CATARINA
Eu sentia uma aflição dentro de mim. Eu tinha pavor de mergulhar e de água e mar e tudo o que me fizesse sentir sem segurança. Eu coloquei a mão no meu peito e baixei a cabeça. Eu ainda sentia o meu coração batendo rápido e frenético. Eu tremia sem parar. Algumas lágrimas caiam pelo meu rosto sem parar. Eu coloquei a mão na cabeça tentando esconder o meu rosto.
- Caty, você está bem!? – a Letícia perguntou.
- Como pode deixar ele fazer isso comigo!? Você é minha amiga! Eu pensava que se preocupava. Ontem, eu te ajudei sem pensar duas vezes e você!? Que bela amiga, eu fui arrumar! – eu disse magoada e a olhei nos olhos.
- Caty, eu…não sabia que você não sabia nadar. Desculpa. – ela pediu preocupada.
- Não me toca você! – eu disse me levantando e me afastando do Steve. – Eu vou embora. Quero ir embora daqui! Agora! – eu disse irritada e me levantei.
- Catarina, calma! – ele disse. – Eu não sabia que não sabia nadar, também. Você tem 20 anos e não sabe nadar. Crianças não sabem nadar, mas garotas da sua idade sabem. – ele disse sério e eu o empurrei para dentro da piscina.
- Idiota! Imbecil! Ia me matando! Filho da puta! – eu disse irritada e com as lágrimas caindo pelo meu rosto.
- Espera, calma! Caty, você toma um banho e a gente conversa. Não vou deixar você sair assim. É minha melhor amiga e está nervosa. – ela disse tentando me acalmar.
- Estou furiosa! E não estou nervosa. – eu disse irritada limpando as gotas que caiam do meu rosto.
- Deveria ter deixado você na piscina. – o Steve disse.
- Eu vou embora. – eu disse saindo tirando os meus saltos e sai com os sapatos na mão.
Tava sem dinheiro, que droga! Vou demorar para chegar em casa.
- Vai caminhando é isso mesmo!? – ele disse debochado.
- Steve, que merda! Pára com isso! Catarina é minha melhor amiga e não vai a lugar nenhum sem um banho e sem descansar. – a Lê disse irritada com ele.
Ela puxou a minha mão suavemente, mas eu estava enjoada e tonta. Acho que levantei muito rápido.
Eu cai de joelhos na grama com a cabeça pesada. As coisas giravam e ficavam desfocadas. Eu passei a mão nos olhos tentando focar melhor as coisas e via a Letícia aflita pedindo ajuda.
- Catarina, o que foi!? – o Steve entrou na frente.
Eu vomitei no chão sem parar.
- Que é isso!? Sangue! – o Steve olhou a mão dele e olhou para mim.
- A minha cabeça doí. – eu disse me sentindo tonta.
- Meninos, preciso de algo para manter ela acordada. Rápido! – era a voz da tia Ava que me deitou no chão.
Ela estancou o meu machucado na cabeça e eu fechei os olhos cansada. Era difícil ficar tanto tempo acordada. Eu estava cansada.
- Catarina! Vamos lá, está quase no fim. – o Steve falou longe.
- Você está longe. – eu sussurrei.
- Estou aqui do seu lado, viu. – ele sussurrou e acho que dormi.
- CATARINA! – ele gritou preocupado.
- Desculpa. – eu sussurrei adormecendo.
STEVE
- Desculpa. – foi a última coisa que ela sussurrou e desmaiou.
- Calma, Steve. Ela está estável, foi queda de pressão e mais ela bateu com a cabeça. – a minha tia disse.
- Meu deus! Podemos leva-la para o quarto de hospedes!? – a Lê perguntou e a minha tia concordou.
Eu a peguei com cuidado e a levei pelas escadas até ao quarto de hospedes. Eu a deitei na cama e a minha prima entrou comigo.
- Eu vou ficar com ela, Steve. – ela disse calma.
- Letícia, eu não vou lugar nenhum antes de ela acordar. – eu disse.
- Steve, qual foi!? Agora de uns dias para cá vive cercando a Catarina. Esqueceu que tem namorada!? Ela não vai achar engraçado sentir isso. E a Catarina duvido que se envolva com você. É muito mulherengo, vive correndo sempre de um rabo de saia diferente. A Catarina não vai nem dar bola para você. – ela disse séria me olhando.
- Letícia! – eu disse sério.
- É verdade! Além do mais, você não tem o que precisa para namorar ela. Eu duvido que ela se renda a você. – ela disse.
Eu vi ela se mexendo e me aproximei dela cuidadosamente. Eu só queria ter certeza que nada estava errado com ela.
- Catarina!? Como se sente!? – eu perguntei sinceramente preocupado.
- Preciso ir. – ela disse preocupada. – Meu deus, eu não posso ficar aqui. – ela disse tentando se levantar.
- Catarina, para de se mexer! Precisa ir onde!? – eu disse sério. – Precisa ficar aqui descansando. – eu disse.
- Eu preciso ir trabalhar, meu estágio. – ela disse preocupada.
- Fala que está doente. – eu disse. – Se não o fizer, eu mesmo faço. – eu disse sério a olhando. – Só passando por cima de mim é que você vai a esse estágio hoje. – eu disse.
- Steve, tá maluco!? – ela disse aflita. – Preciso desse estágio. Preciso disso. – ela disse preocupada e vi uma carta que caiu da bolsa dela.
Eu peguei do chão e li. Era uma carta do banco. Eu fechei os olhos.
- Por isso está tão aflita!? É por isso!? Sabia, que tinha muito mais, Catarina. Você está pagando isso, sem nem eles saberem. Eu vou resolver isso. – eu disse e ela se levantou e num movimento súbito eu a puxei para mim. – Eu cuido disso. Eu devo isso. Me surpreendeu. Você é uma caixinha de surpresas. – eu disse baixo.
Eu sai do quarto deixando a minha prima e a Catarina conversando.
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