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História Change. - Confused


Escrita por: Liilyca

Notas do Autor


OLAAA!
pensa num cap estouro!?
esse mesmo kkkk

só vamos!

BOA LEITURA ;)

Capítulo 14 - Confused


Fanfic / Fanfiction Change. - Confused

 

Vou para cabana antes do jantar, preciso de um banho urgente, o calor parece derreter meus ossos.

Quando saio do banho encontro Theo jogado na cama folheando um livro em português, o que não faz o menor sentido pra mim.

- como foi? – pergunta ele.

- o que?

- seu passeio com a Yara. – reformula paciente.

Coloco a camisa distraído.

- foi legal. – respondo avoado.

- seu mentiroso. – ele se senta e me encara. – o que aconteceu?

Franzo o cenho para mim mesmo enquanto passo a toalha nos cabelos.

- do que é que você está falando?

Ele ri em escarnio.

- você não engana ninguém Liam. – diz divertido, mas depois sua voz sai um pouco áspera. – ela disse algo?

Suspiro e o encaro cedendo.

- ela me beijou.

Theo levanta as sobrancelhas, não entendo sua expressão.

- Uau. E o que você fez?

- você está parecendo um colegial. – destaco, ele continua me olhando como se não se importasse com essa parte. – eu sei la, devo ter beijado de volta? Ou não. Apenas disse que não a vejo assim, mas que Dan talvez veja.

- Aut. – ele sorri vitorioso. – as vezes você pode ser muito cruel Liam.

- eu não sou cruel, ela tinha que saber.

- aham. – murmura ele.

- isso é culpa sua. Porque me empurrou para ela daquele jeito?

- porque ela precisava ouvir um “não” para parar de ser irritante? – diz como se fosse obvio.

- então você sabia que ela tentaria algo?

Theo ri baixo.

- não sei se você é terrivelmente inocente ou burro. – soa quase incrédulo.

Amasso a toalha em uma bola e jogo nele com força, ele a pega sem problemas.

- imbecil. – resmungo. – e o que, afinal, aconteceu entre você e o sujeito ômega?

Finjo desinteresse conforme arrumo minhas coisas na mochila. Theo leva um tempo a mais para responder.

- Nada demais. – diz por fim.

Me viro para ele com uma sobrancelha alta.

- você pode questionar, armar e fuxicar minha vida, mas não pode me dizer se enfim o cara tentou algo?

Theo me encara de volta.

- porque você se importa?

- eu não deveria fazer a mesma pergunta?

Ele pondera.

- justo. – suspira pensativo. – mas não. Ele não tentou nada. Apenas conversamos como sempre.

Estreito meus olhos sem nem perceber.

- e você quer que ele tente?

Theo sorri malicioso para mim.

- pareço querer? – rebate.

Dou nos ombros.

- eu não sei. Talvez você não seja assexuado afinal.

Theo absorve minhas palavras, depois se inclina para mim, mesmo de longe minha respiração falha.

- você está pensando, não está? – diz sério. – no que aconteceu ontem.

Penso que devo negar, fugir de novo, mas não encontro motivos pra isso.

- você me culpa? – solto por fim.

Ele me fita estreitando os olhos, analisando minha reação.

- você não está fugindo. Isso é um avanço. – observa.

Reviro os olhos.

- vá para o inferno.

Taste the poison from your lips
Lately, we're as good as gone
Oh, our love is drunk and it's
Singing me my favorite song

Me and you
We were made to break
I know that's true
But it's much too late

Provo o veneno dos seus lábios
Ultimamente, estamos separados
Oh, nosso amor está bêbado e está
Cantando minha música favorita pra mim

Eu e você
Fomos feitos para dar errado
Eu sei que é verdade
Mas é meio tarde demais

 

Em segundos ele está a minha frente, perto demais. Paro de respirar. Ele coloca os braços ao meu redor, apoiando na cômoda atrás de mim.

- me diga o que sentiu quando ela te beijou. – pede e mal posso pensar.

- nada. – sou mais sincero do que gostaria.

Seus olhos azuis brilham em contraste com a luz do pôr do sol.

- e o que você sentiu quando eu te beijei? – sua pergunta é calma, calculista.

Não consigo pensar que pode ser um truque dele para me infernizar, ou apenas uma curiosidade mórbida, ou uma alavanca para seu ego enorme. Não consigo pensar em nada na hora e mal percebo quando as palavras saem sussurradas da minha boca.

- tudo.

Theo sorri. Um sorriso prazeroso, um sorriso conquistador, um sorriso que faz meu coração gelar.

 

You're perfectly wrong for me
And that's why it's so hard to leave
Yeah, you're perfectly wrong for me
You're perfectly wrong for me
All the stars in the sky could see
Why you're perfectly wrong for me

Você é perfeitamente errada pra mim
E é por isso que é tão difícil ir embora
Sim, você é perfeitamente errada pra mim
Você é perfeitamente errada pra mim
Todas as estrelas no céu podem ver
Por que você é perfeitamente errada pra mim

 

- e você quer que eu faça de novo? – as palavras saem quase obscenas de sua boca rosada.

Meu coração dispara em antecipação. Não sei o que responder, nem como responder, mal me lembro de respirar.

Ele morde o lábio devagar e se aproxima um pouco mais.

- sua reação já é resposta suficiente. – sussurra malicioso antes de quebrar a distância entre nós.

É estranho como Theo me beija. Ou talvez seja estranho ser beijado pelo Theo. Acho que as duas coisas.

Sua boca quente é mais macia do que poderia imaginar, mais convidativa também. Ele começa devagar, mas em algum momento minhas mãos foram para sua nuca o puxando pra mim e as dele estão apertando minhas costas com força me puxando contra si. Sua língua invade minha boca, explorando, convidativa a ser desafiada. Retribuo.

Retribuo porque é a única coisa que sou capaz de fazer. Porque estou em uma espécie de piloto automático.

 

Oh, you know how much it hurts
Every time you say you hate me
But when we're making love, you make it worth it
I can't believe the places that you take me

Oh, você sabe o quanto machuca
Toda vez que você diz que me odeia
Mas quando estamos fazendo amor, você faz valer a pena
Mal posso acreditar nos lugares que você me leva

 

Oh, you know how much it hurts
Every time you say you hate me
But when we're making love, you make it worth it
I can't believe the places that you take me

Oh, você sabe o quanto machuca
Toda vez que você diz que me odeia
Mas quando estamos fazendo amor, você faz valer a pena
Mal posso acreditar nos lugares que você me leva

 

Ficamos nos beijando por um longo momento que para mim não precisava terminar, mas me lembro de tudo com um baque doloroso. De tudo que ele fez e faz, de quem somos, do jantar e do que viemos fazer...

Me afasto bruscamente, minha mão em seu peito e nossas respirações ofegantes. Não consigo olha-lo nos olhos, não consigo pensar direito.

- isso não devia... – engulo. – não devia acontecer.

- porque? – soa quase irritado, mas não se mexe.

- por tantos motivos que nem sei como lista-los. – fecho o punho e abaixo a mão.

O ouço respirar, seu coração bate forte e rápido, ou talvez seja apenas o meu. De repente sinto sua irritação, algo beirando a humilhação, a vergonha. Talvez isso seja meu também. Mas então ele diz:

- você é um maldito mártir. – baixo, grosso, irritado.

 

Oh, and why can't I quit
When you break my heart open?
I need you more than I know
Oh, and I can't resist
When you're up against my skin
I never wanted let you go

Ah, e por que eu não posso desistir

Quando você parte meu coração?
Eu preciso de você mais do que imagino
Ah, e eu não consigo resistir
Quando você está contra minha pele
Eu nunca quis deixar você ir

 

Theo sai do quarto tão rápido que mal posso ter tempo para pensar em uma resposta.

- acho que sou. – falo para mim mesmo.

 

 

Quase penso em não ir ao jantar. Mas lembro que preciso comer, que preciso ir ao conselho, isso me faz criar coragem.

Theo me ignora o tempo todo. Está quieto, inexpressível, a não ser com Julian. Há um certo frio entre nós agora, algo que me deixa ainda mais confuso. Em outros tempos, não ter ele perto de mim era uma benção, agora parece que mal consigo respirar.

Yara também me evita, ela conversa com Matheus e quando Dan diz algo seu olhar vai discretamente pra mim, observando.

Tento ignorar todos eles, tudo aquilo. Mando mensagem pro Manson para passar o tempo, mas ele não está melhor que eu e não posso dizer nada daquilo para ele ainda. Não quando seu namorado morreu, não quando não estou lá para ele, com ele.

Sou um péssimo amigo.

Enquanto encaro minha comida sem muita vontade de come-la sinto a presença sem antes vê-la, a mesa se cala por alguns segundos antes de ela falar:

- boa noite. – diz a alfa do conselho em português. É a mesma que ficou me encarando, a jovem de cabelos castanhos e agora vejo seus olhos verdes e não vermelhos. Lembro-me de Maria a chamar de Diana.

Há murmúrios para ela, educados e também receosos. Depois ela se vira para mim e fala em inglês:

- Liam, certo? – assinto quase automático. – podemos conversar?

Fico tão surpreso que quase nego, mas então me recomponho limpando a garganta e balbuciando algo como “claro, tudo bem”. Os olhares queimam atrás de nós conforme andamos, tão quentes e intensos quanto brasas.

A curiosidade pode ser uma arma letal - penso comigo.

Sigo a alfa até a entrada de uma cabana grande, não tanto quanto a do conselho, mas maior que as outras, percebo. Ela indica para que eu entre e é o que faço, mas estou receoso, aquela mulher pode me matar em segundos.

- não tenha medo. – ela diz ao fechar a porta do lugar quente e pouco iluminado. É como um chalé aconchegante.

Me viro para ela desconfortável.

- você pode me culpar? Afinal, você é...

- intimidante? – ela sorri, largo e branco, quase posso ver suas presas. – vou considerar isso um elogio. Sente-se.

E eu me sento no sofá ao centro, ela na poltrona ao lado.

- você deve estar se perguntando porque chamei você aqui e não seu amigo, ou os dois. – diz em uma pose relaxada, mas ainda assim superior. – bom, deve ser claro que não confiamos nele.

- ninguém confia nele. – digo mais para mim mesmo, para me lembrar disso.

Ela da um sorriso curto.

- isso não é verdade. Scott confia, e você. Não estariam aqui se fosse o contrário.

Pondero considerando suas palavras.

- um mal necessário. – digo por fim.

Ela assente concordando.

- a verdade é que, desde o começo você me intrigou Liam. – conta e isso me faz enrijecer um pouco. – você é muito mais forte do que aparenta, não?

- já me disseram isso.

- é como se sente?

Mordo os lábios.

- as vezes.

Seus olhos verdes brilham.

- eu gostaria de ver isso. – diz como um pensamento alto. – é uma pena que você vai ter que voltar para seu país mais cedo...

- espere, o que?

Ela me olha curiosa.

- o conselho conversou com Scott McCall hoje mais cedo. Um improviso. Mas houve algumas soluções e acordos imediatos... – Diana quase não se deixa demonstrar o quanto está confusa. – você não falou com ele?

Aperto os punhos e respiro devagar.

- não tive tempo. – é só o que digo.

A alfa assente, me observando como um gavião.

- de qualquer forma Liam, só te chamei aqui porque tenho uma oferta a te fazer. – isso me faz ficar ansioso. – sei que você não tem muitos motivos para ficar aqui, mas caso queira ficar, caso veja o quanto precisamos de lobos como você... Então, neste caso você tem um lugar na minha alcateia.

Levo um momento para assimilar suas palavras.

- você está...- gaguejo como um idiota.- uau. Isso é, interessante.

Diana quase ri.

- não sou a única interessada e não serei a última a oferecer. Mas espero que considere. Aqui, as coisas podem ser complicadas. Os lobisomens são territoriais em qualquer lugar, mas no Brasil... podemos ser muito selvagens e não falo no bom sentido. – seu olhar aquece no meu. – eu aceitaria se você ficasse com a Maria, ela te acolheu. Mas fique sabendo Liam Dunbar que se você escolher se aliar para qualquer que seja outro bando desta nação, ai sim me sentirei ofendida.

Meu corpo congela, a encaro sem conseguir fazer nada. Depois de um momento ela sorri e relaxa.

- os machos são mais bárbaros do que qualquer um que você tenha conhecido. Não os subestime, e muito menos confie neles. – ela balança a mão com pouco caso depois me encara. – confie em mim.

- confiar em você? – repito pensativo. – eu não sei se entendo o que está acontecendo aqui Diana, mas sei que uma guerra interna só pioraria as coisas. Além disso, devo dizer que já tenho uma alcateia, mesmo que eu esteja longe agora, ainda faço parte dela.

Diana me observa e então sorri com certo orgulho que não entendo.

- você é leal Liam, mas é terrivelmente ingênuo. Um dia isso pode te matar.

- isso é uma ameaça?

Ela ri baixo e balança a cabeça.

- não, não. É um conselho.

Me levanto.

- bom, obrigado então pelo conselho e pela proposta. – digo meio sem saber o que fazer, só quero sair dali e ligar pro Scott para saber o que está acontecendo.

- claro. – Diana da um sorriso amigável, mas contido. – para o que precisar.

Concordo com a cabeça em meio aceno de despedida e entendimento, então me viro e saio da cabana da alfa sem olhar para trás.

 

 


Notas Finais


Musica: Perfectly Wrong - Shawn Mendes
Link: https://www.letras.mus.br/shawn-mendes/perfectly-wrong/traducao.html

AAAAAAAAAAAAAAAH LIAM! tem que estragar neh? ave!
THEO MEU BB <3

Ah Diana *-* que mulherão da porra! <3

eae o que acharam!?

Até a proxima ;*


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