História Chansoo 18 - Vingativo?

O corpo esguio de Channie permanecia agora acomodado sob a cama, meus olhos observavam minuciosamente seu corpo, como se scaneasse o que tivesse debaixo daquelas roupas. Ouvir seu resmungo e pensei que acordaria, mas eu estava torcendo para que ele permanece daquele jeito, e pudesse se tornar ao menos uma vez submisso de meus toques.  

Meu olhar estava compenetrado em seu rosto sereno, tão concentrado, que eu poderia me perder em pensamentos promíscuos, ao que tirei o boné preto e repousei em cima da cabeceira, para depois levar a mão até a primeira gaveta e abusar dos utensílios que ele mantinha ali para me manter preso se possivelmente conseguisse fazer, que na verdade eram meus, mas ninguém precisava saber, inclusive ele.  

- D.O... - Meu coração deu um salto e meu olhar totalmente concentrado, se desconcentrou ao que se viu perdido, quando sentir uma analgesia possuir meu corpo. Sua voz grossa e manhosa, mais rouca pela sonolência, me fez prender a respiração e tentar não perder o foco principal. Peguei um chicote e uns cordões para amarrar seus pulsos, e sem mais enrolar, me aproximei dele.  

Sentei na sua cintura, colocando ambas as pernas na lateral da mesma, acomodando-me ali para finalmente me inclinar e amarrar seus pulsos com aquelas cordas de couro, levando suas mãos para a cabeceira da cama, o prendendo. Desci com o olhar para seu rosto, para arrancar-lhe alguma reação, quando vi seu olhar atordoado me encarando, provavelmente surpreso por aquela iniciativa pós discussão.  

- Por qual razão me prendeu aqui? - Ele realmente não sabia? Moldei um sorriso e esperei arrancar novamente alguma reação de sua parte com aquele sorriso ao que o encarava diretamente. - Kyungsoo, você está me assustando... - Permaneci com o sorriso nos lábios e de imediato fiquei sério, ao que ainda encarava seus olhos, como se faiscasse o desejo de toma-lo para mim.  

- Ainda vai sair com aquela garota? Eu vou te ensinar que não se deve pensar nem ao menos nisso. - Meu tom ameaçador e conservador tomou conta do meu ego e me transformou naquele cara obsessivo por amor.  

Me inclinei em sua direção e fui de encontro com a lateral de seu pescoço, depositando alguns beijinhos, ao que desci em seguida com meus lábios para sua clavícula, e ousei usar a língua para saboreá-la, finalizando com mordidas densas, afim de deixar marcas avisando que Do Kyungsoo passou por ali. Seu ofego era reciproco, assim que sua pergunta veio em minha mente, fazendo-me agarrar seu braço e arranhar sua pele com minhas unhas curtas. 

- Você realmente pretende deixar que eu te machuque? Poxa Channie, achei que você tivesse controle de qualquer situação, não importa qual fosse... - Eu tinha aquele tom suave ao que falava contra seu ouvido, sendo ousado ao usar naquele tom masoquista. Eu gostaria de poder vê-lo sofrendo e me mostrasse seu lado fraco. 

Procurei subir com o olhar até os seus, e ele tinha os lábios entreabertos com aquele olhar inocente, assustado, enquanto se perguntava até onde eu seria capaz de fazer o que eu queria. Ele não imaginava o quanto.  

Era como se eu conseguisse lê-lo muito bem. Chanyeol estava completamente perdido.  

Voltando aos pensamentos anteriores, eu tinha o chicote em uma das mãos, e com ambas levei para a gola de sua camisa social, abrindo-a brutalmente,  provavelmente quebrando os botões da mesma, fazendo-me perceber a selvageria e em como ele parecia ainda mais surpreso com meus movimentos. Então, passei o chicote sobre seu peito, lentamente, o instigando, e voltei com os lábios até seu pescoço, quando Channie estava parcialmente sentado, por eu ter amarrado suas mãos em cada lado da cabeceira.  

Eis o motivo dele não ter feito nada ainda, ao que apenas me observava.  

- D.O, você não pode me proibir de vê-la. Porque você não entende isso? - Afrouxei a pegada contra o chicote e franzi o cenho de imediato, soltando-o em seguida por cima da cama para levar minha mão até sua orelha e puxa-la fortemente. - Aí! Isso dói! - Ele fez uma careta, enquanto eu continuava a tortura-lo, depositando toda a minha força. Ele teria que retirar o que disse.  

- Retire o que disse! - Aumentei meu tom, ao que puxei novamente, ainda apertando. Ele estava gemendo alto, quase gritando meu nome desesperadamente, impedindo-o de tirar minha mão e que saísse de cima dele.  

- Você!  - Seus olhos se arregalaram ao pronunciar aquilo, quando sentir algo molhado contra meus dedos, ignorando por alguns segundos, mas fora impossível quando vi que ele começava a chorar, quer dizer, eu achava que sim, pois seus olhos estavam marejados. Por mais que eu estivesse vendo-o daquela maneira, era exatamente o que eu queria, certo? Eu não me sentir afetado, quando afrouxei um pouco sua orelha e me sentir em um limbo, vendo sua reação me alimentar e tudo passar em câmera lenta, fazendo-me aproveitar o máximo daquela situação. Eu conseguia ser doente ao ponto de machuca-lo? O que eu era?  Grr... - Me solta, Kyungsoo! - Sua voz em alto e bom tom era de arrepiar e sem dúvidas me despertou daquele limbo, quando encarei minha mão ao afasta-la de sua orelha, para ver o que eu tinha feito. Estava sangrando. Como aquilo foi acontecer?  

- Você está bem? - Perguntei em meio a situação, quando ele tentava se soltar das amarras que o segurava firmemente. Ele nem me respondeu, provavelmente estava enfurecido por tê-lo machucado, por mais que minha intuição era exatamente essa, mas será que causaria o efeito que eu queria? Seria em vão e eu me arrependeria por não ter conseguido atingir minha meta de fazê-lo não vê-la.  

- O que deu em você? - Seus olhos estavam demonstrando algo diferente, e eu não conseguia distingui-los o que era exatamente, mas parecia mágoa, só não tinha certeza.  - Ultimamente você anda muito vingativo. - Franzi o cenho e entreabri minimamente os lábios para respondê-lo. 

- Você me fez assim. - Soei sombrio, quando minha voz saiu quase inaudível.