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História Chance or fate? (Reavaliando) - Revenge


Escrita por: SraJeon97

Notas do Autor


Oiee pessoas, voltei depois de quase três meses. Vcs me perdoam? Espero que sim. Finalmente postei o tão esperado capítulo, eu ja tava louca pra postar se uma vez. E eu fiz algumas mudanças, os nomes dos capítulos são em inglês e a sinopse é nova. Gostaram? Vou logo avisando que se se esse não ficou tão bom, peço desculpas, é a primeira vez que faço em terceira pessoa. Boa leitura fofos. Ah e leiam as notas finais. Bjss

Capítulo 9 - Revenge


Fanfic / Fanfiction Chance or fate? (Reavaliando) - Revenge

 

Pov. Jungkook

          "Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe Jeon Jungkook"

     Essa frase ecoava na cabeça de Jeon desde que foi desferida pela boca de Park.  Ele não queria admitir, mas isto havia o deixado curioso, logo ele que não gosta desse lance de curiosidade, isso faria com que ambos se aproximassem e isso ele não quer. Na verdade, ele tenta convencer a si mesmo de que não quer e não precisa. Não por ignorância e sim por medo. Ele tem medo do que possa acontecer na sua vida após a aproximação do garoto, tem medo de se decepcionar de novo. Após chegar em casa - ele havia ido dar uma volta- estava cansado da primeira semana tão exaustiva de aulas, decidiu subir pro seu quarto e não descer mais, queria aproveitar o silêncio do cômodo e descansar. Pela quietude da casa ele concluiu estar sozinho em casa, o que ele achou ótimo, não queria ficar ouvindo sua omma o tempo todo dizendo que ele precisa sair, precisa se cuidar e etc. Subiu para seu quarto e fechou a porta quando entrou, simplesmente jogou a mochila em qualquer canto e se sentou na cama. Por uns segundos ele fechou os olhos e passou a mão na nuca, ele se sentia tenso, cansado, não só fisicamente como emocionalmente também. Ele havia passado por muitas coisas, e a morte do pai ainda era vivida por si. Sempre que se concentrava na sua vida ele se permitia pensar em como ela seria hoje se o pai não tivesse passado por tudo aquilo, se aquele homem não tivesse cruzado o caminho deles, obviamente seria muito diferente. Ele seria diferente, talvez não fosse tão pessimista.

       Após seu momento de reflexão ele viu que precisaria de um banho e assim fez. Levantou-se da cama tirando seu casaco e sua camisa enquanto se dirigia ao banheiro. Terminou de se despir e olhou de relance para o pequeno espelho do cômodo e pôde ver o quanto seu rosto estava mal, tinha olheiras, um olhar aflito, sem brilho. No fundo, bem no fundo ele não queria que isso estivesse acontecendo, ele queria ser "normal", mas como uma pessoa que passou pelo que passou pode ser um jovem sem problemas? Ele preferia mil vezes ter morrido junto com seu pai, do que viver nesse mundo de injustiças, de sofrimento. Toda a sua dor poderia ter sido poupada de existir se ele não existisse mais também. Pra ele, a vida estava sendo injusta consigo. Não tinha mais motivos pra estar ali, não sorria mais, não sabia  o significado da palavra diversão, não tinha e nem queria amigos, pode-se dizer que não tinha mais sonhos, ou seja, uma vida miserável. O mundo não iria sentir falta dele.

      Era assim que ele pensava. Balançou a cabeça negativamente pra tirar isso da cabeça, o jeito era aguentar até que o dia de ir chegue para si. Não iria ser tão fraco ao ponto de se matar. Entrou no box e ligou o chuveiro no morno.  De cabeça e tudo, deixou que água quente relaxasse seus músculos, ele gostava dessa sensação. Era o único momento que ele se via em completa paz. Tomou um banho bem demorado e saiu do cômodo, agora era só vestir uma roupa confortável e lê um pouco o livro antes de descansar. Pegou o seu livro e se deitou na cama. Observando a capa tão atrativa do livro, automaticamente, as lembranças da sua pequena "conversa" com Jimin no corredor da escola voltaram a invadir na sua mente. Ficou de qualquer forma surpreso com a revelação do mais velho, lhe intrigou o fato dele gostar de livros como esse. Achara que garotos como ele não se interessavam romances desse tipo. Talvez, Park fosse diferente... Ou não. Ele dizia a si mesmo, ele estava aos poucos se deixando levar pelas palavras do garoto, mas não deixaria acontecer tal coisa. Tudo que menos quer é arrumar mais problemas. Mas ele havia pensado sobre isso, praticamente, o final de semana inteiro. Abriu o seu livro na página marcada e começara a ler, estava em uma parte tensa da história quando ouviu batidas leves na sua porta, que logo foi aberta, revelando a mulher que ele pensava não estar em casa.

      - Algum problema? - questionou frio ao ver sua mãe alí parada olhando para ele.

      - Vim conferir se você estava em casa - exclamou a mais velha.

      - Como pode ver, estou aqui. - retrucou ele rudemente. - Agora, poderia fazer o favor de sair do meu quarto?! Eu tenho coisas para fazer. - disse e voltou seu olhar para o livro.

      - Faça depois, quero que me acompanhe à um lugar - continuou ela.

      - Aonde? - perguntou  confuso.

      - Faltam algumas coisas para a inauguração do restaurante, então seria bom comprar logo. - explicou-lhe a mais velha.

      - E o que eu tenho a ver com isso? - foi rude, como sempre.

      - Ora, quero que me ajude á carregar as coisas, não posso fazer tudo sozinha. E esse restaurante não é só meu, sabe disso. - reclamou-se. Mas na verdade, ela estava incomodada com essa distância que mantinha do filho, não conviviam mais como uma família, eram apenas duas pessoas de mesmo sangue convivendo juntos, sem conversas agradáveis ou momentos reunidos. Ela queria recuperar a confiança do filho, sentia falta dos abraços dele, das demonstrações de carinho.

      - Por que não chama a SunJung? eu estou ocupado agora - continuou grosseiro, porém sua mãe não se renderia á isso, faria ele sair de casa a todo custo.

      - Se eu quisesse que ela fosse comigo eu tinha a chamado, mas eu quero que você venha. Então pare de mi mi mi e se arrume, saímos em cinco minutos - alertou ela antes de se retirar do cômodo. - Eu não estou brincando Jungkook, não me obrigue a ir aí te puxar pelas orelhas - gritou do corredor. Jungkook fechou o livro e deitou-se de bruços na cama, com rosto no travesseiro, suspirando derrotado.

       ***

      - Aigoo Jungkook, melhore essa cara! - reclamou a mais velha assim que entregou mais duas sacolas ao garoto. Ele se encontrava com expressão fechada, totalmente tediosa. Preferia mil vezes estar na sua cama lendo o seu livro ou até mesmo dormindo. - Você está assim desde que saiu daquele quarto.

      Jungkook ignorou suas palavras, estava mais preocupado em saber quando aquilo terminaria e finalmente ele poderia ir pra casa. Porém o que ele não contava era que uma certa coisa, melhor dizendo, pessoa, acabaria por "estragar" suas expectativas. Ao andar tranquilamente pela calçada com sua omma ele acaba esbarrando em uma pessoa bem distraída e derruba algumas sacolas da mão. Ele praguejou muito essa maldita pessoa. O ser a sua frente para e o ajuda à pegar as sacolas.

      - Oh, me desculpe, eu estava concentrado demais no chão e não te vi - o mesmo se levantou com as sacolas do outro as entregando, assim que esse viu a pessoa a sua frente levantou as sobrancelhas surpreso - Jeon Jungkook ?!

         O mais novo o encarou também um pouco surpreso. Ninguém o conhecia naquela cidade. Ele so não estava reconhecendo a figura à sua frente. Franziu o cenho pra tentar saber como ele o conhece, tem a impressão de já ter olhado pra esse garoto.

      - Você não se lembra de mim, certo? - Jeon balançou a cabeça negativamente - Sou Min Yoongi, estudamos juntos.

      Antes que o mais novo pudesse ter alguma reação, sua mãe aparece.

      - Jungkook, adivinha o que... - ela parou por um instante pra observar aquela cena, seu garoto conversando com outro que aparentava ter a mesma idade de Jeon. Animou-se, já faz um bom tempo que não vê o filho conversando com pessoas da mesma faixa etária. - Oh, desculpem atrapalhar. Não vai me apresentar seu amigo Jungkook? - referiu-se ao garoto de cabelos verdes.

     - Não! -  Jungkook exclamou. - Não somos amigos.

     A mais velha logo fechou o sorriso ao ouvir seu filho proferir tais palavras. Por um instante tinha pensado na hipótese de que seu filho estivesse finalmente se enturmando. Seria bom pra ele. Mas isso não significa que ela vá desistir de ajudar o filho. -Talvez possa trazer problemas, mas ele precisa de uma pessoa que fique ao lado dele, que lhe passe confiança, quem sabe assim ele não resolve me escutar mais e fazer o tratamento pra melhorar.- assim pensava ela. Yoongi percebendo o clima formado ali, também ficou desconfortável.

      - Me chamo Min Yoongi e apenas estudamos na mesma sala, senhora.  Por acaso reconheci ele quando estava passando. - O de cabelos verdes finalmente quebrara o silêncio.

      -  Oh, Min Yoongi, belo nome. Eu sou Yea, a mãe do Jungkook. - a mais velha se apresentou.-  Entendo perfeitamente. Essa foi apenas a primeira semana de aulas, Jungkook ainda está buscando a confiança nas pessoas. - a mais velha retrucou. Yoongi forçou um sorriso, ele não é muito disso. Mais uma vez o silêncio se tornou a maior conversa entre eles.

     - Bom, então eu já vou indo se não eu vou chegar tarde demais. - murmurou Yoongi. Mas antes de sair ele pensou em convidar Jeon pra ir com ele, só para não ser mal educado. - Aliás, hoje tem o jogo da escola, você vai assistir Jeon? - perguntou ao mais novo.

      - Não - retrucou ele friamente.

      - Sim - retrucou a mãe dele no mesmo instante.

      Jeon olhou pra mãe e com esse olhar repreendeu-a por ter dito tal palavra. Mas ela não ligou, o que ela mais queria era que o filho tivesse amigos e saísse mais, essa era uma ótima oportunidade.

      - Vá com ele, Jungkook, será bom pra você. Sair um pouco, conhecer mais a cidade, conviver com pessoas da sua idade. - Yea retrucou.

     - Mas a senhora não disse que precisava de minha ajuda? - Jungkook trincou os dentes, ele havia mentido por não querer sair com o seu colega de classe, não queria nem mesmo sair de casa.

     - Ah, não se preocupe comigo, ligarei pra Sungjung. Eu aproveito e peço pra ela me ajudar na compra de algumas roupas. Pode ir filho. - após escutar tais palavras, ficara evidente a raiva que o mais novo sentia. Sua mãe apenas queria o tirar de casa, não precisava, necessariamente, de sua ajuda. Estavam os três parados no meio da rua, e tudo que Jungkook não queria era ter que discutir com sua mãe num lugar como tal e na frente dos outros, então não lhe restou escolha a não ser acompanhar Min Yoongi até esse jogo.

     ***

      O caminho até o estádio estava mais silencioso e quieto do que o escuro. Desconfortável com isso, Yoongi resolveu quebrar isso.

     - Sua mãe é uma pessoa bastante simpática. - começou. O mais novo demorou uns segundos pra responder. - Suspeito que vocês não sejam daqui, certo? Nunca os vi por aqui. - Insistiu mais uma vez. Jungkook pressentindo que ele continuaria a insistir nessa conversa  resolveu "mandar a real".

      - Olha, é o seguinte, eu aceitei ir a esse jogo com você, mas isso não significa que eu quero tentar uma aproximação. Eu só vim porque não queria ficar ouvindo a minha mãe me repreendendo por isso. - indagou secamente.

      - Ok, me desculpe. Só estava tentando quebrar esse clima estranho entre nós. Mas, se não quiser conversar, não tem problema. - o outro garoto se repreendeu. Decidiu aceitar que não seria tão fácil assim se aproximar dele, ele é muito complicado.

     Após ouvir tais palavras, ele sentiu algo estranho dentro de si. Um sentimento desconhecido, ele sentiu arrependimento de ter  falado daquela forma com o garoto, se sentiu um completo idiota. O garoto estava apenas tentando ser educado e ele o trata de uma forma tão injusta. Mesmo com uma força dentro de si implorando pra ele se redimir com outro, não o faria.

      Depois de vários minutos andando em silencio, finalmente eles haviam chegado ao tal estádio. Poucos metros antes Jungkook percebeu que haviam muitas pessoas ali. Ele sentiu um desconforto dentro de si, o mesmo não gosta de ambientes com muitas pessoas. Mas, não deixaria que Yoongi percebesse. Continuaram andando e esse desconforto só aumentava em Jeon. Ele ja estava começando a suar frio, sua pele estava ficando mais pálida e sua boca seca. Massageou as têmporas e tentou ignorar tudo isso, mas não por muito tempo.

      - Jeon, quer alguma coisa para beber ou comer? - virou-se para Jungkook e franziu assim que viu a aparência do mais novo. - Você está bem?

      - Estou. - Jeon rebateu tentando mostrar que estava tudo bem. Porém, a Min Yoongi ninguém engana. Jeon percebeu o olhar desconfiado do outro ainda sobre. - Ta olhando o que?  Eu só... não gosto de lugares com muita gente. - revelou desinteressado.

      - Ah, quer ir embora? Posso te ir te deixar! - apesar de não ser muito disso, Min resolveu demonstrar que podia ser um boa companhia, passando confiança para o outro.

      - Não - rebateu rude, já foi constrangedor demais só em ter vindo com ele ao estádio.

      - Tem certeza?

      - Eu, realmente, não deveria ter vindo com você.  - Jeon proferiu enquanto observava a paisagem, ele não gostava de muitas perguntas, a única coisa que ele queria naquele momento era ir pra casa.

      - Tubo bem, se você esta dizendo que não está bem, só me resta acreditar. - Virou-se e seguiu para dentro do estádio. O mais novo o acompanhou, mas limitou-se a andar lado a lado com o outro.  Min percebeu a distância, mas não iria chamar sua atenção, tudo que menos queria era assustar o garoto.  Por isso, ele tratou de procurar um lugar mais vago para as sentar com mesmo, após achar um lugar perfeito apontou e foram  se sentar e esperar a partida começar.

      Lógico que Jungkook manteve um certa distância do outro, limitou-se até mesmo a manter um simples diálogo. Tudo que ele mais sentia naquele momento era raiva de si mesmo, não queria esta vivenciando aquilo. Yoongi apenas respeitou sua vontade, não iria forçar o outro a nada, provavelmente, ja havia entendido qual a personalidade do mesmo. Jungkook, passou a observar o estádio, lotado de pessoas, melhor dizendo, adolescentes. Todos rindo, tirando brincadeira um com outro. Porém, vale ressaltar que a maioria era da mais alta classe social, e os que de classe média, eram "super amiguinhos" dos populares. O que ele mais notou, era que nenhum dos alunos considerados nerds estavam presentes, mas claro, que sabemos o porque, os nerds não se encaixam nesses grupos populares de escola. Isso, trazia um certo alívio a Jeon. Pois, ele percebe que essas pessoas estão deixando de se importam mais com esses grupos, ou seja, elas querem e são elas mesmas. Não fazem o insano favor de mudar pra fazer parte de grupo A ou B. Por isso, são as mais isoladas e criticadas, como sempre, diminuídas. Ele se considera incapaz de fazer parte de qualquer um desses grupos, ele se acha diferente. Mas, será que ele é mesmo?

Será que um dia essa opinião sobre si pode mudar?

      Seus olhos continuavam percorrendo o local, até que eles , automaticamente, pararam e se concentraram em uma cena que chamara a atenção não só dele, mas de todos os presentes. O seu colega de classe, Park, discutindo com uma garota, que ele reconheceu logo, Mi Chay. Mesmo de longe, ele notou que o garoto estava irritado, sua pele apresentava uma coloração avermelhada, e seus gritos eram altos. Ele não escutou muito bem, mas, pelo que observou, a garota estava o irritando e logo depois ela estava acuada. Chegou a pensar que ela havia feito algo que ele não gostara nem um pouco. Lógico, que Jeon ficou surpreso com tal cena, ele nunca vira alguém tão nervoso como o outro. Viu um homem, que aparentava ser treinador, chegar e acabar com tal confusão, logo depois seus olhos se encontraram com o de Park, percebeu o olhar do mesmo relaxar, logo desviou o olhar.

      O jogo já havia começado a algum tempo, o time da escola estava ganhando, Jeon já estava desconfortável apenas por estar ali, e piorou assim que começou a gritaria das pessoas presentes. Seus ouvidos chegavam a doer, e Yoongi estava concentrando demais xingando os jogadores e o juiz. Pouco tempo depois, jungkook percebeu que  o jogo não demoraria a acabar e ja estava prestes a anoitecendo, não aguentando mais, o mesmo se levanta do banco rapidamente, aproveitou a distração do outro. Depois de quase ser esmagado pelas pessoas ele conseguiu sair, parou um pouco para respirar, sentiu seu celular vibrar no bolso, sua mãe era a pessoa que ligava. Ele ignorou a chamada, aqueles gritos o deixaram com dor de cabeça.

      E então, ele  começara a andar pelas ruas movimentadas de Seul, com suas mãos no bolso do casaco, e seus cabelos sendo levemente soprados pelo vento do fim de tarde. Perto de um parque, ele levantou o olhar e observou no céu que algumas de suas companheiras eternas estavam surgindo aos poucos, as estrelas. Se tem uma coisa que nunca foi mudado em Jeon, é o seu amor pelos pontinhos brilhantes que surgem no céu. Pra ele são importantes, porque foram as únicas companheiras do seu passado, que sabem e fazem parte da sua história, presenciaram cada estágio da sua vida. Tanto, que quando criança ele começou a montar um álbum de fotografias, onde ele colocaria apenas retratos de coisas bonitas e importantes na sua vida, não se sabe quantas fotos de céu estrelado iluminam esse álbum. Entretanto, ninguém sabe da existência disso, nem mesmo seu pai sabia. Mas, após a morte do mesmo, ele jamais continuou a enfeitar seu livro de imagens com fotos, pois nada mais era importante e bonito pra si, foi como de todas coisas do universo perdessem a cor, o brilho, até mesmo o gosto.

      Após alguns minutos observando as estrelas ele seguiu o seu caminho, mas, durante tal ato sua mãe ligara pra ele umas quatro vezes, e todas as vezes ele ignorou. Ele até poderia ser chamado de pior filho do mundo ou de adolescente rebelde, porém todos sabemos que se tomamos alguma atitude, mesmo errada, é porque temos um motivo, idiota ou não. E, para ele, o motivo de ser tão frio com sua mãe é simples, por ela não ter sido a mãe que ele tanto precisava, por não ter confiado no proprio filho.

      Mas... E por que ele também é assim com as outras pessoas?  Que culpa elas tem?

      Ele não culpa as pessoas, o problema é que está cansado de tanto sofrimento, ele acha que as pessoas são todas iguais as outras e se existem pessoas diferentes no mundo, essas não merecem ter pessoas como ele próximo. Mas, tenhamos fé, talvez ele ainda tenha uma esperança, pra fazer com que ele veja o a realidade a sua volta com outros olhos. Durante esse meio tempo ele recebeu uma mensagem no seu celular, já que não tinha aplicativos de conversa.
     
     "Jungkook, preciso que venha logo pra casa, temos um assunto para conversar e tem que ser antes da inauguração do restaurante. Não demore e não ignore essa mensagem como fez nas ligações.
                             Omma!"

     
      Isso era o que tinha digitado na tela do seu celular dele. Ele leu frustrado, mas não tinha outra escolha, uma hora ou outra teria que voltar pra casa e dar de cara com sua mãe. Não sabia exatamente do que se tratava, mas devia ser algo importante, já que ela insistiu em manter contato. Guardou o celular no bolso e continuou andando normalmente, não iria se apressar, não fazia tipo do mesmo. Pouco tempo depois já estava na rua da sua casa, embora ele seja novo na cidade conhece algumas ruas, tem boa memória. Respirou fundo antes de adentrar sua casa. Tirou o tênis e o colocou na mão para ir pro quarto, mas no meio do percurso sua mãe brota do nada. A encarou e a observou por alguns segundos. Ela  já estava pronta para ir ao seu restaurante, um vestido até o joelho de  cetim vermelho, muito elegante, salto fino preto, cabelo muito bem alinhado, maquiagem bem feita. Apesar de tudo, uma coisa que Jungkook não podia negar era que sua mãe era uma mulher muito bonita e bem conservada.

      - Finalmente apareceu.  Achei que tinha ignorado minha mensagem também. - indagou ela séria.

      - Eu não tava com cabeça pra ouvir voz nenhuma hoje. - Jeon rebateu.

      - Como sempre. - retrucou a mais velha irônica. - Pelo menos você saiu daquela toca do seu quarto e foi sair com aquele garoto... Qual o nome dele mesmo? - colocou a mão no queixo pensativa.

      - O que a senhora queria falar comigo de tão importante? Seja breve, tenho coisas pra fazer. - continuou jungkook já impaciente.

      - Tipo o que? Se isolar no quarto e viver no seu mundinho revoltado? - questionou irônica. Jungkook apenas ignorou. - Sinto muito, querido, mas hoje seu programa vai ser outro. - disse e jungkook franziu. - Bem, como você sabe, a inauguração do nosso restaurante é hoje e foi tudo muito apressado. Não deu tanto tempo assim de contratar pessoas suficientes para servir as mesas, então, eu pensei que... - ela não pôde continuar, pois jungkook a interrompeu.

      - Que eu poderia ir lá e ajudar a servir as mesas?! - indagou ele com as sobrancelhas arqueadas.

      - Sim, apenas temporariamente, até eu achar pessoas disponíveis para o trabalho. - finalizou ela. Jeon riu sem humor.

      - Nunca, sem a mínima possibilidade de chance. - disse ele a encarando sério.

      - Por que não, Jungkook? É uma oportunidade pra você se tornar mais sociável, e aquele restaurante também é seu, deve ajudar. - rebateu ela.

      - Olha bem pra minha cara - apontou ele para si mesmo. E ela o olhou. - A senhora acha que eu tenho humor e paciência pra ficar servindo mesas cheias de pessoas egocêntricas? - questionou.

      - Não tem, mas pode ter, é só você querer. Pare de ser tão pessimista Jeon Jungkook, não foi assim que eu te criei pra ver o mundo. - finalizou a mesma impaciente.

      - Não, eu não tô sendo pessimista, estou sendo realista. Esse mundo está cada vez mais cheio de pessoas assim, egoístas, otimistas demais, como a senhora. -indagou, sua mãe encabulada iria responder, mas seu filho não deixou. - Olha só, eu não vou servir mesa em "seu" restaurante. Nem adianta insistir. - finalizou ele antes de subir as escadas para ir ao seu quarto.

      - Jungkook... - sua mãe o chamou e ele parou o que fazia. - Eu sei que você não vai fazer isso por mim, ou... Por nós. Então... Faça isso pelo seu pai. - ele arregalou os olhos, fazia tempo que ela não mencionava sobre ele. - Você com certeza ainda se lembra que ele também fazia planos pra um futuro restaurante. Ele não está aqui agora, mas, você está, eu estou. Me ajude a dar continuidade ao que seu pai queria tanto quanto eu. Eu tenho certeza que ele está vendo nossa situação, talvez esse seu jeito de agir não esteja agradando ele. Então... Faça isso pensando no quanto ele ficaria orgulhoso ao ver você nisso também. - disse ela com  voz calma, o mais novo lembrou-se de todas as vezes que seu pai dizia futuros planos para um restaurante, e recordou-se, também, que se comprometera a ajudar nisso. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas o mesmo não deixou que elas caíssem.

      - Eu... Vou tomar um banho e trocar de roupas. - disse ele, sua mãe sorriu satisfeita.

      - Obrigada, filho! - indagou ela, ele continuou a subir.

      ***

      Eles ja estavam próximos ao novo restaurante, a rua estava mesmo cheia de pessoas, o que, segundo sua mãe, renderia muitos clientes. Jungkook não trocou uma palavra se quer com sua mãe durante o percurso. Ele estava indo ajudar, mas não garantia que mudaria sua personalidade, apenas pra agradar clientes. Alguns minutos seguintes e já estavam na rua do restaurante, O mais novo engoliu em seco, havia muita gente entrando no estabelecimento, e muitas pessoas dentro, as janelas grandes nas paredes davam vista disso. Sua respiração já começava a ficar fechada, mas, ele teria que se controlar, prometeu que faria isso pelo seu pai. Sua mãe já tinha pago o táxi, então eles saíram e andaram até o local.

      - Tudo bem, Jungkook, tudo que você precisa fazer é ser simpático com os clientes e ser servir as mesas corretamente. Consegue fazer isso? - sua mãe pedira antes de entrarem. Jungkook permaneceu calado observando a rua. - Por favor, Jungkook. Eu nunca te pediria isso se não fosse por algo importante.

       - Não posso garantir nada. - respondeu sincero.

      - Mas pode tentar, ja vai ser um grande passo dado. - insistiu ela e entrou. -Por favor, sorria.  - sussurrou baixo. Jungkook entrou, alguns paravam o que faziam para olhar quem estava entrando. O mais novo fechou os olhos e respirou bem fundo, abriu os olhos e seguiu sua mãe. A mesma sorria e cumprimentava as pessoas por onde passava, e ele apenas agia normalmente, não olhava por muito tempo pra ninguém e nem estava sendo tão simpático, mantinha apenas expressão séria, normal, afinal, não conhecia ninguém alí, não tinha motivos pra ser simpático. Sua mãe o levou para a parte privada do restaurante, onde se encontrava o grande mestre da casa.

 

- Jin! querido, com essa arrumação toda eu nem tive oportunidade de ir te pegar no aeroporto, nem de te ver. Como você está? - disse ela enquanto abraçava o primo.

      - Melhor agora, eu estava morrendo de saudades. - o moreno a apertou ainda mais nos braços. - E como vai o nosso pequeno grande Jeon Jungkook? - continuou referindo-se ao mais novo.

      - Normal. - o mesmo rebateu sério.

      - Meu Deus, você cresceu muito desde a última vez que te vi, além de que mudou muito, o tempo lhe caiu bem, está um belo rapaz. - indagou Jin se aproximando para cumprimentar o outro, mas, como sempre, Jungkook recuou. - Seu físico mudou, mas suas atitudes continuam as mesmas. - riu leve. Jungkook permaneceu calado.

      - E como. Esse foi o outro motivo pra nos mudarmos. Ele precisa conhecer gente nova e lugares novos, tenho certeza que isso mudará logo logo. - sua mãe retrucou. - E vai começar de hoje, ele veio ajudar a servir as mesas.
 
       - Hm... Que interessante. Pode ser um belo começo pra você Jeon. Vai atrair muitas clientes com essa beleza toda. - Brincou Jin. Jungkook negou com a cabeça. Ele não se achava um rapaz bonito, pra falar a verdade ele nunca ligou muito pra isso.

      - Somente hoje! - Ele ressaltou.

      - Isso é bom. Vai ajudar na distração dos problemas. - o mais velho indagou. Jungkook como sempre ignorou, ele ficou conhecido na família como: O problemático. - Bom, melhor eu terminar de preparar  os pratos, já temos muitos pedidos. - continuou ele animado. A mãe de jungkook sorriu muito alegre.

      - Isso é ótimo. Agora, venha jungkook. Irei lhe dar o uniforme e você já pode começar o seu trabalho. - pediu ela e Jeon a acompanhou, mesmo a contragosto. Não gostara da ideia de ter que ficar servindo mesas o tempo todo.

                 Ridículo

      Foi como Jungkook se sentiu com o uniforme dado. Tentou de todas as formas reclamar com a mãe, não se sentia confortável com as roupas, digamos, que ficaram bem apertadas nele. Mas, do que adianta discutir sobre isso com a própria mãe? Ela apenas falava como ele devia agir diante tal situação, o que ele devia fazer e o que não devia, assim, ele só tinha uma certeza nesse momento, aceitar essa proposta foi o erro mais errado que ele  cometeu. Já havia chegado o momento de servir as pessoas e ele ainda continuava irritado em ter fazer o favor de servir os outros e ainda mais com essas roupas. No primeiro momento que ele chegou na parte das mesas se arrependeu muito mais do que previa, todos os olhares foram lançados para si. Principalmente das moças, sejam elas casadas ou solteiras. E ele se perguntava o porque de tantos olhares e o porque das clientes só chamarem ele. O mesmo não era simpático como os poucos que havia ali, era seco e impaciente. Nem precisa comentar que ele recebeu muitas cantadas e indiretas das moças, apenas ignorava, não valia a pena discutir sobre isso com pessoas desconhecidas, e além do mais, sua mãe fez ele prometer que não se meteria em confusão nesta noite, mesmo que ele recebesse a pior das provocações.

      - E então, já querem fazer o pedido? - perguntou ele desinteressado após ser chamado por uma garota ruiva e mais duas amigas.  Ele já ia logo direto, sem essas baboseiras inicias de tratamento de cliente.

      - Sim! - a mesma confirmou.

      - O que desejam? - questionou enquanto preparava o papel e a caneta.

      - Você. Serve? - a mesma pediu sugestiva. E ele pela centésima vez suspirou frustrado.

      - Tem essa opção do cardápio? - questionou ele com as sobrancelhas arqueadas. Elas negaram. - Então, não. Esse pedido não serve. - continuou frio. Elas reclamaram baixo e envergonhadas, mas acabaram pedindo algo do cardápio, ele anotou tudo e foi entregar o pedido para o assistente de Jin. O que ele não esperava era que sua mãe acompanhava tudo de perto, e mesma estava feliz, pois ele estava fazendo sucesso entre as meninas, mas ficou indignada ao ver o modo como as trata.

      - Aigoo, seja mais simpático Jungkook. - reclamou assim que ele se aproximou do balcão para dar os pedidos. - Não vê que as garotas estão sendo gentis com você?! - jungkook arqueou uma sobrancelha.

      -   E daí? Problema delas. Estão apenas perdendo tempo. - rebateu desinteressado, a mais velha ja estava com uma resposta na ponta da língua e ele sabia, então... - Preciso ir ao banheiro. - avisou e saiu.

      Porém, ele não esperava que nessa noite ele teria uma bela de uma surpresa. Após a sua saída, entrou no estabelecimento um grupo de jovens, que seriam os jogadores do time da sua escola indo comemorar a vitória do jogo com o técnico. Yea ficou muito feliz ao vê -los entrar, mas não sabia que eram da mesma escola do Jungkook. O único que ela reconheceu foi Min Yoongi, pois ja tinha o visto com Jungkook mais cedo. Um dos garçons disponíveis foi até os mesmos, e pediram uma mesa maior do lado de fora do local. A dona do lugar fez questão de providenciar tudo pra que eles se sentissem confortáveis, afinal, eram muitas pessoas.

      Jungkook já havia voltado e agora tinha uma bela missão a cumprir, já que sua mãe fez questão que ele fosse lá e atendesse a grande mesa. Ele reclamou de primeira, mas acabou tendo que ir. Lógico que sua mãe teve que o convencer a ser mais gentil, principalmente por se tratar de muitos.

          "Deseje boa noite!"

          "Seja mais leve ao falar!"

      Essas foram algumas das dicas de sua mãe. Após se xingar mentalmente por ter aceitado vir ajudar, ele já se aproximara da mesa enorme posta do lado de fora.

      - Boa noite, já querem fazer o pedido? - disse ele em tom frio, como se fosse na obrigação, e era mesmo. Todos o olharam imediatamente e ficaram surpresos, e acreditem, não foram os únicos. Um dos presentes na mesa achou a voz do mais novo conhecida e, assim como Jungkook, o outro arregalou os olhos.

      - Você? - disseram os dois em uníssono.

               Park Jimin

      Era o tal garoto que se surpreendera. Como poderíamos julgar isso? Acaso ou destino? Os dois  vivem se encontrando e se esbarrando pelos caminhos da vida. Isso não vem ao caso agora, o que mais interessava era que mais uma vez um estava em frente ao outro.

      - Vocês... Se conhecem? - Taehyung se manifestou, ja que percebera que todos alí também estavam surpresos.

      - Esse ai é o carinha novato que eu te falei. - Yoongi disse.

      - Ah! Então, você é o aluno novato que bateu no meu irmão porque ele agiu como um popular idiota? - Taehyung rebateu, nem precisa dizer que todos alí receberam a indireta, ele fez questão de priorizar as ultimas palavras. Jungkook desviou o olhar do outro e encarou seu irmão.

      - Ahn, creio que sim. - respondeu ele simplista.

      - Hm, você fez bem. Finalmente alguém daquele colégio tem juízo. Eu agiria da mesma forma. - continuou sarcástico, Jimin o encarou desacreditado, Jungkook também ficou confuso, e Yoongi tava segurando uma risada. - O que? Se algum indivíduo viesse até mim tentando bancar "o todo poderoso" eu faria o mesmo.  Um adolescente qualquer que se acha superior aos outros so porque o pai é dono de uma das maiores empresas da cidade não tem moral nenhuma sobre outro. Ninguém é obrigado a nada. - finalizou e recebeu belos aplausos de Min Yoongi. Lógico que o resto dos presentes não gostaram nada do que ele disse, mas ele não tava nem ai, não disse mais do que a verdade.  Até mesmo Jungkook  impressionou-se com tal atitude, percebeu que não é o único realista por alí.

      - Já posso anotar os pedidos de vocês? - Jeon tentou cortar a pequena conversa.

      Enquanto ele anotava os pedidos sentia um olhar sobre si, não ousou olhar, porque já sabia de quem era. Ele chegava a anotar os pedidos com uma rapidez incrível, nem prestava a atenção no que escrevia direito, só queria sair dali. E assim foi, quando mal terminou de escrever a ultima letra saiu bem rápido e levou os pedidos até o ajudante do primo da sua mãe. Após uma longa espera, finalmente, algumas comidas estavam prontas. E com a ajuda de mais um garçom ele levou todos os pratos ao devidos clientes. Porém, nosso querido Jeon ainda não havia passado pelo pior, ele dera o azar de ter ficado pra servir o prato da popular egocêntrica de Park. Ela adora fazer encrenca, isso não é novidade. Então, após servidos os pratos ela resolveu fazer uma brincadeirinha. Pegou o saleiro e a pimenta, começou a despejar na sua comida disfarçadamente.

      - Mi Chay! O que está fazendo? - questionou sussurrado à amiga, vendo o desastre que a outra estava fazendo.

      - Me divertindo um pouquinho! - respondeu com um sorriso maldoso. Pegou os hashis e pôs a comida na boca. Logo, cuspiu e começou a tossir. Todos a olharam imediatamente. - Mais, que merda de comida é essa? - fingiu reclamação. - Garçom! - chamou o mais próximo.

      - Pois não, senhorita? - respondeu calmo.

      - Eu quero falar com o gerente daqui.-  exigiu ela.

     - Algum problema? - ele perguntou preocupado.

     - Sim. Vocês chamam isso de comida? - apontou para seu prato. - Isso está horrível, eu odeio pimenta. Quero falar com o gerente. - fingiu estar irritada.

     - Senhorita, calma, nós iremos trocar seu prato e... - o mais novo tentou contornar a situação, escândalos nesse dia não podiam acontecer.

     - Eu não quero que troque, eu quero que chame o gerente. Você é surdo por acaso? - sua voz ja saía alterada,  chamando a atenção de algumas pessoas sentadas em mesas próximas.

- Mi Chay, não precisa fazer escândalo! - Jimin repreendeu a namorada.

      - Não é a sua comida que ta parecendo uma lavagem de porco. - retrucou ela séria.

       - Achei que fosse a comida preferida dela. - Yoongi disse baixo, Taehyung riu e Jimin conteve o riso, mas o repreendeu também.

      Então, lá se foi o garçom até a mãe do Jungkook, ela saberia muito bem como contornar a situação. Disse a ela toda a situação, a mesma ficou preocupada na hora e tratou de ir resolver isso.

      - Boa noite, ocorreu algum problema aqui? - perguntou ela toda gentil.

     - Boa noite, você é a gerente? - questionou Mi Chay de volta.

     - Não, sou a dona daqui. - Yea afirmou toda feliz.

      - Ótimo, melhor ainda. - concluiu a mais nova. - É o seguinte, eu pedi uma sopa que não tinha tempero exagerado, e quando coloquei na boca, ela amargou de tanto sal e pimenta. - disse ela toda falsa.

     - Oh, o cozinheiro deve ter errado no prato ou exagerado um pouco no tempero. - a dona do lugar tentou explicar-se.

      - Exagerado um pouco? - Mi Chay riu. - Quem é o louco capaz de de comer isso aqui, minha filha? -perguntou incrédula. - Quer provar?

     - Com licença. - pediu Yea, pegou a colher e experimentou um pouco. Sua primeira reação foi tossir, o tempero estava muito forte. - Nossa... Isso ta horrível mesmo. Desculpe por isso, deve ter acontecido algo. Eu vou chamar o cozinheiro pra ele explicar o que houve. - disse ela e se retirou. Pouco tempo depois ela aparece acompanhada de Jin.

      - Boa noite, eu sou SeokJin, o cozinheiro da casa. - se apresentou. - Yea me contou o ocorrido e eu peço mil desculpas, eu, realmente não sei o que aconteceu. Eu raramente uso esses tipos de tempero exagerado em minhas comidas. - tentou se redimir.

      - Então, eles brotaram na comida feito mágica? -Mi Chay e suas ignorância como sempre.

      - A não ser que alguém tenha colocado. - indagou sua amiga. As pessoas envolvidas a encararam.

     - Verdade, eu não tinha pensado nessa hipótese. - se fingiu de desentendida. Yea seu primo se entreolharam. - Mas, quem faria uma coisas dessas comigo? - colocou a mão no queixo pensativa.

      - O garçom, talvez. - sugeriu a amiga.

      - O garçom? - Yea ficou confusa.

      - É mesmo. Ele não tem muita simpatia por mim. - Mi Chay envenenou.

     - E quem seria esse garçom? - Jin perguntou.

     - Aquele. - a amiga de Mi Chay apontou para Jungkook. Jin e Yea se entreolharam.

     - Jungkook? - perguntou a mais velha e Mi Chay assentiu. - Tem certeza? - ela estava rezando pra não ser.

     - Tenho, foi ele quem serviu a minha. - indagou ela.

          Que ótimo!

     Pensou a mãe dele antes de chama-lo.

      - Que foi? - Jungkook perguntou desinteressado.

      - Jungkook, a comida dela está estragada. - afirmou a mãe dele.

      - E o que eu tenho haver com isso? - deu de ombros.

      - É o que nós queremos saber. -Jin indagou.

      - Você colocou sal e pimenta na sopa dela? - a mãe dele perguntou. Ele franziu.

      - Eu? - perguntou incrédulo.

      - Sim, ela disse que você foi quem serviu a comida dela e o Jin afirmou que não tem nada haver com isso. - a mais velha explicou. Ele olhou para Mi Chay e a mesma tinha um sorriso vitorioso no rosto. Ele semicerrou os olhos.

      - E por que eu faria isso? - questionou ele sério.

      - Deixa de ser sínico e diz logo que foi você. - Mi Chay dirigiu-se diretamente à ele.

      - A única pessoa sínica aqui é você. - rebateu ele de volta. Yoongi soltou um muxoxo alegre juntamente com o Taehyung. - Eu nem conheço você, em primeiro lugar, não tenho motivos pra te odiar e muito menos estragar a sua comida. Mas, eu sei de uma coisa sobre você, é a pessoa mais falsa desse mundo, tão falsa que só tem atenção dessas aí por causa do seu dinheiro, se fosse por você, acredite, seria a pessoa mais solitária desse mundo. - Disse tudo na cara e Mi Chay ficou com a cara no chão. - Eu não ligo se acham que fui eu quem estraguei a sua comida, e muito menos me importo com os motivos de você não gostar de mim. Faça e ache que quiser, só fique longe de mim, pessoas como você eu costumo comparar com batatas, porque eu não tenho medo, eu tenho nojo. Acho que é por isso que sou considerado "estranho" , porque eu não me igualo ao tipo de vocês. - finalizou e tinha gente ali pronta pra aplaudir, Yoongi e Taehyung. Mi Chay estava vermelha, de raiva. Todos alí incrédulos.

      - Jeon Jungkook! - Yea o repreendeu em tom autoritário. - Que tipo de comportamento é esse? Peça desculpas agora! Vamos Jungkook.

      - Não tenho motivos pra pedir desculpas se falei a verdade. - disse ele frio.

      - JÁ CHEGA! - Mi Chay gritou. - Olha aqui, seu mal educado, eu estou estou aqui contribuindo pra o seu salário, e você me traz uma sopa estragada e ainda tem a ousadia de ser ignorante comigo.  Se ainda quiser ganhar o seu salário, exigo que me respeite. - exigiu ela irritada.

      -  Eu respeito pessoas que merecem respeito. E outra, eu não preciso do seu dinheiro, aliás, não preciso do dinheiro de ninguém aqui. - Jungkook não tem papas na língua mesmo. A garota já não sabia mais o que dizer, percebeu que ele era bem duro na queda, então, so lhe restava uma opção.

      - Ótimo! Estou indo embora. - se levantou para sair. - Isso não é um restaurante, é uma cantina de irresponsáveis. Não me esperem para mais uma refeição aqui. - alertou e já ia sair andando.

      - Mas, e a sopa? - perguntou um dos presentes na mesa.

      - Se virem com essa porcaria. - disse e Jungkook não se segurou.

      - Que desperdício! - indagou ele.

      - Sirva-se então. - retrucou ela sarcástica.

      - Não posso. O pedido é seu, portanto, você vai consumir de qualquer jeito. - ele pegou a tigela na mão e chegou mais perto dela, em seguida ele despejou toda a comida na cabeça dela. Todos colocaram a mão na boca surpresos.

      - JUNGKOOK! - a mais velha o reprendeu novamente junto com Jin. Mi Chay rosnou alto entre os dentes. - Meu Deus, moça me desculpe... Eu... Você - apontou ameaçadora pra seu filho. - Vá pra casa agora, quando eu sair daqui vamos ter uma conversa. - finalizou.

      - Ótimo. Eu não tava mais aguentando ficar aqui mesmo. - deu de ombros e entrou no estabelecimento para trocar de roupas.

      - Olha, moça, mil desculpas pelo meu filho. Ele hoje não estava em um bom dia, não se preocupe, nós iremos resolver isso rapidinho e... - a mais velha tento de todas as formas controlar a situação e ao mesmo tempo não gerar polêmica entre os outros clientes.
 
       - Filho? - Park franziu confuso.

      - Sim. Inacreditável né? - conclui Yoongi.

      -  Não parece, sério. Mas, não vou mentir, gostei dele. Tem atitude, coisa que muita gente nesse mundo devia ter também. - Taehyung alertou diretamente para seu irmão.

      E assim aquela noite de inauguração teve sua continuidade, mesmo depois de tantos acontecimentos. O mais importante é que Yea conseguiu convencer a garota a não ter remorso pelo restaurante, nem pelo acontecido, e a inauguração foi um grande sucesso. Mas, que Jungkook estava literalmente fodido, ele estava. Sua mãe iria ter uma bela conversa com ele.

      ***

       Jungkook, após o acontecido, foi diretamente pra casa. Durante o caminho ele pensou de onde tirou tanta coragem para fazer tudo aquilo, foi uma mega loucura, e também, encontrar Park mais uma vez no dia. Eram as únicas coisas que ele pensava nessa noite. Depois de um banho de agua quente ele deitou-se na cama e se pôs a dar continuidade ao que fazia antes de sair de casa, ler o seu livro. Porém, essa paz estava prestes a acabar, sua mãe já havia chegado em casa e antes de fazer qualquer coisa, ela iria logo conversar com ele. Jeon, levantou o olhar quando a mesma entrou no quarto com um semblante sério estampado no rosto. Ele já estava pronto para se defender e encurtar essa conversa.

      - Omma, eu...

      - Cala-se. - atrapalhou rudemente ele. - Me diga, Jungkook, qual o seu problema? ... O que foi que eu fiz de errado pra merecer tudo isso de você?

      - Quer mesmo que eu repita as mesmas coisas de sempre? - devolveu outra pergunta no mesmo tom.

      - Nada justifica o seu comportamento no restaurante, Jungkook. Aquela sua ceninha ridícula de realismo quase detonou o caráter da nossa inauguração. Com certeza nos rendeu uma baixa de créditos. Funcionários ignorantes e mal educados, mal atendimento e o risco de ter a própria comida estragada no meio do caminho. Feliz? - indagou ela seriamente. - Você não devia ter feito aquilo. Jamais devemos misturar relações de escola dentro de outras, porque acontece justamente o que aconteceu hoje. Você não sabe o sufoco que tivemos pra convencer aquela garota a não fazer ou dizer nada contra nosso restaurante.

- O mais interessante nisso tudo, é que a senhora só consegue enxergar os erros e defeitos em mim. - revelou Jungkook frio.

      - Por que será, não é, Jungkook? - indagou ironicamente. - Tudo que eu fiz e faço ate hoje é pro seu bem, e olha como você me agradece!

      - Você sabe que não sou sociável o suficiente pra esse tipo de função. Então, por que me chamou? - questionou o que sua mente trabalhava.

      - Porque eu resolvi acreditar em você. - revelou e Jeon franziu. - De tanto você dizer que estava bem, não tinha nada, eu resolvi confiar em você, resolvi te ajudar a ser mais adolescente do século XXI. Mas, eu me enganei hoje. Você continua o mesmo arrogante de sempre, que desconfia de tudo e de todos. Isso me deixou decepcionada com você. - revelou com os olhos marejados. - Eu ainda não consigo entender como você chegou a esse ponto, eu sempre cuidei de você com amor e carinho.

      - Eu te explico então. Começou quando a senhora se casou com o melhor amigo do meu pai e resolveu confiar nele sempre e nunca em mim. - afirmou usando sarcasmo nas palavras.

      - Ta vendo? Esse é o seu problema. Você vive o passado, vive a morte de seu pai, é sempre "meu pai isso,  meu pai aquilo"... Já chega disso Jungkook. - disse ela já nervosa.

      - O que é isso? Agora, quer me impedir até mesmo de pensar no meu pai? - perguntou ele incrédulo. A mãe dele riu sem humor.

      - BASTA! EU NÃO ESTOU DIZENDO PRA VOCÊ ESQUECER ELE, EU TO DIZENDO PRA VOCÊ PARAR DE AGIR COMO UMA CRIANÇA MIMADA. - alterou-se. - JUNGKOOK, O SEU PAI FOI QUEM MORREU À DEZ ANOS ATRÁS, NÃO VOCÊ. COMPREENDE? - O mesmo se manteve calado apenas observando o ataque da mãe. - A ÚNICA COISA QUE EU QUERO É QUE VOCÊ PARE DE VIVER NESSE INFERNO QUE VOCÊ CHAMA DE VIDA. EU QUERO QUE VOCÊ SEJA UM ADOLESCENTE NORMAL, COMO TODOS OS OUTROS...

      - Eu até poderia ser mais normal, tudo que sou hoje é resultado  do meu passado. Quem sabe se eu não tivesse um problema mental, não é? Quem sabe se a senhora acreditasse em mim...

      Bom, eles passaram quase uma hora discutindo, jungkook quase se alterou em mais umas das palavras da sua mãe, mas se manteve calmo, ele não gosta e nem costume perder o controle que tem dentro de si.

              Três dias

      Esse foi o tempo que se passou desde todo aquele problema. Ele e sua mãe não se encontram muitas vezes em casa, anda bem ocupada com esse restaurante. Isso era, de fato. Gostava de ficar sozinho. Porém, seus terríveis pesadelos novamente fizeram parte de suas noites intranquilas de sono. E agora, ele saía da sala de aula para aproveitar o pouco tempo do recreio na biblioteca tendo como acompanhante seu livro. Mais algumas aulas e depois ele poderia finalmente ir pra sua casa. Ao abrir seu armário para guardar um dos livros da  aula ele se deparou com uma surpresinha. Havia um papelzinho rosa com alguns escritos. E ele já sabia exatamente do que se tratava.

          "Tudo que é proibido é mais gostoso. Logo, se é difícil é bem mais excitante e provocante... Concorda comigo?"

      Isso era o que estava escrito no tal papel. Já era a quinta vez na semana que ele recebia bilhetinhos com mensagens maliciosas, ele ja estava de saco cheio e pior,  já sabia quem era a pessoa que deixava isso pra ele, mas achou que ignorar seria o suficiente. Só que dessa vez passou dos limites. Ele não sabia se era alguma brincadeira chata ou uma piadinha bizarra. Ele olhou no fundo do corredor e viu os populares entrando na cantina. Ele tomou ar e caminhou até la no intuito de resolver isso de uma vez por todas. Ao chegar no local viu todos se acomodarem nas cadeiras e foi até lá. Amassou o bilhete durante o caminho e quando chegou até a mesa ele bateu as duas mãos não muito forte na mesa, fazendo com que os jovens sentados alí o olhassem confusos e furiosos com a ousadia. Mas, Jungkook estava pouco se importando, seu olhar estava focado unicamente em Hyuna.


       - Você se acha né? Se acha a rainha do mundo , se toca garota o mundo não gira ao teu redor não , vc deveria se olhar no espelho ,com essa sua cara com três quilos de maquiagem , sabe... Você deveria prestar bem atenção no que está fazendo com a sua vida, festa, popularidade só dura na adolescência, quero ver no seu futuro , você acha que terá essa cara para sempre? Esse corpo pra sempre? Não, não vai. Popularidade não é tudo , você estuda pelo menos? Sabe o alfabeto inteiro ? Porque você não tem cara de que estuda, já deve ter dado pro colégio e as universidades dessa cidade toda, deve até dado pros professores pra passar de ano, porque estudar seria uma piada pra uma pessoa do seu tipo, então olha vai um conselho , pensa em tudo o que você está fazendo hoje ,porque isso não vai durar pra sempre. Portanto, pare de colocar bilhetinhos no meu armário. - disse ele com um tom ameaçador, os olhos dela já estavam ficando marejados. - Eu ainda não sei se está me confundindo com os caras de merda que você se esfrega ou se está fazendo algum tipo se piadinha bizarra comigo, só sei que quero que pare, já está dando nos nervos, já está me dando nojo. Eu jamais seria tão idiota de me deixar levar por você. Aliás, eu sou o "estranho da turma", lembra? Você e nem ninguém aqui teria motivos pra sequer dirigir a palavra a mim. - continuou falando na cara dura e os presentes apenas ouviam calados, e não deixaram de ficar confusos sobre Hyuna ter mandado bilhetinhos maliciosos pra ele. Falando nela, estava envergonhada e ficando bem irritada. - Acho que você se esqueceu do que eu te disse naquele dia e todas as vezes que tentou dar em cima de mim. Pois agora eu digo e repito, eu NÃO me interesso por garotas do seu tipo, e NÃO quero nenhum tipo de contato com você. Entendeu ou quer que eu desenhe? - perguntou com as sobrancelhas arqueadas. Obvio que Hyuna se sentiu atingida, nenhum garoto já ousou rejeita-la, principalmente dessa forma. Mas, antes  que ela pudesse abrir a boca avermelhada de batom para falar, Jeon retirou suas mãos da mesa e saiu do refeitório. Isso fez ela rosnar alto entre os dentes e dar um murro na mesa, chamando a atenção de alguns outros alunos por alí. A mesma saiu pisando fundo com seus saltos  e com as amigas atrás. Ela não poderia simplesmente deixar que um garoto da laia dele o humilhasse dessa forma e ainda na frente de todos alí. Ela foi até sua sala junto com as amigas e jurou a si mesma que ele ia pagar por isso. E com a ajuda de amigos ela ficou decidindo qual seria sua vingança.
    
       Jimin, por sua vez, estava na mesa também quando Jungkook jogou tudo na cara de Hyuna. Não ficou tão surpreso como todos. Ele já sabia que  isso aconteceria  mais cedo ou mais tarde, Hyuna não tem chance com ele, Jimin, conseguiu concluir que o garoto era diferente,  mas um diferente que talvez não fosse tão ruim. Pois todo ser humano escolhe uma máscara pra esconder a sua realidade verdadeira  e ele acredita que a realidade do outro pode ser o motivo pra tanta frieza. Depois do recreio, durante as aulas, ele notou que seus amigos estavam mais distantes e conversavam algo entre eles, tentou logo imaginar o que eles tramavam. Entretanto, o que ele não imaginava era que iria fazer parte disso também. Após as aulas, ele ficou do lado de fora da escola acompanhado da sua namorada, os dois fizeram as pazes no dia anterior, Mi Chay reconheceu que errou ou pelo menos fingiu. Viu seus amigos se aproximando, mas, o que lhe chamou a atenção foi a cara de Hyuna, a mesma estava sorridente, e isso não era boa coisa.

      - E ai, Jiminnie! - Disse ela aos ver.

      - O que é que você está aprontando, Hyuna? Quer dizer, vocês né! - indaguei semicerrando os olhos. Ela sorriu.

      -  Nada demais... - rebateu fingindo inocência, todos sorriram.
     
       - Mas, temos um desafio pra te propor, amor. - disse Mi Chay se aconchegando mais pra perto de  mim.
  
       - Desafio? - franzi. - Que desafio? - eles se entreolharam sorrindo.
     
      - Isso vai ser bom! - indagou meu  amigo.

      - Queremos que você se aproxime do novato e se torne amigo dele. - disse Mi Chay.
     
     

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Será que Jimin vai aceitar esse desafio numa boa? É o que vamos ver no próximo capítulo. Bom gente foi isso ai, espero que tenham gostado. Lembrando que chegou o grande momento da surpresa. Fiquem ligados nas notificações amanha. Posso revelar a qualquer momento.. Bjss ate o próximo e juro que vou tentar não demorar dessa vez.


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