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História Chamas Da Escuridão (Midoriya Izuku) - BNHA - De Uma Enrascada À Outra


Escrita por: ESalete e ESalete2

Notas do Autor


Começando com um pedido de desculpas 🙏 já tô a quase um mês sem atualizar e por isso peço perdão😅

Eu pretendia fazer esse capitulo maior que o normal e finalmente encerrar o jantar, mas parecia que ficaria mais chato do que já tá, então separei.

Já estou escrevendo o capítulo onze e pretendo postá-lo ainda nessa semana.

Então, acho que é isso.

Boa leitura 😘

Capítulo 10 - De Uma Enrascada À Outra


Izuku estava morrendo de medo. Difícil acreditar que a poucos dias atrás mal se importava se Bakugou Katsuki o menosprezada ou não. Se a situação não fosse tão desesperadora chegaria a ser cômica, a diferença causada em uma única pessoa quando ela tem ou não algo à perder era de fato notável.

Pelo menos era isso que havia reparado em si mesmo, a forma como tremia só de pensar em ser desprezado e o medo de perder a vontade que mal havia reconquistado, definitivamente não era algo legal.

Ao menos dessa vez ninguém sabia o que ele estava tramando, diria assim, já que tudo estava sendo feito as escondidas. Isso se pudesse chegar a considerar que estava fazendo alguma coisa, nos últimos dias continuava mais lento do que pensou que seria.

Realmente estava destinado a falhar em tudo. Não conseguia reunir informações, ainda estava apenas na ideia do que fazer sem praticamente ter feito nada, até parecia quando ainda era uma criança que queria ser herói e que ficava correndo pela casa, nada além de uma brincadeira.

Mas o maior problema que sempre vinha em sua mente era o equipamento necessário para isso. Não eram muitos, mas mesmo assim o preço já era absurdo. Como já não tinha muita coisa para fazer, tirou um pouco de seu tempo para pesquisa-los na internet, depois de ver os preços era loucura sequer pensar que teria condições.

Havia até mesmo voltado a considerar a ideia de arranjar um trabalho de meio período, mas temia revelar isso à sua mãe. O jeito era ter paciência, uma hora ou outra conseguiria o que tanto precisava. Agora tinha problemas bem maiores para lidar.

Como por exemplo o momento em que quase revelou a sua mãe toda a verdade por trás de sua relação com o Kacchan, estava tão desesperado que não mediu as consequências e quase fez merda. Mesmo que não parecesse, tinha um motivo para não ter contado nada.

As duas famílias sempre foram muito unidas, os pais de Katsuki eram muito legais e Izuku havia, mesmo que já não se vissem a muito tempo, se apegado a eles. Era um alívio saber que sempre estariam ali, ajudando sua mãe no que ele era incapaz de fazer.

Era algo muito bobo, mas não conseguia evitar o medo de acabar estragando tudo por causa daquela besteira de criança. Por mais que já estivessem crescidos, mesmo sendo alvo de bullying até de adultos, o comportamento do antigo amigo em relação a sua falta de individualidade era algo da época em que não passavam de estudantes da pré-escola, seria ridículo levar aquilo em consideração, mas mesmo assim temia pelo pior.

Não sabia como sua mãe reagiria ao saber que ele apanhava quase todos os dias na escola, pelo menos dessa vez era quase e não todos. Seu plano de continuar fingindo estar fraco e desmotivado parecia estar funcionando.

Tudo aparentava estar indo bem demais, isso até o momento em que Mitsuki apareceu na porta e praticamente o jogou na cova do leão. Por algum motivo ela queria que ele fosse por conta própria até o quarto de Bakugou. Suspeitava da possibilidade dela ter descoberto sobre o fato de não serem mais amigos.

Não seria muito difícil isso realmente ter acontecido, conhecia Katsuki por tempo o suficiente para saber que ele não média as próprias palavras. Provavelmente em algum momento tinha ficado com raiva e gritou ela para o mundo inteiro ouvir, não era nem um pouco improvável.

Então tudo indicava que colocá-lo lado a lado com o outro era um plano de Mitsuki. É claro que existia a possibilidade dela ainda acreditar que eram amigos e por isso agiu daquela forma. Acontece que não conseguia engolir aquilo, a mulher era capaz de fazer qualquer coisa e Izuku havia aprendido a muito tempo atrás que nunca, jamais, deveria abaixar a guarda perto dela.

Mas Bakugou Mitsuki era uma mulher que enxergava além do próprio filho, no fim não lhe seria um grande problema, as coisas só complicariam se ela resolvesse contar a sua mãe. Ao contrário do que pensava da primeira, na opinião de Izuku, Midoriya Inko não fazia o tipo de mulher que montaria joguinhos como aquele.

Inko sempre se preocupou muito com o filho, jamais faria nada contra a sua vontade a menos que julgasse importante. A partir do momento que ela chegasse a conclusão de que algo totalmente contrário ao que Izuku quisesse era o melhor para ele, ai ela agiria como uma mãe inflexível. E era isso o que Midoriya mais temia.

No entanto aquilo não passava de suposições, apenas uma tentativa de entender tudo o que se passava pela mente das pessoa que estavam a sua volta, uma forma de tornar aquele ambiente mais seguro para si. O que não estava funcionando, nada parecia querer dar certo.

Não importava o ângulo ou a maneira em que olhava para aquela situação, sua noite estava condenada a terminar da pior forma possível. Por isso, assim que surgiu a oportunidade, Midoriya praticamente correu para perto de Bakugou Masaru, a pessoa mais reconfortante e agradável da casa. Sem contar que era o menos assustador.

Agora, enquanto temia pelo que viria, Izuku observava o homem cozinhando. Sua mãe havia ficado na sala com Mitsuki e isso o deixava mais a vontade para conversar com ele, isso se soubesse o que falar.

Assim que entrou na cozinha Izuku percebeu que o homem parecia estar em uma realidade diferente da sua. Sua expressão era serena com um leve sorriso enquanto mexia nas panelas com calma e maestria. Desde pequeno, Midoriya sempre se perguntou de onde ele tirava aquela paciência. A forma como o senhor Bakugou encarava o mundo parecia ser algo incrível, ainda mais naquela casa.

Aquela não era a primeira vez que comeria ali, quando mais pequeno costumava passar os finais de semanas na casa da família Bakugou e todas as manhãs o homem preparava seu café da manhã. Mitsuki era o oposto de Masaru, possuía o pavio curto e costumava dar muitas broncas quando aprontavam.

Já Katsuki, o antigo melhor amigo, não havia puxado praticamente nada do pai, ele era como uma releitura da própria mãe, com exceção do pavio. O garoto não havia nascido com pavio curto, mas com a inexistência de um, completamente explosivo. No fim não passavam de uma família louca e isso era o que mais gostava neles.

Midoriya estava parado na porta da cozinha encarando o cozinheiro da noite, sem ao menos perceber que estava sendo encarado de volta.

— Não vai se sentar, Izuku? - Masaru o tirou de seus pensamento. - Sinta-se em casa.

Observou o sorriso caloroso que recebia, o acolhendo. Isso era o que mais gostava nele, a forma como o Bakugou fazia tudo ficar mais agradável.

— Obrigado. - foi até a mesa da cozinha, se sentando de frente à ela. - O cheiro esta muito bom, senhor Bakugou.

— Que bom que gostou. Quando Mitsuki me disse que viriam para o jantar, eu pensei em fazer o que mais gostava de comer aqui em casa. O que não foi muito difícil, você sempre gostou de tudo. - sorriu com a lembrança, deixando Izuku sem jeito.

— A-ah, não precisava ter tanto trabalho. - se preocupou. - O senhor cozinha muito bem, gosto de tudo o que faz.

Masaru deixou o fogão de lado e focou no garoto. Ele realmente havia crescido muito desde a última vez em que esteve ali. Parecia ter sido ontem que aquele mesmo menino se sentou ali, esperando pelo café da manhã enquanto agia exatamente da mesma forma, preocupado em estar incomodando.

— Não se preocupe, não foi trabalho nenhum. Gosto de cozinhar para você. - atravessou a cozinha em direção a geladeira, ao passar por Midoriya afagou os cabelos dele da mesma forma que fazia quando ainda era uma criança.

O gesto pegou Izuku de surpresa, o obrigando a conter pequenas lágrimas que arriscaram cair.

— Izuku! - ouviram o grito de Mitsuki.

— Co-com licença. - se levantou apressado, com medo de que o homem tivesse percebido os olhos lacrimejados.

Masaru ficou olhando Midoriya abandonar o cômodo, aliviado em ver que ele estava bem e finalmente se obrigando a deixar o receio de lado. Quando soube pela esposa que o garoto já não andava bem, foi inevitável se preocupar.

Midoriya Izuku era como um filho para ele. Masaru havia acompanhado o seu crescimento e seus sonhos, era impossível que não tivesse desenvolvido afeto pelo garoto.

Assim que chegou na sala, Izuku já não sabia se ainda deveria agradecer Mitsuki por tê-lo chamado. As duas mulheres que estavam sentadas no sofá de três lugares, o encararam assim que adentrou o cômodo.

— Chamaram? - sorriu, fingindo ingenuidade. Não sabia o que estava acontecendo, mas tinha uma única certeza, Mitsuki estava armando alguma coisa.

— Senta aqui com a gente. - Inko apontou para o sofá da frente. - Precisamos conversar.

— Mãe. - olhou de uma para outra. Sua mãe lhe parecia preocupada e isso fez com que seu coração disparasse. Será que Mitsuki havia lhe contado o que sabia? Se sim, então o que seria isso?

Suspeitava de que a mulher pudesse saber de algo, mas não tinha certeza do que.

— Izuku, meu filho. - Inko olhou para o lado, esperando uma confirmação da amiga. Midoriya seguiu seu olhar. Sim, não havia dúvidas, Mitsuki estava aprontando algo.

— Sua mãe e eu andamos pensando em algo. - Bakugou começou a falar. - O que você achar de passar algum tempo aqui em casa?

— É o quê? - perguntou incrédulo.

— Nós estávamos conversando e, Mitsuki e eu achamos que não é bom para você ficar tanto tempo sozinho em casa.

Izuku franziu a testa. Não estava esperando por isso, achava que provavelmente mandariam que subisse ao segundo andar, ou que teria que fazer algo que o colocasse em uma saia justa. Mas aquilo de novo?

— Não entenda errado, Izuku. - Mitsuki sorriu. - Não faz bem para ninguém ficar muito tempo sozinho e você é bem vindo aqui.

— Como assim? Eu estou bem.

— Izuku. - Inko foi até ele, seus olhos lhe mostravam o quão culpada ela estava se sentido e ele se viu mais uma vez como o causador. - Eu quase nunca estou em casa e, você praticamente não sai. Eu me sinto cul...

— O que quer dizer com quase não saio? Mãe, eu saio direto. - surpreendeu as duas. - Ontem eu passei quase o dia inteiro fora. Não se lembra?

— É claro que eu me lembro. Mas você saiu para fazer um trabalho, estava sozinho de qualquer forma.

— Eu fiz o trabalho na parte da manhã, mas de tarde eu fui comer com uma amiga. - mentiu.

Midoriya não sabia o que fazer, mas não poderia simplesmente aceitar que se visse preso durante os dias. Ainda tinha muito coisa planejada, pretendia fazer outra visita no jornal e, quem sabe, uma tentativa no Hospital Central.

— Sério?! Eu não sabia. - sorriu aliviada, contente por ver que ele havia voltado a se distrair, que não ficava apenas remoendo aquela tristeza. - Bem, então está tudo certo. Se for assim, Mitsuki e eu não precisamos mais nos preocupar, não é?

— Claro! Mas eu ainda quero que volte a nos visitar.

Izuku confirmou. Concordaria com qualquer coisa para se livrar do que pudesse lhe impedir de fazer o que precisava. Não que não quisesse, apesar de Katsuki morar ali, ainda gostava muito do casal. Só não poderia permitir que algo ficasse em seu caminho, já tinha sua mãe lhe segurando, não precisava de mais nada.

No entanto, não parecia que se livraria do problema tão fácil. Mitsuki começou a lhe perguntar sobre a tal amiga e o que haviam feito, o que deixou sua mãe curiosa. Pensou que não escaparia, mas Masaru apareceu para lhe salvar.

Quando o senhor Bakugou disse que o jantar estava pronto, Mitsuki gritou para o filho e seguiu para a cozinha.

Midoriya respirou fundo, aliviado e desesperado. Mal se livrou de uma possível enrascada e já estava se metendo em uma inevitável.

Não importava o que poderia acontecer naquela noite, talvez nem seria tão ruim quanto imaginava. O problema era que não conseguia evitar. Talvez nem fosse o medo de ver o Kacchan, e nem o medo de perder o entusiamo. Mas sim o de mudar de idéia.

O que seria de si se desistisse de continuar tentando? Por mais que tentasse convencer a si mesmo de que não queria mais se tornar um herói, aquela ainda era sua motivação.

Tinha medo de não conseguir e se perder no mundo, em seus objetivos.


Notas Finais


Eu demorei um pouquinho mais dessa vez porque muitas coisas aconteceram.

De todas elas, o principal foi que eu perdi quase todos os meus rascunho, incluindo o que eu já havia escrito desse capítulo.

Como eu disse, o próximo capítulo eu ainda vou publicar nessa semana que entra. Pensei em publicar esse e aquele na mesma hora, mas fiquei em dúvida em relação a isso.

Então gostaria de perguntar, na opinião de vocês: foi melhor assim ou vocês prefeririam que eu tivesse postado os dois ao mesmo tempo?

Eu não consigo entrar no spirit com a frequência que gostaria, então fica difícil.

Até a próxima 👋 ♥


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