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História Champions - Champions


Escrita por: Gimendess13

Notas do Autor


AQUI ESTOU EU DE NOVO!
Essa é a segunda e última parte, meu amores...<3
Tenham uma leitura fabulosa e nos vemos nas notas finais, ok?
Beijinhossss!
<3333.

Capítulo 52 - Champions


Fanfic / Fanfiction Champions - Champions

- Lisa. Pov. On. -

- Três dias depois. –

Ibiza, Espanha.

 

Estávamos no paraíso dos pecadores, de fato. Festas todo santo dia, bebidas dos mais variados tipos, som alto por todos os lados e muita, mas muita diversão! É lógico que os garotos se jogaram na balada, mas Justin e eu preferimos ficar um pouco mais...tranquilos durante nossa estagia.

Mesmo eu estando perfeitamente saudável, por estar grávida, bebidas e atividades muito exaustivas poderiam prejudicar o nosso bebê, e Justin, mais PSICÓTICO do que nunca, fazia questão de me lembrar disso à cada cinco segundos, cacete! QUE CARA MAIS CHATO!

Era manhã de sábado e todo mundo já havia descido de seus quartos da pousada para tomarmos o café da manhã. Eu e Bieber chegamos pouco tempo depois, sonolentos, já que nossa última noite foi um tanto quanto...agitada, me entendem? (Piscadinha maliciosa, rs).

- Bom dia, pombinhos. – Chaz debochou. – O que vão fazer hoje, hein?

- A gente vai seguir o cronograma. – Justin respondeu e eu já revirei os olhos! – Vamos pra uma das piscinas aquecidas, depois tomar um pouco de sol, porque eu vi na internet que o bebê curte essas paradas, aí a Elizabeth vai tomar uma vitamina natural e então... – Cortei ele.

- VAMOS PRA BALADA, CARALHO! – Gritei, ouvindo palmas, assovios e risadas escandalosas dos nossos amigos.

Justin fechou a cara comigo como se eu tivesse acabado de xingar a mãe dele!

- Tu tá grávida, sua desmiolada do cacete. – Ele rosnou, fazendo todo mundo rir mais ainda.

- Mas eu não tô morta, porra! Qual é? Vamos curtir! – Sorri, agarrando em seu pescoço. – Você disse que essa seria nossa lua de mel e...já que pulamos a parte de esperar pra fazermos um bebê, podemos pelo menos conciliar as duas coisas né? – Fiz minha melhor cara de coitada.

- Pivete, tu testa a minha paciência contigo, ah se tu testa... – Meu marido resmungou, de olhos fechados. – Mas tu tem que me prometer que não vai fazer nenhuma idiotice, nem bebida alcóolica, cigarro, exposição forte ao sol e... – O cortei do novo.

- Eu nem sequer fumo cigarro, seu idiota. – Ri, alto. – Mas ok, eu prometo. Vou curtir de forma consciente! – Sorri.

- AGORA SIM! DREW E LISA TÃO NA PISTA, PORRA! – Nolan gritou, fazendo brinde com os outros.

- Vamos logo, amores. Eu tenho que ficar pertinho do meu Martin Garrix quando ele começar à tocar hoje. ENTÃO ACELEREM PRA GENTE PEGAR LUGAR DESCENTE. – Alexia berrou, se levantando.

- Que palhaçada é essa agora, Alexia?! ESQUECEU QUE EU TÔ AQUI?! – Ryan reclamou, cheiro de ciúme.

- Claro que não, meu neném. Eu te amo... – Minha amiga zombou, beijando a bochecha do namorado, que também riu.

- Iiiih alá, cornão! – Christian riu alto e tomou um tapa fodido de Butler, bem no peito. – EI! DOEU!

- Foi pra doer mesmo, seu merda. – Ry sorriu, satisfeito.

- Chega de showzinho, né? Bora logo, suas lesmas. – Justin sorriu, falso. E o homem já foi me arrastando pelo braço feito um foguete pelo grande hall da pousada!

Uma delicadeza que me encanta tanto...

Fomos até uma das BMW alugadas e Bieber e eu entramos. Ele deu partida e avançamos pelas ruas de Ibiza. Coloquei meus óculos escuros e curti aquele sol gostosinho em contato com a minha pele, enquanto os raios entraram pelo teto solar.

- Posso te perguntar uma coisa? – Encarei Justin de rabo de olho focado na estrada.

- Já tá perguntando. – Ele respondeu, sempre educadíssimo. Tive que rir dessa.

- Depois que o bebê nascer e...aquilo acontecer. – Me referi a Karev, engolindo em seco. – O que acha de passarmos um tempo na Espanha? Só pra eu conseguir organizar melhor as coisas?

- Não posso largar Los Angeles, babe. Não por tanto tempo. – Justin suspirou. – Mas, eu boto fé em ti e nos teus planos. Sei que tu vai se virar bem pra caralho. – Ele piscando, voltando pra estrada.

- Pensei em conversar melhor com Dylan e Derek, depois com o John. Vamos entrar em um consenso sobre as posses e a responsabilidade delas. Isso também é deles. – Comentei, decidida.

- Tu é tão gente boa que nem dá pra crer que é minha mulher. Nem passar a perna nos outros tu consegue, puta merda... – Justin zombou, estacionando a BMW. – Somos opostos mesmo.

- Eu sou uma boa garota, fazer o quê?

Sorri, maliciosa. Bieber negou com a cabeça, sacana.

Descemos do carro e encontramos o pessoal na entrada pra festa privada. Um dos funcionários colocou pulseiras VIP em todos nós e nos deu passagem. Entrelacei minha mão na de Bieber e todos caminhamos até a área do palco principal, repleto de luzes, cores e muita energia boa!

Esse lugar é...fantástico, gente. Meu Deus.

- PUTA QUE PARIU! EU VOU ENCHER A CARA ATÉ DESMAIAR! – Alexia gritou, toda animada.

Encontramos Caitlin e Zayn, que se juntaram à nós. E aquele lugar pegou fogo. Dançávamos todos próximos, com exceção da Alex, que correu pra pertinho do palco, com o pobre Ryan à tiracolo. Encostei meu corpo com o de Bieber, escutando seu riso malicioso no meu pescoço.

- Se continuar dançando assim, a gente vai ter que se resolver aqui mesmo.

Ele sussurrou, rouco. Sorri, satisfeita.

Bieber virou um shot de vodca pura, se divertindo junto com os amigos. Enquanto isso, eu me contentava com um suquinho de morando com gelo mesmo. Caitlin e eu nos juntamos na pista e começamos à dançar juntas, mexendo nossos quadris no ritmo na música gostosa. Descendo, subindo, nos sentindo dançarinas profissionais! Cait me deu uma giradinha, enquanto ríamos.

Notei que algumas pessoas me reconheceram e acabaram pedindo fotos, das quais eu tirei com o maior prazer. Me diverti com alguns seguidores que se aproximaram, se juntando à nós.

E a tarde foi chegando. Nem notamos o tempo passando, sinceramente!

Quando Martin Garrix entrou no palco, eu juro que pude ouvir o grito histórico da Alexia, no meio daquela multidão. Até imagino a cara de gol contra que Butler deve estar fazendo agora...

Continuei curtindo meu dia da melhor forma possível, até algo, ou melhor, alguém fazer com que meu tempo fechasse, ao chegar perto de mim, me dando um toque no braço.

Não é possível.

- Hilary?! – Arregalei meus olhos, surpresa.

- Elizabeth. – Ela sorriu, me medindo de cima embaixo. – Que coincidência nos encontrarmos aqui, não é? – A hiena indagou, cruzando os braços.

- Não sabia que permitiam a entrada de ratos num ambiente desse... – Sorri, debochada.

- Sempre cheia de piadinhas! – Hilary revirou os olhos. – Você não muda mesmo, sua vaca!

- Corta o papinho furado, hiena. O que quer comigo? Fala logo, porque meu tempo é caro. – A encarei. Estralando meu pescoço.

- Soube do bebê. Na verdade, todo mundo soube. – Ela disse com desdém. – Queria te desejar boas vibrações, afinal, a criança não vai ter culpa da mãe que tem. – Hilary sorriu. – A sorte é que o pai é um tesão, né? Menos mal... – Completou, bebendo se drink colorido.

- Escuta, palhaça. Obrigada pelas “felicitações”. E mais ainda por me lembrar do quão gostoso foi fazer esse bebê com o Justin. Tem razão...ele é um tesão mesmo. – Sorri, vendo a expressão de Hilary mudar. – Ah, quer dar um alô pro Ryan? – Indaguei. – Ele está por aqui, deve estar se agarrando com a namorada dele, minha melhor amiga Alexia, que é a mãe do filhinho amado deles. Um baita casalzão viu? Coisa linda... – Joguei meu cabelo pra trás, tranquilamente.

- Você é uma puta, Elizabeth! E pode apostar que eu ainda vou acabar com essa sua cara de convencida e arrogante algum dia! Urh! – Hilary se estressou, o que me deixou mais alegre ainda.

- Eu vou adorar te ver tentar. E por favor, avise o seu papai sobre a notificação que ele vai receber em alguns dias. Não pagar pensão é crime, sabia? – Destilei meu veneno. – E com o advogado excelente que está representando a causa da minha tia, acho que seu pai vai passar um bom tempo na cadeia... – Fiz uma cara de inocência. – Mas, relaxe! Ele vai poder receber visitas, tá?

- O QUÊ? – Hilary gritou, de olhos arregalados. – Mas que droga você tá falando, garota?!

- Pergunta pra ele, ué. – Dei de ombros. – Boa sorte, hiena. Porque eu vou sentir um prazer inimaginável tirando tudo do seu pai. Cada loja, lanchonete, cada casa...ah... – Sorri abertamente.

Me virei, andando tranquilamente pra longe dela.

- ELIZABETH?! ELIZABETH! VOLTE AQUI AGORA! – Hilary gritava, cada vez mais longe.

- O que foi que tu disse pra mina, pivete? Pensei que ela fosse infartar, porra! – Bieber logo parou do meu lado, todo curioso. Apenas sorri, e orelha à orelha.

- Vingança, meu caro, é um prato que se come frio. – Pisquei, brindando com ele.

 Pois é...o Natal vai chegar mais cedo pra tia Sadie e pro Mark esse ano. E com uma casa enorme e novinha, no centro de Los Angeles, patrocinada pela fortuna da família horrorosa da hiena.

Divirta-se na sua nova vida, Hilary. Se quiser, eu posso até dar um dos meus moletons incríveis pra você, caso não tenha mais cartão de crédito sem limite pra torrar com roupas caras.

Você nunca mais vai se achar superior à ninguém, querida hiena. Isso eu te garanto. 

 

***

Mais tarde, Justin e eu nos afastamos do resto da galera, curtindo o nosso momento às sós. Fomos pra costa da praia, brincando com a areia nos pés. Ele foi me levando, sem pressa. Quando dei por mim, nós já estávamos em um lugar remoto, observando o pôr do sol de Ibiza.

- Já faz um século que tô te devendo uma coisa. – Justin disse como quem não queria nada.

- Ah é? – Franzi a testa. – E o que seria?

- Isso aqui.

Ele tirou do bolso da bermuda jeans uma pequena caixa, vermelha. Eu travei aonde estava.

- No dia que a gente se casou e eu fui em cana, nem deu tempo de fazer a parada direito. E contigo, eu tô afim de seguir o figurino. Então... – Ele sorriu, olhando em meus olhos.

Bieber me mostrou um lindo anel de ouro branco. 18 quilates. Gente, DA LUA VAI DAR PRA VER ESSE NEGÓCIO BRILHANDO NO MEU DEDO! EU JURO QUE SIM! Tapei minha boca, estendendo minha mão pra ele. Fiquei dando um pulinhos de pura alegria, enquanto Justin ria, divertido.

- Agora sim. Agora tu é minha. – Justin me puxou pra si, colando nossos corpos. – Pra sempre.

- Mas você não tinha que ficar de joelhos? – Provoquei, sussurrando contra sua boca.

- Quem fica de joelho aqui é você, gata. Foi mal. – Bieber rebateu, mal-intencionado. Ri, alto!

Ai meu Deus!

Antes que ele soltasse mais alguma besteira, acabei com a nossa agonia, beijando o loiro com toda a vontade do mundo. Só ele faz eu me sentir inteira. Como se nós fossemos um só. Prontos pra qualquer coisa. Ele faz as borboletas se agitarem. Faz minhas pupilas dilatarem.

Justin faz Ibiza, um dos maiores paraísos oceânicos do mundo, parecer um nada perto da sensação que é estar ao lado dele. Justin Bieber é o meu paraíso particular. Dos pés à cabeça.

Aliança depois de se casar. Filho antes da lua de mel. Casamento feito às pressas, com uma noiva despenteada e o noivo algemado, prestes a ser preso. Um amor adolescente que se transformou em amor verdadeiro, pra vida todinha. E se não fosse assim, não seria nós.

Se essa história de outras vidas for real, eu juro que quero viver todas as minhas com ele.

Mas, óbvio que eu não vou contar isso, esse idiota aí já se acha demais.

Não vou dar esse gostinho pra ele, nem morta!

 

***

- Los Angeles, Califórnia. –

 

Quando a viagem terminou, Justin e eu seguimos no outro dia, bem cedinho para o meu médico responsável pelo pré-natal. É lógico que meia cidade queria ir junto! Mas, queríamos que esse momento fosse só nosso. Era um dos dias mais emocionantes das nossas vidas, poxa!

- Preparada, Lisa? – O doutor sorriu, enquanto espalhava o gel pela minha barriga.

- Não. Mas, vamos mesmo assim. – Pisquei, rindo.

Justin roía as unhas feito um adolescente ansioso. Ele engoliu em seco, se aproximando de nós. O doutor deu um sorriso simpático pra ele, que retribuiu com um aceno de cabeça.

- Olhem só... – Dr. Paiton apontou para a TV do consultório. – Como está grandinho!

Justin e eu olhamos pra lá, sem nem piscar. Meu coração falhou uma batida quando consegui escutar o coração dele, batendo também. Ah, meu Deus. Eu vou morrer. É demais pra aguentar, caralho!

- Ótima formação dos membros, boa formação de saco vitelínico, batimento regular... – O homem dizia, passando o equipamento pela minha barriga toda. – Perfeito, pessoal! Super saudável.

- Não faço nada mal feito, né doutor? – Justin riu, convencido.

- Ei! Você não vai levar crédito pelo MEU trabalho, imbecil! – Reclamei, enquanto ria. Justin sorriu.

- Ok. Papais, vocês querem saber o sexo do filho de vocês? - Dr. Paiton nos encarou.

- SIM! – Justin e eu gritamos ao mesmo tempo, quase surtando!

- Tudo bem... – Ele riu da nossa alegria. Típicos pais de primeira viagem mesmo. – Vamos ver!

E lá se foi mais gel e ainda mais ansiedade e alegria dentro de mim. Bieber ficou ao meu lado, segurando minha mão o tempo todo. O doutor foi esfregando o aparelho pra todos os lados da minha barriga, pra logo depois dar um sorriso sincero, enquanto encarava a TV.

- Meus parabéns! – Ele ajeitou os óculos no rosto. – É uma menina.

 

***

- É MENINA, CARALHO!

Justin gritou assim que nós entramos em casa, fazendo com que todo mundo começasse à gritar e assobiar, extremamente felizes! Nós rimos, cumprimentando um por um com abraços.

Abracei minha mãe, tia Sadie, Ellora, o Mark e a pequena Amy. Então, Alexia veio correndo em minha direção, me enchendo de beijos molhados, aos gritos! Eu só conseguia rir do surto dela!

- MEU DEUS! AMIGA, OS NOSSOS FILHINHOS VÃO PODER NAMORAR! – Ela gritava, sem me largar nem por um segundo. A abracei de volta, com carinho.

- Vai com calma aí, Alexia. Filha minha não se envolve com nenhum filhote feioso do Butler não. – Bieber passou por nós, provocando minha amiga. – Só por cima do meu cadáver...

- Qual é? Acha que os dois vão crescer juntos e nunca vai rolar nem um climinha? – Ryan parou do nosso lado, rindo baixo. – Aceita, vai Drew. Nossos filhos estão destinados um pro outro!

- O teu filho melequento tá destinado é pra tomar uma surra se chegar perto da minha filha. Tá maluco porra?! – Justin rosnou pra ele, mas riu em seguida. – Pode parar com essa merda!

A filha dele nem nasceu ainda e Bieber já tá dando crise de ciúme, vê se pode?

Todos nós rimos e continuamos à conversar. Ellora e Chloé já estavam cheias de ideias para o quarto da nova princesa da casa. Já começamos à discutir sobre cores, tons pasteis, móveis, tudo. Essa de longe vai ser a parte mais divertida da minha gravidez.

Vou colorir o quarto inteirinho da minha bebê. Vou pintar bichinhos nas paredes, organizar cada roupinha, cada brinquedo, tudo certinho. Vai ser tão gostoso...

Eu vou ser a mãe mais presente e divertida que eu puder ser pra ela.

Senti mão em meu ombro, eram da tia Sadie, que não parava mais de sorrir. Ela estava em êxtase!

- O meu bebê vai ter um bebê... – A madrinha me abraçou, fazendo carinho no meu cabelo. Como ela sempre fez. – Eu não vou aguentar tanta alegria assim no meu coração, Elizabeth. Não vou! – Nós duas rimos.

- Você vai ser uma avó maravilhosa... – Sorri pra ela. – E a nossa bebê vai ser perfeita!

- Obrigada por isso, querida. É o maior presente que eu poderia ganhar. – Sadie disse, emotiva.

Eu amava Sadie com todo o amor do meu coração. Cada batida é dela. Se não fosse ela, eu nem sei o que seria de mim. E, assim como disse pro Karev, eu não mudaria o que vivi com a madrinha nem por todo o dinheiro do mundo. Não existe dinheiro que pague o que ela fez.

Quero ter o carinho da Sadie, a delicadeza da Chloé e a diversão da Ellora quando for mãe.

Como eu tive sorte, entre todas as pessoas do mundo, poder conhecer elas tão de perto.

 

***

Justin insistia que nós fossemos HOJE MESMO à uma galeria de arte. Não sei se ele ainda estava sob o efeito da ultrassonografia, pra estar tão carinhoso e presente desse jeito! ELE NÃO É ASSIM!

Mas...eu é que não vou reclamar, né? Um milagres desses só acontece uma vez!

Terminei de arrumar meu cabelo, num coque alto e bonito. Caprichei na maquiagem e tirei algumas fotos. Vai que um dia eu resolvo postar...

Vesti um body rosa de renda, acompanhado de uma bela calça de couro preta e saltos altos. Justin saiu do banheiro com uma toalha na cintura e todo ensopado! Ele molha o chão inteiro...

- Caralho! – O loiro desceu seu olhar pelo meu corpo. – Tô quase adiando esse lance de galeria e ficando por aqui mesmo. Já tem uma obra de arte bem na minha frente, gata. – Ele soltou essa, me fazendo rir alto.

- Não é uma ideia ruim nós ficarmos por aqui, hein? – Brinquei, entrando na dele.

Bieber veio até mim, beijando minha boca com a mesma voracidade de sempre. Abracei seu pescoço e colei nele, na mesma hora. Quando o nosso fogo começou à subir...eu parei, rindo.

- Vai se trocar Bieber, anda logo! – O empurrei para o closet, enquanto limpava o borrado do batom com o polegar.

 

***

A noite caiu e estávamos agora em uma grande galeria de arte de Los Angeles. Justin e eu atravessamos a rua de mãos dadas. Um dos funcionários do local abriu a porta e nós entramos.

Que lugar único...

Escutava o som dos meus saltos contra o chão branco e brilhante. As paredes eram brancas e o teto tinha detalhes em mármore e algo que parecia ouro, esculpido por todos os lados. Lindo.

Haviam outras pessoas também, observando algumas pinturas, esculturas e outras obras de arte. Eles conversavam sobre elas, apontavam seus detalhes e apreciavam tudo aquilo.

- Justin... – O chamei. – Justin?! – Repeti, arregalando meus olhos.

AI MEU DEUS... AI MEU DEUS. AI MEU DEUS!

EU NÃO ACREDITO NISSO.

- O que foi? – Ele se fez de ingênuo.

- ESSAS PINTURAS SÃO MINHAS, CACETE! – Gritei, assustando todo mundo. – O que está acontecendo?! Bieber, isso é coisa sua?! – Tapei minha boca, em choque. - SOCORRO!

- E tu não gostou? – Ele rebateu, bem-humorado. Eu só conseguia rir! – Acho que geral aqui curtiu...

 Completou, dando de ombros.

Começamos à andar por toda a galeria. Eu observada meus quadros, num misto de alegria e choque. Meu Deus. Eu nunca havia imaginado um coisa assim! Como ele conseguiu planejar algo assim bem debaixo do meu nariz?! E por que?!

- Bieber...eu... – Nem sabia o que dizer, sinceramente!

- Eu quero te fazer muito feliz, pivete. Feliz pra caralho mesmo. E tudo que eu puder fazer pra ti, eu vou fazer. – Ele respondeu. – Só quero te lembrar todo dia que tu fez a escolha certa quando quis ficar comigo, entendeu? – Sorriu.

Aquilo atingiu o meu coração de um jeito que eu nunca senti antes! Ninguém nunca fez uma coisa tão...tão linda assim pra mim. Justin me conhece tão bem...e nós tivemos tão pouco tempo pra conhecermos nossas pessoas de agora. Três meses! Só precisamos de três meses pra entender que era a gente pra sempre.

E aqui vai um fantástico e mais sincero clichê: Quando é pra ser...é. Simples assim.

- Eu te amo, puta que pariu! Você é muito maluco, cara! – Comecei a rir, agarrada no pescoço dele!

Beijei Justin uma, duas, umas cem mil vezes. E NUNCA PARECIA SER O SUFICIENTE! Nunca. 

- Senhorita Elizabeth... – Uma bela mulher, extremamente elegante, se aproximou de nós. – Eu preciso te parabenizar por essas obras. Quando seu marido nos disse que você tinha um dom, nós não acreditamos que era algo tão substancial como isso! É digno de muito sucesso. – Ela sorriu.

- Oh! Meu Deus, eu vou morrer agora... – Balancei a cabeça, toda nervosa. – Muito obrigada! De verdade! Nem sei o que falar! – Respirei fundo pra não infartar ali mesmo.

- Meu nome é Faith. Eu sou artista e tenho essa galeria há algum tempo. Se estiver interessada, passe aqui para nós duas conversarmos amanhã. Eu adorei o seu trabalho e estou disposta e pagar uma boa quantia por exposições suas aqui. – A mulher piscou, divertida.

- Acho que vou desmaiar. É isso. Justin, pelo amor de Deus... – Fechei meus olhos, em choque.

ISSO É SÉRIO?! CARA, NÃO É POSSÍVEL!

ESSA MULHER QUER É ME MATAR!

- Aceita, Elizabeth. Tu vai estourar logo no teu primeiro trampo, isso aí é pra poucos. – O loiro riu, me incentivando. Não sei se bato ou beijo ele, puta merda...

Tá bem foda raciocinar nesse momento, sabe?!

- Claro! LÓGICO QUE EU QUERO, PORRA! – Gritei, em êxtase! A mulher riu, alto. – OBRIGADA!

- Então, está certo. Te espero amanhã. – Faith acenou com a cabeça. – Aproveitem a noite...

A mulher se afastou de nós, para logo cumprimentar algumas outras pessoas. Eram todos tão bem arrumados, pareciam realmente serem entendedores de arte. E eu...nem sou ninguém!

- A mulher me ofereceu um emprego, Justin! Caralho! – Bati em seu peito, em surto. – MEU DEUS. Você não pagou pra ela fazer isso, né?! Eu te mato, seu idiota! – Ameacei Bieber, desconfiada.

- Larga de ser doida. Claro que não, pivete. Ela só reconheceu teu talento, só isso. – Ele disse, simples. – E aí, como tá sentindo? – Justin me encarou, sorrindo sacana.

- CARA, EU ESTOU NO CÉU! EU JURO! – Berrei em seu ouvido. – Eu sempre imaginei como seria ser uma artista grande, que tem quadros em galerias bonitas como essa...mas... – Deixei a frase morrer, quando me dei conta de algo. – Justin? Ei?

- Fala, pivete. – Ele respondeu, sem se virar.

- Isso foi muito, muito incrível. – Passei a mão por seu ombro. – Eu sempre vou me lembrar dessa noite e o que você fez pra mim aqui. Foi simplesmente perfeito. – O encarei, sorrindo.

- Tu nunca vai achar um mano foda como eu, Elizabeth. Fiz isso só pra deixar claro, fechou?! E se um dia a gente largar, eu vou arrebentar o cara que chegar perto de ti. Só avisando. – E lá estava o Justin que eu conheço. Não tive como não rir disso! Ele é tão idiota...

- Segura essa emoção toda, Justin Bieber. – Brinquei, agarrando em seu braço. – Nunca vamos nos separar! Só se você me estressar demais, aí é bem provável. – Dei de ombros, vendo Bieber revirar os olhos.

- Vai brincando, pivete, vai... – Ele rosnou, me fazendo rir mais ainda.

E a nossa noite foi assim. Pessoas me parabenizando, perguntando sobre os quadros, Justin virando uma garrafa de champanhe toda sozinho e eu me virando com uma taça de água. Também tiveram muitas risadas, deboches do meu marido e provocações que nós fazíamos à cada minuto um contra o outro.

A gente não consegue ficar mais de dois minutos perto sem brigar por alguma coisa.

- E agora? Pra onde nós vamos? – Perguntei, assim que saímos da galeria.

- Porra, as quatro garrafas de champanhe já subiram, babe. Tô alto pra cacete. – Justin confessou, enquanto ria. – Tu vai ter que dirigir hoje porque eu tô tentando não cair nesse monte de escada, imagina pilotar... – Ele apontou pra escadaria, enquanto descíamos juntos. Nós dois rimos.

- Vamos, seu bêbado. Eu vou é te colocar num banho gelado assim que a gente chegar! – Peguei na mão dele, atravessando a rua. – Mas, admito que seu senso de humor fica muito melhor quando você está bêbado, definitivamente. – Sorri, destravando o alarme do Tesla dele.

- A real é que eu fico bem mais paciente com as tuas respostinhas debochadas quando tô bêbado, Elizabeth. Sorte sua. – Ele rebateu, com um sorrisinho sacana no rosto.

- Pode ser isso também. – Dei de ombros, entrando no carro.

 

***

- Uma dobra no tempo. –

Los Angeles, Califórnia.

In Bel Air.

 

- Essa eu gostei. – Peguei a fotografia das mãos de Dylan, sorrindo. – Parece um bom lugar. É afastado, mas não é algo que possa levantar suspeitas. Se usarmos do jeito certo, vai ser perfeito, garotos. – Completei.

- Sabia que você ia gostar, chefe. – O rapaz sorriu, satisfeito.

- Puxa-saco de merda. – Derek sacaneou o amigo, rindo.

- Não tenho culpa se as minhas ideias agradam mais, meu caro. – Dylan retrucou, bem-humorado.

- Tá na hora do chá das princesas? Que gracinha... – Ouvi a voz de Ryan adentrando a sala de casa, já me preparei para as provocações dele contra Derek. – E aí, seu merda? Ainda tá roubando a mulher dos outros ou já virou homem de verdade? – Butler sorriu, irônico.

Não falei? Ele não supera o lance da Alex com o Derek! Que aliás, foi CURTÍSSIMO!

Homens, por que tão frágeis?

- Boa tarde pra você, Ryan. Mande lembranças pra Alexia. E pro William também. – Derek respondeu, aparentemente ignorando a chatice do Ry.

- Só não te cubro de porrada porque tu é subordinado da Lisa. E eu tenho consideração por ela. – Butler disse, passando por mim e dando um beijo na minha testa. – Como tu tá, gatinha?

- Na mesma. – Pisquei. – A bebê chuta bastante, mas fora isso, tudo normal.

- Justin disse que o parto já era amanhã! – Ryan arregalou os olhos. – Fiquei surpreso, parece que foi ontem que vocês descobriram que iam ser pais! O tempo voou, Lisa... – Ele sorriu, fofo.

- Realmente. Ainda não caiu minha ficha. Mas, tô ajudando os garotos com umas coisas, pra distrair um pouco a cabeça. – Falei, pegando meu celular. – À propósito, preciso retornar umas ligações. Só um minutinho, pessoal. – Completei, saindo de lá.

Sabia que os amigos de Justin estavam em seu escritório, no primeiro andar da casa. Com exceção dele mesmo, que estava numa viagem para o México, negociando alguns carregamentos. Eu ia com ele, mas com a gravidez em um estágio está tão avançado, pensamos melhor e preferimos não arriscar, né?

Imagina se meu bebê inventa de nascer lá no meio do México?! MISERICÓRDIA, QUE CAOS!

Ryan foi em direção ao escritório, enquanto eu seguia para o jardim da casa. Sempre gosto de privacidade quando faço esse tipo de ligação, sabe? Sei lá! Parece que todo mundo vai ficar me julgando se souber o que eu estou conversando...

Disquei o número, e a pessoa atendeu logo no segundo toque. Ele é sempre rápido.

“ – Lisa! Que bom que ligou”!

“ – Queria saber como você estava. – Sorri. – Karev me disse que você acabou ficando por mais tempo na clínica, por escolha própria. Achei muito corajoso, John”.

“ – Se quiser entrar nessa, preciso ficar limpo de vez. E se eu não me internasse, podia fazer merda depois, sabe? Cocaína é uma parada que fode a vida da gente, se sair de controle”.

Hayes era realmente um cara corajoso. E se mostrava cada vez mais maduro, mesmo com Karev duvidando da capacidade dele. Eu acho que, com o tempo, ele vai ser capaz de lidar com mais responsabilidades.

Mas foi meu pai mesmo que acabou estragando o irmão mais novo. Qual é? John Hayes foi mimado demais, principalmente quando o pai deles, meu avô, morreu.

Por isso acabou desse jeito!

Porém, se ele acha que consegue ficar limpo e sair dessa de vez, eu vou meu voto de confiança.

Quem diria que eu ia tinha um tio que tem praticamente a mesma idade que eu...que mundo mais maluco, cara.

Minha família é toda torta, mas...ainda assim é minha família. O que posso fazer?

“ – Tô fora daqui semana que vem, Lisa. Vou passar uns dias na casa do Noah e depois, tô pronto pro meu primeiro serviço. Karev disse pra eu te avisar e que você decidiria o que eu ia fazer primeiro”. – Ele disse, com um riso nasalar. – Ele confia cegamente em ti”.

“ – Eu sei. Mas, eu dou conta das coisas. – Ri. – Fique bem, John. Nos vemos depois”.

“ – Não vejo à hora de conhecer minha sobrinha neta”! – Ele zombou, me fazendo rir.

“ – Ela vai amar conhecer você... – Disse. – Tchau, Hayes. E tenta não entrar em confusão por causa de comida de novo, ok? Já tô cansada de subornar o diretor dessa sua clínica pra ele não te jogar pra fora, cara. Então, não fode”. – Debochei, desligando logo em seguida.

A parte boa é que Karev havia me dado carta branca quanto as negócios. A essência ainda era a mesma, mas algumas coisas eram inaceitáveis! Sem tráfico de mulheres, órgãos, pessoas. Nem nenhuma merda desse tipo. Nisso eu fui enfática. No resto...bem...

- A coca chegou, já estão descarregando. – Dylan veio andando pelo jardim enquanto avisava.

- Manda pro galpão e, de madrugada, vocês fazem a troca. Manda o pessoal ir pela avenida da rota 377, é quase deserta depois das 3h da manhã. – Garanti.

- Como você sabe? – Ele rebateu, com um cara curiosa e engraçada.

Justin.

- Te pago pra fazer perguntas ou fazer o que eu mando?! Eu hein! – Rosnei, fingindo irritação.

Dylan finalmente me deixou em paz e eu ri. Tudo bem! Sei que ainda estou pegando o jeito nesse lance de ter pessoas na minha cola todo dia, me perguntando tudo que devem fazer, à que horas, como, quando, caralho...

Agora sei porque o Bieber vive estressado com o mundo! Cara, isso é muito exaustivo!

- Oi, Lisa. Até grávida você é linda, já te disseram isso? – Chaz passou por mim, com uma caixa em mãos. Foi impossível não sorrir, esse cara é uma comédia ambulante.

- Tá cheio de graça porque o Drew não tá perto, né mano? – Chris também passou por mim, fazendo o amigo rir e dar de ombros, todo tranquilão.

- E mina é um tesão e eu sou obrigado à ficar quieto, nem fodendo! – Charles reclamou, rindo.

- DREW! Chegou mais cedo, cara? Bom te ver! – Nolan zombou e fez o pobre Chaz dar um pulo pra trás, com os olhos arregalados! – Ele não tá aqui mano, vai lá trocar tua fralda, vai. Certeza que se mijou todinho... – Terminou, seguindo para um carro blindado, na frente de casa.

- Vocês são tão idiotas, meu Deus. – Revirei os olhos, negando com a cabeça e sorrindo.

Sai de lá e voltei para a sala. Terminei com Dylan e Derek e depois, fui fazer meu Yoga para grávidas.

Porque, além de novata criminosa, vou ocupar o posto de mãe em algumas horinhas...

 

***

- À noite. –

 

Ok. Isso aqui não pode ter sido uma contração, certo?

Meu plano de parto com o Dr. Paiton indica claramente que só vou sentir as primeiras contrações amanhã por volta das quatro e meia da tarde, então, isso é meio impossível.

Você está levemente paranóica, Lisa. É só isso. Ansiedade...

- Querida, você demorou na cozinha. – Chloé disse, jogada no sofá.

Ela e Ellora me visitavam uma vez por mês desde a descoberta da gravidez. Elas chegaram ontem à noite e estão comigo desde então, como Justin não pôde adiar essa viagem, foi perfeito. Elas me divertem tanto, é toda hora uma piada ou história diferente...

- Fiquei meio tonta. – Disse, simples.

Me sentei no sofá, entre as duas. Ligamos em um filme qualquer e começamos à assistir. Minha avó parecia até um pelicano, enfiando umas 960 pipocas na boca de uma vez, fazendo um barulho de retroescavadeira bem no meu ouvido. Não sabia se ria ou batia nela, porra!

- Ellora, meu Deus, para com isso, mulher! – Me estressei, enquanto minha vó ria.

- Dá pra ouvir daqui o barulho do milho pedindo socorro. – Chloé brincou e todas rimos alto!

- Vocês são duas chatas, isso sim! – Ellora mostrou a língua, rindo.

Peguei meu celular e respondi algumas mensagens de Alex, depois, mandei uma para o Justin.

- “Como você tá?

- Sinto saudade”.

Estralei o pescoço, bem à tempo de Bieber visualizar e me responder.

- “Tudo na boa, angel.

- Adiantei umas paradas e acho que chego de madrugada, já tô no jatinho”.

Sorri, ansiosa! Vai dar tudo certo! Justin vai chegar pela manhã e vamos nos preparar pra receber nossa neném com calma e tranquilidade. Nem acredito que o cronograma vai dar certo!

Bloqueei a tela do celular, ainda sorrindo.

Encostei minha cabeça no ombro da minha mãe, relaxando finalmente.

E então...

- PUTA QUE PARIU! – Dei um berro gutural naquela sala. QUE DOR DO CARALHO! Santo Deus...

Não. Isso não é uma contração. Não tem como ser uma contração.

- Tá doida, menina?! – Minha avó arregalou os olhos, assustada. – Que merda é essa?!

- É cólica. – Disse a primeira coisa que pensei. – Senti uma pontada de cólica bem estranha. Mas, não é nada demais. Desculpem pelo susto. – Forcei um sorriso, tentando parecer normal.

- Cólica...? – Chloé franziu a testa, me encarando. – Minha filha, isso aí não é normal!

- Mãe, relaxa, ok? Meu Deus! – Revirei os olhos, me irritando. – Tá tudo certo! Foi uma dorzinha de nada e...

Lá veio outra. Forte. Parecia que tinha alguma coisa pegando fogo dentro de mim e tentando me RASGAR ao meio, porra! Mas que droga está acontecendo comigo? GENTE DO CÉU!

- Garota, pelo amor de Deus, você tá parindo! ACORDA! – Ellora gritou e se levantou do sofá, calçou sua pantufas da flamingo e me levantou também. – Você vai pro Hospital, entendeu?!

- NÃO! Eu tenho um cronograma de parto perfeitamente organizado e a bebê só vai nascer amanhã, gente. O Dr. Paiton me garantiu que ia dar tempo do Justin chegar aqui! – Teimei.

- Surpresa, Elizabeth. O Dr. Paiton ERROU, você vai pro Hospital e a bebê VAI NASCER AGORA!

Minha mãe também se estressou, enquanto procurava desesperadamente pelo seu roupão. As duas me levaram rapidamente pra fora e chamaram os seguranças, explicando toda a situação.

- Caralho, gente, minha filha não pode estar nascendo. Não agora. – Eu não queria acreditar.

- Acho que esqueci de te contar um detalhezinho sobre a nossa família, minha florzinha linda. Os Howell nunca, NUNCA, nascem no tempo previsto. Somos todos muito ansiosos! – Ellora brincou, enquanto me carregava pro carro. – Você mesmo foi prematura, sabia?

- É verdade, meu amor. – Chloé sorriu, concordando.

- BOA HORA PRA VOCÊS ME CONTAREM ISSO, NÉ?! – Gritei, morta de ódio. – JESUS CRISTO!

- Sem estresse. Fica tranquila. Relaxada. – Minha avó repetia, tentando me acalmar.

Meu Deus.

As definições de CAOS TOTAL foram atualizadas.        

 

***

- Justin Bieber. Pov. On. –

- QUE PORRA?! – Berrei, pulando da poltrona. – ELLORA, REPETE ESSA MERDA DE NOVO!

- “ELA VAI TER A BEBÊ AGORA, MOLEQUE” - A avó da pivete repetiu, no telefone.

- PUTA QUE PARIU. – Levantei e comecei à andar feito um psicopata pelo corredor do jatinho. – Tu não tá entendendo, Ellora! Minha filha tem que esperar eu chegar, caralho! NÃO POSSO PERDER A PORRA DO MOMENTO MAIS FODA DA MINHA VIDA. – Gritei, em pânico.

- “Ela já entrou em trabalho de parto, Justin. Estamos chegando no Hospital e eu não sei quanto tempo mais a Lisa vai aguentar sem ir pra sala de cirurgia”! – Ellora suspirou, nervosa.

- Eu vou dar um jeito, cacete. Só segura as pontas aí e não larga a mão dela por nada, tá? Lembra a Elizabeth do quanto eu amo e tô fechado com ela. Não para de dizer isso pra ela nem por um segundo, Ellora. Ela precisa saber disso. – Fechei os olhos, tentando focar minha cabeça.

- Tudo bem, querido. Eu digo. – A avó da pivete respondeu. – Por favor, venha o mais rápido que puder. Elas precisam de você aqui, Bieber!

A ligação acabou e eu só não larguei o celular na parede porque ainda tinha que avisar os manos sobre o apocalipse que tava rolando com a minha família. Espalhei pra geral e mandei colarem lá com elas, depois quase faltei atirar na cara do piloto do jato porque o arrombado disse que NÃO DAVA PRA IR MAIS RÁPIDO! CACETE, É UM JATO! SIMPLESMENTE A PORRA DA AERONAVE MAIS RÁPIDA DO MUNDO E O VAGABUNDO ME SOLTA UMA DESSA?!

Respira, Bieber. Tu não tá podendo surtar no momento, sacou? SE CONTROLA.

- Senhor, eu tenho uma ideia. – David sentou do meu lado. – Se...caso não conseguirmos chegar à tempo, acho que descobri um jeito de você não perder o seu momento.

- Numa hora dessa eu tô aceitando qualquer ideia, cara. – Respirei fundo, acendendo um cigarro. – Era pra nossa filha nascer amanhã, porra. Amanhã. Como que isso foi acontecer?!

- Chloé me contou sobre umas atividades pra grávidas que a Lisa estava fazendo, pode ser que isso tenha acelerado as coisas. – David riu, baixo. – Mas, vamos à minha ideia, senhor.

- Manda. – Sentei numa poltrona, acendendo um cigarro pra tentar não me matar agora.

Se essa tua ideia de merda realmente prestar, David, eu juro que te promovo de cargo.

***

- Lisa. Pov. On. –

- Três horas depois. -

 UCLA Medical Center, Los Angeles.

 

- Elizabeth, é agora. Você precisa escolher. O bebê está na posição perfeita para um parto normal, ou está no último estágio para uma Cesária. Não temos mais tempo! – Dr. Paiton disse.

- EU NÃO VOU PARIR ENQUANTO O PAI DA MINHA FILHA NÃO CHEGAR. – Decretei, morta de dor. Meu Deus.

- Mana, é que assim...o Justin estava no México, então pode ser que não... – Alexia ia dizer, mas a cortei.

- CALA ESSA BOCA, ALEXIA JONES! VÊ SE ME APOIA, CARALHO. – Gritei, fechando os olhos.

Respira, Lisa. Mantem a calma. Foco. Tranquilidade. Igual a mulher do Youtube dizia...

- Desculpa, doutor, mas a doida da minha amiga tá decidida! – Alexia avisou, sentando numa poltrona do quarto. – Ou você vai ter que dopar ela, ou esperar TRÊS DIAS até o marido dela chegar! – Ela rosnou pra mim e tudo que consegui fazer foi mostrei o meu dedo do meio.

- Querida...isso é perigoso. – Sadie disse, mordendo o lábio inferior de preocupação. – A vida da sua bebê pode correr perigo se você não obedecer ao médico, entendeu? É muito sério!

- Já tá dito. Bieber e eu estamos esperando por isso há meses e vai ser como a gente pensou. FIM DE PAPO. – Falei, em alto e bom tom. – Não vou fazer isso sem ele, gente! Não posso!

Enquanto eu dava meu chilique de mãe desesperada e fora de si, ouvimos um dos aparelhos do quarto ligados à minha barriga dispararem e então, o clima no cômodo mudou. Dr. Paiton avaliou o aparelho e soltou um suspiro pesado, encarando os enfermeiros.

- Os batimentos da sua bebê diminuíram, Lisa. Vai ter que ser AGORA. – Ele enfatizou, sério.

Um nó de formou em meu estômago com aquela frase. Puta merda. Eu vou infartar de vez.

Só sei que...nada vale mais que a vida da minha filha. NADA.

- O que é mais seguro, doutor? – Perguntei, num instante de pura coragem.

- No momento eu acredito que seja uma cesariana, pra poupar qualquer risco de um parto normal. – Dr. Paiton disse.

- Tudo bem. Se o Justin não chegar à tempo, expliquem tudo pra ele. – Avisei para as garotas, que prontamente concordaram. – E...me desejem sorte. – Forcei um sorriso, em meio à dor.

- Garota, vai dar tudo certo! – Alexia riu, me dando um beijo na testa. – Tu é foda e tua filha também vai ser! Qual é? A filha do Justin Bieber com a Elizabeth é o novo significado de foda pra caralho. Vai com fé e cospe essa criança de uma vez. – Ela me divertiu, como sempre.

Amo tanto essa mulher...

- Não vejo à hora de segurar a minha netinha. – Chloé veio até mim, toda chorosa. – Eu te amo tanto, meu amor! Volta pra mamãe, ok?! – Ela disse. – Promete que você volta? – Ela pediu.

- Claro que sim, sua boba. Relaxa. – Sorri, a abraçando. – Te amo, mãe.

- Vou estar com você no pensamento todo o tempo. – Tia Sadie garantiu, sorrindo. Concordei.

- Te amo, mãe. – Respondi, também a abraçando.

Depois, foi a vez de Ellora. A abracei, com força. Minha avó não precisava dizer nada porque aquele abraço incrível me disse tudo. Cada palavra.

- Bota pra foder, florzinha. – Ela piscou.

- MÃE! MEU DEUS! – Chloé a repreendeu, mas riu em seguida, assim como todas nós.

Caitlin e os garotos estavam lá embaixo, na esperança de Justin chegar à tempo. Eram quatro horas e meia de distância da Cidade do México até aqui, e pelas minhas contas, daria tempo dele chegar pra ver nossa filha nascer!

Mas...pelo jeito...

Tudo bem. Vai dar tudo certo no fim.

Tem que dar, não é?!

 

***

Os enfermeiros estavam me encaminhando pra sala de cirurgia na maca e agora eu já estava medicada, então não sentia mais tanta dor. Apenas fechei os olhos e tentei ficar calma.

Nossa bebê precisa de mim. E eu vou aguentar tudo isso por ela.

- Como você está, senhora Howell? – Uma enfermeira me perguntou.

- Chapada. – Ri, tentando arranjar bom-humor. – Mas, estou bem.

- Ótimo. – Ela sorriu.

Avançamos mais um pouco e eu juro que escutei a voz de Justin me gritando no corredor. Tomei um susto do cacete e dei um pulo na maca! Depois, tive que rir daquilo.

- Ok. Acho que estou chapada até demais... – Ri, de olhos fechados. – Pude jurar que meu marido gritou meu nome, acredita?! – Me arrumei na maca, respirando fundo. – Jesus Cristo.

- É que...senhora Howell... – Outro enfermeiro coçou a garganta. – Alguém realmente...

- ELIZABETH! ESPERA, CARALHO!

Pulei da maca de novo, com a mão no peito. Senti os enfermeiros pararem de empurrar a maca e todos nós nos viramos, assustados. Era ele. Justin Bieber. Em carne, osso e desespero!

Eu não acredito no que estou vendo, meu Deus.

Não acredito!

- BIEBER, EU VOU TE MATAR, CARALHO. – Gritei de volta, enquanto sentia seus braços fortes me abraçando. Comecei à rir, sem parar! – SE EU TIVESSE NOSSA FILHA SEM VOCÊ...PORRA...

- Deixa pra me ameaçar depois, fechou? – Meu marido riu, ainda ofegante. – Eu te amo, Elizabeth. Pra caralho, como eu sempre te falo. Às vezes eu juro que penso em te sufocar com um travesseiro enquanto tu dorme, de tão insuportável que tu é. Mas...aí depois eu lembro que te amo demais pra isso. Infelizmente. – Ele zombou, piscando pra mim.

- Ok. Isso aí era pra ser uma declaração de amor ou... – Justin me cortou.

- Eu vou me trocar e colocar aquela roupa verde ridícula de Hospital pra ficar do teu lado lá. Aí a gente vai ficar ridículo e ansioso junto. – Bieber disse. – Não vou soltar tua mão nunca, Lisa.

- Você me chamou de Lisa... – Provoquei, rindo. – Que fofo, cara!

- E só vou te chamar de novo no nascimento do nosso outro filho. – Ele deu de ombros, rindo.

Dito isso, Justin Bieber saiu correndo junto com dois enfermeiros pelo corredor, pra se trocar rápido e ir pra sala de cirurgia. Meu Deus, ele é doido mesmo. Surtado. E MALUCO! Mas...

Ele é o meu doido, surtado e maluco. E só meu.

Quando aquilo começou, eu confesso que estava com medo. Mas com Justin do meu lado, eu conseguia bancar minha pose de forte por mais tempo. Dr. Paiton conversava comigo, pra se certificar de que eu estava bem. Justin não soltou minha mão nem por um segundo, como prometeu. Os olhos cor de caramelo dele me deixaram vidrada neles por incontáveis minutos.

E então, às 3:55 da manhã de domingo,

Eu ouvi o choro mais fofo e maravilhoso de toda a minha vida.

- VAI, CARALHO! NASCEU! PUTA QUE PARIU! – Bieber começou à gritar, em êxtase! – NASCEU!

- A cidade inteira já sabe, Justin. Para de gritar, homem. – O repreendi, fingindo estar brava.

- Que garotinha mais linda...parabéns, Justin e Lisa. – Dr. Paiton elogiou, sorrindo.

Uma enfermeira a embalou num cobertorzinho repleto de flores cor de rosa e a trouxe pra nós. E, quando eu peguei minha filha no colo, o mundo todo ficou brilhante. Colorido. E bonito.

O mundo simplesmente virou um lugar melhor pra se viver!

- Ah, meu Deus... – Não aguentei mais e comecei à chorar. – Você é tão linda, amor! Tão linda!

Ela tinha olhos grandes e verdes, como os meus. Mas, o resto era do Justin. Sem contar os poucos fios de cabelo na cabeça, que eram entre loiro e castanho. Uma misturinha perfeita.

Ouvimos umas batidas fortes no vidro da sala de espera e...adivinhem?!

NOSSOS AMIGOS E FAMÍLIA, ACUMULADOS E SE EMPURRANDO, FAZENDO UM ESCÂNDALO SEM PRECEDENTES!

Bieber e eu rimos daquilo feito dois retardados. O loiro pegou a nossa bebê no colo e ficou olhando pra ela por uns cem anos. Justin ficou paralisado com a fofura da nossa filha. Eu sorri.

- Precisamos de um nome. – Eu disse, o encarando.

- Eu pensei em um. E se você topar, já tá decidido. – Justin sorriu, ainda olhando pra ela.

- Manda.

- Aurora. – Bieber olhou pra mim, decidido. – Significa “nascer do sol”. E, olha lá... – Ele apontou para as janelas, que já apontavam o raiar do dia. – Fora que também é um nome de princesa. E é lógico que a minha filha é uma princesa porque eu sou o rei dessa porra toda aqui. – O loiro disse, simples. – E tu? O que achou?

- Justo, garotão. - Eu ri, adorando o nome! – É perfeito pra ela. Nossa Aurora... – Sorri.

Minha bebê tem nome de princesa, gente! Quer luxo maior que esse, hein?

Justin foi para perto do vidro, com a pequena Aurora no colo. Enquanto ela era ovacionada de fotos e vários elogios, uma das pessoas chamou levemente minha atenção.

Eu vi o Karev. Estava parado, ao lado de Chloé e David. E...quando a nossa filhinha foi mostrada pra eles, pude ver perfeitamente minha mãe e ele se abraçando. Foi curto e totalmente instintivo da parte deles, mas aquilo era a maior prova de que o amor cura.

Só o amor cura.

Minha Aurora mal nasceu e já está trazendo alegria pra todo mundo que olha pra ela...

 

***

- Cinco meses depois. –

Los Angeles, Califórnia.

In Bel Air.

 

Estava terminando de enviar alguns e-mails para uma das galerias de arte da cidade que atualmente eu tenho contrato para telas exclusivas. Justin vive falando sobre eu expandir minha arte para a Europa, Louvre....(imagina só? Uma tela minha exposta no museu mais famoso do mundo?) Bom, por enquanto estou indo com calma, sem pressa de tudo isso.

Agora que tenho a Aurora e estou praticamente me tornando o braço direito de Karev, vejo que há um mundo de possibilidades pra mim e pra tudo que eu ainda quero me tornar na vida.

- Ok, quando acabar com isso, avise ao Karev sobre as negociações que estamos fazendo com a máfia japonesa. Um dos homens virá pra conhece-lo pessoalmente e eu acho bom ele estar lá e não deixar mais uma responsabilidade pra mim! – Mandei um áudio para Derek, suspirando.

Deliguei o notebook e sai do meu escritório, que aliás, fica ao do escritório do Bieber. Fui direto pra para a cozinha ajudar o pessoal com a organização da nossa festa surpresa pro Justin!

Já faz um tempo que eu tava com essa ideia e foi foda de esconder tudo isso daquele desconfiado, mas incrivelmente deu certo! Justin estava no casarão e voltaria à qualquer minuto com Ryan e Christian, então, precisávamos correr com isso.

- Você está maravilhosa, querida! – Pattie me elogiou, com Aurora em seu colo. Agradeci com um sorriso e a cumprimentei com um beijo na bochecha.

A mãe de Justin me deu a minha bebê e beijei suas mãozinhas fofas. Pattie riu. Aurora estava vestindo um conjuntinho de verão, com flores e folhas estampadas, e lindas sandálias de pedraria, presente do avô babão Jeremy e da Chelsey.
Aquele homem simplesmente surta quando vê a neta! Fica com ela no colo o dia todo e só me devolve na hora de ir embora! Ri, me lembrando.

Acenei para Jeremy, Bay, Jaxon e a linda da Jazmyn. A Chelsey chegou logo depois, acenando de volta. Depois, cumprimentei minha mãe, Sadie, Mark, a Amy e a Ellora, que já estava com uma garrafa de champanhe na mão e uma taça na outra. Ah, essa minha família...

Se não fossem tão malucos, não seriam meus parentes, né?

- Fala, puta. Tá gostosa...Gostei da praticidade do vestido, teu boy vai rasgar num puxão só!

Lá veio a Alexia, me abraçando por trás e cheia das piadinhas! Filha da puta mesmo...

- Oi, sua cachorra. Cadê o Will? – Perguntei, encarando ao redor.

- Tá com a Caitlin e o Zayn, é bom que já vão treinando pro deles, gata. – Alex piscou. – E você, hein lindinha? É bem mais bonita que a sua mãe. – Ela zombou, dando um beijo na minha filha.

- Tua sorte é que tô segurando essa preciosidade, senão te arrebentava, cacete. – Rosnei, rindo.

Entreguei Aurora pra Alex e segui cumprimentando as pessoas e vendo se estava tudo certo. Pouco tempo depois, ouvi o barulho dos carros rápidos chegando e sabia que era Justin. Mandei todo mundo ficar em seus lugares e fui correndo pra sala, tentando disfarçar!

Joguei meu cabelo pra trás, bem à tempo de Bieber abrir a porta e me secar de cima embaixo.

- Porra...que delícia. – Ele sorriu, malicioso. – O aniversário é meu, mas quem vai ganhar presente é você, angel. – E Bieber já foi me agarrando como se não tivesse mais ninguém ali!

- Pelo amor de Deus, Justin! Seus amigos! – Apontei pra Butler e Chris, que riam.

- Vão sumir daqui ou eu vou ter que matar vocês?! – Justin rosnou, encarando os dois.

- Ei, vamos ter tempo pra isso, agora, se controla, ok? – Revirei os olhos. – Vem aqui fora comigo, tenho uma coisa pra você... – Sorri, misteriosa.

- Eita...a gente vai foder na piscina? – Justin me provocou, esse traste adora me irritar!

- Vem comigo e descobre. – Entrei na onda, dando um selinho demorado nele.

- Agora eu tô gostando.

Atravessamos a cozinha juntos e, quando Justin saiu pela porta lateral, escutamos um grande coro de vozes altas dizendo “SURPRESA”!

Então, todos os convidados saíram de trás do painel que estampava um “Feliz Aniversário, Bieber”, com um 34 do mesmo tamanho ao lado dele.

É, meus amigos...o monstro loiro está ficando velho.

- Nem fodendo. – Justin riu, negando com a cabeça. – Caralho! Que porra é essa?!

- Feliz aniversário, meu gatinho! A gente te ama, poxa. – Ryan sacaneou, pulando nas costas do amigo.

Os começaram à brincar de luta e depois se abraçaram de verdade.

- Coisa mais linda do tráfico... – Christian também brincou, dando um abraço em Justin. - Felicidades, meu mano!

- Isso é parada tua, né pivete? Tá na cara. – Bieber me encarou. – Eu falei que não queria nada...tu tava ligada. – Disse, me encarando com bom-humor. Ah, pronto!

- E desde quando eu te obedeço, meu anjo? Se liga! – Franzi a testa, dando um tapa no peito dele.

O abracei, sorrindo. O loiro correspondeu e logo depois nos beijamos. Um beijo bem lento e gostoso...ah. Aquilo estava gostoso até demais pra um sábado à tarde repleto de parentes e crianças!

- Gente? Oi? Ainda estamos aqui, lembram? – Nolan se aproximou de nós, todo risonho. – Eu me amarro um pornô amador assim, mas nesse horário ainda não tá permitido, desculpem... – Completou, nos fazendo rir alto.

Fomos em direção ao resto do pessoal e Bieber cumprimentou todo mundo. No final, Pattie entregou a Aurora pra ele e Justin beijou o rosto da nossa filha, completamente bobo e apaixonado por ela. Aurora soltou um risinho alegre que derreteu o coração do pai todinho...

- Eu te amo, princesinha. – Bieber abraçou Aurora, que encostou o rosto no peito dele.

- E eu amo vocês! – Sorri, abraçando minha bebê e depois, beijando Justin, com amor.

A nossa tarde seguiu com muita comida boa, bebida gelada e música alta. Foi uma festa pra todo mundo se lembrar por um bom tempo, viu? Ah...foi divertido demais! Karev chegou bem mais tarde e, mesmo com a cara super amarrada de Justin, os dois se cumprimentaram e foram até que educados um com o outro.

- Ô seu velho, tu é bem cara de pau, né? – Bieber o acusou, enquanto bebia sua cerveja. – Cola na minha festa e não traz nenhum presente? Porra...tá na crise mesmo! No fundo do poço... – Riu, debochado.

- Você engravidou a minha única filha, Bieber. Você estar vivo depois disso já é um grande presente. Então, de nada. – Karev brindou sua cerveja com ele, sorrindo de lado.

Meu Deus...

- Justo. – Sorri e dei de ombros, dando privacidade para as besteiras dos dois.

 

***

Estava um pouco afastada da mansão, com uma taça de champanhe numa mão e o celular em outra. Ficava passando as fotos que tiramos hoje e escolhendo as melhores pra postar.

Senti uma presença atrás de mim e nem precisei me virar pra saber quem era.

Ele se sentou ao meu lado, na grama. Encostei a cabeça no ombro dele e nós ficamos assim por um tempo. Eu estava olhando pra placa de Hollywood, agora iluminada por grandes canhões de luz, já que havia escurecido. Olhei para outras casas, mas sempre voltava pra ela. Sempre.

Tão grande e imponente, mostrando que, quanto mais perto você está dela, mais significa que você se tornou alguém na vida. Morando em um bairro super nobre, com uma casa grande, com roupas caras, dinheiro, fama.

E...cara, isso não significa droga nenhuma. Não pra mim.

Eu tinha tudo isso, mas não tinha paz. Estava sendo enganada por um aproveitador, cercada de pessoas sem conteúdo e achando que aquele ali era o meu verdadeiro lugar. E adivinhem? Óbvio que não era! Eu nunca fui assim. Não é agora que vou começar à agradar e ser, não é?

- Tá dando fuga do seu próprio aniversário, Justin? – Debochei, rindo.

- Relaxa, geral tá curtindo demais pra sentir minha falta. E aliás, a Aurora roubou toda a atenção da minha noite. Até parabéns pra ela eles cantaram, sendo que a porra do aniversário era meu, caralho! – Ele reclamou, rindo alto. Essa foi a parte mais engraçada da noite.

- Parece que nossos dias de fama acabaram. Ela é a nova estrela da cidade. – Sorri.

- Temos que aceitar a realidade. Nossa filha chama mais atenção que a gente. – Justin brincou.

Nossos celulares vibraram praticamente ao mesmo tempo, o que nos fez rir. Silenciei o meu e Justin fez o mesmo, quase que numa sincronia ensaiada.

- Quem era? – Eu perguntei.

- Trabalho. – Justin deu de ombros. – E tu?

- Trabalho. – Rimos. – Mas, já avisei que hoje eu não resolvo mais nada de nada! Hoje o dia é só nosso... – Disse, maliciosa. Pulei direto pro colo do Bieber, que me recebeu de bom grado.

- Os manos querem ir pra uma boate pra curtir. Minha mãe disse que fica com a Aurora, e sua mãe também pediu pra ficar com ela. Aí as duas começaram a discutir sobre qual dia era de quem e eu vazei antes que a briga acabasse no tapa. – Justin explicou, simples. Eu ri.

- E você? O que quer fazer? – Perguntei, roçando nossos lábios.

Bieber deu o maior sorriso sacana que eu já vi na vida.

- Então, a gente fica. Eles podem comemorar seu aniversário sem você. – Sorri, beijando ele em seguida.

Ficamos ali por um tempão, só curtindo a companhia um do outro. Entre beijos e umas pegações mais fortes, então, demos uma pausa pra respirar, nos jogando naquele gramado.

- Te amo, pivete. – Justin sussurrou, fazendo carinho no meu cabelo. 

- Se continuar todo carinhoso assim, a gente vai acabar tendo outro filho... – Pisquei pra ele, rindo.

- Eu topo.

E foi ali, naquele momento, que eu me dei conta do quão feliz eu era. Só sendo simplesmente quem eu era. Explorando minhas opções e me arriscando. E o melhor, construindo uma linda família com o homem que eu realmente amo.

Deitei a cabeça no peito dele e ficamos abraçados, em silêncio. Sinto que finalmente encontrei o que tanto procurava pra mim.

Mulheres hoje, podem ser de tudo. Diretoras de grandes empresas, artistas reconhecidas, juízas do supremo tribunal, criminosas em ascensão. Donas da própria vida. Independentes. Promissoras. Como Ellora, Chloé, Sadie e todas as mulheres que me ensinaram à ser corajosa e não ter medo de ser o que eu bem quiser ser na vida. E eu garanto que vou dominar o mundo todinho se quiser, e vou mostrar para a minha Aurora o quão foda é estar no poder.

Mulheres no topo, meu amor!

É fato que nós finalmente quebramos o teto de vidro.

E...cara, como é bom olhar daqui de cima.

 

 

We are, we are, we are...

 

LA on a Saturday night in the summer

Sundown and they all come out

Lamborghinis and their rented Hummers

The party's on

So they're headin' downtown

('Round here) everybody's lookin' for a come up

And they wanna know what you're about

Me in the middle with the one I love and

We're just tryna figure everything out

 

We don't fit in well

'Cause we are just ourselves

I could use some help

Gettin' out of this conversation, yeah

You look stunning, dear, so don't ask that question here

This is my only fear, that we've become

 

Beautiful people

Drop top, designer clothes

Front row at fashion shows

What d'you do and who d'you know

Inside the world of beautiful people?

Champagne and rolled-up notes

Prenups and broken homes

Surrounded, but still alone

Let's leave the party

 

That's not who we are (we are, we are, we are)

We are not beautiful

Yeah, that's not who we are (we are, we are, we are)

We are not beautiful (beautiful)

 

LA, mm

Drove for hours last night

And we made it nowhere

(Nowhere, nowhere)

I see stars in your eyes

When we're halfway there (all night)

I'm not fazed

By all them lights and flashin' cameras

'Cause with my arms around you

There's no need to care

 

We don't fit in well, we are just ourselves

I could use some help

Gettin' out of this conversation, yeah

You look stunning, dear, so don't ask that question here

This is my only fear, that we've become

 

Beautiful people

Drop top, designer clothes

Front row at fashion shows

What d'you do and who d'you know

Inside the world of beautiful people?

Champagne and rolled-up notes

Prenups and broken homes

Surrounded, but still alone

Let's leave the party

 

That's not who we are (we are, we are, we are)

We are not beautiful, yeah

Yeah, that's not who we are (we are, we are, we are)

We are not beautiful (beautiful)

 

We are, we are, we are

We are not beautiful

Nós somos, somos, somos...

 

Los Angeles, em uma noite de sábado no verão

Pôr do sol e todos eles saem

Lamborghinis e seus veículos Hummers alugados

A festa começou

Então eles estão indo para o centro da cidade

(Por aqui) todo mundo está procurando por uma oportunidade

E eles querem saber do que você está afim

Eu no meio com aquela que eu amo e

Estamos apenas tentando entender tudo

 

Nós não nos encaixamos bem

Porque somos apenas nós mesmos

Eu poderia aceitar alguma ajuda

Para sair dessa conversa, sim

Você está linda, querida, então não faça essa pergunta aqui

Este é meu único medo, que nos tornamos

 

Pessoas bonitas

Conversível, roupas de grife

Primeira fila em desfiles de moda

O que você faria e quem você conheceria

Dentro do mundo das pessoas bonitas?

Champanhe e rolinhos de notas de dinheiro

Pré-núpcias e lares desfeitos

Cercado, mas ainda sozinho

Vamos embora da festa

 

Não é quem somos (somos, somos, somos)

Nós não somos lindos

Sim, não é quem somos (somos, somos, somos)

Nós não somos lindos (lindos)

 

Los Angeles, mm

Dirigi por horas na noite passada

E não chegamos a lugar nenhum

(A lugar nenhum, a lugar nenhum)

Eu vejo estrelas em seus olhos

Quando estamos no meio do caminho (a noite toda)

Eu não estou perturbado

Por todas as luzes e câmeras piscando

Porque com meus braços ao seu redor

Não há necessidade de se importar

 

Nós não nos encaixamos bem, somos apenas nós mesmos

Eu poderia aceitar alguma ajuda

Para sair dessa conversa, sim

Você está linda, querida, então não faça essa pergunta aqui

Este é meu único medo, que nos tornamos

 

Pessoas bonitas

Conversível, roupas de grife

Primeira fila em desfiles de moda

O que você faria e quem você conheceria

Dentro do mundo das pessoas bonitas?

Champanhe e rolinhos de notas de dinheiro

Pré-núpcias e lares desfeitos

Cercado, mas ainda sozinho

Vamos embora da festa

 

Não é quem somos (somos, somos, somos)

Nós não somos lindos, sim

Sim, não é quem somos (somos, somos, somos)

Nós não somos lindos (lindos)

 

Nós somos, somos, somos

Nós não somos lindos.


Ed Sheeran - Beautiful People (feat. Khalid). 

 


Notas Finais


Eu nem sei por onde começar, gente!
Aaaaaah, Jesus, meu coração!

Primeiramente, eu gostaria de agradecer cada favorito, cada comentário e cada leitura até aqui. Vocês são absurdamente incríveis e eu não teria amado tanto escrever essa história se não fosse por vocês, eu juro. É uma sensação tão gostosa saber que as nossas histórias conseguem conquistar o coração de tanta gente! Deixa um quentinho aqui dentro...

Champions foi uma ideia tão espontânea na minha cabeça e eu só postei, sem pensar muito. Nem sabia se ia agradar ou pegar um publico legal e....caralho, gente, É MUITA GENTE AQUI! KAKAKAKAKAK Bora marcar um churras, por favor!
Foi demais, de verdade. <333

A Lisa é uma personagem que eu acho que bastante gente se identifica porque, principalmente, ela é gente como a gente. Não aquela coisa distante, sabe? E é exatamente isso que eu queria. Uma personagem que amadurecesse junto com cada capítulo, e terminasse como a mulher incrível que ela é hoje. Tudo graças aos erros e acertos dela durante o caminho.

Porque...é assim que a vida acontece. Simples assim. <3

Como ela mesmo disse, não importa quem fomos, ou o que fizeram com a gente, mas sim como vamos aplicar o que aprendemos durante o caminho. E se teve alguém que deu a volta por cima na vida...esse alguém foi ela! KKKKKKK

É isso, amores. E mais uma vez, obrigada.
Champions e vocês foram grandes presentes pra mim. <3.


PS: Se tiver bastante pedidos sobre uma segunda temporada...quem sabe não rola, hein? KAKAKAKAKKA :)

Beijinhos....
<3


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