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História Change Me - Drogada de merda


Escrita por: Butler_Caniff

Notas do Autor


Como prometido, está aí!! Boa leitura.

Capítulo 10 - Drogada de merda


Pov Bella 


       Algumas semanas depois 


      Esse acampamento foi a melhor coisa, sério! Nós nos divertimos muito. Acordavamos, íamos para a cachoeira ficando quase o dia todo lá, final da tarde subíamos uma montanha para ver o pôr do sol e depois cantávamos em volta da fogueira. Tem coisa melhor que isso? Ah, quando tínhamos deposição, nós acordavamos super cedo para ver o nascer do sol. 

Mas, infelizmente tudo que é bom dura pouco. Tivemos que voltar para o nosso rotina chata de aulas, trabalho e cuidar das crianças. Quando voltamos para casa, fui procurar um emprego para ajudar a Malu, até porque seriam mais três bocas comendo em casa. Depois da aula, trabalho numa cafeteira aqui perto de casa. Entro às quatro e saio às dez, cansativo, eu sei, mas é o que temos para hoje.

- Senhorita Bella, junte o seu material e compareça na minha sala. - O diretor chegou falando e todos me olharam. Eu juro que não fiz nada. 

 Fiz o que ele mandou e logo estávamos em silêncio indo para a sua sala. Chegando lá encontrei minha irmã e fiz uma cara de desentendida.

- Sente - se, por favor! - fiz o ele mandou. - Bom, a mãe de vocês ligou para a escola e ela pediu para avisar que está entrando em trabalho de parto e que é para vocês irem para lá. 

- Não acredito! - Malu falou em choque. 

- Ela pelo menos avisou o hospital que ela está? - perguntei. 

- No que ele teve os gêmeos! 

Nós pegamos as nossas coisas e fomos para o estacionamento correndo, cada uma entrou em seu carro e fomos a caminho do hospital. 

(...)

- Nós queremos saber de Alice Price Becker. - Cheguei já falando.

- O que vocês são dela? - a recepcionista perguntou.

- Filhas! - Malu respondeu. 

- Ah, ok! Ela está no quarto 520, pode ir. 

Pegamos o elevador, apertei o quinto andar e começamos a esperar. Esses minutos pareciam horas! Nunca chegava! Esperamos mais um pouco e a porta abre indicando que estávamos no quinto andar. 505, 510, 515, 520, é esse! Bati na porta e escutamos um "entra", entramos no quarto e encontrei minha mãe com um bebê no colo e um homem ao seu lado. Quem será que é esse homem?

- Oi, minha filhas! - disse sorrindo.

- Não vem com essa de "minhas filhas", não! - Malu disse bem irritada. 

- Quando é que vocês estão liberados? - perguntei. 

- Daqui a dois dias. As coisas do Jason já estão prontas, é só vocês passarem lá em casa e pegarem.

- É, então é verdade, você realmente vai larga mais um filho com a gente. - pensei alto demais.

- Ei, respeito com a sua mãe! - quem ele pensa que é?!

- E quem você pensa que é para me dizer o jeito que eu falo ou deixo de falar com a minha mãe? - perguntei já alterada.

- Sou o namorado dela, prazer! - sorriu sínico.

- Olha Malu, a vadia já está com namorado.

- Bella Price Becker, me respeita! Eu ainda sou a sua mãe. 

- Não! Você não é. Você perdeu esse direito quando se tornou a vadia que é. Onde já se viu, uma mulher lagar três filhos com duas adolescentes? Só você faz isso! Uma coisa é de vez em quando tomarmos conta deles, outra é educarmos, são duas coisas bem diferente. Mas pode deixar, eu e Malu seremos mães mil vezes melhor para Lola, Noel e Jason, do que você. 

- Você só é mais uma drogada de merda, não vai conseguir cuidar deles. 

- Eu até posso ser uma drogada de merda, mas quem levava Lola no hospital quando ela cai da cama era eu, quem levava o Noel para brincar era eu, quem educou eles fui eu e quem vai cuidar do Jason sou eu. Se não fosse por essa drogada de merda, essa criança provavelmente estaria num orfanato agora. - sai deixando eles com cara de bunda.

Peguei o meu carro e fui para casa, precisava fumar e esqueci de repor a maconha do carro. Como o hospital não é muito longe de casa, cheguei rápido! Estacionei o carro e entrei em casa encontrando os meninos na sala, junto com as crianças. Subi que nem um furacão e fui para o meu quarto, peguei na cômoda maconha e desci de novo, deixando os meninos com cara de que não estão entendendo nada. Entrei novamente no carro e comecei a fumar, não queria fumar perto das crianças então preferia ficar aqui mesmo.

- Estaá tudo bem? - era Justin. 

- Está sim, por que a pergunta? 

- Porque você está fumando depois de três dias sem usar droga nenhuma. - É, eu consegui ficar três dias sem fumar.

- Eu sei, mas minha mãe me estressa! 

- O que ela aprontou agora? - ele perguntou dando a meia volta e sentando no banco do passageiro. 

- Jason nasceu e ela teve a cara de pau de falar que eu não vou ser uma boa mãe para ele, falei algumas verdade e agora estou aqui irritada para um caralho. 

- Você sabe que é mentira! Você é uma mãe maravilhosa para os gêmeos e vai ser para o Jason. 

- Sim, eu sei! Só que ela me irrita tanto, sabe. Nessas horas que eu preferia que ela tivesse ido no lugar do meu pai. 

- Ei, não fala isso! Mesmo ela sendo uma vadia, ela continua sendo a sua mãe e você a ama.

- Eu sei, mas vamos supor que o meu pai estivesse vivo. Você acha que eu teria me separado da Malu, ou que eu teria me tornado uma viciada? - ele ficou mudo. - Então, era por isso que eu prefira que tivesse sido ao contrário.

- Você nunca quis ir para uma clínica de reabilitação? 

- Claro! Que viciado não gostaria de larga essa vida? Mas com quem eu deixaria meus filhos? Eles tem só a mim. Tudo bem que eles também tem a Malu, mas é diferente! Quem os criou foi eu, eu é quem dava banho, trocava a fralda, dava mamadeira, era eu. Tudo era eu quem fazia, mas mesmo assim sempre deixei claro que eles eram meus irmãos, se eu não deixasse, eles provavelmente me chamariam de mãe. E sabe, uma hora cansa! De repente meu pai morreu, perdi o contato da minha única amiga, minha mãe se tornou uma vadia e virei mãe, e tudo isso aos dezoito anos. Uma coisa é eu ter um filho e cuida, porque aí é a minha responsabilidade, outra é eu cuidar dos filhos dos outros. Tudo bem que eu amo os gêmeos, daria a minha vida por eles, mas poxa, eu tenho dezoito anos, deveria estar indo a festas, fazendo merda, procurando um amor verdadeiro. Não cuidando de dois bebês e agora de mais um. - Não agüentei e acabei desabando. 

    Justin não falou nada, só me abraçou. 


          Dois dias depois 

 
     Pov Ryan 


    Nesse momento está eu, os meninos, os gêmeos e a Malu na antiga casa dela pegando as coisas do Jason e o próprio Jason. Malu aproveitou para deixar as crianças brincarem um pouco com a mãe e ficamos babando pelo bebê. Ele é uma mistura completa da Malu, Bella e tinha algumas coisas do Noel, chega a ser assustador. 

- Bom crianças, nós temos que ir. Se despedem da mamãe e vamos. - Malu disse enquanto pegava Jason do colo do namorado de Alice.

Nos despedimos deles e fomos para o carro, Malu, as crianças e Miles foram no carro dela e eu e os meninos fomos no do Justin. Malu não morava muito longe de lá, então chegamos todos juntos. Ajudamos ela a pegar as coisas e entramos, e sinceramente não queria ter entrado. Assim que abri a porta, era nítido os gemidos de Bella e Tyler, Malu me olhou com pena e entregou o Jason para o Chaz e foi correndo para o andar de cima e eu fiz a mesma coisa, mas fui para o meu quarto chorar. Era disso que eu precisava, chorar! Eu já estava me acostumando a vê - los juntos, mas isso já foi demais. Nos quartos tem uma sacada e foi para lá que eu fui. Antes de me trancar do lado de fora, só escutava os gritos da Malu.


          Pov Bella 

- BELLA, O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? - Malu chegou do nada gritando. Porra, eu estava quase gozando. 

- Transando?! - nessa hora Tyler já tinha saído de dentro de mim.

- Eu só te pedi uma coisa, uma única coisa e que era para ser mais discreta com o Tyler por causa do Ryan. E o que escutamos quando chegamos em casa? Os gemidos de vocês! Agora o Ryan está lá fora chorando, e você sabe como é chorar por uma pessoa que ama e ela não está nem aí para você. - Não sei porque, mas me deu um aperto no coração ao saber que Ryan estava chorando por minha causa. 

Ninguém sabe disso, só minha mãe, até contei para a Malu, mas não contei a verdadeira história. Eu contei que eu conheci um menino e que me apaixonei por ele, mas ele não queria nada comigo. Mas não foi isso o que realmente aconteceu, quando meu pai morreu, fiquei muito mal e não queria fazer nada. Até que um dia eu estava no parque com as crianças e conheci um menino e seu nome era Jack. Jack sempre foi um bom namorado, até que eu conheci o lado ruim dele. Foi ele quem me apresentou as drogas, eu estava mal pela perda do meu pai e quando ele me apresentou a maconha, eu vi que dava para esquecer todos os meus problemas com ela. Quando minha mãe descobriu, ela surtou e me afastou dele com o intuito de me fazer parar de fumar, mas não funcionou e com isso eu conheci a heroína. Eu sofri tanto com o meu afastamento do Jack e me prometi que nunca iria fazer alguém sofrer por mim, mas eu não estava cumprindo a minha promessa. Eu estava fazendo ao contrário dela. 

Levantei da cama, botei uma calça de moletom e uma blusa e sai do quarto deixando minha irmã e meu amigo colorido para tras e sai a procura de Ryan. Fui em todos os cômodos da casa e não achava ele, até que o achei no quarto que ele dormia com o Justin, deitado na cama. Por que eu não vim aqui primeiro? 

- Você está bem? - perguntei me sentando ao seu lado.

- O que você acha? - perguntou grosso. - O que você veio fazer aqui? Me dizer o quanto estava bom estar com o Tyler? 

- Não! Vim me desculpar.

- Não preciso das suas desculpas. Se era só isso, pode ir embora. 

- Ok! - disse baixo e sai.

Desci as escadas correndo, peguei a minha carteira na bolsa das crianças, a chave do carro e sai. Fui dirigindo até onde queria e logo estacionei o carro, tranquei o carro e fui caminhando para dentro do beco que era tão conhecido por mim.

- Jack está aí? - perguntei ao Andy, braço direito dele.

- Bella, como você está linda! Está sim, vou chamá-lo! - e saiu. Fiquei de costas até escutar a voz que um dia eu fui tão apaixonada. 

- Quando Andy disse que você está aqui. Não acreditei e tive que conferir com os meus próprios olhos.

Virei e lá está ele com aquele sorrido de matar qualquer uma. O tempo fez muito bem a ele, não que ele fosse feio, mas agora ele está melhor. 

- O que você faz aqui?

- Vim comprar droga. - e ele me olhou espantado.

- Ué, mas você não tinha parado? - me perguntou confuso. 

- Não! E agora uso heroína também. Quando Alice nos separou eu piorei e comecei a usar heroína, mas a maioria das vezes eu uso maconha. Uso a heroína mesmo quando estou muito nervosa, meu negócio mesmo é a maconha. Até porque, tenho que estar viva para os meus irmãos. Quem mandou eu ter uma mãe vadia né?! Mas então, você tem heroína?

- Claro! Vou pegar. 

Enquanto ele não chegava, peguei o me celular e comecei a ver o monte de mensagens da minha irmã e dos garotos. Resolvi ignorar todos eles e foquei no momento. Eu estava louca para usar heroína, a minha tinha acabado e eu não comprei mais, fiquei só usando a maconha. Eu só estava precisando de um empurrão para vir comprar a heroína, e bom, o Ryan me deu esse empurrão. 

- Aqui está! 

- Obrigada! - e entreguei o dinheiro para ele. - Tchau, foi bom te ver. 

- Digo o mesmo! Vê se aparece. - Amor, não sorri assim. 

- Pode deixar! 

 Fui para o carro e comecei a dirigir de volta para casa. Como as ruas estão vazias, cheguei super rápido. Entrei na garagem e permaneci no carro, para poder usar no carro. Desde que a Malu me pegou usando drogas, comecei a tomar mais cuidado para não usar perto dela e das crianças. Peguei a heroína, amarrei o elástico perto da minha veia e apliquei. 


(...)

- Malu, vai para o meu quarto, por favor! 

- Por quê? - perguntou sonolenta.

- Só vai, por favor! - ela olhou para mim e foi.

  Me deitei em sua cama e apaguei super rápido.

(...)

  Acordei e desci direito para a cozinha encontrando a Malu com o Jason no colo enquanto ele mamava.

- Bom dia! 

- Bom dia! Por que você não foi a aula?

- Não tive condições, nem escutei o despertador tocando. Posso segurá-lo?

- Claro! 

Ela tirou a mamadeira da boca dele e colocou encima da mesa, logo em seguida me deu ele. Jason me olhou e deu um sorrisinho, foi nessa hora que percebi que deveria parar com essa vida. Por ele, pelos gêmeos, pela Malu e principalmente, por mim.

- Malu, tenho que te falar uma coisa.- falei assim que devolvi a mamadeira ao Jason. - Depois que o papai morreu, eu fiquei muito mal! Não queria fazer mais nada, até que um dia, decidi que iria levar os gêmeos para o parque lá perto de casa, e foi lá que eu conheci o Jack. Jack era um ótimo namorado! Sempre me elogiando, dizendo que me amava e que ele queria ficar comigo para sempre. No começo era tudo uma maravilha, até eu descobrir que ele era traficante. Quando eu descobri, eu surtei, quem não surtaria?! Mas logo passou, eu o amava e iria fazer de tudo para ficar com ele. Com isso, eu comecei a fumar maconha. Além de ter Jack como porto seguro, eu tinha a maconha também. Mas claro, escondido de Alice, mas um dia ela descobriu tudo e me separou dele. Eu já estava mal pois tinha perdido o meu pai e logo em seguida o meu namorado, eu pirei. Comecei a usar heroína e algumas outras drogas, se eu fumava um baseado antes com o Jack, sem ele eu fumava muito mais. Eu simplesmente queria sumir! Mas eu não podia, afinal, quem iria ficar com os meus filhos? Quando Alice me mandou morar com você, eu queria matar ela. Eu não queria morar aqui e ela não entendia isso, mas com o tempo eu fui aceitando e hoje vocês conseguiram trazer um pouco da minha felicidade de volta. Eu vou sou eternamente grata à todos vocês. A você, aos gêmeos, ao Jason, ao Tyler, Justin, Chris, Chaz e Ryan. Estranho eu citar o nome do Ryan, mas é a verdade. E agora, olhando o Jason nos meus braços, percebi que ele precisa de mim, você precisa de mim e os gêmeos precisam de mim. Eu decidi que vou parar de fumar. Vai ser difícil? Vai! Mas eu vou tentar de tudo para conseguir.  



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