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História Chamas Da Escuridão (Midoriya Izuku) - BNHA - Sonhos Se Tornam Pesadelos


Escrita por: ESalete e ESalete2

Notas do Autor


Olá😊

Seja bem vindo a mais um fruto da minha imaginação.

Antes de tudo eu gostaria de perguntar:

Você viu a capa dessa história?

Eu não canso de perguntar isso, porque eu sou totalmente apaixonada por ela.

Essa capa quem fez foi uma das minhas deusas fazedoras de capa a @myherohope

As capas dela são incríveis, e o melhor... Ela aceita pedidos.

Vai lá, não perca tempo.

Mas e aí, estão prontos para conhecerem essa história?

Eu realmente espero que sim

Tive umas ideias bem loucas para ela

Até mais

Boa leitura

Capítulo 1 - Sonhos Se Tornam Pesadelos


Não importa o que você faça, você jamais será capaz." - as palavras duras atingiam o coração de Midoriya. Seus olhos eram alagados pelas lágrimas que, por falta de espaço, escorriam por seu rosto. - "Você não pode se tornar um herói!"


Com um grito entalado em sua garganta, Izuku despertou amendontrado, sentando-se com tudo na cama. Sua respiração ofegante ressoava por todo o quarto, enquanto ouvia as batidas aceleradas de seu coração.

Suas pupilas percorreram cada canto do quarto escuro, tentando se localizar. Quando viu onde estava, respirou fundo. Pequenas lágrimas escorriam de seus olhos, deslizando por toda sua face a caminho de seu queixo.

Sentia a camisa de seu pijama grudar em seu corpo enquanto gotículas de suor escorriam de todo os seus poros. Passou a mão na testa, tirando os fios de cabelo que haviam ficados grudados pelo excesso de umidade.

Izuku odiava acordar no meio da noite com o sonho ruim em sua mente. Sonho esse que não tinha nem mesmo o direito de ser chamado assim.

Midoriya sorriu, cansado, com a ideia. Por mais doloroso que fosse, era incrível como um sonho podia se transformar tão rapidamente em um pesadelo.

Aquela já era a sexta vez seguida que tinha o mesmo sonho. Mas não importava quantas vezes aquilo acontecia, as reações eram sempre as mesmas. Izuku se sentia quebrado por dentro a tal ponto que conseguia sentir os pedaços o perfurando incansavelmente.

No começo daquela semana, Midoriya conheceu o seu maior ídolo, o All Might. Desde que se entendia por gente, conhecer o símbolo da paz e se tornar um herói eram dois sonhos que andavam de mãos dadas.

Sonhos esses que haviam passado por mutações. Conhecer seu ídolo não só virou realidade, como se transformou em uma lembrança dolorosa. E se tornar um herói já não era mais um objetivo, o sonho havia sido destruído, esmagado e pisoteado pelo seu grande herói.

O homem que estava sempre sorrindo foi um objeto de admiração para o garoto por toda a sua vida. Izuku o via como uma inspiração, uma meta a ser alcançada. No entanto, para a pequena criança sonhadora, isso era impossível.

Em um mundo onde oitenta porcento da população mundial possuía poderes, a tímida criança nasceu sem uma individualidade. Não era algo impossível, mas raro. A incapacidade de manisfestar qualquer poder o tornou alvo da estranheza, de pena, e principalmente do bullying.

Os vinte porcento que sobravam não passavam de resto. Eles eram as pessoas mais azaradas e desafortunados que existiam. Suas vidas eram consideradas, por eles mesmo, amaldiçoadas.

Mesmo que vivessem em um mundo repleto de diversos poderes, nem todos eram heróis. A maioria das pessoas nem faziam uso de suas individualidades. Então por que justo aqueles que mais queriam uma, eram os que nasciam sem?

Essa pergunta ficava rondando Midoriya, incomodando seus pensamentos e o tornando cada vez mais indignado com o mundo.

Ele havia lutado tanto, sempre se esforçava para ser capaz, então por quê?

Por mais que todos lhe dissessem que ele não conseguiria, mesmo que o médico o mandasse desistir. Até mesmo quando sua mãe lhe abraçava chorando, implorando por perdão. Ele nunca havia sequer pensado em desistir, queria ser um herói e acreditava que conseguiria.

Jamais se permitiu ouvir o que os outros lhe diziam. Nunca sequer pensou em esquecer o seu maior desejo, nem mesmo quando pisavam por cima de seus sonhos. Para ele, nada o faria mudar de idéia. Seguiria seu sonho até o fim.

Ou ao menos era isso que imaginava.

Tudo veio abaixo quando seu ídolo repetiu as mesmas palavras que ouviu por toda a sua vida: "Você não pode se tornar um herói." Naquele momento, nada mais lhe restava. Seu mundo, suas convicções, seus objetivos, tudo havia desabado em cima de si, o sufocando.

Suas pernas haviam falhado, levando seus joelhos de encontro ao chão. O impacto ralou sua pele fazendo-o sangrar de leve. No entanto, aquilo não era nem de perto tão doloroso quanto a dor que sentia em seu coração.

Nada poderia ser.

Naquela hora, Izuku se percebeu parcialmente errado. Importava sim quando lhe diziam para fazer outra coisa. Importava quando seu maior ídolo, o homem que mais deveria apoiá-lo, pisoteava por cima de seus sonhos como se não fosse nada.

Desde aquele dia, Midoriya chorou como nunca havia chorado antes. Já não sentia mais a vontade que existia dentro de si. A vontade de ser mais forte; De ser um herói; De salvar as pessoas; Não carregava mais nada disso com ele.

A chama que ardia dentro de si desde quando nasceu já não estava mais lá. Aquela chama que o fazia seguir em frente independente da situação, que fazia com que sonhasse e corresse atrás do que queria. Ela apagou. Extinguiu. Deixando-o na escuridão.

Quem diria que um único sopro poderia apagar tão facilmente tudo o que lhe movia.

Já sem sono, Midoriya optou por se levantar. Não era incomum passar as noites acordado. O medo do pesadelo fazia com que demorasse para dormir e quando o fazia, era acordado com a sensação de angústia em seu peito. Já estava a quase uma semana sem dormir direito e isso o estava afetando consideravelmente.

Na escola, dormia durante as aulas e acabava na detenção. Quase não tinha mais apetite, o pouco que comia não era suficiente para nutrir seu corpo e já estava perdendo peso. Mas o que mais chamava atenção em sua aparência era as manchas escuras que se formaram em volta de seus olhos. Fazendo-o parecer ainda mais fraco.

Mas de tudo, não era isso que preocupava Izuku. Estava tão abatido que já nem se importava mais com a aparência, sua única preocupação eram as vozes. Não sabia dizer de quem eram, de onde vinham ou até mesmo o que queriam. Mas de uma coisa ele tinha certeza, elas estavam o enlouquecendo.

Assim que se levantou, calçou o par de chinelos ao lado de sua cama e caminhou em passos lentos e silenciosos até a porta. Não queria fazer barulho e arriscar acordar sua mãe. Ela andava muito preocupada com ele desde que aquele encontro aconteceu. Não que havia contado para alguém, e nem pretendia fazer.

Não queria que ninguém se envolvesse, muito menos sua mãe. Ela tentaria confortá-lo, iria dizer que não era verdade, que ele não era um inútil e que poderia fazer outra coisa. Já não queria mais ouvir mentiras, sabia que tudo o que saiu da boca do herói número um era verdade.

E se não poderia ser o que sempre sonhou, então do que adiantava seguir em frente? O que poderia fazer se não tinha interesse em mais nada?

Logo que saiu de seu quarto caminhou, sempre em silêncio, até o banheiro no final do corredor. Acendeu a lâmpada, se arrependendo na mesma hora. A luz bateu em seus olhos, cegando-o.

Na tentativa de se proteger, virou a cabeça com tudo, sentindo uma dor aguda atingi-lo na parte frontal do crânio. Sua cabeça pesava e ele a sentia latejar.

Fechou os olhos na tentativa de aliviar a dor, quando voltou a abri-los viu que o banheiro girava a sua volta. Não conseguia focar, sentia que a vertigem o faria cair. Com dificuldade, agarrou a borda da pia com as duas mãos, procurando apoio.

Ficou assim por um tempo, escorado e de olhos fechados. Já fazia algum tempo que sentia tontura, acreditava que era consequência da insônia e não dava muita atenção para isso.

Aos poucos a dor foi passando e sua cabeça ficando mais leve. Tentava controlar sua respiração ao máximo. Quando se sentiu mais confortável, abriu os olhos devagar se encarando no espelho.

Sua aparência estava horrível. As olheiras afundavam em volta de seus olhos, dando ao rosto uma aparência apática e fragilizada. Se sentia totalmente acabado.

Quando sentiu seu equilíbrio voltar, desescorou da pia e molhou seu rosto com a água fria que escorria pela torneira. Se sentiu refrescado assim que sua pele entrou em contato com o líquido. Por um momento sentiu uma sensação de alívio passar por todo o seu corpo, como se tirasse de cima de si todo o peso que vinha carregando nos últimos dias.

Mas qualquer sentimento bom foi embora no momento em que sua mente foi tomada pela lembrança de seu pesadelo. Todos os acontecimentos daquele dia ainda estavam vivos dentro de Izuku, borbulhando, respingando o desespero que sentia por todo o seu corpo, numa tentativa de consumi-lo por completo.

A cada cena que se lembrava, o fôlego ficava ainda mais curto. Sua visão ficou turva e a aflição tomou conta de seu peito. Já não se enxergava no espelho, não era mais o seu semblante horrível e sim, aquele dia...

"Não importa o que você faça, você jamais será capaz." - As palavras duras atingiam o coração de Midoriya. Seus olhos eram alagados pelas lágrimas que, por falta de espaço, escorriam por seu rosto. - "Você não pode se tornar um herói!"

As palavras pesaram sobre Izuku o forçando em direção ao chão. Era como se tudo a sua volta desabasse, conseguia sentir tudo dentro de si quebrando. Seus sonhos, vontades, sua determinação, tudo viraram fraguementos afiados que o cortavam por dentro.

As palavras ditas ecoavam por sua mente, não queria acreditar, não podia. Como poderia seguir em frente se o objetivo de sua vida lhe dissesse que era impossível?

Simples, não poderia.

O desespero era tanto que Midoriya não conseguia nem mesmo raciocinar. Ao perceber o desespero do fã, All Might se compadeceu. Não queria abalar o garoto, tinha a intenção apenas de mostrar a realidade e guiá-lo por um caminho mais seguro.

Em uma tentativa de ajudar, deu um passo a frente. Ao ver que o homem se aproximava, Izuku voltou a levantar. Não queria que ele chegasse perto, não queria mais ficar ali. Precisava se afastar.

Ainda puxando o ar entre um soluço e outro, se virou saindo correndo. Não queria mais pensar naquilo, queria que aquelas palavras saíssem de sua mente. Com esse pensamento em mente fugiu para longe, deixando tudo para trás.

Pelo menos era o que pensava.

All Might ficou olhando o menino se afastar, não sabia o que faria até o momento que decidiu segui-lo.

Izuku só queria ficar sozinho, não via motivos para que alguém pudesse lhe dizer algo tão horrível e ainda por cima fingir que se importava. Era por isso que não queria a companhia de ninguém. Todos mentiam, e quando deixavam a verdade escapar, tentavam inventar mais mentiras para encobri-la.

Ele corria sem saber para onde, não tinha um rumo, uma direção. Seus pensamentos estavam desconexos, e ele não sabia o que fazer.

Por mais que só quisesse fugir daquele mundo, mesmo que só quisesse correr sem nunca, jamais, parar. Ele não conseguiu evitar a aglomeração que se formava a sua frente.

Um vilão estava atacando. Movido pelo impulso, se infiltrou por entre as pessoas para ver o que acontecia. Levou um choque ao perceber que o vilão gosmento, responsável pelo seu encontro com All Might, havia escapado.

Era realmente um inútil, não conseguia nem ao menos se defender e ainda por cima atrapalhava os heróis a fazerem o trabalho deles.

Se virou para ir embora, dando uma última olhada na direção do vilão. Mas todo o seu desânimo em relação a situação sumiu assim que viu quem era a vítima.

Bakugo Katsuki, seu "amigo" de infância, lutava desesperadamente para resistir ao vilão. Assim que seus olhares se cruzaram, Izuku viu o medo nos olhos de Bakugo, era como se ele estivesse implorando por ajuda.

Em um movimento involuntário, começou a correr em direção ao garoto. Precisava ajudá-lo, não podia simplesmente ficar parado. Se espremia entre as pessoas, procurando passagem.

Não podia perder tempo. Todos encaravam a cena abismados, viam o garoto tentando resistir ao ataque.

"O que está acontecendo?" - ouviu um cidadão perguntar. - "O All Might não tinha capturado esse vilão?"

Ao ouvir o nome do herói, a mente de Izuku foi tomada pela suas palavras, levando-o a perder toda a sua coragem.

Um ataque de pânico tomou conta de Midoriya. Ele tentava continuar, queria ajudar o amigo, mas não conseguia. Já não era mais capaz de se mexer. Em meio aquela multidão, uma sensação de sufoco o rodeava.

Estava paralisado. Izuku tentava puxar o ar, mas nada além de desespero o preenchia. Parecia que alguém o prensava, impedindo que inflasse os pulmões.

"Ei garoto. Você está bem?" - O mal estar de Izuku começou a chamar atenção de algumas pessoas que estavam a sua volta.

"Parece que alguém está passando mal aqui."- Outra voz soou atrás de Midoriya.

"Ele parece estar muito mal. Devemos chamar alguma ajuda?" - As vozes continuavam.

"Não dá para depender dos heróis agora. Eles já estão muito ocupados com o vilão." - A cada frase que ouvia, Izuku negava com a cabeça enquanto forçava o ar para dentro dos seus pulmões. Não queria ajuda, não queria mais atrapalhar ninguém. Precisava sair dali.

"Se o All Might tivesse capturado esse vilão não estaríamos com problema agora." - Assim que o nome do herói chegou aos ouvidos de Izuku, ele recuou um passo.

Olhava espantado na direção de Katsuki, que parecia encará-lo a todo instante. Mas Izuku não via mais desespero nos olhos dele. Lembranças de momentos que havia passado na escola vieram a sua mente, fazendo com que ele não visse nada além de ódio e nojo nos olhos do garoto.

Sufocado com a situação, se virou e saiu correndo para longe da multidão. Não tinha rumo, não tinha o que fazer. A única coisa que mais queria naquele momento era aliviar a dor que sentia. Não importava como, só queria se sentir melhor. 


Notas Finais


E então, gostaram?

Espero que sim.

Eu fiquei meio em dúvida sobre essa história e até me parecia que o capítulo não estava muito bom.

Mas resolvi escrever mesmo assim.

Só que minha mente está uma confusão

v(=∩_∩=)フ

Eu estou até pensando em levar essa histórias até mais ou menos uns vinte capítulos, talvez um pouquinho mais.

E aí, se tudo de certo, fazer uma segunda obra como continuação.

Mas sei lá, vamos ver como fica né?

Por favor, não esqueçam de deixar suas opiniões aqui, e se gostarem não vão se esquecer de votar.

Bom, agora eu tenho que ir escrever o segundo capítulo do meu imagine.

Até a próxima.

Tchauzinho👋😁


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