História Champions - Our love

- Lisa. Pov. On. –

"Nos momentos de dificuldade de minha vida, lembrei-me que na história da humanidade o amor e a verdade sempre venceram".

- Mahatma Gandhi.

Karev e eu nos sentamos numa das mesas da pousada, um pouco afastada do resto das pessoas. Minha mãe claramente estava desconfortável e irritada com a presença dele ali, mas Ellora conseguiu acalma-la.

Eu ainda estava com o vestido de noiva, mas agora estava descalça e ainda mais descabelada.

Exatamente. Foi desse jeitinho que eu me casei com Justin Bieber.

Se não fosse assim, não seria nós dois.

Casamentos tradicionais não são muito a nossa cara, né?

- Então, o que quer me contar, Karev? – Perguntei, simples.

- Elizabeth, agora que tudo isso acabou, pelo menos por enquanto, eu gostaria de tentar resolver e explicar algumas coisas pra você. – Ele suspirou. - O que eu fiz não tem perdão e não há nada que eu possa te dizer ao ponto de justificar ter impedido você de conhecer a sua mãe e seus verdadeiros parentes por tantos anos. Eu mandei que todos mentissem pra você, enganassem você e atrasassem o máximo possível o dia em que você fosse descobrir a verdade. Eu pensei que estivesse te protegendo e te dando uma oportunidade de ter uma vida melhor do que a minha, mas eu sei que estava errado. É uma merda te dizer que o seu sangue e a sua verdadeira família sempre serão motivos de problemas na sua vida, como foi com aquele idiota do Lacroix. E virão muitos outros como ele. Porque esse é o preço que se paga por ser quem você é. E se eu pudesse mudar isso, eu te juro que mudaria. Mas eu não posso. Então, há essa altura, tudo que eu posso te pedir é que, com o tempo, você consiga pensar e até reconsiderar que nós dois possamos ter uma boa relação. – Completou.

Wow...Era muita coisa para se digerir de uma vez, definitivamente!

- Karev, por muitos anos da minha vida eu odiei você, de todo o meu coração. – Respondi. - Eu sempre te achei um monstro horrível, um covarde, um completo filho da puta egoísta e sem coração. E nós dois sabemos que isso é verdade. Mas, mesmo com tantas coisas ruins, não vou me esquecer do que fez por mim hoje. E o que fez por Justin. Isso não é um conto de fadas e muito menos um reencontro de pai e filha. É a vida real. Então, vamos...apenas viver um dia de cada vez, tudo bem?

O encarei e o homem de preto concordou, com um aceno de cabeça. Mark logo se aproximou de nós, como quem não queria nada. Ele fez um toquinho de mano com o Caleb e eu ri, finalmente entendendo a situação.

- Foi ele que te mandou me dizer aquelas coisas? Porque olha, funcionou direitinho... – Eu sorri.

- Não. Eu só disse aquilo porque precisava enrolar o teu casamento até Karev e o Bieber chegarem e botarem pra foder. – Mark debochou, se sentando com a gente. – Fala aí, eu fui muito foda, não fui?! Até te emocionei, Elizabeth! ROUBEI FOI A CENA TODA! – Se gabou.

- Não força a barra, vai? – Mostrei a língua. – Mas obrigada, Mark. Você me fez lembrar do que realmente é importante pra mim. Eu precisava muito ouvir tudo aquilo. – Confessei.

- Só tentei te dizer o que nosso avô diria se estivesse aqui. – Maxwell sorriu, sincero.

Me levantei e o abracei, com carinho. Mark se surpreendeu com meu ato, mas não se afastou de mim. Ele retribuiu o abraço e beijou a minha testa. E...por mais que nós dois tenhamos demorado (E MUITO) pra entender, somos irmãos.

Maxwell Collins é o irmão que a vida me deu. E eu o amo por isso.

- Desculpe por tentar te matar naquela noite maluca, tá?! – Fiz carinho em sua bochecha, rindo baixo. – Eu confundi tudo, Mark! Pensei que você fosse o sequestrador da Sadie! Perdão por te machucar com aquela faca...

- Não tem problema, Lisa. Você não tinha mesmo como saber. - Ele deu de ombros,.

Depois disso, nós conversamos bastante. Mark me contou que Karev havia o procurado há alguns meses e contado sobre ser o meu pai verdadeiro. Então, ele fez o convite para Maxwell entrar para sua máfia, já que ele era meu irmão de criação e sabia muito sobre mim. E é lógico que ele aceitou, né?

Foi aí que o doido do Mark começou à me seguir por todos os lugares para ficar repassando tudo para o Karev! E sobre o dinheiro que ele roubou de Sadie, foi mesmo de uma antiga dívida com traficantes de Nova York. Mas, agora está tudo resolvido e ele devolveu cada centavo do dinheiro à ela, como deve ser.

- Fiz aquela burrice no desespero, Lisa. Os caras pra quem eu devia ameaçaram de matar a minha Amy. Eu tava duro de grana e não tive outra escolha. – Ele engoliu em seco, sem graça.

- Você fez o que devia fazer. Mas, se você se meter em problemas de novo, por favor, fale comigo, tá? Eu te devo uma desde o episódio na casa da Sadie... – Pisquei, o fazendo rir.

- Você não me deve nada, Lisa. Sempre foi uma boa garota que cuidou da nossa mãe e fazia o que era certo. Espero que a Amy puxe pra você no futuro. De verdade. – Mark respondeu.

Eu não sei porque, mas aquilo me emocionou muito. Nós nos abraçamos mais uma vez.

- Eu te amo, Mark. Seu idiota.

- Também te amo, bastarda metida. – Ele sussurrou o apelido no meu ouvido, me fazendo rir.

Maxwell foi embora não muito tempo depois. E, novamente, Karev e eu ficamos sozinhos.

- E aí? Você vai me contar o motivo de ter me dado tanto dinheiro assim? – Fui direta. - O que está acontecendo, hein cara? Por que fez aquelas contas no meu nome?!

- No momento certo eu prometo que irei te contar. – Ele sorriu, simples. Cretino... – Por agora, preciso te fazer uma pergunta muito importante, mas quero que saiba que eu vou aceitar sua resposta. Qualquer que seja ela. – Disse, enfático.

- Manda bala.

- Você gostaria de assumir os negócios da família, Elizabeth? Você sabe que é a primeira na linha de sucessão, não sabe? – Karev me olhou fixamente e eu arregalei meus olhos! – Eu sei que não é sua obrigação e eu jamais poderia te pedir pra fazer algo tão grandioso assim, à não ser que você realmente quisesse fazer. Não se esqueça disso. – Terminou.

Ok. Meu queixo acabou de cair no chão. E bonito!

Quando eu acho que a minha vida vai se acalmar...já soltam outra bomba fodida em mim!

- Parece até que você está falando de um reinado da era medieval, sabia? – Retruquei. – Céus, que horror!

- É mais ou menos isso. Nós somos uma grande família. Nos protegemos e fazemos o certo uns pelos outros. Porém, se você entrar nisso, não consegue mais sair. É para sempre. – Ele explicou.

Ah, meu Deus.

Foi o ar que ficou mais pesado por aqui ou essa pressão está toda nas minhas costas?! Jesus!

- Tudo que pertence à mim, na verdade, é seu. Então, pode usar como quiser. Pode abrir mão, gastar tudo, ou até dar ao Justin. Eu vou respeitar sua decisão, Elizabeth. O império sempre foi seu.

Puta merda. O que é que eu digo agora, hein?!

- Porra! Isso tudo é algo muito, mas muito difícil pra mim, Karev! – Confessei. – Essa vida criminosa e super bizarra de vocês vai contra TODOS os meus princípios! Eu NUNCA quis estar envolvida com essas coisas erradas, tráfico de drogas e nem nada que fosse fora da lei. Então, me desculpe por isso, mas...e-eu... - O homem me cortou.

- Eu sei. Sadie te criou muito bem. Por isso eu confiei você à ela. – Ele sorriu. – Você é uma boa menina e eu tenho muito orgulho disso. Apenas pense, e quando tomar sua decisão, me avise, Elizabeth.

Palavras ditas, Karev se levantou da mesa, ficando na minha frente.

- E como é que eu vou te achar, meu anjo? – Indaguei, irônica. – Nem tenho seu telefone! 

- Eu te encontro. Só vou te dar um tempo pra assimilar as coisas. – Caleb respondeu, simples.

Acho que eu vou vomitar. Sinto minhas pernas moles de puro nervosismo. Respirei fundo, tentando focar na situação.

- Ei, espera aí! – O chamei, me levantando também. – Posso te perguntar...só mais uma coisa?

- Qualquer coisa.

- Foi você que escolheu o meu nome, não foi? – Perguntei, sem nem pensar.

Só podia ter sido ele. Chloé sempre desconversava quando eu perguntava sobre isso. Não havia outra justificativa!

O olhei nos olhos, e Karev pareceu até pensar um pouco antes de me responder.

- Elizabeth. Eu sempre achei um nome bonito. É o nome de uma das rainhas mais poderosas da história, com um reinado longo e próspero. Recuperou o império britânico depois da guerra mais sangrenta já vista e tem um legado eterno consigo. É o nome de uma mulher incrivelmente forte, que está destinada à ser uma rainha inesquecível. – Ele sorriu, de lado. – Sim. Foi eu que escolhi.

- Caralho... – Sussurrei, engolindo em seco. Ele riu. - Eu nem sei o que te dizer depois dessa, cara! - Ri, desacreditada.

Karev acenou pra mim, antes de dar meia volta e sair de lá, tranquilamente. Ele chamou por Camille e os dois entraram em um grande helicóptero preto, que os esperava mais à frente da bela pousada.

- Elizabeth. - Repeti comigo mesma, tentando digerir todas aquelas informações.

Essa era a pecinha que faltava no quebra-cabeças complicado que eu chamo de vida. O motivo do meu nome. E...eu gostei muito do significado dele. Quase como se eu pudesse sentir a força que ele carrega consigo. Foi, com toda certeza, um dos meus melhores momentos.

E essa nossa conversa ainda não terminou, Karev. Eu te garanto isso.

***

- Algumas horas depois... –

6éme, In Boulevard Saint-Germain.

Paris, França.

Todos chegamos ao apartamento de Chloé, prontos pra capotar! CÉUS, QUE DIA MAIS LOUCO!

Eu literalmente me casei (com o homem que eu queria meus irmãos, glória à Deus), conversei com o meu pai biológico, fiz as pazes com Mark e de quebra, esfaqueei Tristan Blanc Lacroix. Aprendi todos os seus preciosos mandamentos feministas, Rihanna.

Man Down neles, porra!

Me livrei do vestido e tomei um longo banho. Quando sai do banheiro do meu quarto, dei de cara com a Alexia Jones estirada na minha cama, fazendo carinho em Jansen e na Joaquina.

- Eles são tão gostosos, amiga. Parecem de pelúcia, né?! Que delícia! – Ela riu, com Joaquina no colo e Jansen em uma das suas coxas.

- Meus filhinhos...

Sorri ao ver meus gatinhos tão amados comigo, finalmente!

- E aí? Como é estar casada com o seu grande amor Bieber? E melhor ainda, como é ser a ÚNICA HERDEIRA do Karev?! Que é um dos caras mais GOSTOSOS que eu já vi?! – Alexia zombou, piscando pra mim. – PORRA, LISA! VAI SER SORTUDA ASSIM LÁ NA CASA DO CARALHO, FILHONA!

Minha amiga achou Karev Genovese o homem simplesmente mais gato da face da terra!

Ela agora só fala disso. Eu mereço...

- Relaxa aí, cachorra. Acho que vou recusar essa proposta insana do Karev. E Bieber e eu não assinamos nada. Foi um casamento simbólico. Mas...no meu coração, sei estamos juntos por toda a eternidade agora. – A encarei. – Eu amo o Justin, amiga. Ele é o homem da minha vida.

- Awn, amiga! Ai meu Deus, QUE COISA MAIS LINDA!

Ela se levantou da cama, correndo pra me abraçar.

Começamos à pular pelo quarto, feito duas garotinhas idiotas. Sempre fazíamos isso juntas, desde pequenininhas. Quando nós fazíamos festas do pijama privadas, na minha casa ou na casa de Alex, assistíamos à filmes, riamos muito e fofocávamos até pegarmos no sono.

Nós conversávamos sobre os nossos sonhos. O meu era ser artista. Queria vender meus quadros nos maiores museus do mundo.

O dela? Ficar rica à qualquer custo! Queria casar com um velho rico ou assaltar uma joalheria chique e fugir pra Bali, na Indonésia. Alex sempre foi a mais pirada de nós duas...

- Eu te amo tanto, sabia? – Sussurrei em seu ouvido, escutando seu riso. – Amo vocês dois! Você e o nosso garotão. – Corrigi, passando a mão por sua barriga enorme.

Estou tão ansiosa pra ver esse menino lindo...

Mas, foi aí que eu percebi uma coisa muito, mas muito estranha. Alexia aparentemente não havia notado ainda, mas uma parte de seu vestido estava bem molhado.

Era como se ela tivesse feito xixi nele ou...ESPERA AÍ.

O que?!

MEU DEUS DO CÉU!

- Alexia? Ei? – A chamei, desconfiada. - Você está...parindo...?!

Arregalei meus olhos, saindo de perto dela. Santo Deus!

- O quê? – Ela parou de rir, me encarando. – Tá doida, porra? O drogado da tua relação é o Bieber, Lisa! Nem começa com maluquice! – Alex me encarou, debochada.

- ALEXIA! OLHA PRO SEU VESTIDO, CARALHO!

Apontei para o tecido e ela encarou a grande mancha escura nele. E então, voltou à me olhar.

- Puta que pariu...eu...e-eu nem senti! Como pode?! – Alex disse, horrorizada. – AI MEU DEUS!

- AI MEU DEUS! – Eu gritei.

- AI MEU DEUS! – Ela repetiu, travada no lugar.

- SOCORRO! GENTE, AJUDEM AQUI!

Comecei a berrar feito louca, enquanto Alex soltou um grito gutural no meu quarto. Acho que ela acabou de sentir uma contração horrorosa, sei lá! Que pesadelo, misericórdia...

Peguei em seu braço e a deitei na minha cama, colocando Jansen e Joaquina no chão. A porta se abriu bruscamente e lá estava o Mark, apontando uma arma pra nós duas. Tia Sadie veio logo atrás dele, toda descabelada e de pijamas. E por último, a minha mãe surgiu no quarto só com o seu roupão de cetim e com o David à tiracolo, só de boxer preta e roupão branco.

Os dois estavam meio ofegantes, vermelhos e com expressões muito, mas MUITO suspeitas!

Não temos tempo pra suposições agora, Lisa. VÊ SE FOCA, PORRA!

- Mas que merda tá acontecendo?! Achei que tivessem invadido! - Mark rosnou, nervoso.

- A Alex! Ela e-está tendo...o neném dela...a bolsa estourou, cacete! SOCORRO! - Eu gesticulava feito uma idiota todos os acontecimentos.

O Mark fez uma careta de total nojo e desespero e a tia Sadie o empurrou, vindo rapidamente até nós duas. Ela se sentou na cama e segurou a mão de Alexia, depois passou a mão em seu rosto.

- Querida, preciso que respire! Nada de estresse ou o bebê não sai, ouviu?

A madrinha avisou, séria.

- Como é?! ESSA COISA TEM QUE SAIR DE DENTRO DE MIM SIM, PORRA! – Alexia berrou.

- Escute ela, Alexia. – Minha mãe também se sentou na cama. – Respire comigo...assim...

Chloé foi ensinando alguns exercícios de respiração à ela enquanto eu me levantei, pegando o celular de Alexia dentro da bolsa. Procurei tremendo pelo contato do Butler e quando encontrei, apertei o botão para ligar pra ele. Mas aí o meu desespero já era tanto que deixei o celular cair, gente! E todo mundo me encarou como se eu fosse uma completa retardada!

Ok. Eu confesso que estava agindo feito uma mesmo.

- MERDA! – Rosnei, pegando o aparelho do chão. – Atende, Ry. Em nome de Jesus, vai? ATENDE ESSA DROGA, HOMEM! – Berrei.

E, com a ajuda do universo, Ryan atendeu no quarto ou quinto toque.

- “Oi minha gata! O que foi? Tô saindo aqui da penitenciaria que levaram o Drew, tô com tanta saudade de ti e da sua... – O cortei, bruscamente! SENHOR!

- “É Lisa, Butler. Corte essa nojeira aí, obrigada. CORRE AQUI PRO APARTAMENTO DA MINHA MÃE! A Alexia tá tendo o bebê de vocês nesse exato momento! – Expliquei.

- “O quê?! Calma aí...O QUÊ?!

Ryan finalmente entendeu a gravidade da situação.

Observei Alexia berrando feito uma cabrita e minha mãe de olhos arregalados, negando com a cabeça. Sadie abriu as pernas dela e tapou a boca, desacreditada. Ah, isso sem falar no coitado do Maxwell, que estava paralisado, em pânico. ISSO AQUI ESTAVA UMA COMÉDIA DESESPERADORA!

- Eu vou pegar o carro. Precisamos leva-la ao hospital, gente! - David disse, engolindo em seco.

- Não vai dar tempo. Ele vai nascer aqui. – Sadie respondeu, me encarando. – Já está vindo.

A minha alma deixou o corpo e voltou nesse exato momento.

Então, minha melhor amiga vai parir seu primeiro feto aqui e agora?! Mas que merda?!

- “ELIZABETH, MAS QUE PORRA! FALA ALGUMA COISA, MULHER! QUEM É QUE TÁ GRITANDO TANTO AÍ”?! – Ryan se apavorou todo ouvindo os berros assustadores da Alexia.

E eu não o culpo, né?

- “Ryan, só corre pra cá, pelo amor de Deus”. – Respondi, desligando em seguida.

Joguei o telefone pra trás e fui até a Alex, pegando em sua mão. Minha amiga estava toda trêmula, ofegante e claramente muito apavorada. Meu coração se quebrou ao vê-la sofrendo assim. Puta que pariu.

- Você queria ter um parto super humanizado, lembra? – Ri, a encarando. – Vamos fazer isso. Nós vamos pra hidromassagem do terraço e vamos fazer esse neném aí sair. Vai dar certo!

- Lisa...amiga...tá dando muito! Porra...eu tô com um medo do caralho, cara. – Ela dizia, apertando minha mão. Concordei, passando a mão por seu cabelo. – E se ele não sair?! E se acontecer alguma coisa com ele e comigo?!

Alexia me enchia de perguntas, desesperada!

- Não vai. Relaxa. – Menti na cara dura. Eu estava tão apavorada quanto ela! – Vamos lá, Alex.

Eu não faço ideia de como isso tudo vai acontecer. Só espero que minhas longas noites maratonando o meu amado Grey’s Anatomy me sirvam de alguma coisa agora, não é?

É agora ou nunca, meu Deus.

***

Entrei na hidromassagem do terraço junto com Alex, Sadie e Chloé. Minha avó Ellora só chegou depois porque tinha saído pra comprar mais vinho pra se embriagar na madrugada.

E lá foi ela se enfiar naquela água nojenta junto com a gente!

- Bebe, minha gatinha. Vai te ajudar. – Minha avó deu uma garrafa de vinho pra Alex, que virou quase metade de uma vez, morta de dor. – Quando eu tive a minha Chloé, estava bêbada feito um gambá! Eu não senti nada...foi maravilhoso.

Ela disse, sorrindo de orelha à orelha.

- MEU DEUS, ELLORA. – A repreendi, indignada. – Você sabe que grávidas não podem se embriagar!

- Eu bebi por nove meses e sua mãe é normalzinha, meu bem. – Ellora retrucou. – Isso aí é tudo mentira desses médicos chatos. Eles não querem que a gente aproveite a vida... – Completou, rindo alto.

- Você é louca. Puta que pariu. – Revirei os olhos. – Continue respirando, amiga! Está indo super bem...não perde seu ritmo! - Incentivei Alexia, imitando seus movimentos de respiração.

Me sentei atrás de Alex e ela tombou sua cabeça em meu ombro, suspirando baixo. Coloquei seus cabelos pra trás, dando forças à ela. Minha amiga gritou mais uma vez. E mais outra.

Jesus Cristo, isso aqui deve doer demais. Eu não queria estar na pele dela nem fodendo.

- CHEGUEI! CHEGUEI, CACETE. EU JÁ TÔ AQUI!

Ouvi os passos desesperados do Butler e assim que ele se deparou com a nossa cena, na hidromassagem, parou de correr e gritar. Ele simplesmente paralisou aonde estava.

- Eita porra, mano... – Chaz veio logo atrás, abrindo a boca. – Ela tá parindo numa banheira?!

- E a criança não se afoga, galera? - Nolan perguntou, largando sua cerveja no chão do terraço.

- Deixa de ser imbecil! O neném fica na placenta por nove meses. Ele vive na água, cara. – Chris revirou os olhos. – E aí, Alex? Como tu tá, linda? Tá doendo muito? – Ele chegou mais perto.

- ARH! PUTA QUE ME PARIU! – Alex gritou, em outra contração intensa. – EU VOU MORRER!

- Ok. Entendi.

Christian arregalou seus olhos, se afastando de nós.

Ryan tirou seus all stars e entrou na hidromassagem de roupa e tudo, ficando frente à frente com a Alex. Ele nem se preocupou com aquele sangue e todo o resto. Butler segurou no rosto dela e beijou sua testa, depois sua bochecha e sua boca. Eu me derreti todinha ao ver aquilo.

Que coisa mais fofa, gente!

- Tô contigo nessa, gata. Faz força e deixa o nosso filho vir, tá? – Ele disse, contra a boca dela.

- Eu te odeio tanto por ter feito isso comigo, seu filho da puta... - Alex rosnou pra ele, fazendo todos ali rirem.

- Na hora tu bem que curtiu, não foi? – Ryan brincou, piscando pra ela.

E então, Alex deu um grito que com certeza acordou Paris inteira. Ryan começou à rir sem parar e Sadie arregalou os olhos, colocando suas mãos embaixo d’água.

- ELE ESTÁ VINDO! – Minha tia gritou, ansiosa. – Vai, querida! Faz força! Vamos lá! – Pedia.

Alexia ficou branca feito um papel sulfite e soltou mais um berro alto e ensurdecedor bem no meu ouvido, antes de pesar todo o seu corpo cansado contra mim. Eu a abracei, com carinho.

Foi nesse momento que nós ouvimos o choro mais fofo e doce que podia ecoar pelo grande terraço de vidro do 6éme.

- Nasceu! – Sadie anunciou, e todos nós começamos à gritar e comemorar! – MEU DEUS!

Em meio aos gritos de alegria e assovios de todos, minha madrinha tirou o bebê de Alex da água e entregou ao Ryan, que não tinha mais nenhuma reação.

Ele ficou encantado olhando para o bebezinho que chorava e era tão frágil, em seu colo.

Foi lindo.

- Gente...o m-meu filho...é tão fofo! - Minha amiga suspirou, exausta.

Mas ainda assim ela sorria.

- Nosso filho é lindo, Alex. Ele é perfeito. Obrigado por isso. – Butler segurou o choro.

- Eu disse que você ia conseguir, sua otária! Olha aí! - Sussurrei no ouvido dela, rindo baixinho.

- Eu te amo, Lisa. Demais. Obrigada... – Alexia respondeu, beijando minha bochecha.

E foi assim, no meio do terraço do 6éme, em Boulevard Saint-Germain, aqui no coração de Paris, que nasceu o nosso pequeno William Jones Butler, o garoto mais fofo desse mundo.

E muito amado por todos nós, é claro.

Eu o peguei no colo e senti todo o amor que poderia sentir. Eu juro proteger este lindo neném de todo o mal desse mundo.

Eu vou ser a melhor tia, a melhor madrinha e a melhor amiga que eu puder ser pra ele!

- Valeu, Will. Sem você, eu nunca teria voltado para Los Angeles e reencontrado o meu Justin. Obrigada, neném. Sou tão grata à você... – Disse enquanto o segurava em meus braços.

E Will sorriu de volta pra mim.

Um sorriso doce de um bebê que vai ganhar o mundo todo um dia.

***

- Algumas semanas depois... –

6éme, In Boulevard Saint-Germain.

Paris, França.

Justin Drew Bieber já está preso há quase UM MÊS, vocês acreditam?!

Nesse meio tempo, Ryan e a Alexia voltaram pra Los Angeles com o fofo do Will enquanto Chaz, Nolan e o Christian ficaram aqui em Paris, resolvendo a situação do querido amigo presidiário deles. 

E quanto à mim? Eu fiquei no aqui no apartamento da minha mãe mesmo, só esperando isso se resolver para Justin e eu podermos voltar à morar juntos e finalmente começarmos a nossa vida.

Até dei um tempinho das redes sociais e de toda essa vida louca de exposição que eu tinha. Eu precisava disso. E sinceramente? Eu amei! Voltar à ser anônima é tão gostoso, havia até me esquecido dessa sensação foda de ter liberdade, cara.

Viver a vida real ao lado de quem a gente realmente ama não tem preço.

Chloé havia saído com o David hoje à noite, já que agora ambos andam de pegação e saidinhas pra lá e pra cá feito dois adolescentes apaixonados de Paris. Eu sei! É de cair o queixo, né?

Claro que eu dei a maior força do mundo à eles, mas confesso que ainda estou me acostumando com essa novidade. Foi uma baita de uma surpresa pra mim, já que minha mãe nunca mais se interessou por ninguém, depois que se envolveu com o Karev.

Mas, eu fico muito feliz por David ter sido o primeiro. Ele é um homem incrível e que a trata como a rainha que Chloé deve ser tratada. É lindo de se ver. O David gosta de verdade dela e eu garanto que ele é correspondido!

Desliguei a TV e segui para a cozinha, pegando uma barra enorme de chocolate. Sei ando engordando MUITO ultimamente, mas...não acredito que esteja mesmo grávida, como todo mundo anda dizendo pra mim nesses últimos dias. Que coisa mais ridícula, né caralho?!

Ok. Eu sei que Justin e eu não nos cuidamos certinho nas nossas últimas vezes, mas...eu não posso estar grávida. Qual é? Justin e eu não temos a MÍNIMA cara de sermos pais de alguém!

- Que saudade dele, meu Deus. – Resmunguei, comendo mais em pedaço de chocolate.

- Espero mesmo que tu esteja falando de mim, sua pivete.

Dei um pulo de susto e coloquei e mão no peito, morta de susto. E lá estava Justin Bieber. Escorado e bem tranquilão no balcão da cozinha, logo atrás de mim.

CACETE, COMO FOI QUE ESSE HOMEM ENTROU AQUI, GENTE?!

- Justin? Como assim?! – Disse, desacreditada! – Mas...mas...como você....o quê?! – Larguei o chocolate na mesma hora, sem nem pensar.

- Uns subornos ali, umas dívidas grandes lá, comigo as coisas são muito rápidas, Elizabeth. Cai fora daquela merda na primeira oportunidade. Parada rápida. – Bieber piscou, todo sacana.

Nem deixei ele dizer mais nada e pulei contra seu corpo, o puxando pra mim.

Agarrei aquele homem como se minha vida dependesse daquilo! O puxei pela camiseta preta e joguei seu boné vermelho no chão, o fazendo rir, baixo. Passei minhas mãos por seu rosto desenhado, só pra ter certeza de que aquilo não era mais um sonho meu. E quando dei por mim, já estava até dando selinhos nele, coisa que Bieber correspondeu no mesmo instante.

Esse ai adora um carinho...essa pose de cachorro mal dele não engana mais ninguém.

- O Chris me disse que você podia pegar até 80 anos de cadeia! EU QUASE MORRI! – Gritei.

- Na verdade, com a porra toda que consta na minha ficha, acho que dava um pouquinho mais que isso. – Justin debochou, só me desesperando mais! – Ei, relaxa aí vai. Tu já viu criminoso de verdade ficar em cana? Dinheiro resolve qualquer merda, Lisa. – Completou, sereno.

- E lá eles te bateram?! Fizeram mal pra você?! Te obrigaram à fazer tatuagens de gangue?!

O enchia de perguntas, toda apavorada.

- Eu sou o líder de uma gangue perigosa e que toca o terror, amor. Até em cela separada o papai aqui tava. Tinha cama boa, comida de primeira e até Iphone. Tava de boa. – Justin sorriu.

- Mas por que caralhos você não me avisou que sairia da prisão hoje, hein? É lógico que eu teria ido lá pra te buscar, porra! CUSTAVA ME MANDAR ALGUMA COISA? – Reclamei, nervosa.

- Cadeia não é lugar pra uma dama do teu porte, Elizabeth. E eu tô aqui agora, não tô? Bora curtir isso comigo, urh? – Bieber mordeu meu pescoço, suspirando. – Eu tô morto de tesão...

Comecei à rir, o trazendo pra mim pela nuca. O beijei e logo senti meu corpo todinho tremer de puro êxtase, meu Deus. Que saudade dessa boca maravilhosa dele. Justin puxou o meu cabelo, ao mesmo tempo que apertou minha cintura. Arfei, já ficando sem ar! Ele riu, nasalar.

- Você está mais... - Apertei seus braços. – Duro, meu amor. O que houve? – Indaguei, vendo seus músculos grandes me abraçando mais forte.

Jesus, eu estou no céu mesmo.

- Não é só isso que tá duro pra ti agora, princesa. – Ele sacaneou, beijando e chupando meu pescoço. – Eu não tinha muita coisa fazer lá, aí puxava peso que nem um doido. – Explicou.

- Entendi. – Sorri, simples. – Está com muita saudade de mim, não é Jus? – Provoquei, rindo.

- Pra caralho mesmo, angel. Meu pau tá com mais saudade ainda. – Ele zombou.

- Você sabia que nós dois estamos sozinhos aqui? – Perguntei, beijando seu maxilar travado.

Ele concordou com um aceno de cabeça.

- E quem foi que tu acha que mandou o David vazar com a tua mãe daqui hoje, Elizabeth?

- Não acredito! – Ri, alto. – Bieber, então você já tinha planejado tudo isso?! Seu cretino!

- Eu penso em tudo, Elizabeth. Tô sempre um passo à frente. – Ele piscou, rindo de mim.

Justin me puxou pelas coxas e me colocou sentada no balcão de mármore. Abri mais as pernas e encaixei meu marido entre elas. Bieber jogou sua camiseta no chão e desabotoou seu cinto, rápido. Passei os dedos por suas correntes de ouro e diamantes no pescoço e sorri, maliciosa.

- Meu Deus, você está gostoso demais! – Cantei ele, sem vergonha alguma.

- Sou irresistível, né pivete? Eu tô ligado. – Justin respondeu, no meu ouvido.

O beijei, pedindo passagem com minha língua. Bieber cedeu e nós travamos uma batalha por espaço. Fiquei até sem ar, mas não parei por nada aquele nosso beijo quente. Ele apertava minhas coxas, minha bunda e subia suas mãos grandes pela minha cintura.

Tirei meu moletom, ficando só de lingerie e meias compridas e listradas de rosa, já que não estava com calça. Bieber passou seus olhos caramelo por todo o meu corpo, sorrindo maldoso.

- Pivete... – Justin passou a língua entre os lábios inchados pelo beijo. – Estão maiores? – Ele apertou meus seios, forte. Eu arfei ainda mais, rindo baixinho. – Puta merda, que delícia...

- Eu engordei alguns quilos enquanto você estava fora. Deve ser por isso. – Confessei, rindo.

- Tá mais gostosa ainda, pivete.

Bieber mordeu o lóbulo da minha orelha, sussurrando rouco.

Ele abaixou as alças do meu sutiã, com pressa. Justin se abaixou vagarosamente em cima de mim e eu me deitei no balcão frio. Sua língua quente passou pelo meu bico rígido e eu gemi, me deliciando com aquilo. Meu outro seio era vítima de seus dedos cruéis, que não tinham um pingo de delicadeza comigo.

Bieber mordeu meu mamilo, me causando um misto incrível de dor e prazer.

Eu gemi, sentindo suas chupadas longas e excitantes, enquanto aqueles olhos me devoravam à cada segundo. Segurei em seus ombros largos, o incentivando à continuar. Estava ofegante, de olhos fechados e morta de tesão! Justin foi descendo mais, beijando a minha barriga e chegando na minha calcinha. O loiro puxou o tecido fino pro lado, dando um beijo no meu clitóris.

Estou encharcada. Uma verdadeira cachoeira. Santo Deus.

- Tá toda molhadinha pra mim. E eu nem fiz muita coisa, linda. – Bieber sorriu, me encarando.

- Vai logo com isso, homem!

- Tu aproveita bem, Elizabeth. Porque tu só manda nessas horas. – Ele respondeu, na lata.

Depois disso, Justin literalmente caiu de boca em mim. Arh...

Fechei minhas pernas ao redor de seu pescoço, mas Justin as abriu de novo. Grunhi, revirando meus olhos. Ele beijava minhas bocas, enquanto introduzia dois dedos em mim. Rebolava contra seus dedos, ansiosa. Bieber colocou mais outro e eu sai do meu corpo. Eu vou morrer!

Eu ia gozar mais rápido do que pensava. Estava muito necessitada dele.

- Apertada e gostosa. – Justin chupou seus dedos, que antes estavam dentro de mim. – E doce.

Já chega disso.

Me levantei e inverti nossas posições, descendo para o seu zíper. Fiquei de joelhos e senti seu olhar queimando contra mim. Justin fez um rabo de cavalo desleixado em meus cabelos e eu abaixei sua calça jeans clara, até o chão. Seu membro pulsava pra mim, na boxer. Abaixei ela também e pequei aquela obra-prima, sentindo minha boca salivar. Eu amo fazer isso nele.

Coloquei até a parte que consegui na boca, chupando que nem sorvete. Ia e voltava, olhando direto pra ele. Justin abriu de leve sua boca, suspirando de prazer. Ele puxava meu cabelo, ditando sua velocidade.

- Não cabe tudo, né? – Justin sorriu, maliciosa. – Coitadinha... – Completou, baixo e rouco.

O masturbei, sentindo seu pau ficando cada vez mais grosso. As veias estavam aparentes, e o rosto de Justin estava vermelho. Passei minha língua pela cabecinha, engolindo seu pré-gozo.

- Parou. Vou gozar. – Ele disse e já me tirou de lá, rapidamente. – Vira pra mim, morena.

Fiz o que ele mandou e me escorei no balcão. Bieber colocou uma das minhas pernas em cima do mármore e passou seu indicador pela fenda da minha intimidade, sem pressa. Respirei fundo.

Quando senti ele roçando em mim, indo e voltando, quis morrer.

- Justin! Por favor! – Resmunguei, ofegante.

- Calada, pivete. – Ele respondeu, num tom de voz amedrontador. Por via das dúvidas, eu obedeci.

Senti Bieber me invadindo aos poucos. Encostei minha cabeça no balcão e senti a investida forte. Justin brincava com a minha calcinha, conforme metia em mim. Aí ele cansou e simplesmente rasgou ela, jogando os trapos no chão. Revirei os olhos de novo, gemendo.

- Amor...ah... – Apertei mais meus punhos, descontando meu prazer ali. – Vai! Isso!

Justin agarrou minhas mãos e colocou atrás da costas, me prendendo de vez. Ele amava me ver entregue pra ele, sem defesa nenhuma. Meu corpo também gostava de ser dominado por ele. Essa intensidade dele me deixa maluca. Insana.

- Caralho, Elizabeth. Tu vai me esmagar. – Ele rosnou, dando um tapa forte na minha bunda.

Tremi na base, sentindo seus tapas fortes que me levavam pra frente. Sentia minha pele ardendo e sabia das marcas que apareceriam ali amanhã. Gemia cada vez mais alto.

Ouvia o barulho das estocadas, meus gemidos altos e os suspiros de Justin. Mais e mais fundo. Estava quase chegando ao meu amado orgasmo quando Bieber parou com tudo, DO NADA.

- Tá maluco é? – Reclamei, chocada. – Continua com isso!

- Calma aí, gostosa. – Ele riu. – Vem cá, vem.

Sai de cima do balcão e nós fomos parar um dos sofás da sala. Caímos em cima no primeiro que vimos, completamente nus. Fui para cima de Justin e logo entendi o que ele queria de mim. Peguei seu membro e o encaixei em mim, sem perder mais tempo. Nós gememos, conforme eu rebolava em cima dele. Fui beijando seu pescoço, mordendo seu ombro e arranhando suas costas largas, sem parar de quicar nele. Bieber apertava minha bunda, dando puxões agressivos em meu cabelo. O orgasmo foi se formando em meu ventre, forte e rápido. E ele chegou, me fazendo tombar a cabeça pra trás e gemer longamente! Meu corpo todo se arrepiou e entrou em êxtase!

Era tudo que eu mais precisava...

- Puta que pariu, tu tá tão apertada! – Bieber gemeu, olhando nos meus olhos. – Elizabeth...

- Goza pra mim, amor. Goza, vai? – O provoquei, rindo sacana.

Bieber me tirou de cima dele e me colocou de joelhos, ao lado do sofá. Joguei meus cabelos pra trás e olhei em seus olhos, enquanto ele se masturbava cada vez mais rápido. Então, o loiro chegou ao seu máximo, gozando em mim. O líquido escorria por meus seios, barriga...

- Cacete! Que foda sensacional, hein? – Justin sorriu satisfeito, caindo ao meu lado.

Nos deitamos no tapete felpudo da sala, ofegantes e tentando normalizar nossas respirações rápidas. Bieber me puxou para um delicioso beijo de língua, e aquilo já foi me dando um calor!

- Vem, Justin. Vamos terminar isso no banho. – Pisquei, me levantando.

- O que foi que eu fiz contigo, pivete? Cadê aquela menininha toda meiga e santinha que eu conheci?! – Ele sacaneou.

- Ela está morta e enterrada, garotão. – Sorri, de lado. – Sinto muito.

Escutei seu riso baixo, enquanto Bieber seguia comigo até o segundo andar do apartamento.

- Eu adoro essa tua versão bandida e toda safada de agora, só pra constar.

Ri, alto! Justin me pegou no colo e voltamos à nos beijar, tão sedentos de amor quanto antes.

***

- Dois dias depois... –

In Los Angeles, Califórnia.

Bel Air.

Desde que nós voltamos para os Estados Unidos, a rotina de Bieber anda mais corrida do que nunca! Ele está ficando maluco por causa de um carregamento grande que está vindo da Colômbia, entre outros negócios internacionais. Já eu? Mais tranquila impossível!

Continuo sumida do Instagram e tenho focado em voltar à pintar. Desde que cai na real sobre o meu futuro, estou cada vez mais pensativa. Aí, aquela conserva insana com Karev Genovese vem à tona e só piora as coisas...

Tô confusa. CONFUSA PARA UM CARALHO!

Não consigo pensar em assumir um império secular. Um cartel espanhol de drogas e armas. Com direito à ficha criminal, brutamontes atrás de mim, pó branco pra todo lado e de brinde, um pacto de sangue com a máfia, que vai durar até eu morrer. E vai condenar meu futuro filho à isso também! E NEM DE LONGE É O QUE EU QUERO!

Mas, também posso tentar ser uma pessoa normal... Ou tão normal quanto dá pra ser nesse caso, né?

- O japonês de hoje é por minha conta, rapaziada! – Christian chegou, todo animadinho.

- Nem começa com palhaçada, Chris, nós já tínhamos combinado que hoje era dia de italiano. – Caitlin se intrometeu, com Zayn à tiracolo, ambos jogados no sofá de casa.

- Porra, qualquer coisa já serve, gente! Tô morta de fome nessa merda! – Alexia reclamou, com Will no colo.

- Eu voto por comida francesa, galera. – Opinei e todos os olhares julgadores vieram pra mim. – O que foi?! CULINÁRIA FRANCESA É A MELHOR DE TODAS! ACEITEM ISSO! – Disse, em alto e bom tom.

- Seu cú. – Justin passou por mim, fazendo todo mundo rir. – Bora comer Burger King, seus merdas. Tá ótimo. Eu tô com fodido de sono e louco pra vocês sumirem da minha casa. – Completou, sorrindo falso.

- POIS TRATO É TRATO. E nós queremos o nosso italiano! – Caitlin voltou à contrariar.

E lá fomos nós de novo. Era briga pra todo lado, vozes alteradas e até dedo na cara rolou. Mas, como todos nós já esperávamos, Justin Bieber perdeu a paciência dele e sacou uma baita de uma arma, fazendo todo mundo se calar no mesmo instante!

- CHEGA DE GRITARIA AQUI, CARALHO. Seus mimizentos de merda.... Eu é que decido o que vai ser e vai ser a comida francesa que a Elizabeth queria. E quem der um chiado no meu ouvido vai levar um coladão! – Bieber decretou e piscou pra mim.

- Obrigada, amor! – Sorri, contente. Ele sorriu de volta.

- Moleque pau no cú do cacete...  – Chris revirou os olhos, rindo. – Para de mimar a Lisa desse jeito, que sacanagem! 

Mas, mesmo com muitos palavrões e revoltas depois, a decisão foi enfim acatada. Bieber fez o pedido e não demorou muito para aquela maravilha gastronômica chegar na mansão. Os seguranças trouxeram as sacolas e as deixaram na cozinha. E Cait, eu e Alexia, separamos a comida dos chorões, enquanto os garotos bebiam cerveja na sala.

Levei a comida de Justin e me sentei ao lado dele, encostando a cabeça em seu ombro.

- Tu não vai comer não? – Justin perguntou, com a colher na boca. Eu ri, negando.

- Tava morrendo de vontade mesmo, mas aí eu senti o cheiro enquanto ajudava as garotas na cozinha e o meu estômago se embrulhou todo. – Expliquei, simples. Bieber franziu a testa. – O que é? Que cara é essa, Justin?! - Rebati.

- Pivete... – Justin disse, com um sorriso safado na boca. – Tu tá enjoando muito ultimamente? Ou nem?

- Não, não estou. – Neguei, na cara dura. – É algo bem raro. Acho que estou com alguma gastrite...

- Ou com um filho meu na barriga. – Bieber retrucou, rindo.

- CALA ESSA BOCA, JUSTIN! – Gritei, assustando todo mundo. - MISERICÓRDIA. HOMEM!

- A gente transa muito e tu pode sim estar grávida. Aceita. E eu ia curtir pra caralho, aliás... – Justin deu de ombros, tranquilão.

- Isso aí é bem verdade. Geral aqui já escutou os gemidos escandalosos de vocês! – Nolan debochou, rindo junto com o pessoal.

- Quer saber, seu bocudo? – Me irritei, levantando do sofá. – Eu vou agora mesmo comprar o melhor teste só pra esfregar nessa sua cara o negativo! Que coisa! – Rosnei. – Não estou grávida, Bieber. Eu te garanto isso...

- Agora que eu entendi tudo! Dona Lisa... essa sua bundona está ainda maior e não é por acaso! – Caitlin disparou, sorrindo pra mim.

Tive que rir de uma palhaçada dessas, né?! Eu era a única irritada enquanto todos os ridículos caiam na risada, principalmente o Justin!

- EU VOU JUNTO COM ELA. Cuida do nosso fetozinho lindo aí, Ryan. A mamãe já volta. Quero acompanhar essa novela.– Alexia pulou do sofá, jogando o Will no colo do Butler. – Bora logo, Lisa. Até eu já tô ansiosa pra saber!

- Não vejo a hora de tirar esse risinho todo convencido da sua cara... - Disse prontamente ao Justin, que riu ainda mais em resposta.

***

- Duas horas depois... –

Enumerei os melhores testes que achei na farmácia. Eram caros pra cacete e diziam ter a menor porcentagem de erro possível! Alexia trancou a porta e ficou lá comigo, nervosa.

- Vai logo, merda. Parece uma lesma! Anda com isso... – Minha amiga suspirou, inquieta.

- CALMA, PORRA. – Retruquei.

Fiz o que tinha que fazer e me sentei na banheira, esperando os minutos passarem. Alexia olhava os testes de cinco em cinco segundos, roendo as unhas. Fechei meus olhos, suspirando.

Eu sei que não tô grávida!

Mas...então...por que meu coração não para de pular dentro do peito?! Parece até que eu tô tendo um ataque, porra!

- PRONTO! JÁ PASSOU OS MALDITOS DOIS MINUTOS, ELIZABETH. – Alex berrou, já pegando um teste.

Peguei outro teste e nós ficamos uma de frente pra outra. Comprei quatro de uma vez, só pra ter certeza de que não ia dar qualquer erro idiota neles. Fechei os olhos de novo e tentei me acalmar, mas esse desespero da Alexia não estava me ajudando muito, cacete!

- Fala você primeiro. Não consigo nem abrir os olhos, amiga. – Disse, mordendo o lábio inferior.

- Ok! Olha...os dois palitos rosinhas querem dizer que...calma aí, eu...meu Deus, não tô entendendo essa merda não! – Alexia rosnou e eu abri os olhos confusa. – Dois palitos é o que mesmo, hein?!

- Significa positivo, amiga, que caralho! – Disse como se fosse óbvio.

- ENTENDI. POSITIVO. Então... – Ela engoliu em seco. – AI MEU DEUS!

- AI MEU DEUS!

- AI MEU DEUS! – Nós gritamos juntas.

Cansei de todo o circo armado da desesperada da Alex e tomei o teste da mão dela. E lá estavam dois palitinhos estampados nele. Então, eu encarei o meu. Contava positivo, de um à três meses de gestação, escrito no pequeno painel do teste.

- Mas que merda tá acontecendo aí dentro?! – Ouvi a voz desconfiada de Justin do outro lado da porta.

- ESPERA UM POUCO AÍ, JUSTIN BIEBER. ACALMA O PINTO! – Berrei, toda nervosa. – Eu vou ver os outros testes, isso deve estar errado!

Corri para a bancada e peguei os outros dois. Positivo. Positivo. ESTAVA TUDO POSITIVO NAQUELE CARALHO!

- VOCÊ VAI TER UM NENÉM, AMIGA! PUTA MERDA! – Alexia começou à me encher de beijos e abraços apertados, berrando aquilo para o bairro todo ouvir.

Eu estava chocada. Completamente paralisada com aquilo.

- O QUÊ?! – Ouvi um grito ensurdecedor de Justin, lá fora. Ai, meu Deus...que caos.

Alexia correu pra abrir a porta e Bieber quase caiu, por estar escorado nela. O loiro veio até mim, bagunçando seu topete loiro e me puxando pela cintura, com os olhos arregalados e todo apavorado! Apoiei minhas mãos em seu peitoral e ele colou nossas testas, sorridente.

- Tu...tu tá grávida mesmo?! – Justin perguntou, sem pensar. – A gente vai ter um filho, Elizabeth?! Tu...vai ter um herdeiro meu?!

- Eu acho que...eu não sei! Acho que sim! – Nem conseguia formular uma frase de tão surtada. - Olha Justin, eu...

- O que foi? Tu não tá feliz? – Bieber rebateu, todo confuso. – O que tá rolando, pivete? Que cara de doida é essa? - Ele indagou.

- Tô com medo, amor! Meu Deus do céu! - Confessei, sem conseguir olhar nos olhos dele. – Bieber, eu tô com muito medo!

- A gente tá fechado nessa, Elizabeth. Eu te amo. Vai dar certo, gata. Eu te prometo isso. – Ele sorriu, com uma certeza tão forte que me contagiou também.

Ele me beijou, e todos os pensamentos medrosos foram embora. Eu não sabia o que fazer, mas Justin, mesmo com toda essa insanidade, faz o meu mundo entrar nos eixos. Faz tudo ficar bem. Esse homem é tudo na minha vida. Não sei o que faria sem ele!

E...sinceramente? Não dá pra imaginar um pai para os meus filhos, que não seja ele...

Ouvimos os gritos de comemoração dos nossos amigos e Justin logo me arrastou pra sala. Chaz tirou a arma da calça e foi tiro de alegria pra todo lado. Acho que eu nunca vou me acostumar com o jeito de eles comemorarem as coisas! Bieber me ergueu no ar e eu só sabia rir!

- ISSO AÍ, O DREW VAI SER PAI, CACETE! ESPALHA PRA GERAL! – Nolan gritava pra alguém, no telefone. Bieber riu alto dele.

Alexia começou à dar pulinhos de alegria com o lindo William no colo e eu quis guardar aquela cena pra sempre na cabeça. Nossos melhores amigos gritando e comemorando a notícia, e Justin estava com o maior sorriso que eu já vi na vida. E eu lá, tentando assimilar a cena toda.

Foi perfeito. Nossos amigos ali foram tudo pra mim. A felicidade deles com a notícia contagiava facilmente uma cidade inteira!

- “Não vejo a hora de tirar esse risinho todo convencido da sua cara”... – Bieber repetiu a minha frase de mais cedo, só pra sacanear comigo. Mostrei o dedo do meio pra ele!

- Eu te odeio, sabia disso?!

Revirei os olhos, o puxando pra mim.

- Eu sei. – Justin piscou, me beijando no segundo seguinte.