História Chance Or Destiny? - Rotina e Confusões

    Já se passaram uma semana desde que estou aqui nessa nova escola.

    Nesse meio tempo já aprontei várias coisas, com vários nerds e acabei apanhando da Mary.

    Ô garotinha difícil ela hein, meu Deus.

    Ela já me deu tapas, me deu murros, me empurrou, me xingou e gritou comigo.

    Neste exato momento, em plena segunda-feira, em pleno intervalo, ’tô aqui, tentando fazer ela parar de esmurrar meu peito, pois já está doendo.

— Seu idiota, estúpido, covarde, eu te odeio! Em menos de uma semana, você já causou um monte de confusão! — ela gritava enquanto dava vários socos em meu peito.

— Para sua louca, se controla! — eu falava rindo – porque era engraçado ver aquela anã me batendo.

— Se controla nada. Grrr eu te odeioooo! — ela gritou e me esmurrou mais.

— Não posso fazer nada se você me odeia. — disse segurando os pulsos dela, finalmente conseguindo segurá-la e fazê-la parar.

    Ela ía falar mais alguma coisa, mas eu a calei pondo os dedos em seus lábios.

— Vamos fazer assim. Eu paro de mexer com os nerds, mas… só se você parar de me bater! Porque sinceramente você é fortinha e esses tapas e socos estão começando a machucar! E eu também já estou de saco cheio de ficar brigando com você. — disse calmamente.

— Ok, eu topo! Também tô de saco cheio de brigar com você, mas isso é tudo culpa sua! — ela falou ainda raivosa e eu soltei seus pulsos.

— Culpa minha porque? — me fiz de desentendido.

— Grrr seu cínico! ’Tá vendo, você me irrita, por isso que a gente sempre briga! Porque além cínico você mexe com os mais fracos e depois ainda acha que está certo! — ela disse já se irritando e ameaçando avançar em mim de novo.

— Ok, ok calma! — pus as mãos a minha frente como um modo de pará-la — Eu admito que apronto com os mais fracos, mas é só por diversão. — falei dando de ombros.

— Diversão? Você acha divertido machucar os mais fracos? — ela perguntou me fitando incrédula.

— É… — disse meio sem graça.

     Não sei exatamente o que houve, mas de repente me pareceu tão errado o que eu fazia com os outros.

— Não ’tô falando que você é um idiota! — ela esbravejou.

— Ahh não fala assim! Tudo bem que é muita maldade mexer com os mais fracos, e eu admito isso, mas é que… sei lá é divertido! — falei coçando minha nuca.

— Não é nada divertido, seu idiota! — ela disse e me deu um tapa no braço.

— Aí sua agressiva. — disse alisando meu braço.

— Sou mesmo! Você é um besta! Onde já se viu achar divertido mexer com gente mais fraca do que a gente? — ela falou.

— Ok, ok, chega de me xingar! Trégua? — perguntei estendendo minha mão.

POV Mariah ON

     Após a pergunta, fitei sua mão estendida pra mim e pensei se devia ou não aceitar a trégua, mas resolvi dar um voto de confiança para ele.

— Trégua! — respondi e apertei sua mão.

— Ahh vem cá marrentinha! — ele disse e me puxou para um abraço.

     De início, fiquei em choque, mas depois correspondi.

     Então ele depositou um selar no topo da minha cabeça me deixando mais em choque e com o coração acelerado.

     O que foi mais estranho.

     Não demorou muito e ele desfez o abraço.

     Não sei porque, mas depois desse abraço me senti bem estranha.

— Ok, então vamos pra sala agora! — ele disse sorrindo e foi para a sala.

POV Mariah OFF

     Entrei na sala e me sentei, logo em seguida Mary entrou e me olhou, trocamos olhares e logo ela se sentou.

     No nosso abraço senti algo estranho.

     Meu coração disparou e me senti bem quando ela retribuiu meu abraço me senti protegendo ela.

     "Eu hein, que sentimento estranho!" pensei e balancei minha cabeça tentando esquecer esse sentimento.

      As nossas 3 últimas aulas foram: Português, História e Química, matérias nas quais sou muito bom apesar de quase nunca fazer as lições ou participardas aulas.

      E hoje tiveram exercícios de Química, nos quais eu fui ótimo, é claro, mas percebi que Mary estava com um pouco de dificuldade e me ofereci para ajudá-la e ela aceitou rapidamente.

— Muito bem é isso mesmo! Você aprende rápido hein! — falei quando ela havia conseguido completar quase todo o exercício.

— Aí Vitor obrigado mesmo, se não fosse você me ajudar eu nem iria conseguir fazer. Porque aqui, ninguém entende de Química e aquela professora é um saco e não tem paciência pra explicar nada! — ela disse enquanto terminava o que faltava.

— Ahh, que isso não foi nada, se precisar de ajuda de novo e só chamar ok? — disse já pegando minhas coisas pra voltar pro meu lugar.

— Ok pode deixar! — ela disse e abriu um enorme e lindo sorriso.

     Definitivamente não sei o que está acontecendo comigo.

     Meu coração dispara quando tô perto dela, ’tô me encantando pelos sorrisos dela e até mesmo por ela.

     Ao sentar em minha carteira arregalo meus olhos com a possibilidade que passa por minha cabeça enquanto à olho.

     Não… Aí Meu Deus… Não Pode Ser...Eu Não Posso Estar Apaixonado Por Ela! Definitivamente Não!

     Balanço minha cabeça afastando esses pensamentos e volto minha atenção aos meus materiais os guardando.

POV Mariah ON

     Sabe até que o Vitor não é uma má pessoa.

     Acho que eu estava o julgando cedo demais.

     Porque poxa ele propôs uma trégua, me ajudou com a matéria e aquele abraço que ele me deu foi tão estranho.

     No momento me senti protegida, acolhida e sei lá… amada talvez?

     Não, eu devo estar imaginando coisas.

     Primeiro que ele nunca gostaria de mim e segundo que eu também nunca gostaria dele, afinal depois de tudo o que ele aprontou não dá né.

     Mas será que eu tô me apaixonando por ele? Não, claro que não. Que bobeira, isso não pode acontecer de modo nenhum, nunca.

POV Mariah OFF