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História Champagne Problems - Fervore


Escrita por: thereddiamond

Notas do Autor


Olá! Como vão?
Primeiro, antes de qualquer coisa, quero desejar feliz natal para vocês e suas famílias, e caso não poste até o ano novo, fica aqui meus antecipados desejos e anseios de um feliz e próspero 2017!! E, muito embora não seja papai noel, espero que gostem do capítulo, que dou em forma de presente a vocês HAUHAUHAUAHUAHUA.
Bom, acho que é isso! Boas festas! XD
Bjus ;*

Capítulo 12 - Fervore


O resto do sábado transcorreu tranquilamente, o sol nos acompanhando durante todo esse tempo, o que tornava o dia mais alegre. Depois que encerrei a ligação voltamos para a casa da doutora, bem a tempo de encontrarmos um caminhão de entregas em sua porta.

Como havia pedido o móvel, especialmente comprado para colocar na sala, ele chegou no mesmo dia da compra, deixando Jiyoon satisfeita, e bastou que assinasse uma promissória para que os rapazes descarregassem a caixa, depositando-a no vestíbulo, enquanto nós duas carregávamos as sacolas que tinha dentro do carro, colocando tudo no chão perto do sofá. E assim que os entregadores foram embora, a morena arregaçou as mangas de sua blusa e logo tratou de abrir as caixas. A assisti tirar o guia de instruções do móvel e perder um longo tempo decifrando-o, com a testa franzida em concentração. Uma imagem que me fez rir.

Sendo assim, me juntei a ela, pronta para ajuda-la. Teríamos que montar o móvel por conta própria e foi o que fizemos até o anoitecer. Por muito pouco não perdi a cabeça depois que me frustrei naquela empreitada, percebendo tardiamente, que não conseguia parafusar uma parte da pequena estante. Contudo, tudo saiu conforme o planejado, montando-o da maneira correta, e fomos resolver as outras pendências na casa.

Os quadros que compramos pela manhã foram pendurados nas paredes, objetos de decoração colocados em espaços específicos e em todas às vezes pude opinar o que ficava bom ou não. Também aproveitamos para desempacotar o resto de suas coisas, as outras caixas sobressalentes que nos rodeava, pondo tudo na devida ordem. Havia muitos objetos que trouxera de Seoul com a mudança e algumas delas eram porta-retratos com fotos de infância. Durante alguns segundos, retirados da arrumação, parei o que fazia para observa-la criança, sorrindo inocentemente ou fazendo poses de garotinha abusada para a câmera. Era tão adorável, que não percebi estar rindo bobamente, quando ela chegou e comentou que eu fazia, me deixando constrangida. Coloquei de lado o porta-retratos e fui terminar de ajuda-la, considerando aquele como o final do intervalo.

Depois de um tempo discutindo se o quadro da sala estava torto, concertando-o infinitas vezes até que ficasse satisfeita, ela me ajudou a descer da escada, pois não conseguia subir nela por ter medo de altura e se sentir insegura, mesmo comigo para segurá-la.

- Quer ir tomar banho primeiro enquanto vou preparar algo para comer? – Perguntou com as mãos na minha cintura, não dando indícios de que a soltaria.

- Tem certeza de que não quer que eu te ajude na cozinha?

- Sim – Acenou a cabeça fortemente, parecendo profundamente envergonhada. – depois de passar essa pequena vergonha em não subir uma simples escada... Tenho que fazer o jantar para você, já que salvou minha vida aqui. – Falou humoradamente de si, beijando a minha bochecha. Somente assim decidiu me soltar, empurrando-me na direção do quarto. – Chamo você quando terminar...

Persuadiu-me a seguir em frente e, sendo praticamente forçada a tomar banho, fiz o que havia me pedido. Aproveitei o tempo livre que tinha para pegar o maldito celular da bolsa, após o banho. Havia prometido a mamãe que daria notícias diárias, enquanto estivesse fora de St. Cecília, portanto deveria dar-lhe atenção ou sofreria as consequências quando estiver de volta em casa. Quando fui liga-lo o aparelho se recusou a fazer tal operação. Terminei suspirado em frustração, consternada com a situação. Desafortunadamente ele estava totalmente descarregado. Procurei o carregador na bolsa, o pluguei numa tomada perto da cama e esperei que desse o primeiro sinal de que estava recarregando, para aí tentar liga-lo novamente.

O som de algo vibrando sobre a cômoda me acordou da discussão mental, que tinha com meu celular, atraindo-me em sua direção. Sobre ela encontrei o celular da doutora vibrando furiosamente, querendo atenção. Alguém estava a ligando. Sem muita curiosidade me aproximei e estava prestes a leva-lo até seu dono, quando um detalhe diferente tomou minha concentração.

Não havia nome nenhum, transformando-o numa chamada desconhecida. Entretanto, existia uma foto que identificava a chamada de uma maneira incomum. A foto se tratava de uma garota bastante jovem, provavelmente tinha saído da puberdade recentemente, e de aparência instigante. Seus longos cabelos ondulados e escuros como ébano, caiam como cascatas sobre os ombros. A pele marfim era um ponto importante de seu visual, assim como seu belo sorriso. Os olhos eram algo a parte e mesmo através de uma foto, eles pareciam brilhar como estrelas. Ela era linda.

Antes que pudesse chegar a uma conclusão, a ligação se encerra, voltando à tela de bloqueio, desaparecendo com aquela imagem definitivamente intrigante.

Quem era ela?

- Hyuna! O jantar está pronto! – A voz da doutora me chamando da cozinha tirou-me da letargia, provocada pela dúvida.

- Já vou! – Gritei em resposta.

Repentinamente insatisfeita, corri para fora e a encontrei me direcionando um sorriso inocente, esperando pacientemente que me aproximasse da mesa. Vi que seus olhos percorreram meu corpo durante um momento de distração. Encontrei um brilho de pura malícia em seus orbes escuros, que acabou me agitando. Teria ela um fetiche por pijamas?

Por mais que estivesse duvidosa, curiosa o bastante para não esquecer a foto, não contive a risada e a ajudei a colocar os pratos na mesa. Isso facilitou a minha intenção de evitar dar chance a me questionar o motivo de eu estar desse jeito, meio avoada e estranha, como uma criança que tinha aprontado e encontrado uma coisa que não deveria. Durante todo o jantar me mantive observadora, passando a encará-la mais do que o permitido, estudando-a de maneira quase complexa e científica.

O que poderia se passar em sua mente quando se trancava em pensamentos? Eles ainda permaneceriam um eterno mistério. Para piorar minha situação ansiosa, comecei a traçar motivos do porque dela salvar um número sem nome, apenas pondo uma foto como identificação... Acima de tudo, quem poderia ser essa garota bonita?

  Como de praxe, aqui estava sem nenhum tipo de resposta.

Suspirei derrotada, frustrada demais para permanecer a pensar assim. Instintivamente sabia que somente chegaria a uma conclusão a partir do momento em que a questionasse. Contudo, não era tão fácil chegar nesse ponto de perguntar coisas privadas, principalmente mencionar algo que acabei descobrindo por engano. Não tinha coragem o suficiente para fazê-lo, por mais que estivéssemos bem com a outra. Todavia, a única opção que me restava era, aos poucos, assentar e me acostumar ao fato de que, da maneira mais egoísta possível, estava me apaixonando por ela e estar me entregando a esses sentimentos rápido demais, para ser considerável saudável. Estava me tornando possessiva e ciumenta, o que não era nada bom... Ainda mais sem saber se havia possibilidade de receber os mesmos sentimentos em troca. Ela não passava de uma desconhecida. A responsável pelo meu tratamento, a mulher que se reclusava nas montanhas em um país distante por motivos ocultos. Eu mal a conhecia. Não sabia quem se tratava a pessoa sentada a minha frente e já havia me jogado em seus braços, entregue meu corpo sem pensar duas vezes e... Reforçar isso apenas me fez ter a clareza de que nada disso foi errado, mesmo parecendo que sim.

Então por que motivo me sentia tão distante dela neste momento? Por motivações mesquinhas senti que isso estava envolvido com aquela ligação e a desconhecida bonita que lhe telefonava num horário nada propício. Talvez, se isso não tivesse acontecido, não estaria fechada em dúvidas e pensamentos.

- Parece que te perdi hoje... – Jiyoon repentinamente fala, congelando-me no lugar ao tomar peso do que significava suas palavras. Urgentemente subi o olhar em sua direção, encontrando seu sorriso debochado e brincalhão. – Anda com os pensamentos nas nuvens, Hyuna? Te cansei muito hoje?

Apoiou o queixo na mão, passando a me encarar fixamente, deixando claro que sua brincadeira tinha um duplo sentido. Estava se referindo a noite de ontem. Embora primeiramente tenha ficado assustada, acreditando que tinha sido óbvia demais com meus pensamentos, não consegui evitar retribuir seu sorriso. Uma reação que se tornava praticamente automática.

- Nenhum um pouco, unnie... Nem me sinto exausta. – Rebati sem vergonha nenhuma.

Fiz o meu melhor para empurrar as duvidas, enclausurando-as num lugar profundo da mente. Isso não tinha relevância no momento. Se a doutora estava comigo, ligações estranhas e misteriosas como aquela não deveriam importar. Certo?

Inconsciente dos meus pensamentos, Jiyoon apenas riu de mim e perguntou se eu queria comer mais para poder retirar o resto, parecia satisfeita e de estômago cheio. Neguei com a cabeça e a ajudei a guardar as sobras em potes dentro da geladeira. Depois fui cuidar de lavar a louça, tendo que convencê-la a somente me ajudar a guarda-la. Estava me sentindo um pouco entediada e fazer tarefas comuns como aquela ajudava a limpar minha cabeça de bobagens.

Por mais que fosse um pouco cedo para dormir, ainda nem tinha dado nove horas, voltei ao seu quarto, não sentindo vontade de assistir televisão. Peguei meu celular para me distrair e tive que aguardar um tempo até que tudo se normalizasse. Eu tinha milhares de mensagens, centenas de e-mails e incontáveis números de ligações perdidas que careciam da minha atenção. Contudo, o que mais me importou foi enviar uma mensagem para mamãe, garantindo que não havia desaparecido novamente e que ficaria mais atenta aos seus chamados. Eu não era a única pessoa carente. Provavelmente herdei isso dela.

- Quem é essa gatinha? – Meu corpo se arrepiou ao sentir o hálito quente de Jiyoon bater contra minha nuca, assustando-me pela segunda vez naquela noite.

Ela acabou aparecendo a minhas costas, do nada, enquanto estava deitada de bruços na cama. Diga-se de passagem, que era uma posição bastante vulnerável, o que fez meu sangue ferver. Não sei se isso foi reação imediata ao fato de senti-la colada a mim ou se porque a escutei fazer esse tipo de pergunta... Provavelmente os dois.

- De quem você está falando? – Fui seca e grossa.

- Dessa daqui...

Senti seu torso se moldando as minhas costas, os braços caindo ao redor de mim, impedindo que me virasse para encara-la, permanecendo deitada, dando a resposta a minha pergunta. Um de seus dedos se arrastou pela lateral do meu corpo, demonstrando que estava traindo a minha raiva ao travar a respiração na garganta. A boca imediatamente ficou seca com aquilo, estar nervosa era pouco. Sua respiração próxima à nuca provocava cócegas e deliciosos arrepios que percorriam a coluna. Mais uma vez estava me entregando a ela, ficando excitada com tão pouco. Seu peito começou a estremecer em risadas, mostrando-se agradada pela sua brincadeira em me irritar e fazer-me derreter, ter dado certo.

Entretanto, assim como apareceu, seu corpo saiu de cima de mim, deixando-me frustrada. Virei-me para olhá-la e a encontrei seguindo na direção da cômoda, ignorando-me e gargalhando, consequentemente indo pegar o celular.

- Você escutou meu celular tocar? – Questionou de costas para mim, olhando o celular que agora tinha em mãos. Meus olhos fuzilaram suas costas, notando certa tensão sobre eles, o que me deixou curiosa.

Minha língua coçou para dizer que sim e perguntar de quem se tratava aquela garota, entretanto as palavras travaram na garganta e não consegui dizer nada.

- Não... Por quê? – Ao menos fiz questão de pergunta-la isso, para assim, quem sabe, involuntariamente caísse naquele truque e dissesse por vontade própria quem se tratava aquela pessoa que estava consumindo meu bom humor.

- Por nada. – Jiyoon terminou a conversa e colocou o celular de volta sobre a cômoda. – Vou tomar banho...

Seguiu para dentro do banheiro, o que findou por me provocar de leve a fúria que tentava me dominar. Ver que meu plano não tinha dado certo, falhado de maneira miserável, tornou-me mais desapontada comigo. Será que eu teria que tomar a iniciativa para poder descobrir tudo?

Soltando um rosnado, bolei sobre a cama e continuei a jogar Candy Crush enquanto esperava que saísse do banheiro. Quem sabe conseguiria arranjar coragem nesse meio tempo. Infelizmente se conseguia pensar, podendo ruminar mais a situação, as expectativas começaram a aparecer elevadas demais. Isso era tão imprevisível que simplesmente estava sendo puxada, cada vez mais, para dentro do buraco do ciúme. Seria ela uma ex-namorada?

Estava tão distraída com as possibilidades cogitadas por mim, que só notei que a doutora tinha terminado seu banho, quando praticamente estava prestes a se jogar no colchão.

Meu olhar caiu sobre ela e que engasguei com aquela visão significativamente quente. Por mais que se tratasse de um prático pijama, ele não nada comum para uma noite fria. Somente usava uma camiseta básica e shorts de algodão mostrando mais do corpo. E o que dizer da visão perfeita de suas pernas torneadas... Posso estar me tornando uma pessoa pervertida, mas não tinha como desviar os olhos dela. Principalmente quando estava vestindo-se daquela maneira. Era tão frustrante lembrar que, infelizmente, não tive a oportunidade de tocá-la ontem.

Não sei se sua intensão era me provocar, mas vê-la assim acabou acendendo meu desejo. Portanto quando a vi se sentar na cama, larguei meu celular e fui na sua direção com pressa.

- O que...? – Ela tentou me questionar, mas a calei com um beijo, tentando compreender como poderia me sentir tão viciada em tais sensações, que seu corpo foi o único com capacidade de provoca-las e jogar fora minhas restrições, entregando-me ao prazer.

Simplesmente estava sentindo falta da sua boca contra a minha, tanto que não me contentei em apenas grudar nossos lábios, logo buscando permissão para que a língua pudesse dominá-la. Minha atitude pareceu alarma-la, rendendo alguns segundos de paralisia, prendendo-a no lugar, me deixando montar em suas pernas para ganha-la por completo, tomando seu rosto quente nas mãos. Pude sentir detalhadamente o sabor de seu beijo, que era profundo e hesitante, capaz de arrancar-me o ar. Em pouco tempo estava precisando respirar, estabelecendo que ter esse tipo de necessidade, durante essas horas, era algo desagradável.

O sangue ardeu, novamente, assim que senti seus braços rondando-me, grudando seu corpo, permitindo que ficássemos cada vez mais próximas. Havia acordado para o que estava acontecendo e quais eram minhas intenções com aquilo.

Entretanto, preparada para impedi-la ao notar que tentava tomar controle da situação, pensando em me subjugar na cama, desci as mãos em seus ombros e nos separei com pressa. Escutei-a resmungar desconsolada pela minha atitude, mas não me deixei amolecer por isso. Observei-a com um sorriso perverso crescendo no rosto. Minha reação pareceu chocá-la e com a boca pronta para reclamar de mim, tentou falar, quando se viu proibida ao empurrá-la na direção do colchão. Seus olhos se arregalaram minimamente, sem compreender onde eu queria chegar com isso tudo. Vê-la dessa maneira apenas fez crescer a vontade que tinha de brincar, era imensamente divertido observar suas reações.

- Ontem você praticamente não me deixou fazer nada... Não acha? – Ergui uma sobrancelha, pertinentemente soltando uma reclamação, baixando o rosto na direção do seu. Nossos olhares descruzaram naquele instante, mas isso não importou já que meu interesse estava em lhe provocar. Nunca fui de agir assim, mas por motivos obscuros quis brincar daquela maneira. – Vai me dizer que você acha isso desconfortável? É desconfortável tocar você?

Plantei os lábios em lugares específicos em sua nuca e mandíbula, afastando alguns fios do seu cheiroso cabelo que atrapalhavam o caminho, perdendo segundos preciosos para mordiscar o lóbulo de sua orelha. Tive como recompensa o estremecer de sua pele e o leve ofegar que escorregou de seus lábios. Senti seus dedos agarrarem o tecido da minha blusa, puxando-me mais pra si e por muito pouco não perdi o equilíbrio, caindo sobre ela. Precisava me manter estável.

- Eu nunca disse que era desconfortável Hyuna... – Ela tentou se explicar com a voz carregada e rouca, me fazendo olhá-la. Vi que suas maçãs do rosto estavam com aquele rubor de excitação e seus olhos ficaram mais escuros que o céu noturno sem estrelas. – Apenas não queria impor nada a você. Principalmente algo que poderia chocá-la...

- Você é mesmo uma idiota. – Rangi os dentes ao fingir indignação, pois seria impossível me chocar com algo que almejei a noite inteira.

Destarte, preparada para mostrar-lhe o que realmente quero e preciso, relaxei meus braços que me suspendiam sobre ela e suavemente cai sobre seu corpo, sentindo que tínhamos nos encaixado com um toque de perfeição. Escutei-a suspirar alto quando minha coxa roçou em seu centro ardente, mas tentou esconder isso ao desviar o olhar e morder o lábio.

Ignorei seu repentino constrangimento e voltei a beija-la com muita vontade. Nossa respiração acelerou e mais uma vez nos encontramos perdidas naquela batalha de línguas. Porém, descobri cedo demais que tudo tinha limite e não consegui me conter, acabando por sugar seu lábio inferior, pulando para castigar o pescoço. A vontade que senti de lamber a sua pele febril foi incontrolável, fazendo-a estremecer em meus braços. Consegui sentir sua agitação com meus ataques, tanto que sua mão inquietamente descer pelas minhas costas, caindo diretamente na bunda, imprimindo um de seus apertos dominadores. Oh, isso simplesmente me levou a loucura. Perdi o controle dos dentes por um segundo, mordendo-a com mais força que o necessário. Ergui a cabeça com pressa, olhando o estrago que fiz na sua pele, observando atentamente a enorme marca avermelhada que deixei. Senti-me culpada por aquilo e por escutar sua exclamação de dor mesclada à surpresa.

- Desculpa! – Não controlei a risada que escapou de maneira nervosa, tentando tapar minha boca como se a ordenasse para ficar quieta. Embora tenha assumido a responsabilidade, não fui totalmente sincera, porque ver aquela marca me satisfez de algum modo.

Seus olhos ficaram mais inflamados por isso, porém, ao invés de me repreender por ter castigado sua pele, pude dar de cara com seu sorriso ardiloso, de quem sabia o que fazer quando ocorria algo do tipo.

Sua reação foi rápida demais e não deu tempo para que a parasse, como se tivesse me esforçado para fazê-lo. Apenas me entreguei naquele momento e quando menos esperei, ela havia invertido as posições e eu me encontrava embaixo de si. Estava indo tão bem...

...Sua boca retornou a dominar a minha com mais violência, não dando chance de respirar, nem mesmo quando comecei a resfolegar. Os lábios começaram a doer por causa disso, ainda que aquela sensação maravilhosa me deixasse febril. Porém, ao invés de permitir - deixar toda a diversão para Jiyoon -, ofereci resistência a seus toques. As mãos que insistiam em apertar meus seios sobre a blusa, me fazendo arfar incontrolavelmente, triplicaram a minha fonte de desejo. Não importando se isso tornou as coisas mais difíceis para nós duas, aproveitando de sua distração enquanto a via preocupada em beijar a parte exposta do meu colo. Infiltrei minha mão dentro de seu short, tocando-a por cima da calcinha.

Ela acabou vacilando por um instante, parando de me beijar para ofegar em surpresa. Pude sentir que seu sexo estava úmido e quente. Quase não resisti ao impulso de afastar as bordas de sua calcinha e tocá-la mais profundamente. Contudo, consegui me controlar e sorri abertamente, de maneira maliciosa, ao encontrar o seu olhar impressionado com minhas reações naquela noite.

Agraciada ao vê-la retornar meu sorriso, retirei minha mão de lá e, com um pouco de destreza, inverti as nossas posições. Voltei a me sentar sobre seu colo e tomei uma longa respiração, conseguindo mais coragem para puxar minha blusa fora do corpo. Dessa vez eu queria tocá-la e provoca-la. Aprender como lhe dar prazer e sentir seu corpo perdendo o controle, desmanchando-se sob mim. Desse modo, usando de um lado mais agressivo, que não sabia existir dentro de mim, não permiti que me tocasse, mesmo querendo que suas mãos tomassem meus seios. Agarrei seus pulsos e coloquei os braços acima de sua cabeça, prendendo-a. Recebi resmungos irritados, levemente chorosos de sua parte, mas novamente me preocupei em beijá-la, fazendo-a engolir seu choramingo.

Nesse momento eu não queria consumi-la, pensando em deixar para mais tarde, mas foi praticamente impossível me impedir de mordiscar seus grossos e macios lábios. Pude perceber que também estava lentamente perdendo o controle do meu corpo. Meu quadril tinha tomado vida própria, rebolando agressivamente, fazendo com que nossos sexos chocassem.

- Ah! – Ela gemeu atordoada com o que estava acontecendo.

Céus... Ela não tinha noção do quanto sua voz ficava sensual e deliciosa daquela maneira? Estava tornando meu trabalho difícil e por muito pouco perdi o controle da força em meus braços, quase a liberando.

Mas, conseguindo contornar a situação, a respiração se tornando dura, tomei o impulso de espalhar beijos sobre seu corpo ainda coberto. Enquanto descia pelo colo desprotegido, vi que seus mamilos estavam rígidos sob o tecido e os mordisquei como uma provocação. Levantei meus olhos no mesmo instante em que os seus se cerravam e, para meu deleite, seu quadril se ergueu voltando a chocar contra o meu.

Eu precisava urgentemente tocá-la. Então, sem muita demora, demonstrando impaciência, comecei a despi-la. Não me importei se a tinha liberado. Apesar disso ela pareceu absorta demais para se importar com fato de que podia me tocar e simplesmente me ajudou a tirar a suas roupas, largando-as num canto que não nos atrapalhasse, voltando a se jogar contra a cama a minha espera. Não demorei muito para novamente cobrir o seu corpo, depois de retirar as únicas peças de roupa de sobraram em mim, retornando de onde havia parado.

Acabei me perdendo ao sentir o verdadeiro sabor de sua pele, que me fez querer molhá-la com a língua e marca-la com a boca. Contorci-me inquietamente sobre si e pude sentir sua coxa tocando o meu sexo, pressionando-o com força, me fazendo gemer quando isso provocou pontadas em meu ventre. Entretanto precisei buscar o foco perdido naquele momento e comecei a explorar do seu corpo.

Não importava para onde olhava, acabava sem palavras por notar que seu corpo era perfeito.

Seus seios foram os primeiros a receber minha onda de ataques. Iniciei movimentos leves, com beijos molhados ao redor deles para então sugar as áreas mais sensíveis. Sabia que a parte mais importante que eram os mamilos, por isso que os deixei por último, podendo contemplar o novo prazer que descobri em seu corpo. Nunca me senti tão poderosa como naquele instante, vendo-a se contorcer, procurando esconder os gemidos ao prendê-los na garganta. Questionei-me se demoraria muito até que percebesse que isso não adiantava. Uma das minhas mãos tomou o outro seio, sabendo que não poderia deixar nenhum canto de seu corpo sem ser tocado e aumentei as minhas investidas, me concentrando no que fazia. Sentindo que estava abusando demais deles, embora quisesse continuar, fui indo mais baixo, deixando-a tensa a cada beijo que plantava em seu abdome. Até que parei um instante para observar seu sexo molhado.

Mordi meu lábio ao me sentir hesitante em como deveria fazer. Simplesmente não sabia o que verdadeiramente poderia deixa-la mais excitada, porque o que tinha feito até agora foram apenas reflexos do que tinha experimentado ontem e de algumas coisas improvisadas no calor do momento.

Contudo, ao olhá-la daquela posição, notando a expectativa em seus orbes negros, foi motivação o suficiente para jogar minha indecisão de lado e afundar minha cabeça no meio de suas pernas.

Primeiro utilizei a língua para dar início à brincadeira, subindo e descendo por toda extensão de seu sexo, tocando-a suavemente, quase com carinho. Ela estava extremamente sensível ao ponto de não suportar, jogando a cabeça para trás caindo no colchão, entregando-se a mim. Abri um sorriso satisfeito e novamente fiz aquela carícia com mais intensidade, lambendo-a com maior vigor. Não me permiti a olhá-la, nem mesmo para ver suas reações, evitando distrações, principalmente agora que escutava seus gemidos roucos e finos. Ainda assim, eu precisava de mais. Tomada por aquela necessidade de urgência, provoquei sua abertura com a língua, fingindo que iria penetrá-la, porém no ultimo instante a retraí e voltei a brincar com seu clitóris sensível. Agi devassa e diabolicamente, sabendo que isso a deixaria frustrada. Suguei aquele ponto quando acreditei que merecia e senti suas mãos em meu cabelo, puxando-os de leve, alertando que estava indo longe demais. Pelo nível de seus murmúrios, dava para notar que se continuasse assim acabaria chegando ao limite, àquele que eu adoraria ultrapassar.

Sendo assim, com uma mão segurei sua perna e afundei minha língua dentro de seu corpo, penetrando-a e usando da mão livre, com o polegar, pressionei seu clitóris para aumentar a superfície de prazer. Era difícil e quase sufocante permanecer daquela maneira, principalmente tendo acesso total a seu calor e umidade, mas era impossível larga-la. Tanto que nem mesmo escutando seus pedidos para que diminuísse a velocidade – um pedido bastante idiota naquela altura do campeonato -, avisando que iria acabar gozando, me dispus a obedecê-la. Apenas continuei firme e saí felicitada ao senti-la se derreter, libertando-se ao grunhir alto.

Contudo, quando achei que precisaria dar-lhe um momento para recobrar os sentidos, ela me puxou de volta para si. Os lábios de Jiyoon estavam ainda mais escurecidos e inchados, maravilhosamente doces, atacando os meus com voracidade. Suas mãos rapidamente desceram pela lateral do meu corpo, aumentando minha excitação e quando menos percebi estava novamente sentada em seu colo.

Ela ergueu o tronco com certa pressa, sem nos separar, atravessando um braço em minha cintura para nos juntar e me manter firme naquela posição. Estava mais do que claro que havia perdido o controle. Não existiam mais traços de receio ou hesitação, preocupando-se em descer a mão pelo meu abdome, tomando meu sexo com seus dedos.

Retrai-me surpresa pela sua repentina investida, prendendo o ar em meus pulmões, sentindo o corpo vibrar por inteiro com aquele estímulo. A morena sabia que não precisava me estimular mais, pois eu estava inteiramente molhada. Seus dedos escorregaram facilmente para dentro de mim. Gemi em deleite, saboreando daquele toque íntimo ao me jogar sobre ela, agarrando seu pescoço enquanto rebolava em seus dedos, tomada pela necessidade de encontrar alívio. O sangue subiu a cabeça e aquela sensação de dormência aos poucos dominou meu corpo. Graças a isso, cravei minhas unhas na carne de seus braços, buscando liberar a aflição que me dominou, revirando meu ventre.

Seus dedos faziam movimentos firmes e acelerados dentro de mim, parecendo insatisfeitos com minha reação, me penetrando com profundidade. Isso me arrancava gemidos desesperados e resmungos alucinados que pediam mais, eram palavras descontroladas que escapavam pelos meus lábios que formigavam. Acompanhei seu ritmo, tentando suportar a sensação de que poderia me despedaçar, entretanto não pude me segurar por muito mais tempo e me entreguei ao orgasmo em sua mão.

O ar repentinamente fez falta e percebi que ainda o segurava depois de tanto tempo, sendo capaz de me sufocar se continuasse assim. Eu estava arfando e o corpo ardia incessantemente, precisando de mais.

- Você consegue outra vez? – A doutora me questionou sem fôlego, afastando-se para me olhar melhor e não consegui controlar o sorriso malicioso que esticou meus lábios doloridos para cima.

- Animada hoje? – Brinquei ao erguer uma sobrancelha, ainda tentando acalmar a respiração e o coração. Ela também me acompanhou com um sorriso e uma risada, tomando meu rosto com uma mão.

- Me lembre de deixar você tomar a atitude mais vezes... – Murmurou rente aos meus lábios, antes de me beijar e jogar-me contra a cama.

Teríamos uma segunda rodada e isso estava definido em seu gigantesco sorriso. Deixando-me terrivelmente ansiosa para continuar.

*

A visão das prometidas margaridas era de preencher meus olhos, me obrigando a sentar na varanda para poder observá-las com calma, vendo a diferença que elas tinham se comparadas a outra, embora não aparentasse. Detalhes diminutos, que somente a calmaria permitia a encontra-las. Percebi que algumas de suas pétalas eram frescas, de um branco perfeito e imaculado, possivelmente recém-desabrochadas, enquanto que em outras havia nuances de um tom amarelado, envelhecidas pelo tempo.

O dia tinha amanhecido com certa tranquilidade naquele domingo, transmitindo a sensação típica da preguiça ao saber que, em breve deveria voltar a me enclausurar no centro de reabilitação e a rotina entediante.

Como havia dormido mais cedo do que esperado – embora nem tanto -, acabei despertando cedo... Até mais cedo que a doutora, que permanecia no mundo dos sonhos em seu quarto. Tive que tomar uma decisão muito difícil para abandoná-la, principalmente por causa do calor confortável de seu corpo. Bastava pensar nela que me sentia agitada, completamente perturbada por aqueles sentimentos. Em contrapartida, o vento frio e tranquilo do campo acalmava-me, chegando ao ponto de provocar certa letargia, que por muito pouco não se tornou num breve cochilo. Eu poderia dormir mais, mas estava satisfeita. Simplesmente não consegui perder o sorriso, muito menos a paz que me dominava e queria aproveitá-lo o máximo que pude.

Meu celular vibrou no bolso da calça e acabei despertando desse momento de reflexão para olhá-lo. Achei que fosse cedo demais para que minha mãe mandasse uma mensagem, entretanto acabei recordando da diferença no fuso horário e que àquela hora deveria estar se preparando para ir ao trabalho.

Suspirei alto ao ver que não se tratava de uma mensagem dela e sim do meu empresário idiota. Sabendo que tinha tempo de sobra, acabei decidindo ver o que ele queria comigo, mesmo que os riscos daquilo me provocar raiva fossem altos demais. Fiquei intrigada ao notar que se tratava de um lembrete. Song-ah estava me recordando de algo que havia, praticamente, banido dos meus pensamentos. E tomar consciência dela agora, nesse exato instante, me deixou lívida e sem reação.

“Não se esqueça que na quarta estarei em St. Cecília para te pegar... Trate de não fugir de mim nesse tempo em que você está aí fora, entendeu?”

Por mais que o conteúdo da mensagem fosse tratado de uma maneira divertida, certo ponto engraçada, pois ele sofreu muito com minhas escapadas ao sentir vontade de explorar as cidades por onde passo... Não consegui me sentir feliz em nada e perdi de imediato o sorriso que antes moldurava meu rosto.

A realidade caiu como um banho de água fria sobre mim, acordando-me para detalhes que tinha deixado de lado durante tanto tempo.

Eu tinha uma vida longe daqui, um trabalho que exigia minha presença, a minha volta. Na verdade, minha casa também não era essa em que estava e muito menos em St. Cecília. Relembrar que quando desembarquei no aeroporto, sem saber o que poderia me esperar na empreitada que Song-ah tinha arranjado para mim, eu apenas queria voltar para casa, me deixava sem palavras. Porque nesse instante não queria, de nenhuma maneira, voltar para casa.

- Não está frio aqui fora? – Escutei a voz rouca e sonolenta de Jiyoon soar atrás de mim, tirando-me dos pensamentos.

Imediatamente me voltei em sua direção e a encontrei me observando da porta. Tinha vestido de qualquer maneira seu pijama, que durante a noite fiz questão de tirar de seu corpo, deixando-o meio desleixado e amarrotado. Ela ficava adorável com os cabelos um pouco revoltos e embora o rosto e olhos estivessem inchados, não consegui evitar pensar que estava linda. Observei-a se encolhendo nos próprios braços, a pele arrepiando do frio, o que me fez ficar imediatamente em pé e ir até ela.

A abracei com força, ignorando sua expressão surpresa por minha aproximação repentina, porém parecendo ter se acostumado a esse meu jeito, retornou o abraço.

- Hum – murmurou preguiçosamente, baixando o rosto e escondendo-o entre meus cabelos. – você está tão quentinha... Não quero largar você.

Seus braços longos me puxaram mais para si, infiltrando-se nas minhas roupas, afundando ainda mais o rosto na curva do meu pescoço, abrigando-se do frio que fazia ao nosso redor. Ter seus braços como um porto seguro, aliado a suas palavras doces e calorosas, me fez ficar confortável ao ponto de esquecer as sensações que me dominaram antes de sua chegada.

- Vamos entrar que você não está coberta o suficiente para o frio... – Falei com a voz abafada em seu pescoço, vendo-a estremecer quando o meu hálito quente tocou sua pele fria.

E então, decidida a esquecer daquele pequeno detalhe lembrado por Song-ah, me agarrei aquele doce momento com todas as minhas forças, temendo o momento em que teria de larga-la.


Notas Finais


Comentários? Até a próxima! ^^


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