Ué, a greve é hoje. Se ele passa um dia sem, fica doidão. — Ela fala sorrindo divertida. Eu amo essa garota.

— Bem, vamos nos divertir e nos distrair. — Eu falo e ela ri. — Eles que estão perdendo.

— Eu já mandei uma mensagem de voz pro Ryan no WhattsApp, dizendo onde a gente ia dormir. — Ela fala com um som de vitoriosa. — Ele vai ficar furioso, o ódio dele pelo Matt é enorme. — Ela fala e eu ia sorrir, mas então lembro.

— O Justin não sabe que eu vou dormir lá. — Eu falo em choque e ela faz um som de lamentação.

— Bem, agora ele deve saber já. Pense pelo lado positivo, eles não sabem onde o Matt mora, então não podem ir matar ele. — Ela fala como se fosse simples.

— E quem diria que nós estaríamos a falar assim dos nossos namorados. Ao invés de falar que eles não puderam sair com a gente por estarem estudando, e não por sei lá, estarem matando alguém. — Ela ri e bate palmas feito louca.

— Se eles fossem caras normais, o sexo não ia ser tão bom, acredite. — E agora sim fiquei sem graça. — Vai dizer que não adora? Eles são tão agressivos, quando o Ryan chega irritado eu deixo ele descontar tudo na cama, é maravilhoso. — Quando ela fala isso, eu fico séria.

— Isso nunca aconteceu com o Justin, de ele ser tão “violento” ou “agressivo” assim no sexo. — Eu falo já parando na frente da casa do Matt. — Ele fala as frases dele, e me segura com firmeza, mas não diria que é algo que me deixa sem caminhar no dia seguinte. — Ironizo e ela nega.

— Semana passada eu fiquei assada! Foram 4 vezes em menos de duas horas, sensacional. Sem contar minha bunda com as marcas dos tapas. — Ela passa a língua pela boca e eu rio.

Buzino esperando pelo Matt, vendo o mesmo que olha o carro com a boca aberta ao fechar a porta de sua casa e entra sem acreditar.

— Me diz que não foi aquele filho da puta que te deu esse carro, porque se foi, eu quero dar um beijo nele. — Ele fala e eu acelero, já ouvindo a risada da Rylee.

— Que bom Matt, porque a gente tava falando agora mesmo do sexo com ele, quer opinar? — Ela malícia e eu não seguro a risada.

— Tu não tem que ir dar o cu não? — Ele questiona e ela rola os olhos.

— Já dei hoje mais cedo, duas vezes. — Ela pisca para ele e se vira, já olhando para frente. — Podíamos passar em uma farmácia depois, eu queria aquelas mascaras pra cravo sabe? A que faz milagre.

— Milagre nessa tua cara nem se fizer mascara de gozo pra ti. — Eu juro que depois dessa, até diminuo a velocidade para conseguir rir à vontade.

— Pelo menos o gozo que eu vejo sai naturalmente, não tenho que ficar usando minha mão pra ver ele. — Ela rebate já emburrada e eu decido então desfocar desse assunto especifico.

— Podíamos fazer uma noite de beleza depois!

— Vão a merda né. — Ele fala e nós rimos, já parando na frente do boliche e descendo, e sim, só de passar tempo assim com eles eu já fico melhor. 

Nos sentamos primeiro para comer, pedimos uma pizza aqui no restaurante do local. Enquanto esperávamos, eu resolvi contar a eles o que tinha acontecido ontem de noite, não com o Justin, mas a mudança.

— Tu vai ficar, né? — A Ry fala e eu simplesmente nego por não saber.

— Vocês os dois sabem melhor do que ninguém que não é assim tão fácil para mim, tem a minha mãe e…

— E? Só a tua mãe. — O Matt fala e eu nego.

— Ela não conseguiria se virar sozinha.

— Maddie, ela é casada.

— Mas não é assim, é sério.

— Sim, é sério Maddie. Ela é a adulta, não tu. Tu tem noção que vai morrer pra transferir a faculdade pra lá? Sendo que tu ta em uma das melhores do país, ela não pode querer te tirar daqui. — O Matt fala e eu fico pensando.

— Eu quero ficar, mas não sei se eu conseguiria morar sozinha também, afinal, sempre fomos eu e ela. — Falo e a Ry já ri.

— Pode ser tu e o Justin agora, ele mora sozinho.

— Ah claro, ai qualquer discussão que fosse ele me botava para fora. Genial, não é mesmo? — Ironizo e bebo um pouco do meu refrigerante. — Eu sinto que posso viver minha vida, mas não sei também se quero, se quero abrir mão dessa responsabilidade que é cuidar da minha mãe.

— Você gosta?

— Eu já me acostumei. — Eu falo e ela ri.

— Não é assim que funciona, e você tem os seus avós aqui, sem contar o Chaz, meio-irmão serve pra que? — Ela fala e o cara traz a pizza, a mesma que os dois já começam a devorar.

— Eu não sei mesmo…

— O Justin já sabe? — O Matt questiona e eu concordo.

— Mais ou menos, ele não sabe que eu tenho duas semanas para decidir.

— Conversa com ele. — E é nesse momento que eu rio.

— Eu tentei, mas ai… O trabalho o chamou. — Ironizo e ele me olha sério, tentando entender o que isso significava.

— O que ele trabalha? Tu nunca falou nem se ele fazia faculdade. — E a Ry ri.

— Se faculdade de tortura serve. — Ela fala para mim e eu rolo os olhos.

— Ai Matt, só… Depois eu te conto, é muito complexo. — Falo apenas isso e ele parece não gostar, mas fico feliz que ele não pergunta mais nada. 

Ás horas passam rápido, pois cá estávamos nós de pijama na sala do Matt, discutindo sobre qual filme veríamos.

— Acho que como eu ganhei no boliche deveria ser eu a escolher.

— Rylee, nenhum de nós vai ver meninas malvadas, a gente já saiu do ensino médio. — Ele fala comendo mais pipoca e eu fico mais enjoada ainda só de o olhar assim sem parar de comer.

— Matt, eu até que gosto do filme, mas por mim podia ser Friends e… — Paro de falar porque meu telefone começa a tocar, quando vejo o nome do Justin, já recuso na hora. — Enfim, podíamos ver Friends.

— Tu fez a gente fazer maratona da última vez. — Os dois reclamam e eu estava para os mandar a merda já, mas meu celular volta a tocar, eu ia recusar, mas a Rylee já começa. 

— Sabe que quanto mais desligar, mais ele vai ligar. — Eu concordo suspirando e me afasto um pouco, indo até a cozinha.

— Fala. — Falo apenas isso, o ouvindo bufar antes de falar.

— Por que porra tu não me atende?

— Porque eu não quero falar com você.

— Ah sim? Que pena, porque eu to aqui na frente e vim te buscar. — Ele fala isso e eu nego na hora.

— Vai embora.

— Tu não vai dormir na casa desse puto.

— Eu vou.

— Nós vamos cedo pra Montreal, não me inventa essa cena agora.

— Pensei que era você que não teria tempo. — Falo e escuto ele me xingando. — Eu não vou amanhã.

— Como é que é? — E agora sim eu sei que ele ferve mais ainda.

— Você escutou.

— Olha, eu tentei ser legal, mas já que tu quer que eu seja idiota, tudo bem. — Escuto o som de um tiro, o que me faz saltar de pé e olhar na minha volta desesperada.

— Justin. — Falo irritada e ele respira fundo. Isso que eu ainda estava ofegante por conta do susto, minha respiração toda descontrolada.

— Da próxima o tiro vai acertar a cabeça do teu amiguinho. Anda logo.

— Você disse que não o ameaçaria assim de novo.

— Bem, eu menti. Agora anda porque eu to estressado pra caralho.

— Não.

— Quer mesmo que eu entre pra te buscar? Acho que tu não vai gostar de não pode comparecer ao funeral do teu amigo amanhã. — Ele fala isso e eu bufo, sem conseguir acreditar que voltamos ao lugar onde começamos, onde ele me ameaça para ter o que quer.

— Eu te odeio.

— Eu sei, agora anda. — Estúpido. Ele perdeu o que ainda tinha de juízo, só pode! É isso que ele pensa? Em vir aqui e me ameaçar assim que eu vou fazer sempre o que ele quer? Céus, parece que nós sempre regredimos.

Desligo e já vou para o quarto do Matt, pegando minha mochila e colocando meus calçados, sairia de pijama mesmo daqui.

— Onde vai? — O Matt pergunta e a Ry me olha já sabendo o que aconteceu, ou pelo menos parte de como deve ter sido.

— O Justin teve alguns problemas com a família dele e não está muito bem, eu… Eu achei melhor ir dar uma olhada nele.

— Ele tem a ver com o som de tiro que a gente ouviu? — Eu nego na hora e vou até ele, dando um beijo em sua bochecha.

— Falo com vocês assim que der. — Não ia mencionar que ia até Montreal, senão ai sim eu ia ficar aqui mais tempo e o Bieber iria se irritar mais ainda.

— Eu te ligo amanhã. — A Ry fala e eu concordo, dando as chaves do meu carro para que ela largasse na minha casa amanhã.

Aceno rápido, saindo apressada e já fechando a porta de entrada com raiva quando vejo ele apoiado no seu carro, fumando.

— Mas o que… — A blusa dele estava quase toda coberta de sangue, eu fico até arrepiada, mas não, não ia perguntar se estava tudo bem e nem o que aconteceu, porque eu estou muito brava mesmo com ele.

— Tu ia mesmo dormir ai? — Eu o ignoro e dou a volta, entrando no lugar do carona e fechando a porta, colocando o cinto quando o vejo entrar irritado. — Vai ficar me ignorando? — Eu viro o rosto para a janela, o que faz ele bufar e já ligar o carro, acelerando de uma só vez. O caminho é feito em silêncio, mas não um bom, e sim um desconfortável.

Assim que chegamos, eu desço antes dele e entro na mansão, me sentando direto na sala e cruzando as pernas enquanto pegava meu celular para me distrair.

— Pro quarto. — Ele fala e eu continuo sem falar nada. — Vai me fazer te carregar a força até lá? Acho que tu não vai gostar muito de como vai ser se isso acontecer. — Ele fala e eu simplesmente me levanto, subindo apressada e indo até o seu quarto.

Assim que me sento na cama, ele entra no quarto e geme de dor quando começa a tirar a camiseta, eu tapo a boca com a mão na hora.

— O que é… — Paro de falar, mas o corte da sua barriga estava tão fundo que até enjoada eu cheguei a ficar. Ele me olha sorrindo e se aproxima.

Bipolar. 

Ele definitivamente é bipolar, pois estava para matar o Matt, e agora só comigo age como se nada tivesse acontecido.

— Não quer tomar banho comigo? Ajudar a curar? — Ele sorri indo passar o nariz pela minha bochecha e eu nego, levantando e cruzando os braços. — Qual é babe, não pode ficar a noite toda brava comigo. — Ele fala como se nós nem sequer tivéssemos discutido ontem também.

Levanto e eu vou até a janela, vendo todo o seu quintal. 

— Amor… — Ele tenta, pousando a mão na minha cintura e eu nego.

— Você foi um idiota.

— Eu sei, mas eu até hoje não sei como não morri de ciúmes de ti. — Ele fala me virando para ele e pousando ambas as mãos na minha cintura. — Vem tomar banho comigo, eu to machucado.

— Pare de ser manhoso, você sabe se cuidar sozinho muito bem. — Falo e ele continha tentando me tocar. — É sério Justin, eu estou muito brava. Você prometeu que não ia mais ameaçar ele, você não pode simplesmente ficar o ameaçando de morte, isso é doentio.

— Doentio é tu ir dormir na casa dele tendo namorado. — Ele pousa a mão em cima da ferida e eu dou um tapa na mão dele.

— Vai infeccionar, pode ir lavar isso. — Falo e ele nega.

— Só vou contigo.

— Eu não vou transar com você. — Eu falo e ele me olha surpreso, mais chocado na realidade.

— Por quê?

— Porque eu já falei e vou repetir, o que você fez foi ridículo. Sem contar nossa discussão de antes, a qual você nem sequer pediu desculpas.

— Ontem era o meu trabalho! Queria que eu fizesse o que? Não nasci com meu pau colado na tua buceta! — E agora sim, de onde ele me tirou essa?

— Eu não estou dizendo que preciso ver você 24h por dia, apenas que ontem eu precisava de você e o senhor agiu como um imbecil. Um bruto ignorante! Eu sei que você tem o seu trabalho, sua vida, e isso é com você, apenas não desconte em mim suas frustrações. E outra, já que não nascemos colados, você não precisa mesmo de sexo!

— Foda-se. — Ele se irrita e vai até o banheiro.

Eu aproveito já saindo do quarto e indo até um quarto de hóspedes, me deito na cama e ligo a televisão, eu definitivamente não estava com sono, nem sequer tinha arrumado minha mala para amanhã. 

— MADISON? — Ele grita nervoso e começa a correr pelo corredor, mas quando vê a porta desse quarto de hóspedes aberta, ele solta um suspiro e entra aqui irritado.

— Achou que eu tinha ido embora? — Falo vendo ele só de toalha e molhado, com o seu corte ainda com sangue saindo.

— Porra, vai se foder. — Ele fala irritado me olhando. — Vai dormir aqui é? — Ele questiona com raiva e eu concordo. 

— Amanhã tenho que fazer minha mala. — Ele suspira, se sentando do meu lado na cama.

— Como foi com a tua mãe? — Ele questiona e eu dou de ombros. Ele não pode fazer o que quer para depois agir como se nada tivesse acontecido. Não mesmo.

— Normal.

— Porra Maddie, eu já entendi que tu ta brava, já entendi que fui um idiota, mas caralho, eu quero mesmo saber como foi. Eles vão mesmo embora?

— Eles?

— Tu não vai. — Ele fala com tanta convicção que eu até rio.

— Justin, eu não posso…

— Maddie, eles vão? — Ele tenta segurar a minha mão e eu continuo negando. — Amor… — Ele chama segurando minha mão dessa vez e eu suspiro.

— Você não entende, minha mãe, ela… Ela precisa de mim.

— Eu preciso de ti. — Quando ele fala isso eu quero derreter. Não, eu estou brava com ele, não posso ficar sentindo essas malditas borboletas no estômago. — Eu fui um idiota, ta? — Ele acaricia o meu rosto e eu suspiro.

— Eu só não quero que seja assim, que você me ameaça e consegue o que quer, um relacionamento não funciona assim.

— Eu sou novo nisso.

— Eu também, mas não é por isso que vou te ameaçar.

— Tu em ameaçando seria sexy pra caralho. — Ele ri levando minha mão até perto de sua boca e da um beijo na mesma.

— Eu estou falando sério.

— Eu sei, e eu sei que cago, mas quando o Ryan me falou eu fiquei louco. Eu já tava puto pela nossa “discussão”, mas o que me faltava era tu ir dormir na casa de macho.

— Você que brigou comigo, e ele é meu amigo! — Falo e ele suspira.

— Ta brava ainda? — Eu concordo e ele me olha. — O que eu posso fazer pra tu ficar mais calma? — Eu nego e solto a minha mão da dele. É sempre assim, apenas…

— Só… Saiba separar sua vida profissional da pessoal, eu não sou um inimigo que você ameaça para conseguir o que quer. — Falo isso e ele fica surpreso, porque logo já levanta sem jeito e coça a cabeça.

— Eu… — Ele tenta e eu suspiro.

— Precisa de ajuda com o machucado ou eu posso dormir? — O que eu mais quero é o abraçar e o beijar todo, cuidar dele e dormir de conchinha, mas eu preciso ser mais firme, pelo menos hoje, pois preciso ficar sozinha de noite e pensar sobre o que vou fazer em relação à Vancouver.

— Não, de boas.

— Eu estou com sono, amanhã conversamos? — Falo e ele aponta para cama, sem saber se deitava comigo ou não, então eu simplesmente me viro de lado e fecho os olhos. 

Posso estar sendo dura, mas o que ele fez hoje me machucou muito mesmo, eu não posso simplesmente aceitar calada todo o ato desse tipo que ele faz, as coisas não funcionam assim.

Eu sou a namorada dele, e não o inimigo, ele só precisa enxergar isso.

CONTINUA...


Notas Finais


Gente sei que não teve coisas muito grandiosas! Mas queria mostrar que a Olenka está se infiltrando com ele e o Aiden, também mostrar da relação dela com a Ry e o Matt, porque seguem amigos firmes e fortes!
Bieber e seu ciúmes doentio para varias... Espero que ele mude ou se compense, sei lá. Juro que tento não fazer a Madison uma personagem fresca, por isso essa "discussão" deles eu tentei não fazer de forma muito "barraqueira", apenas que mostre que algumas atitudes machucam, espero não ter cagado!
Prometo que mais para frente teremos mais ações e tudo mais, mas não tem como a fanfic ter sempre uma bomba ou outra, ao solto elas aos poucos!
Espero que tenham gostado e novamente me desculpem pelos erros ortográficos, mas pra corrigir virou um inferno agora! Até o próx e obg por todos os comentários e favoritos, vocês são mais que demais, sério mesmo!

All the love. H


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...