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História Chalé 13 - Interativa - Me torno um fugitivo conhecido


Escrita por: LawlietSan

Notas do Autor


Capitulo novo espero que gostem, e boa leitura para vocês.

Capítulo 19 - Me torno um fugitivo conhecido


Eu adoraria contar que tive alguma revelação profunda enquanto rolava em direção a sala, que aprendi a aceitar minha própria mortalidade, que ri em face da morte etc.

A verdade? Meu único pensamento foi: Aaaaarggghhhh!

Um turbilhão de barulhos vieram da sala. Afundei nas trevas, certo de que acabaria sendo morto pelas chamas e pelo veneno. Mas foi totalmente ao contrário. Um brilho dourado cobria minhas feridas e então começava a me sentir melhor, o veneno aos poucos se dissipara do meu corpo. Uma criança estava do meu lado, talvez estivesse se escondendo. Não sei o que a névoa mostrou para ela, porque ela estava impressionada.

Vassouras, esfregões e sacos de lixo – garrafas de alvejante, botas, sacos plásticos – era isso que poderia se ver naquela sala.

Àquela altura me dei conta de algumas coisas. Primeiro: eu não tinha morrido. Não havia sido assado como churrasco. Não sentia nem mesmo o veneno da Quimera fervendo em minhas veias. Eu estava vivo, o que era bom. Podia ver onde o fogo em minhas roupas tinha sido apagado.

Esquisito. Mas a ideia mais estranha me ocorreu por último: eu estava normal. Estava em perfeitas condições novamente. Fiquei de pé. Sentia as pernas trêmulas. As mãos tremiam. Eu devia estar morto. O fato de não estar parecia... bem, um milagre. Imaginei

Uma voz de mulher, uma voz que parecia um pouco com a da minha mãe: San, como é que se diz?

– Ahn... muito obrigado. – Falei. – Muito obrigado... pai.

Nenhuma resposta. Apenas o fluir do escuro da pequena sala, a criança saiu da sala, correndo.

Por que Hades me salvara? Quanto mais eu pensava nisso, mais envergonhado me sentia. Então, eu tivera sorte algumas vezes. Contra algo como a Quimera, eu não tinha a menor chance. Aquela pobre gente no Arco provavelmente virara torrada. Não consegui protegê-los. Não era nenhum herói. Talvez devesse simplesmente ficar aqui escondido nessa minúscula sala.

Senti algo em meu bolso era a minha espada, destampei.

Ali estava ela, minha espada, a guarda de ferro brilhando. Ouvi aquela voz de mulher outra vez: San, pegue a espada. Seu pai acredita em você.

Dessa vez percebi que a voz não estava em minha cabeça. Eu não a estava imaginando. As palavras pareciam vir de toda parte, de cada canto daquela sala.

– Onde está você? – perguntei em voz alta.

Então, nas sombras, eu a vi – uma mulher da cor, um fantasma, flutuando logo a minha frente. Tinha longos cabelos ondulantes, e os olhos, pouco visíveis, eram pretos como os meus.

Um nó se formou em minha garganta.

– Mamãe?

Não, criança, apenas uma mensageira, embora o destino de sua mãe não seja tão inevitável como você acredita. Vá para a praia em Santa Mônica.

– O quê?

É a vontade do deus dos Mares. Antes de descer para o Mundo Inferior, deve ir a Santa Monica. Por favor, San, não posso ficar muito tempo aqui.

– Mas... – Eu não sabia muito bem se a mulher era a minha mãe ou, bem, uma visão dela. – Quem... como você...

Havia muita coisa que eu queria perguntar, as palavras se amontoavam em minha garganta.

Não posso ficar, meu valente, disse a mulher. Ela estendeu a mão, e senti a corrente roçar meu rosto como uma carícia. Você precisa ir a Santa Monica! E, San, cuidado com os presentes...

A voz dela sumiu.

– Presentes? – perguntei. – Que presentes? Espere!

Ela tentou falar novamente, mas o som se fora. Sua imagem se desfez. Se era a minha mãe, eu a tinha perdido de novo. Senti vontade de chorar. O único problema: eu não tinha tempo.

Seu pai acredita em você, ela dissera.

Ela também me chamara de valente... Fui me arrastando até a porta, mas não abri. A Quimera ainda podia estar lá com sua mãe gorda e peçonhenta, esperando para acabar comigo. Na melhor das hipóteses, a policia mortal estaria chegando, tentando descobrir quem havia aberto um buraco no Arco. Se me achassem, teriam algumas perguntas a fazer. Pus a tampa na espada e enfiei a esferográfica no bolso.

– Muito obrigado, pai – disse de novo para mim mesmo. Então dei um impulso e abri a porta, não tinha ninguém ali, mas quando vi algo lá embaixo.

A um quarteirão de distância, todos os veículos de emergência de St. Louis cercavam o Arco. Helicópteros da policia circulavam no alto. A multidão de curiosos me lembrou Times Square no dia de ano-novo.

Uma menininha disse:

– Mamãe! Aquele menino apagou as chamas na sala que eu lhe disse.

– Que bom, querida – disse a mãe, esticando o pescoço para ver as ambulâncias.

Uma repórter estava falando para a câmera:

“Tudo leva a crer, pelo que soubemos, que não se trata de um ataque terrorista, mas as investigações ainda estão muito no começo. Os danos, como podem ver, são muito sérios. Estamos tentando obter acesso a alguns sobreviventes para questioná-los a respeito de testemunhos de que alguém teria caído de cima do Arco.”

Sobreviventes. Senti uma onda de alivio. O guarda e a família tinham escapado ilesos. Eu esperava que Katniss, Katherine e Grover estivessem bem.

Desci e tentei abrir caminho na multidão para ver o que estava acontecendo depois da barreira policial.

“... um adolescente”, outro reporte estava dizendo. “O Canal 5 soube que as câmeras de vigilância mostram um adolescente enlouquecido na plataforma de observação, detonando de algum modo aquela estranha explosão. É difícil acreditar, John, mas é isso que estamos ouvindo dizer. Mais uma vez, não há nenhuma fatalidade confirmada...”

Recuei, tentando manter a cabeça baixa. Tinha de dar uma volta enorme para contornar o perímetro policial. Havia policiais e repórteres por toda parte.

Estava quase perdendo a esperança de encontrar Katniss, Katherine e Grover quando uma voz familiar baliu:

– Saaan!

Virei-me e dei com o abraço de urso de Grover – ou abraço de bode. Ele disse:

– Pensamos que tivesse ido para o Hades pelo pior caminho!

Katniss estava trás dele, tentando fazer cara de zangada, mas até ela parecia aliviada por me ver. E Katherine parecia feliz e aliviada.

– Não podemos deixar você cinco minutos sozinho! O que aconteceu? – Falou Katniss.

– Foi como um tombo.

Atrás de nós, um policial gritou:

– Abram passagem! – A multidão se dividiu e uma dupla de paramédicos avançou empurrando uma mulher numa maca. Eu a reconheci imediatamente como a mãe do menininho que estava na plataforma. Ela dizia:

– E então aquele cachorro enorme, aquele chihuahua enorme cuspindo fogo...

– Certo, minha senhora – disse o paramédico. – Acalme-se por favor. Sua família está bem. O medicamento está começando a fazer efeito.

– Eu não estou louca! Aquele menino pulou para dentro da sala e o monstro desapareceu. – Então ela me viu. – Lá está ele! É aquele menino!

Virei rapidamente e puxei meus amigos para atrás de mim. Desaparecemos na multidão.

– O que está acontecendo? – perguntou Katniss. – Ela estava falando do chihuahua do elevador?

Contei a eles a história inteira da Quimera, Equidna, meu show no escuro e a mensagem da moça.

– Uau – disse Katherine. – Temos de levá-lo a Santa Monica! Não pode ignorar uma ordem de meu pai.

Antes que Katniss pudesse responder, passamos por outro repórter que gravava um boletim informativo, e quase fiquei paralisado quando ele disse:

– San Harris. É isso mesmo, Dan. O canal 12 soube que o menino que pode ter causado essa explosão se encaixa na descrição de um rapazinho procurado pelas autoridades por um serio acidente com um ônibus em New Jersey três dias atrás. E acredita-se que o menino esteja viajando para o oeste. Para os nossos espectadores de casa, esta é a foto de San Harris.

Nós nos abaixamos atrás do carro de reportagem e nos esgueiramos para um beco.

– Primeiro o mais importante – disse a Grover. – Temos de sair da cidade!

De algum modo conseguimos voltar à estação ferroviária sem sermos vistos. Embarcamos no trem bem no momento em que estava saindo para Denver. O trem seguiu para oeste enquanto a noite caía, com as luzes da polícia ainda piscando contra a silhueta de St. Louis atrás de nós.


Notas Finais


Bom é isso, espero que tenham gostado e até o próximo capitulo amigos.


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