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História Champions - Every man for himself


Escrita por: Gimendess13

Notas do Autor


Meus amores, se sentem e apreciem o show. Apenas! KKKKKKKKK
Espero que todos e todas tenham uma leitura maravilhosa.
Nos vemos nas notas finais, ok?
Bom capítulo!
<33333

(se lembrem que o próximo capítulo já é o 45 amores, um dos mais importantes da história, eita coração...)

Capítulo 44 - Every man for himself


Fanfic / Fanfiction Champions - Every man for himself

- Lisa. Pov. On. –

Uma semana antes do caos...

 

-VOCÊ ESTÁ TENTANDO FODER COM A MINHA VIDA?!” – Berrei, assim que ouvi seu “alô”.

- “Elizabeth...entenda. – Ouvi sua voz serena na ligação. – Eu estou fazendo isso para o seu próprio bem, meu amor! Não enxerga isso? Sua carreira está indo por água abaixo por culpa desse projeto de relacionamento entre você e Bieber. Todos sabem que você está envolvida com criminosos e ainda por cima demitiu Camille, a principal responsável por toda a sua vida profissional! Aceite que você está fora de si...” – Tristan suspirou, dizendo tudo pausadamente.

Eu vou ter a porra de um infarto aqui!

- “E DESDE QUANDO ISSO É PROBLEMA SEU? – Ri, alto. – Você não é mais o meu noivo há meses, Tristan. Pensei que já tivesse entendido isso. Eu não quero mais NADA com você! EU AMO O JUSTIN. Seja ele um criminoso, pobre, rico, a droga que for. Isso não muda o que eu sinto por ele. E você não vai mudar isso nunca. Posso te garantir”! – Rosnei, puta da cara.

- “É uma pena que esteja enfeitiçada demais para ouvir o que você diz. – Lacroix disse, indiferente. – Estou conversando com a polícia nesse exato momento. Eu tolerei toda essa palhaçada por tempo demais, Elizabeth. Fui bondoso demais. Você passou de todos os seus limites e estou pouco me fodendo para o seu pai, para esse bandido imbecil com quem você anda transando ou qualquer outro filho da puta que cruze meu caminho. Você vai voltar para Paris, assumirá a sua vida e será minha mulher. CUSTE O QUE ME CUSTAR”. – Ele gritou.

Tristan nunca havia sido tão agressivo comigo antes. Eu simplesmente não tive reação.

- “Nem morta. – Cuspi as palavras. – Eu não vou voltar, seu imbecil. Pois espere sentado”!

- “Eu sabia que você não colaboraria comigo, então, vou apenas dizer uma frase. Se quiser encontrar sua amada Sadie de novo, ande na linha, meu amor. Porque a minha paciência com a sua aventura em Los Angeles já se esgotou”.

Meu corpo todo tremeu e meus olhos congelaram, não conseguia piscar ou formular algo certo em minha mente. Não dava pra acreditar na merda que eu estava ouvindo.

Era isso mesmo?! Tristan estava confessando um crime?!

- “Foi...você, Tristan? – Respirei fundo, sentindo o ódio me dominar. – FOI VOCÊ”?! – Berrei.

- “Não. Mas, eu sei quem foi. Eu sei de muitas coisas, linda. Então, não me teste por muito mais tempo. Sabe que a minha paciência já está em falta com você...”– Lacroix riu, num tom baixo.

Só consegui me sentar na cama e chorar, com todo o meu coração. Uma parte de mim se quebrou em milhões de pedaços ao ouvir aquilo. Lacroix era a porra do meu melhor amigo!

ELE ERA A PESSOA EM QUEM EU MAIS CONFIEI, POR TANTOS ANOS. ERA...O CARA COM QUEM EU IRIA DIVIDIR A MINHA VIDA. Eu aceitei me casar com ele, caralho! E agora, vejo que estava prestes a cometer o maior erro da minha vida.

Eu estava me entregando para um...psicopata.

- “Por favor, se realmente me ama... – Engoli as lágrimas. – Diga aonde elas estão. Por favor”!

- “E o que eu conseguiria com isso, querida”? – Tristan perguntou, sarcástico.

- “Eu. Não é o que quer?! E-Eu...aceito. – Fechei meus olhos, com força. – Apenas me conte a verdade, Tris. E eu serei sua...farei o que quiser. Apenas, deixe o Justin fora disso. É minha única condição”. – Completei.

- “Você irá se casar comigo em troca de eu deixar seu namoradinho em paz, Elizabeth?! É isso que eu estou entendendo? – Tristan riu, se divertindo. – Me parece algo bom demais para ser verdade”.

- “Eu não quero que você o prejudique, não quero o amor da minha vida cumprindo prisão perpétua. E é isso que vai acontecer, se pegarem ele. E...não quero que o Bieber exploda a sua cabeça em milhões de pedaços. Por mais que você mereça. E essas são as duas opções de como essa situação toda irá terminar. – Disse, segurando meu choro. – Apenas...me conte”!

Eu não controlava mais o que saia da minha boca. Estava negociando o futuro da minha própria vida em troca da vida de todo mundo que eu amo. Tristan é poderoso demais. Justin não é páreo para Tristan Lacroix e Caleb Genovese, ao mesmo tempo. Ele vai morrer!

Ou nas mãos de um, ou nas de outro. E isso, eu não vou suportar.

- “Façamos o seguinte. Você tem até o final dessa semana, Lisa. Eu te esperarei. E a polícia também. Se o prazo se encerrar e você não estiver aqui, considere Justin um homem preso para sempre. Eu garanto que farei com que nunca o libertem”. – Lacroix respondeu, simples.

- “A polícia saberá que é mentira. TODOS saberão que eu estou com Bieber porque quero”!

- “Com um belo atestado de insanidade mental que eu mesmo providenciei para você, eu duvido. Mas, siga em frente. Faça o que quiser. As cartas já estão na mesa”. – Seu riso ecoou em minha cabeça.

Meu Deus, eu vou vomitar de nervoso. Sentia meu corpo todo entrando em colapso.

- “Diga o que eu quero saber e...eu farei o que nós dois combinamos. É uma promessa”.

- “Hoje à noite, você receberá uma mensagem com um endereço, sua tia está lá. E acredito que você também descobrirá quem foi o responsável por esse sequestro. De nada, Elizabeth”.

- “Não estou te agradecendo, seu imbecil”.

Ouvi mais uma vez o som de seu suspiro, antes daquela ligação terrível se encerrar. Deitei na cama de Justin, em posição fetal. Eu não conseguia respirar. Meu peito doía tanto que eu pensei que de fato estivesse tendo um ataque cardíaco. Se acalme, Lisa...respire...

Meu celular vibrou e observei o nome na tela. Chloé Howell.

“ – Era sobre isso que eu queria te alertar, querida. Tristan...não é quem nós pensávamos. Ele jogou baixo ao ir para um programa de TV com uma mentira daquelas! Eu sinto muito”.

“ – O que eu faço agora, mãe?!”

“ – Eu não sei, querida. Mas, nós decidiremos isso juntas”.

Respirei fundo, sentindo meu corpo todo se esquentar com uma grande sensação de medo, solidão e desespero. Foi nesse exato momento que ouvi batidas na porta.

- Preciso ficar sozinha, por favor! – Pedi, para quem quer que estivesse atrás daquela porta.

- Querida, é a mamãe. Abra essa porta vai, por favor.

Meus olhos se arregalaram e eu pulei da cama, abrindo a porta. E pasmem. Eram Chloé e Ellora do outro lado da porta, com Caitlin apenas encarando a cena, com um leve sorriso.

Isso é...inacreditável! Como assim? De onde essas duas malucas saíram?!

- Me desculpe gatinha, mas essas surtadas me obrigaram à dizer aonde você estava. Sua avó inclusive me ameaçou com essa bolsa dela! – Cair riu, nasalar. Ellora também riu, baixinho.

- Oi, suas encrenqueiras.

Foi tudo que eu consegui dizer, antes de receber um grande abraço de urso de Chloé.

- Eu estou aqui para te ajudar à acabar com isso. Estou aqui para consertar meus erros do passado, querida. Tudo isso começou comigo! Você não tem culpa nenhuma e está pagando pelas erros de dois idiotas. Eu não aguento mais ficar de mãos atadas! – Ela rosnou, decidida.

- Mãe... – Tentei dizer alguma coisa, mas não consegui.

- Voamos por mais de 16 horas até aqui, Elizabeth. E nós não aceitamos o seu não como resposta. Nem pensar. – Ellora me encarou, séria. Eu apenas sorri.

- Obrigada por estarem comigo, meninas. De verdade.

Abracei as duas, com força. Era o fim de muita coisa na minha vida, mas sabia que, mesmo com todas as falhas e todos os segredos ruins, eu ainda podia contar com elas. E isso era simplesmente incrível pra mim.

Eu sou parte dessa família.

- Eu amo tanto vocês, mas tanto, que meu coração dói! Eu juro... – Sussurrei, as abraçando com ainda mais força.

- Se quiserem machucar você, vão ter que passar por nós duas primeiro. E aquele moleque vagabundo de terno e gravata não vai ditar o que a minha única neta tem que fazer. Só por cima do meu cadáver! – Ellora resmungou, fazendo todas nós rirmos.

- É assim que se fala, garota! – Caitlin sorriu abertamente, observando a nossa cena.

 

***

Justin e os garotos desapareceram depois do momento péssimo que nós tivemos ao assistirmos a palhaçada daquele desgraçado em plena TV aberta. Aposto que Bieber está soltando fogo pelas narinas agora! Mas...eu ainda prefiro que estejamos distantes agora.

Ele saberia que há algo de errado comigo.

Até tentei ligar para ele e os garotos, mas nenhum dele atende à mim, Caitlin ou Alex!

Estávamos todas na sala principal da mansão, algumas sentadas nos sofás e outras, no caso eu mesma, estava deitada no chão, esperando a morte iminente vir me recolher dessa confusão.

- Bom... – Alex começou, com quinhentas pipocas na boca. – Se não foi aquele ridículo do Lacroix, quem seria responsável pelo sequestro da Sadie e Amy?! – Ela franziu a testa, confusa.

- Esse é exatamente o problema. – Suspirei, baixo. – Eu não sei, porra!

- Querida, quero que pense nisso com muita calma...é algo muito sério. Alguém que tem fortes motivos para fazer uma monstruosidade dessas.

Chloé comentou, com uma xícara de chá nas mãos.

- Florzinha...você andou discutindo seriamente com alguém, fora aquele garoto? – Ellora perguntou, se referindo ao Mark ao dizer “garoto”. – Eu não acho que tenha sido ele. Me parece óbvio demais, entende?

- Mark é um idiota. Um sanguessuga nojento que quer dinheiro à qualquer custo! – Rosnei.

- Eu sei. Mas, ele não é ninguém. Mark é só um projeto de bandido. Não passa disso. – Alex respondeu, me encarando. – Ele não queria culhão pra fazer algo desse porte, ainda mais com a própria mãe! Roubar aquele dinheiro não é nada comparado à fazer um sequestro, Lisa!

- Só sei que vou me sentir eternamente culpada se não tiver sido ele... – Resmunguei.

Eu praticamente esfaqueei aquele cara, pelo amor de Deus! É algo pelo qual eu vou me sentir mal o resto da vida, mesmo sendo o babaca do Maxwell.

Não se faz isso com a pessoa errada!

- Ei, amiga! – Alexia me chamou, depois de tomar um gole de suco. – E a puta da Hilary, hein?

- Não... – Dispensei de cara. – A gente pode até se odiar, mas isso aqui já é demais até pra ela.

- Meu Deus, Lisa. Pensa, porra. – Ela se irritou. - Hilary é filha do otário do Peter, né? A HIENA É IRMÃ DO MARK. E se aquela desequilibrada descobriu a verdade e quis se vingar da tua tia? FAZ TODO O SENTIDO, ELIZABETH! – Alex gritou, se sentindo o próprio Sherlock Holmes!

- Olha...é algo à se pensar... – Chloé me encarou, pensativa. – Ela tem bons motivos, não é?

Será? Mas como Hilary conseguiria fazer algo assim, sozinha? E por que deixou aquele bilhete pra mim?! Se ela queria apenas machucar a Sadie, não me deixaria recado nenhum, cacete!

- Pensem. O foco disso não foi a madrinha, fui eu. Lembrem-se daquele bilhete. – Comentei.

- Que merda, Elizabeth. Por um minutinho eu me senti tão inteligente! - Alexia reclamou pelos cotovelos, fazendo todas nós rirmos.

Nesse momento, a Cait recebeu uma mensagem em seu telefone e em seguida, soltou um suspiro alto de alívio.

- Lisa! Descobriram a localização daquela garotinha, a Amy. Ela estava com a mãe dela esse tempo todo, em Pasadena. Provavelmente a mãe foi busca-la algumas horas antes de se sequestrarem a Sadie! – Ela sorriu, ainda com os olhos ainda focados na tal mensagem.

Meu coração pareceu até voltar à bater normalmente depois dessa notícia. Pelo menos eu recebi UMA informação boa durante esse dia, não é?! Ah...já é uma preocupação à menos.

- Graças à Deus! Só de saber que a coitadinha está bem, já me deixa muito melhor! – Me joguei no chão, aliviada.

Sadie também deve estar aliviada pela Amy não estar em casa naquele momento. Teria sido algo horroroso de uma garotinha dessa idade presenciar. E é por isso mesmo que esse desgraçado vai pagar caro pelo que fez com a MINHA FAMÍLIA.

Pode apostar que ele vai.

 

***

- Mais tarde... –

 

Já era quase final de tarde quando Justin voltou pra casa.

Ajudei Ellora e Chloé à se instalarem nos quartos de hóspedes da mansão e me preparei para falar com ele sobre isso e...sobre o resto da atual situação que estamos enfrentando.

Ryan passou aqui e levou a Alex para casa, já que ele está mais paranoico do que nunca com o final da gravidez dela! O Butler deve imaginar que minha amiga pode explodir à qualquer momento com aquele tamanho de barriga...eu ri, só de pensar nessa hipótese.

Mas, é mesmo admirável a maneira com que ele tem se esforçado pra se aproximar dela.

Ryan mudou da água para o vinho conforme a gravidez de Alexia foi passando. Ser pai mexeu muito com ele.

- Jus? – Perguntei, enquanto andava pelo longo corredor. – Aonde você está?

Vestia apenas um pequeno roupão por baixo da minha lingerie. Eu mão sabia quando o arrombado do Tristan mandaria aquela tal mensagem com o endereço prometido, então estava pronta para me trocar à qualquer momento. Mas, para isso...ainda preciso falar com Justin.

Só espero ter coragem para dizer mesmo à verdade. Que Deus me ajude!

- Justin, está muito ocupado?! – Indaguei, parando em frente ao seu escritório.

- Entra, pivete. – Ele respondeu, rouco e levemente sem paciência. Que novidade...

Abri a porta e a encostei, devagar. Observei Bieber sentado em sua cadeira giratória e vendo algo no computador, mas ele abaixou a tela quando eu entrei. Franzi levemente a testa.

- O que você estava vendo aí?

Estanho. Muito estranho.

- Nada demais. Relaxa vai. – Justin desconversou. – Precisa de alguma coisa, Elizabeth?

Andei até ele, nervosa. Me sentei em sua mesa, de frente pra ele. Justin afastou sua cadeira para que eu ficasse sentada entre suas pernas. Mordi meu lábio inferior, tomando coragem.

Quando nossos olhares se cruzaram, senti todo o meu corpo se arrepiar. Verde e avelã. Eu adoraria olhar para os lindos olhos dele, todos os dias. Por todos os minutos da minha vida. Acho que nunca...desejei TANTO algo do que jeito que eu desejo ele. Justin é perfeito!

- Nós precisamos...conversar, Bieber. – Respirei fundo.

- Eu sei.

- Sabe?! – Retruquei, confusa.

- Sobre aquela putaria do zé florzinha né, óbvio. – Justin revirou os olhos. – Tu sabe que ele é um mano morto, não é?! – Ele riu, nasalar. – Aquele Tristan implorou pra morrer. E ele vai.

- Bieber, eu entendo o seu ódio. Juro que entendo. Mas, não acha que, por enquanto...você já não tem problemas demais em lidar só com o Karev? – Argumentei, engolindo em seco.

- Karev nunca foi um problema pra mim. Eu já te disse isso. – Bieber rebateu.

- Eu acredito em você. Mas, tenho medo. – Confessei. – É muita coisa pra se lidar, até pra alguém como você!

- Elizabeth, larga dessas paranoias. Tu confia em mim, não confia? – Ele sorriu, de lado. – Essas porras não são nada demais. Eu pouco me fodo pra esses veadinhos de merda, mas faço de tudo isso por ti e pra te ver bem, saca? – Completou, sério.

 - Só não quero que se...machuque tentando me salvar, Justin.

- E eu não vou, caralho! – Justin riu, baixo. – Não precisa ter tanto medo, angel.

- Eu tenho senso, Bieber. Coisa que você não tem! – Ri. – Eu entendo que queria me salvar e proteger de tudo, e eu amo isso em você. Porém, isso está fora do nosso controle! – O encarei.

- Não tô entendendo aonde tu quer chegar com essa porra... – Bieber rosnou, desconfiado.

- Apenas quero que saiba que eu faria qualquer coisa pra te ver bem também, Justin. – Repeti sua frase, sorrindo. – Qualquer coisa mesmo.

Não deixei que ele dissesse mais nada. O beijei e vi seu olhar mudar de desconfiado para surpreso e em seguida, eu não vi mais nada. Sua língua quente e macia deslizou maravilhosamente pela minha, abrindo caminho. Agarrei em seus cabelos e senti seu cheiro amadeirado e gostoso. Suas mãos voaram para as minhas pernas e me esqueci de tudo. Esse homem é tudo na minha vida! Tudo! Justin me pegou no colo em meio ao nosso beijo e me colocou em seu colo, bruscamente. Eu me aconcheguei manhosa nele, mas tivemos que nos separar ou eu morreria sem ar! Justin riu de mim, num tom baixo.

- Tão frágil, né pivete? – Bieber zombou, olhando em meus olhos. – Tão sensível...

- Tua mãe, seu otário! – Rebati, escutando sua risada alta. – Eu sou muito forte, pra sua informação!

Justin me deu mais alguns selinhos longos que logo se transformaram em outro beijão. Me remexi em seu colo e o senti bem duro embaixo de mim. Nos separei rapidamente, rindo irônica.

- Tão frágil, né? – Dei de ombros, o vendo ele negar com a cabeça, sorrindo. – Tão sensível...

- Porra pivete tu é muito insuportável, puta que me pariu!

Bieber soltou uma dessa e eu cai na risada.

- E você me ama mesmo assim... – Respondi, simples. – Não é?      

Eu, por milésimos de segundos, esperei por um “sim”. Ou qualquer coisa que sugerisse um sim. Sempre disse aos quatro ventos que não sou de cobrar declarações de amor de ninguém, não sou do tipo que pressiona.

Mas...eu gostaria de receber pelo menos alguma coisa vinda do Bieber, né?

Justin me encarou como se estivesse evitando me dizer alguma coisa. Ele suspirou, desviando seu olhar do meu. Aquilo me quebrou em milhões de pedacinhos. Caralho, eu sou tão burra...

É óbvio que Justin não me ama! Não ao ponto de conseguir dizer isso!

- Não é, Bieber? – Insisti, sentindo meu coração bater mais forte.

Por favor, me diz alguma coisa...

- Elizabeth, na boa, eu preciso resolver umas paradas importantes pra caralho agora. Então, se era só isso que tu queria falar, tu já pode sair, fechou? – Justin rebateu, grosseiro.

E lá vai ele da água pro vinho, outra vez. Essa bipolaridade toda me mata por dentro.

Não faz isso, Lisa. Não faz...

- Mas que porra acontece com você?! – Cruzei os braços, me levantando na mesma hora.

Merda. Eu não consigo me controlar.

- Deixei claro que nem água pra ti desde o começo disso que eu não sou o príncipe encantado de ninguém, cacete. Tu tá surtando de graça, garota. – Bieber sorriu, falso.

- POR QUE É TÃO DIFICÍL PRA VOCÊ SER CARINHOSO COMIGO?! – Gritei, furiosa.

- Tu não colabora pra que eu seja, Elizabeth. – Ele respondeu. - Se tu não me estressasse tanto todo santo dia, quem sabe?

- Cara, você é um IDIOTA. – Ri, sarcástica. – Fazer TUDO ISSO por mim não adianta nada se você realmente não GOSTAR de mim, Justin. Você não me entende?! – Respirei fundo.

- Não, eu não te entendo. – Bieber também se levantou, irritado. – Mas que porra tu quer de mim então, inferno?!

- QUE PARE DE AGIR ASSIM. Sendo essa pessoa fria e grosseira, que não consegue nem demonstrar o que sente por mim. É algo muito difícil de se lidar, Justin... – Respondi.

- Pivete, eu preciso tanto do seu draminha de carência quanto uma bala enfiada no meio da minha cabeça agora. Não tenho tempo pra essa merda, caralho. Porque, PRA VARIAR A PORRA DA MINHA VIDA, eu tô tentando te proteger e vivendo pra essa porra! – Bieber rebateu, extremamente estúpido.

Engoli em seco, sentindo a raiva daquelas palavras. Ele se sente exausto. É isso.

- Por que? – Perguntei, engolindo o choro. – Se eu sou um peso tão grande pra você e a sua vida, por que foi até Paris atrás de mim?! Por que me trouxe de volta?! Se eu pelo menos soubesse o real motivo, poderia parar de “infernizar” você com os meus dramas... – Sorri, falsa.

Bieber parou, segurou o ar nos pulmões e em seguida suspirou, puto da cara.

- Sabe que nem eu sei a porra do porquê? Não sei mesmo! – Ele riu alto, na minha cara.

Que belo tapa. Acho que se ele tivesse realmente me batido, teria doído muito menos.

Não, Lisa.... Eu não iria chorar justo na frente desse idiota. Não depois de ser humilhada desse jeito. Justin simplesmente não leva o que eu sinto por ele à sério. Esse namoro não tem significado pra ele. Na verdade, eu acho que meus sentimentos também não significam NADA pra ele.

- Eu cometi um erro muito grande em achar que voltar com você era a coisa certa.

- Pelo menos nisso aí eu digo que concordo contigo. Se arrependimento matasse, eu já tava na vala, Elizabeth. Porra do caralho. - Bieber revirou seus olhos, me dando as costas.

Respirei fundo, engolindo aquelas palavras.

- Sabe, você merecia era alguém como a Hailey, como a Hilary, ou até mesmo como você. Já seria castigo o suficiente. Eu não quero a porra do seu dinheiro, ou o status de mulher de bandido que vadias como elas sonham em ter. É ridículo! Eu quero você Justin, mas tem que ser por inteiro. E sinceramente? Acho que não falamos a mesma língua! – O ataquei, com ódio.

Talvez nunca tenhamos falado a mesma língua.

- Como se tu reclamasse da mordomia toda que eu te dou, né? – Justin debochou. – Não faz a maldita santa pra cima mim, Elizabeth. Já tô de saco cheio de bancar o mano bonzinho e paciente contigo. Tu é burra demais pra perceber as porras que eu faço por ti. Então, FAZ A MERDA QUE TU QUISER! – Ele gritou, me fazendo dar alguns passos pra trás.

Nesse exato momento, seu celular começou à tocar. Observei o nome na tela. “Hailey”.

Não. Nem fodendo. Isso não pode estar acontecendo bem na minha cara...

Ele não vai fazer isso.

Justin pegou seu celular, olhando friamente pra mim enquanto o segurava.

- Vai mesmo atender? Depois de quase ter me perdido por causa dessa mulher?! – Indaguei.

- Tu pode apostar que eu vou... – Bieber sorriu, completamente irônico.

Não disse mais nada, apenas sai daquele escritório e bati a porta com tanta, mas tanta força que achei que os pilares dessa mansão fossem cair. Eu chorava copiosamente, em silêncio.

Só me lembro de trombar com a minha mãe e ignorar seu olhar assustado pra mim. Fui direto para a porta da frente e segui até os jardins. Eu definitivamente preciso de ar.

Mas, depois dessa conversa ridícula e humilhante, eu já sei o que vou decidir.

 

***

- Justin Bieber. Pov. On. –

- “MAS QUE MERDA TU QUER AGORA”?! – Gritei, assim que atendi a porcaria do celular.

 - “Uau...alguém aqui acordou de mau-humor! – Hailey riu, me provocando. – Bom dia pra você também, Justin”!

- “Vê se não fode, caralho. E não banca a engraçadinha comigo. Fala de uma vez a porra que você quer, garota, e eu acho bom ser importante”. – Revirei os olhos.

- “Tudo bem! Eu só queria...conversar com você sobre uma coisa...” – Hailey suspirou, baixo.

- É sobre o teu Lúpus? Aconteceu alguma coisa contigo”?! – Perguntei, desconfiado.

- “É sobre isso também...mas, ainda tem uma outra situação mais complicada que eu preciso te confessar”. – Ela me respondeu.

Hailey parecia estar refletindo seriamente sobre o que iria me contar. Lá vem merda.

- “Inferno. Garota, o que tu aprontou?! – Ri, negando a cabeça. – Eu te conheço bem, Hailey. E de santa tu não tem nem a cara! – Nós rimos juntos. – Tô até o pescoço de B.O pra resolver por aqui, então não sei se rola conversa contigo agora, na moral. Fico te devendo. – Fui sincero”.

- “Por favor, faça um esforcinho, vai?! Me encontra no seu casarão. Bem, eu até iria na sua casa, mas sei que sua filhinha está morando aí, e se ela me pegar, vai me matar”. – Ela riu.

- “Sim. A Elizabeth vai. – Disse, me lembrando da nossa treta. – Cola lá daqui meia-hora. E acho bom ser parada de vida ou morte. Porque senão quem vai te matar sou eu”. – Rosnei.

Nem deixei a maluca terminar e já desliguei. Minha cabeça tava toda fodida agora e sei que vou me meter em uma treta maligna com Elizabeth por estar fazendo isso. Mas, eu ainda considero a Hailey. Ainda mais com essa merda toda que ela tá enfrentando, e por mais filha da puta que ela seja, não consigo simplesmente ignorá-la feito um filho da puta.

Porém, tô ligado que já está na hora de acabar com isso.

Vou mandar ela desencanar de mim e foda-se. Fim de papo. É muito problema pra mim!

 

***

- Bom dia, chefinho... – Nolan riu, ao olhar pra mim. – Não sou eu que vou te dizer, mas tu ainda vai se encrencar de ter tanta mina na cola ao mesmo tempo! Acredita em mim! – Ele piscou, arrombado.

- Larga de ser imbecil! Eu não tenho mais porra nenhuma com a Hailey há muito tempo. Não sou tão filho da puta assim...não mais, meu bom. – Disse, rindo.

- Sei... – Ryan se intrometeu, ainda olhando para o seu notebook. – Essa merda mal resolvida com essa mina ainda vai te custar muita coisa, Drew. Tô te avisando. – Ele revirou os olhos.

- Se tu me estressar eu vou abrir o bico sobre aquela puta que anda contigo à tiracolo. Então segura aí na intromissão, otário. – Rosnei, sem paciência. – Não se metam na porra da minha vida, caralho! Não sou novelinha pra marmanjo criado ficar acompanhando não!

- Eita... O Drew brigou com a patroinha dele. – Christian zombou, me encarnado. – A Elizabeth negou alguma parada pra esse mano, certeza. Esse aí tá mais ignorante que o normal! – Ele falou e todos os filhos da puta riram.

- Façam um favor e vão se foder. – Suspirei, batendo a porta da nossa sala de reuniões.

Michael me avisou que a Hailey estava no escritório do primeiro andar. Segui direto pra lá, acendendo um cigarro e tragando forte. Tô puto da cara com aquela pivete! Puta que me pariu, é muita ingratidão, cacete.

Tá sempre me exigindo o que ela não tem o direito de exigir! Eu sou assim e foda-se. É tão difícil de entender que eu nunca vou agir que nem um babaca apaixonado?! OLHA PRA MIM!

E outra, quem aquela filha da puta pensa que é pra me peitar daquele jeito?!

Abri a porta e me deparei com Hailey sentada em uma poltrona, tomando uma cerveja. Ela estava com um vestido vermelho bem agarrado e que deixava ela realmente uma delícia, confesso. Já ia chegar arrancando ele todo se...merda, a pivete.

Cala essa boca, Bieber. Puta merda. Só força do hábito, sacam?

- Desembucha logo, vai. Já tô aqui, patroa. – Fechei a porta atrás de mim, rindo.

- Antes de nós começarmos...eu preciso que você seja totalmente sincero sobre tudo que eu for te perguntar agora! – Ela disse, olhando em meus olhos.

Hailey andou até mim, até nós ficarmos frente à frente. Ela brinca com o perigo, porra.

- Foda-se. Tanto faz. – Rebati, soltando a fumaça.

- Justin...você realmente ama aquela garota sem graça? – Lá veio a primeira pedrada.

- E desde quando essa merda é um problema teu, hein?! – Retruquei, me estressando.

Todo mundo nessa porra decidiu me irritar hoje, não é possível não!

- Por favor. Apenas me diga a verdade, Bieber. – Ela insistiu, olhando em meus olhos. – Você já vai me dizer muita coisa se responder à essa única pergunta... – Completou.

- Se formos falar sobre isso, eu vou precisar beber. Muito.

Fui até o frigobar do meu escritório e tirei de lá uma cerveja trincando. A abri e virei quase metade de uma vez. Eu tô precisando chapar muito pra ter paciência pra esse bando de intrometido na minha vida, sinceramente...

- E então?

- Não estaria movendo a porra do mundo todo por ela se não gostasse, caralho! – Respondi.

- Gostar e amar são muito diferentes, gato. – Baldwin argumentou, rindo. – Você já disse que a ama, por acaso? – Ela parou ao meu lado, outra vez. – Sente por ela o que sentia por mim?

Essa merda vai acabar mal. Eu tô dizendo!

- Hailey, não faz perguntinha difícil à essa altura do campeonato... – Disse, em tom de aviso.

A garota se enfiou no meio das minhas pernas e olhou diretamente nos meus olhos. Suas mãos delicadas subiam e desciam devagar pelo meu tórax. Eu sei que não sou de pedir ajuda pra Deus não, mas já está ficando bem foda pra mim.

- Eu te fiz uma pergunta. Preciso que me responda...

 Ela me provocou, chegando ainda mais perto.

- Elizabeth é muito importante pra mim. Pra caralho. – Disse. – O que a gente têm junto é diferente do que eu tinha contigo ou com qualquer outra mulher. Aquela pivete é diferente de todas as outras, de verdade. Ela é...porra, não dá pra te explicar em palavras! Mas, eu ainda não disse isso pra ela. Inclusive, nós acabamos de tretar feio por causa disso... – Ri, sem humor.

- Então, eu ainda tenho algum tempo, não é? – Hailey mordeu seu lábio inferior.

- Como é?! – Perguntei, mas já era tarde.

Hailey me beijou. Porra do caralho. Suas mãos subiram para o peito e por um instinto, eu acabei retribuindo. Ela colou seu corpo quente no meu e por um momento, esqueci da merda toda que tava rolando na minha vida agora. Minhas mãos seguravam sua cintura e ouvi o som de sua respiração longa e tentadora. Só mais um passo, e tudo aqui vai pro caralho.

Hailey era muito boa em me fazer esquecer de tudo que atormentava minha cabeça.

Mas, a Elizabeth era melhor ainda eu me ajudar à lembrar do que é realmente importante.

Senti suas mãos pequenas entrando embaixo da minha camiseta e voltei pro mundo real.

- Não, Hailey. Essa porra não vai mais rolar. – Neguei, cortando o nosso beijo. – Não vou fazer isso com ela. Não posso e não tô afim de machucá-la. – A encarei, decidido.

- Meu Deus...mas quem é você?! – Hailey riu, desviando os nossos olhares.

Ela se afastou de mim, respirando fundo. Nem eu estava acreditando. Justin Bieber negando mulher. Que caralho...eu fico surpreso à cada vez que percebo o quanto aquela pivete destruiu o meu espírito de poliginia. E eu nem percebi o quanto já estava amarrado na dela.

- Ainda sou Justin Bieber. Mas, numa versão menos filha da puta, babe. – Respondi, rindo.

- O que ela faz com você, eu nunca vou conseguir fazer, Jus. Nunca. Essa garota despertou algo em você que eu achei que fosse impossível. Eu... – Hailey riu, baixo. – Devo meus sinceros parabéns à ela. Devo mesmo. – Piscou pra mim.

- Eu sinceramente não sei o que devo dizer pra ti agora. – A encarei, sincero. – Sinto muito.

- E ainda está se desculpando?! Ah céus...Elizabeth realizou mesmo um milagre. – Ela riu.

Eu sempre tive um milésimo à mais de paciência com essa mulher. Talvez seja por culpa do tanto que eu aprontava com ela no passado. Não sei. Mas, de algum jeito insano, eu me sinto à vontade com Hailey.

Mas, ela é como alguém que eu precise por perto para uma ter conversa sincera.

Nós dois nos conhecemos há muito, muito tempo. Todos esses anos juntos têm um efeito fodido sobre mim. Foi por isso eu relevei aquele lance da ligação dela pra minha casa, há algumas semanas. É óbvio que a Hailey sabia que a pivete atenderia e surtaria com aquele caralho, essa mina aqui é muito esperta. E foi de propósito. Mas, mesmo assim, eu relevei.

A única merda é que, se eu continuar pegando leve com essa mulher, eu perco a minha.

E eu não tô nenhum pouco afim dessa porra acontecer!

- Senta, vai. Preciso te confessar algo. Algo...horrível em que eu me envolvi. – Hailey prendeu a respiração. – E por favor, não me mate! – Ela já foi logo dizendo, rendendo suas mãos.

- Isso vai depender da merda que tu se meteu, esperta. – Rebati, revirando os olhos. – Fala.

 - Aquela sua garota maluca vai realmente me matar, Justin. E...ela tem razão. – Hailey fechou seus olhos. – Tudo bem, tudo isso começou quando eu...

 

***

- Lisa. Pov. On. –

Não conversei com absolutamente ninguém sobre o que aconteceu mais cedo, com aquele moleque imbecil que eu chamava de namorado. Ou sei lá que porra eu, burra como sou, achava que nós dois éramos.

Porque, claramente, pra ele eu não era merda com coisa nenhuma.

Eu juro, se ele estivesse aqui e agora, arrancaria seu pescoço fora. Bieber é um filho da puta.

E quer saber mais?! FODA-SE. Foda-se Justin. Foda-se Tristan. Foda-se Karev e a porra toda!

São todos uns merdinhas que me enxergam como uma mera mulherzinha fraca e totalmente inexperiente, tão ingênua e coitadinha que é incapaz de se cuidar sozinha. E eu estou pronta pra mostrar a VERDADE pra todos esses desgraçados de uma vez só.

Meu celular vibrou em cima do sofá e eu logo corri para atender!

- “ALÔ?! TRISTAN, É VOCÊ?!”

- “Você me deu um voto de confiança e eu estou te retribuindo, Lisa. Siga essas instruções e encontrará o local correto. Apenas...não se machuque, entendeu? Tome muito cuidado e...”

- “Vai se foder, seu idiota. Não venha bancar o cara legal pra cima de mim numa altura dessas, né? Tenho cara de retardada agora, por acaso”?

- “Elizabeth...por favor, não aja assim comigo...tudo que eu fiz foi por uma boa causa”!

- “Me erra, seu imbecil. Você me deu até o final dessa semana para o fim do nosso trato. E eu vou cumprir minha parte”.

Não deixei que o papinho furado dele continuasse e desliguei logo aquele telefone. Observei o suposto endereço enviado por Lacroix, como nossa última mensagem. Respirei fundo, enojada.

Agora você não pode mais voltar atrás, Lisa...

- Tudo bem, sua garota pirada. Você vai querer me contar ou eu terei que descobrir sobre isso aí sozinha?!    

Era Ellora Howell. Intrometida para um cacete, e me espionando atrás das estadas.

Fodeu, com certeza!

- ESTAVA ME ESPIONANDO, VOVÓ?!

- Abaixe esse tom comigo, mocinha. – Ellora me repreendeu. Inacreditável. – Não me interessa aonde a senhorita se meteu, ou como, quando, aonde e com quem. Eu sinto que isso tudo vai terminar muito, mas muito mal! – Ela rosnou.

- Ellora, os meus problemas são apenas meus. – Retruquei.

- Não, não são. Eu e sua mãe viemos aqui justamente por isso, Elizabeth. E, por favor, não nos faça voltar pra Paris com ainda mais culpa do que viemos.

Merda. Essa mulher é muito boa...

- Alguém aqui pode morrer, entendeu?! E eu não quero que seja UMA DE VOCÊS! – Confessei.

- Se for por uma boa causa, como salvar aquela cafona da Sadie, que mal tem? – Minha avó rebateu, cruzando seus braços com suas milhares de joias brilhantes nos pulsos. Uma perua.

- VOCÊ ESTÁ SE OUVINDO, MULHER?!

- Deixe de ser medrosa, vai. Vamos de uma vez. Você vai ver o que sua avó sabe fazer. – Ellora revirou os olhos, começando à subir as escadas.

Ah, meu Deus.

 

***

- Algumas horas depois... -

 

- Vovó? – Bati na porta de seu quarto, falando baixinho. – Ei? Já está na hora de irmos.

Respirei bem fundo só de pensar que eu seria OBRIGADA à leva-la junto para essa maluquice perigosa. Mas, Ellora não me deu outra opção, então...

Aliás, até agora eu não vi a cara daquele idiota do Justin. E graças à Deus por isso. Nós terminamos, e não quero encontra-lo em casa enquanto eu mesma não sair daqui. Já fui magoada o suficiente por uma vida toda. Não preciso de mais uma dose quando ele chegar.

- Querida, entre. – Ellora respondeu. – E não surte comigo, por favor.

Fiz o que ela disse e, assim que encarei seu quarto, eu vi...ah...não.

Não, não, não, não.

MAS QUE PORRA, VOVÓ! O QUE NÓS DUAS CONVERSAMOS, HEIN?!

- Oi, amiga...

- Oi, minha filha...

- Oi, minha norinha. Você está linda, como sempre. – Pattie sorriu, toda animada.

- Mas que porra é essa agora, gente?! - Eu encarei todas elas, desacreditada!

Juro pela minha vida que vou sufocar a Ellora com um travesseiro. Mas que velha fofoqueira...

- EU NÃO TIVE ESCOLHA, FLORZINHA. Sua mãe me obrigou à contar! E...aí, a sua sogra Pattie acabou nos ouvindo, lá na cozinha. Foi nesse instante que a Alexia chegou e... – A interrompi.

- Não quero saber quem foi que falou para quem, já chega disso! VOCÊS NÃO IRÃO COMIGO!

- Não temos tempo pra isso, Elizabeth. Nós vamos com você e pronto. Você falou sobre as chantagens do Tristan com o Justin? – Minha mãe perguntou.

- Não e nem vou. Inclusive, nem vou ver a cara larga dele de novo nessa vida! – Rosnei.

- Vocês brigaram outra vez...ah, meu Deus. – Pattie colocou a cabeça entre as mãos. – O que houve agora, hein Lisa? – Ela suspirou, frustrada.

- Eu já sei, amiga. Ryan me disse mais cedo! Bieber é um desgraçado mesmo, não é?! – Alexia se intrometeu, indignada. – Que homem mais cretino, pelo amor de Deus! ELE NÃO TE MERECE!

- O Ryan sabe? – Indaguei, me referindo à briga de mais cedo que tive com Justin.

- E tinha como não saber?! Butler estava puto por ver aquela piranha de novo lá no casarão! Hailey é uma maldita pedra no sapato do Bieber desde que você foi embora! – Ela respondeu.

- Espera aí...o Justin foi até o casarão para encontrar a...Hailey?!

Engoli em seco, chocada. Meu Deus, eu devo estar ouvindo coisas. Justin não faria isso comigo. Não depois de tudo que nós já passamos juntos. Seria canalhice demais...até pra ele.

Coloquei a mão em meu peito, sentindo meu coração inteiro falhar uma batida.

- ALEXIA, CALA ESSA BOCA! – As garotas gritaram para ela, em uníssono.

Senti o peso daquela informação em minhas costas. Esse sim era o nosso fim definitivo. Eu apostei tudo. E mesmo assim...ainda quebrei a cara. Justin é como todos os outros. Um desgraçado que ele teve a CORAGEM de fazer isso comigo. Depois de saber...o quanto eu o amo. Depois de prometer ficar comigo, me proteger. Depois de...se arriscar por mim.

MAS QUE MERDA. Eu...eu só quero me deitar e chorar até essa dor horrível dentro do meu peito passar. Só isso.

- Que se foda toda essa merda. Vamos logo. – Ignorei tudo, saindo daquele quarto.

Me lembro de descer as escadas com rapidez, escutando os passos agitados das garotas atrás de mim. Minha cabeça não pensava em nada, eu estava dominada pelo ódio. Aquele filho da puta me tratou como um mero objeto, um maldito fardo na vida dele. E na PRIMEIRA OPORTUNIDADE que ele teve, Justin já foi logo se agarrar com a sua vadia particular.

Eu bem que merecia isso. Confiar nas pessoas dá nisso. Confiar em criminosos dá nisso.

Justin, Karev, Maxwell, John Hayes. Todos farinha do mesmo saco. Todos iguais.

Fui à passos rápidos até a garagem subterrânea de Justin e observei todos os seus queridos carros. Vamos ver...qual deles eu irei ter o grande PRAZER de estragar hoje?! Vejamos...

- Elizabeth, você não está pensando direito... – Minha mãe disse, parecia assustada.

- Não sei o que tu vai fazer, mas eu te apoio, mana! – Alexia bateu palmas, me incentivando.

- Tenho certeza que tudo isso é um grande mal-entendido, Lisa. Meu filho não faria uma idiotice dessas, não é possível... – Pattie tentou dizer. – Você não vai nem conversar com ele?!

- Não quero ouvir nada que saia da boca do seu filho, Pattie. E você vai ficar aqui, e segura. Já vou colocar essas três malucas em perigo. Você, com certeza, não vai ser mais uma. – Disse.

- MAS EU QUERO IR COM VOCÊS, ELIZABETH! – Pattie teimou, revoltada comigo.

 - Você não vai. Não me perdoaria nunca se te levasse pra mais uma das minhas insanidades. Eu posso estar odiando aquele arrombado do seu filho agora, mas eu sempre, sempre vou amar você. Por favor, me entenda. – Tentei me acalmar ao dizer isso.

Não esperei que ela dissesse mais nada e a abracei, com amor. Beijei o topo de sua testa e senti seu pequeno corpo junto ao meu. Ela é a pessoa mais doce e querida que eu já conheci.

Sempre foi!

- Obrigada por cada conversa e cada carinho seu comigo, desde...sempre. Você é uma mulher maravilhosa. – Disse, em seu ouvido. – E eu seria a pessoa mais feliz desse mundo se fosse sua filha, algum dia. – Sai do nosso abraço, antes que desabasse ali mesmo.

- Você já é minha filha, Elizabeth! Desde o primeiro diz que coloquei meus olhos em você, soube que você era uma garota especial e perfeita para o Justin... – Ela respondeu, chorosa.

Pena que o seu próprio filho não enxergou isso, Pattie. Ele acaba de me perder.

- Tudo bem, então... – Engoli o choro na garganta. – Vamos de uma vez acabar com isso.

Observei a Bugatti de Justin, na garagem. A dourada. Uma entre as cinco que existem no mundo todo. Um item clássico de colecionador e eu sei o quanto o traidor do Justin adora ela. Pedi que um dos seguranças do Bieber me desse a chave e, mesmo bem desconfiado, ele me entregou. Mais fácil que isso, impossível!

Avisei que os seguranças responsáveis por mim não precisavam me acompanhar e menti que iria apenas para o Hotel de Alexia, só para não levantar mais suspeitas. Chloé e Ellora entraram em uma Range Rover preta, um dos vários carros blindados de Justin pela mansão, e Alex e eu fomos na belíssima Bugatti Veyron. Menti mais uma vez que Justin havia autorizado tudo aquilo e os homens dele pareceram cair nessa.

- Sabe dirigir esse treco aqui? – Alexia me encarou, desacreditada. Concordei. – Elizabeth?!

- Tristan também tem uma Bugatti. Inclusive, eu vou passar com ela em cima dele na primeira oportunidade que tiver, Alex. – Sorri, arrumando o retrovisor.

- Deus nos ajude com essa maluca, bebê... – Ela passou a mão na barriga, rindo. – Vamos logo!

Liguei aquela verdadeira máquina mortífera e nós saímos em carros enfileirados daquela garagem. Alex e eu íamos guiando o caminho e Ellora e Chloé iam logo atrás.

Minha amiga pegou meu celular e trilhou o caminho até o endereço dado por Tristan no GPS da Bugatti. Me lembrei que Justin guardava sempre uma arma embaixo do banco de seus carros e encontrei uma ali, contando seis balas em sua munição.

Isso deve bastar.

 

 

One shot to your heart without breaking your skin
No one has the power to hurt you like your kin
Kept it inside, didn't tell no one else
Didn't even wanna admit it to yourself
And now your chest burns and your back aches
From 15 years of holding the pain
And now you only have yourself to blame
If you continue to live this way

 

Um tiro no seu coração sem ferir sua pele
Ninguém tem o poder de te machucar como ela
Manteve tudo dentro, não contou para ninguém
Nunca admitiu nem mesmo para você mesmo
E agora seu peito queima e suas costas doem
Por 15 anos segurando a dor
Agora você só tem a si mesmo para culpar
Se continuar vivendo desse jeito...


Get it together - India.Arie.

 

 


Notas Finais


Apenas leiam esse capítulo ouvindo essa música mais do que maravilhosa, eu imploro! <3

GENTE, MAS O QUE FOI ISSO AQUI?!
Alguém anotou a placa? Pois eu permaneço no asfalto atropeladíssima!
Teve Tristan, Justin e Lisa, Hailey no meio da briga toda, Chloé e Ellora fazendo visitinha, muitos tratos e brigas, mentiras e sentimentos pra todo lado, tudo junto e misturado!

E esse final?! Alguém já imagina o que pode acontecer?
e falem sobre suas opiniões e teorias, amores. Vamos fazer um bolão! KKKKKKKK

É isso, lindezas. Obrigada por todo o carinho e seus comentários maravilhosos.
Todos vocês estão no meu heartzinho, eu juro.
Até o próximo cap!
<3333


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