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História Champions - He saved my life


Escrita por: Gimendess13

Notas do Autor


ALERTA DE TRETA PESADÍSSIMA.
Esse tá bem tenso, mores. Já aviso. :X

Tenham uma leitura fabulosa, e nos vemos nas notas finais!
beijinhooosss!
<33333

Capítulo 37 - He saved my life


Fanfic / Fanfiction Champions - He saved my life

- Lisa. Pov. On. –

Meu Deus, meu Deus, meu Deus...SENHOR, ME DÁ UMA LUZ AQUI! Logo comecei à suar frio, de puro nervoso. Eu até tentava sair do lugar, mas não conseguia nem falar nada. E aí, a droga da campainha tocou outra vez!

- Elizabeth?! – Tristan insistiu, me encarando com seu cenho franzo. – Quem é que está na porta?

- NINGUÉM, MEU DEUS! – Gritei, deixando tudo mais entranho ainda! – É...e-eu, eu...Tristan...você poderia buscar o meu celular lá no meu quarto, por favor?! – Sorri, feito uma psicopata. Lacroix fez uma careta desconfiada.

- Por que você quer o seu celular? – Indagou, entortando sua cabeça.

- Preciso dele pra fazer uma coisa! VAI LOGO, LACROIX! – Berrei, revoltada com tantas perguntas! Ele não pode simplesmente me obedecer?! Senhor...

- OK, JÁ ESTOU INDO. SE ACALME! – Tristan se levantou, ainda sem entender nada.

Assim que ele terminou de subir as escadas do apartamento, sem deixar de me encarar, eu pude finalmente respirar e sentir minhas pernas de novo. Porém, o pavor deu lugar à um sentimento bem...bem pior...ÓDIO. ÓDIO GENUÍNO DO SER QUE ESTAVA ATRÁS DA PORTA.

Corri até a maçaneta e a girei, bruscamente! Arregalei os olhos para o ser maligno que estava atrás dela. Estava com calça jeans preta, um grande moletom preto com algumas siglas e um boné, por baixo da touca de seu moletom. Parecia até um bandido foragido da polícia!

Correção: ELE É UM BANDIDO FORAGIDO DA POLÍCIA!

- Mas que porra é essa?! – Rosnei, à ponto de matar ele na porrada!

Justin Bieber abriu seu típico risinho filho da puta. O idiota claramente adorou me ver estressada. Ele tirou de trás de si um enorme buquê de flores. Sendo mais específica, eram vários girassóis. A coisa mais linda que eu havia visto hoje. Eram minhas flores favoritas no mundo!

Mas...como ele sabia disso?

- São pra ti. – Bieber me estendeu o buquê. O encarei, confusa. – Encare como um pedido de...desculpas, ou a porra que tu achar melhor. – Ele me olhou, fixamente. Estava sério.

- Justin...o que acha que está fazendo? – Suspirei. – Por que você está aqui?!

- Posso entrar ou vou ter que ficar aqui no corredor, cacete? – Ele rebateu, debochado.

- VOCÊ ESTÁ É MALUCO SE ACHA QUE EU VOU TE DEIXAR ENTRAR, JUSTIN! – Gritei. – Ou você desembucha logo, ou eu chamo a segurança. Você que escolhe. – Cruzei meus braços.

- Tem alguém ai... – Bieber rebateu, na lata. Engoli em seco. – Quem tá aí contigo, Elizabeth?

- Não é da sua conta, merda!

Bati a porta atrás de mim, parando ao lado dele no corredor. Tomei o buquê de suas mãos, com raiva. Justin riu, todo sacana. Respirei fundo para não arrastar seu rostinho pelo chão!

- É o zé florzinha, pivete? – Bieber chutou, ainda sorrindo. – Porque, se for esse filho da puta...

Justin ergueu seu moletom, até que ficasse à mostra sua arma enorme com aquele cano prateado, escondida em sua cintura. Arregalei meus olhos, em reação!

- Nem pense nisso... – Neguei com a cabeça, ainda em choque. – Você não tem esse direito!

- Ah, não tenho? – Ele cruzou os braços, me encarando de cima embaixo. – Escuta aqui, Elizabeth. Eu vou falar bem devagarinho, só pra tu compreender... – Justin se aproximou. – Tu é minha. Minha mulher. Tu é minha desde o dia que eu quis que você fosse. E não é porra de playboyzinho nenhum que vai mudar essa porra, sacou?! - Bieber sussurrou contra o meu ouvido, num tom de ameaça. – Eu tenho sido mais do que paciente com esse otário, mas tô começando à cansar... – Completou, sorrindo de orelha à orelha. Um sorriso maldoso.

- O nome dele é Tristan, Bieber. TRISTAN. – Rebati, irritada. – E não adianta me ameaçar, isso não vai mudar nada. FOI VOCÊ QUE ME TRAIU, SEU MERDA! O único errado nessa história é você! E não pense nem por um minuto que você tem o direito de exigir algo de mim, porque NÃO TEM! Agora vê se some daqui, antes que eu realmente chame alguém pra te arrastar prédio abaixo, imbecil... – O empurrei, indo para o outro lado do corredor.

Justin, insistente como sempre, me seguiu. Estava prestes à abrir a porta de emergência para incêndios só para fugir dele, mas Bieber entendeu o que eu faria e me parou, puxando meu braço com certa agressividade.

- ME LARGA, BIEBER!

- Nem por um caralho. – Ele rosnou, num tom assustador. – Eu não te trai. Eu não fiz porra nenhuma. E se tivesse feito, ia assumir e foda-se. Não preciso ficar aqui escutando draminha de mulher, Elizabeth. Eu tenho qualquer uma que eu quiser, na hora que eu tiver vontade. Não precisava ficar aqui que nem um cabaço te dando explicação! Mas, eu tô. ENTÃO, PARA DE BANCAR A DIFÍCIL, INFERNO. – Justin me apertou mais, me prensando contra a parede.

Olhei no fundo de seus olhos. Eu juro que gostaria de acreditar, mas eu seria muito burra se fizesse isso. Justin e Hailey, juntos? Só pela amizade? Eu tenho cara de estúpida, meu Deus?

- Não acredito em você. – Disse.

- Aí já é um problema teu, pivete. – Justin sorriu, sarcástico.

- Some daqui. Você está atrapalhando a minha noite com um AMIGO. E mesmo se estivesse acontecendo qualquer outra coisa, não seria da sua conta. – Falei, contra seu lábios. – Por favor, vá embora! – Insisti.

Justin estava prestes à dizer mais alguma asneira, mas um homem saiu do elevador, vindo em direção à porta do meu apartamento. Pensei que fosse o porteiro, que talvez tivesse visto minha discussão com Bieber pelas câmeras e vindo averiguar. Mas, não era. Ele era alto, era careca e parecia até um tanque de guerra. Músculos por todos os lugares, e tatuagens também.

Ele não parecia ser nada amigável.

- Quem é... – Ia dizer, mas Justin calou minha boca com sua mão. Tinha alguma coisa muito errada. Bieber o analisou de cima em baixo, com uma expressão indecifrável no rosto.

- Fica aqui, Elizabeth. – Bieber abriu a porta de emergência, me colocando lá dentro. – Só sai daí quando eu mandar. E se tu tem amor à tua vida, fica de boca fechada! – Rosnou pra mim.

Nem tive tempo de responder nada, Justin fechou a porta. Com muito custo, consegui abrir apenas o suficiente para enxergar o que estava acontecendo. Então, Bieber foi até o tal homem, lentamente. Assim que o mesmo percebeu a presença de Justin, apontou uma arma enorme pra ele!

- Calma, cara... – Bieber riu. Deus, ele é doido. – O que tá procurando por aqui, hein?

- Não é da sua conta, seu merda. Vaza daqui, se não quiser tomar um tiro. – O homem praticamente gritou isso pra ele, mas Justin não se moveu. – Tá bancando o corajoso, porra?!

- Armas não me assustam, entende? – Bieber sorriu. – Tu tá atrás da garota, não tá?

- Tá sabendo demais... – O homem rosnou, baixo. Parecia estar pensando. – Quem é você?!

Foi muito rápido, mas vi o exato segundo em que o homem assustador encostou o cano da arma na cabeça do Bieber. Senti uma vontade imensa de gritar, mas não consegui me mover. Eu estava paralisada. Com medo por mim e por Justin. Eu não queria que ele morresse, merda!

- Me dá um nome e eu te dou outro. – Bieber indagou, sem um pingo de receio. Senhor...

- É uma encomenda. Uma que vai me dar muita grana... – O homem respondeu, sorrindo falso.

- Caleb Genovese te mandou aqui, não foi? - Justin chutou, olhando nos olhos dele.

Ambos estavam frios. Bieber parecia não ter medo de morrer. Muito menos o homem, de matar. Mas, antes que o cara pudesse responder, eu fiz uma merda, e das grandes. Havia um grande extintor de incêndio ao lado da porta, e sem querer eu esbarrei nele. ELE CAIU. Rolou escada abaixo fazendo um barulho quase que ensurdecedor na escadaria! Eu fechei meus olhos, sem reação.

Estou morta. É isso.

- QUEM ESTÁ AQUI?! – O homem gritou, andando à passos largos pelo corredor. – Se você não aparecer, o seu amiguinho curioso aqui vai morrer... – Ele riu alto, se referindo ao Justin.

Num lapso de pura insanidade mental, eu abri a porta, saindo de lá. Eu não sabia o que fazer! Bieber me fuzilou com seu olhar. Andei com calma até o homem, que me apontava aquela arma sem nem piscar! Ele sorriu pra mim, de uma maneira diabólica. Ele sim era o puro mal.

- Vejamos... – O homem suspirou. – Você é Elizabeth Collins? – Ele riu, já sabendo a resposta.

- Por favor, não machuque ele! – Pedi. Justin veio por trás do homem, com calma. – Por favor!

- Ele é o seu namoradinho, querida? – O homem riu mais. – Que pena.... Tu é uma mulher tão gostosinha...merecia coisa bem melhor, não acha? – Revirei os olhos, que nojo desse babaca.

- Por que quer me matar?! – Tirei forças para perguntar. – Eu não entendo!

- Ordens superiores... – Ele riu. – Feche os olhos, vou ser bonzinho com você. Te mato primeiro, só pra não precisar ver o seu namoradinho metido à corajoso morrer. – O homem se aproximou de mim, me puxando pelo pulso.

Ele encostou o cano frio na minha testa e eu fechei meus olhos, chorando copiosamente. Minhas mãos tremiam e minhas pernas estavam moles. Definitivamente, eu iria morrer agora.

- Não chore, meu amor. Vai ser rápido, já te disse... – O homem zombou, sendo extremamente cruel.

Abri meus olhos no exato segundo em que Justin agarrou suas mãos no pescoço de homem e apertou tão forte que o fez largar a arma no chão. O homem se debatia, tentando dizer algo que eu jamais conseguiria entender. Tapei a minha boca, me afastando rapidamente deles. Bieber virou o homem para si e notei o quão nervoso ele estava. Bieber estava irreconhecível.

- Me diga quem te mandou, e talvez eu não quebre todos os ossos do seu corpo, seu arrombado do caralho. – Ele apertou mais ainda o pescoço do homem! – FALA LOGO, PORRA!

- V-Vai...p-pro...inferno...– O homem rosnou, com muita falta de ar. Justin sorriu, maldoso.

- Tu vai antes, meu bom. A gente se encontra lá. – Bieber riu, sem nenhuma piedade dele.

O que veio depois foi simplesmente inacreditável. Justin torceu o pescoço do homem numa velocidade que eu nunca vi na minha vida. Sem armas, ou qualquer tipo de luta. Bieber virou bruscamente a cabeça dele e aquilo abriu uma fratura em seu pescoço, ele começou a esguichar sangue pelo corredor. Bieber pegou a arma do chão, analisando alguma coisa.

- Meu Deus, e-eu vou... – Tapei minha boca, não sabendo se iria vomitar ou desmaiar!

- Astra Série 900. É espanhola. – Justin disse para si mesmo, encarando a arma.

Por sorte, Justin veio até mim antes que eu caísse no chão. Eu quase...quase morri. Era eu que deveria estar estirada nesse chão, se não fosse pelo Bieber. Porra do caralho! Eu...não consigo nem raciocinar sobre o que acabou de acontecer aqui. Minha mente estava paralisada.

- Eu te disse pra ficar lá dentro, caralho! – Bieber brigou comigo, em tom baixo.

- Ele disse que ia te matar... – Sussurrei, ainda chorando.

- Ah, pivete... – Justin respirou fundo. – Não queria que tu tivesse visto isso. Não é o teu mundo, tu não faz parte dessa porra! – Rosnou, mas não estava bravo. – Tu podia ter morrido!

- Mas o que está acont... – Tristan nos encarou, com os olhos arregalados. Seu olhar desceu para o corpo que ainda sangrava no chão. Ele estava chocado. Nunca vi Lacroix daquele jeito.

Isso não pode ficar pior, com toda certeza.

- Bem na hora, hein zé florzinha?! – Justin ironizou.

 

***

- Algumas horas depois... –

6éme, Boulevard Saint Germain

Paris, França

 

Assim que Chloé e Ellora chegaram, aquilo se transformou num caos. Bieber ligou para Chaz e Ryan, que haviam vindo com ele nessa viagem. Nolan, Christian e Caitlin ficaram em Los Angeles. Teoricamente, estavam de olho no Caleb e nos negócios deles por lá.

Pelo visto, até preso aquele homem consegue infernizar a minha vida. Pra quem mandou me matar uma vez, duas não são nada, não é? Como alguém consegue ser tão ruim assim?

- Elizabeth, sem chances! – Minha mãe rebateu, decidida. – Você precisa ficar aqui, filha!

- Sabe o que vai acontecer se eu ficar, Chloé?! – Me levantei, estressada. – VOCÊ VAI MORRER. E eu não quero que nada aconteça com você. E nem com ninguém! – Neguei com a cabeça.

- Florzinha...para onde você iria?! Você precisa ficar protegida, em algum lugar aonde esses bestantes mandados pelo Karev não te encontrem! Mas...isso é impossível! – Ellora suspirou, toda preocupada.

- Não. Não é. – Justin se intrometeu, vindo até nós.

- E o que você me sugere, gênio? – Cruzei meus braços, o encarando.

- Tu tava muito mais segura comigo, lá em Los Angeles. Só que o teu ego fez questão de estragar essa porra, não foi?! – Bieber ficou frente à frente comigo, rosnando. – Tu tem que voltar!

- Foi mal minha gatinha, mas o Drew tem razão. Aqui você tá exposta demais! – Ryan andou calmamente até mim, me encarando de um jeito sereno. – Tu quase morreu hoje, Lisa! Pense!

- Eu não vou voltar. Nem pra Los Angeles, E MUITO MENOS, para a sua casa, Bieber... – Rebati. – Karev não pode estragar a minha vida desse jeito! Não quero viver fugindo, com medo, me escondendo à cada vez que ele me encontra. ISSO NÃO É JUSTO COMIGO. – Gritei, estressada.

- Claro que não é. – Justin respondeu, incrivelmente tranquilo. – Mas, tu não tem escolha.

Cinco segundos de silêncio se seguiram depois dessa frase de Bieber. Então, eu me sentei no sofá, sem conseguir pensar em nada como justificativa para negar aquilo. O meu lugar é aqui em Paris, porque o meu trabalho é aqui. MINHA VIDA TODA ESTÁ AQUI. E eu não posso abandonar tudo por causa desse monstro! Não posso! Coloquei minha cabeça entre as mãos.

- Na verdade, ela tem uma escolha.

Tristan se sentou ao meu lado, encarando Justin diretamente nos olhos. Lacroix pegou em minha mão, me fazendo prestar atenção nele. Ele me traz muita paz. E então, sorriu pra mim.

- Se você quiser, Lisa, pode ficar comigo. No meu apartamento. É uma fortaleza, eu tenho uma grande equipe de segurança e posso redobrar, caso você aceite meu convite. Não pense nisso como algo sugestivo, é só...a ajuda de um grande amigo. Sabe o quanto eu amo você. Jamais me perdoaria se algo de ruim acontecesse com você, Elizabeth. Jamais. – Ele disse.

Por um instinto idiota, me virei para olhar para Justin. Ele revirou os olhos, fuzilando Tristan. Ele estava puto da cara, isso era óbvio! Mas, Bieber precisa entender que isso é uma situação extrema! E também...não estamos mais juntos. Por mais que isso quebrasse o meu coração.

Imaginar novamente uma vida em que Justin não esteja me faz querer chorar.

- Eu aceito seu convite generoso, Lacroix. Muito obrigada... – Respondi, simples.

Logo em seguida, Justin saiu voando de lá, feito um louco mesmo! Até derrubou as coisas de Tristan no chão, de propósito, é claro. Nós e os garotos ficamos encarando a cena, chocados. Meu Deus.

- Que baita maturidade, Bieber! – Tristan riu, baixo. Justin bateu a porta com força.

- Minha gata, tu tem certeza? Eu ainda acho que é melhor tu ficar com o Drew... – Chaz suspirou, vindo até mim. – Eu sei que ele é doido e tudo mais, porém, é a única pessoa no mundo que pode te proteger de um mano do nível do Karev. Na boa mesmo. – Completou.

É lógico que eu sabia disso. Justin é praticamente imbatível, mas...

- Não posso mais fugir, Chaz. – Disse, baixo. – Não posso largar toda a minha vida outra vez!

- Tu que sabe. Só quero que fique bem, e segura. – Charles beijou carinhosamente minha testa. Ele é safado, mas consegue ser um cara fofo quando quer. – Vou atrás do mano Drew...

- Provavelmente ele já fez uma chacina por esse prédio da Elizabeth só pelo jeito que saiu daqui. – Butler negou com a cabeça, sorrindo. – Também vou indo nessa, galera. Valeu o papo.

Os dois foram seguindo pelo nosso apartamento, até o meu coração imbecil falar mais alto e me fazer ter uma ideia mais imbecil ainda! Cocei a garganta, respirando fundo e buscando por coragem.

- Esperem! – Me levantei, vendo ambos se virarem, me olhando. – Deixem que eu encontro ele. Justin não deve ter ido muito longe daqui e...nós também precisamos conversar. – Disse.

- Tem certeza disso? – Ryan fez uma careta de desconfiança. – Lisa, ele tá bem puto, tu viu...

- Eu conheço ele, garotos. Relaxem. Não vou demorar. – Afirmei, agora mais decidida.

Tristan franziu o cenho, sem entender o motivo de eu estar fazendo aquilo. Mas, por um milagre, também não me perguntou nada.  Encarei as flores que Justin me deu, em um vaso na cozinha. Deixei todos no apartamento e encostei a porta. No corredor, não havia mais o corpo daquele louco. Nem o sangue. Os homens de Justin limparam tudo. E como Chloé e eu moramos no andar mais alto do prédio, não temos vizinhos por aqui.

Sem corpos, sem crime.

Descobrimos mais tarde que o homem se chamava Malcolm e era um espanhol. Provavelmente um dos homens do cartel de Karev. Ele era um perigoso assassino de elite. Mas, ainda assim não foi páreo para o Justin, em seu ápice de ódio. Isso é tão assustador...

À propósito, para conseguir chegar ao meu andar, Malcolm matou o porteiro do meu prédio e ameaçou dois dos funcionários que encontrou pelo caminho. Só para terem uma ideia do nível de insanidade dele.

Peguei o elevador e só ali eu consegui chorar. Odiava parecer fraca. Sei lá, isso é tão novo e aterrorizante que me deixa sem saber o que fazer. Sempre sinto que faço tudo errado e coloco pessoas inocentes em risco, por mim. Sadie, Ellora, até mesmo a Chloé. Tenho medo por todas.

Fui até a recepção, sem rastros de Justin. Sai do prédio e já era madrugada. Estava quase amanhecendo. Andei pela calçada, procurando por ele. Algumas pessoas me encaravam de maneira esquisita, já que eu estava andando só me meias e o cabelo todo bagunçado pela rua.

- Droga, aonde foi que você se meteu, Bieber?! – Rosnei, começando à me irritar.

Não vou desistir de encontra-lo. Nem morta! Justin e eu precisamos esclarecer tudo!

 

***

 

Paguei pelo táxi e desci no ponto que precisava. Coloquei a touca do moletom para não ser reconhecida e subi os degraus de mármore. Eles haviam acabado de abrir o museu.

Eu estava no Louvre. De meias, moletom e Legging. Escarando tudo aquilo com encanto. Eu adoro vir aqui. Chloé também gosta. Nós passávamos horas conversando sobre as obras expostas. É um hobbie. Continuei andando, sem pressa. Eu sentia que Justin estava aqui.

Encarei o ser de moletom, vans e boné para trás, poucos metros à minha frente. Ele encarava uma das obras de Da Vinci, quase como se estivesse pensando em como roubá-la.

Na verdade, era exatamente isso que Bieber estava pensando.

- Precisa desligar o sistema central de câmeras. Fica no quinto andar. – Disse, parando ao lado dele. Justin não me respondeu.

Um arrepio sobrenatural percorreu meu corpo ao olhar para a imensidão cor de mel e seu maxilar travado, demonstrando o quão irritado comigo ele estava. E quando é que não está?

- Elas são tão caras que nem possuem um preço. É assustador. – Ri, baixo.

- Por que tu tá aqui, Elizabeth? Já não fez a tua escolha de merda?! – Bieber rosnou, sem me olhar. Ele nem piscava. – Que porra tu tá fazendo aqui, então? Teu noivo veio junto também?

- Tristan não é meu noivo, acorda... – Revirei os olhos. – Terminei com ele porque não tirava a sua cara maldita da minha cabeça, Bieber! – Confessei, vendo Justin morrer, ainda assim, sem me olhar.

- Como sabia que eu tava aqui?

- A sua mãe. Há uns dias, ela me contou que você gosta de vir aqui, quando passa férias em Paris. Pattie me disse que você gosta da possiblidade de poder roubar tudo isso. – Eu sorri.

- Pattie é fofoqueira demais, caralho.

- É justamente por isso que eu gosto dela! – O encarei. – Justin, você precisa entender que isso está além de você. Não quero te jogar uma obrigação que nem é sua! Karev não vai atrapalhar a minha vida, e muito menos a sua. Isso precisa acabar, mas...eu não posso mais colocar tudo nas suas costas. Estou cansada de correr pra você, e é isso que sempre acontece. – Fui sincera.

- E pra isso tu tem que ficar na casa do zé florzinha?! Ah, para, né?! Inferno! – Justin retrucou.

- MEU DEUS, CARA! PARA COM ESSE CIÚME! – Ri alto. – Olha o tamanho desse caos, Bieber. Nós quase morremos hoje. Eu e você. Esqueça o Tristan. Por agora, ele não é um problema pra você. Lacroix é meu amigo, antes de ser algo à mais. E eu tenho muito caráter. – Respondi.

- Caráter tu tem, quem não tem é ele, aquele veadinho de merda! – Bieber me encarou pela primeira vez.

- Chega dessa palhaçada. – O puxei pra mim, pelo pulso. – Eu gosto muito de você, seu idiota. Mais do que eu posso dizer. Seu...imbecil, retardado e... – Ele me cortou, rindo baixo.

- Tu tá me elogiando ou me ofendendo, pivete?

- Cala a boca e me deixa terminar! Eu adoro você, adoro sempre estar com você. Porque eu conheço um Justin que a maioria não conhece. Um Justin que me protege, que cuida de mim e de todo mundo que ele gosta. Mas, eu sei me cuidar sozinha. – Olhei em seus olhos.

- Tu me quer longe de ti? Por que quer me afastar, porra?! – Justin revirou seus olhos de novo.

- Porque eu não quero te ver morto, como quase aconteceu hoje. – Confessei. - Por favor. Justin, eu estou implorando pra você. FIQUE FORA DISSO. Porque, se você acabar morto por minha causa, eu nunca vou me perdoar. E eu...eu te...

- Termina. – Justin se aproximou de mim, engoli em seco. – Termina, Elizabeth. Eu quero ouvir.

Era tão difícil terminar. Eu tinha medo de dizer aquilo. Amar. Puta merda. EU QUASE DISSE QUE AMAVA O BIEBER. Aonde eu estou com a cabeça? Pelo amor de Deus! Estou fora de mim!

Justin percebeu o meu conflito interno para dizer aquilo e pareceu não se importar. Ele não ficou irritado comigo. E nem pareceu se ofender com a minha falta de...palavras. Justin puxou meu rosto pra ele, com carinho. Afastou meus cabelos com as pontas dos dedos e eu fiquei hipnotizada com o gesto de carinho dele. Bieber passou a língua entre os lábios, sorrindo.

Puta que pariu.

- Eu quero muito te beijar agora, Elizabeth. Pra caralho. – Justin me provocou, sussurrando contra a minha boca.

- Me beija... – Sussurrei, fechando meus olhos.

Agarrei seu pescoço e fiquei na ponta dos pés para conseguir beijá-lo. Seu rosto encostado no meu era tudo que eu mais queria. Justin me fez arfar com a força que segurou minha cintura. Ele pediu passagem com sua língua e eu cedi com urgência. Senhor...que saudade desse beijo. Dessa boca. De tudo. Dele. Eu tinha uma sede inexplicável por esse homem. Era surreal.

À quem eu estou querendo enganar, meu pai?! Eu amo Justin Bieber...muito. Mais do que eu consiga dizer ou pensar. Desde sempre. E eu sei que vai ser pra sempre. Por mais difícil que seja.

Nossos corpos se arrepiaram com o contato. Terminei nosso beijo com vários selinhos.

- Vá. Eu vou ficar bem. – Sorri, olhando em seus olhos.

Não esperei Justin dizer qualquer coisa, virei as costas e sai rapidamente de lá.

 

***

- Dois dias depois... –

 

Desde que eu fui para a cobertura de Tristan, no centro de Paris, as coisas pareceram se acalmar. Lacroix colocou uma tropa de seguranças atrás de mim para todos os cantos, assim como Camille. Estamos com muito medo do que possa acontecer, mas eu tento não pensar.

Estou dormindo no quarto de hóspedes, ao lado do quarto dele.

A governanta de Tristan, Sra. Bouland, é simplesmente perfeita. Faz meu prato favorito todos os dias e insiste em ficar me mimando. Ela é um amor. Meus últimos dias passaram rápidos, fiz muitas sessões de fotos e dei uma entrevista para a TV aberta de Paris.

Camille deixou bem claro que perguntas “pessoais demais” não seriam toleradas durante a entrevista, provavelmente se referindo às minhas fotos vazadas com Justin, em Los Angeles. Graças à Deus foi tudo bem amigável.

E aí, veio a bomba.

Na manhã em que encontrei Justin, no museu do Louvre, alguém me seguiu. E tirou mais uma foto nossa. Dessa vez, nos beijando lá dentro. Depois dessa, não existem mais desculpas!

Minhas redes sociais lotaram de perguntas, dúvidas e todos os tipos de comentários que vocês possam imaginar! “Como ela é rápida...”, “quem é o loiro misterioso”?, “ela está namorando com ele”?, “mas, se a Lisa está com ele, por que voltou para Paris”? E alguns tipos que eu prefiro não comentar sobre.

- Não se esqueça do baile da Vogue francesa! – Camille me tirou dos meus devaneios, colocando sobre a minha mesa um enorme catálogo. – Suas estilistas estão à disposição, precisa ser rápida! Não podemos correr o risco de que seu look seja copiado, Elizabeth... – Me alertou.

Minha mãe entrou pela porta do set de fotografias, com um grande casaco de pele branco e suas botas altas, cor de creme. Chloé parece mesmo uma modelo. E ela é tão jovem. Acho que ainda conseguiria ser uma, se quisesse.

- Meu amor, quem será o seu par? – Ela se sentou ao meu lado. – Acabei de chegar do estúdio de medo e acho que todos os costureiros estão curiosos pra saber quem vai ser... – Chloé sorriu.

- Qual é, gente? Eu preciso mesmo de um par?! – Revirei os olhos pra essa idiotice.

- Se quiser chamar atenção e ganhar mais capas nas revistas, precisa. – Camille respondeu.

- Podia chamar o Tristan... – Alice, minha assessora de imprensa, sugeriu. – Você sabe, Lisa. Os rumores do noivado rompido de vocês ainda estão quentes! Vai ser o maior arraso! – Ela piscou.

- Eu apoio! – Jonathan se intrometeu, tirando uma foto da minha cara de cú. – Vai ser incrível!

- Não quero levar esperanças falsas para ninguém. Nem para os meus fãs e muito menos para o Tristan. Ele tem sido muito bondoso comigo. – Rebati. – E eu nem sei se quero ir, gente.

- Ir ao baile com o Lacroix seria ótimo, Elizabeth. E facilitaria o meu trabalho para abafar aquela foto “magnífica” de você beijando aquele criminoso, não é? – Camille destilou seu veneno, rindo.

Quando dei por mim, todos eles já estavam rindo da situação e da frase mais do que maldosa de Camille. Menos eu, obviamente.

- Aquele criminoso salvou a minha vida, caso vocês não se lembrem! – Me irritei. – Se não fosse por Justin, a minha cabeça estaria explodida no chão do corredor. – Sorri, falsa.

- Ele invadiu o seu apartamento, Elizabeth. Esse Bieber é tão criminoso e insano quanto aquele outro maluco que tentou te atacar. Eles são farinha do mesmo saco, por favor! – Camille revirou os olhos. – Não se ofenda, vai?

Agora foi demais.

- NÃO ME OFENDER?! – Gritei, indignada. – Vocês são todos uns imbecis, caralho! Aonde vocês estavam quando eu mais precisei? Qual é, eu mal conheço vocês! – Ataquei, vendo todos me olhando com os olhos arregalados. – Vocês são ridículos. Só estão aqui porque são as minhas fotos idiotas nesses eventos mais idiotas ainda pagam os luxos de todos vocês. São um bando de interesseiros! – Cuspi as palavras, morta de ódio. – Pois saibam vocês, que aquele “bandido” tem mais integridade em um dedo do pé do que vocês no corpo todo! – Rosnei.

- Lisa...meu amor, nós não tivemos à intenção... – Minha mãe ia dizer, mas a cortei.

- Vocês tiveram sim. Me deixem em paz, eu preciso de ar. – Peguei minhas coisas e sai o mais rápido possível de lá, batendo todas as portas que apareceram na minha frente.

Quando cheguei até o estacionamento, peguei a chave do meu carro com um dos funcionários e sai à toda velocidade. Conectei o meu celular ao comando de voz do carro e respirei fundo. Merda. Meus olhos começaram a lacrimejar e eu nem sabia o motivo de estar chorando! Passei minha lista de contatos pelo sistema touch do carro e liguei para a única pessoa que poderia me ajudar à entender que droga estava acontecendo comigo no momento.

Ela atendeu no terceiro toque, soltando um gritinho de alegria que me acalmou de imediato.

- “Como você está, minha fujona favorita”?!

- “Nada bem, Alex...”

- “Está sentindo falta do loiro gostosão e tatuado, não é”? – Quase pude vê-la sorrir na ligação.

- “Acabei de sair do set de fotografias, gritei com todo mundo e chamei eles de imbecis e interesseiros. Só porque eles chamaram o Justin de bandido. Eles exageraram, mas eu explodi de um jeito que nunca fiz antes! – Contei, ainda chorando. – Eu não sei o que está acontecendo”!

- “Quando atacam alguém que a gente ama, nós perdemos a cabeça, gata...” – Ela respondeu.

- “O que está fazendo agora, Alexia”?

- “Pintando as unhas dos meus pés, uma de cada cor. Estão lindíssimos. Me sinto indo para uma parada LGBT+, até glitter eu coloquei no dedão”! – Ela se gabou, me fazendo sorrir.

- “Não sabe como eu gostaria de estar aí agora... – Resmunguei. – Camille e todo o resto do grupo querem me obrigar à ir para o baile da Vogue com o Tristan. Mas, eu não quero”!

- “É comida grátis, sua burra! Por que você não quer ir”?!

- “Isso não se encaixa mais comigo, Alex. Tem alguma coisa acontecendo dentro de mim, e é isso que me faz acreditar que esse talvez não seja o meu mundo! Eu não sei”! – Rebati, nervosa.

- “Aí está a minha garota...”

- “Como é”?!

- “A Elizabeth que eu conheci. A garota do moletom. Ela está bem aí, gritando por liberdade”.

 

 

 


Notas Finais


Não tenho nem o que comentar, amores. Assim....
KKKKKKKKKKKKK, se preparem, porque TEM MUITO MAISSS!
Comentem suas maiores teorias! Tô doida pra ler!

Beijinhos, lindezas.
Amo vocês!
<33333


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