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História Chaos and Order - Epílogo


Escrita por: targsupremacy

Capítulo 25 - Epílogo


Os dias desde a Batalha de Hogwarts foram ocupados para todos.

Ainda naquela noite, corpos foram contabilizados, mortos foram lamentados e feridos foram curados. Mais da metade das forças de Voldemort pareceram em batalha, e os sobreviventes foram enviados não para Azkaban, mas para Camelot, onde aguardariam julgamento; enquanto isso não acontecia, compareciamos a funerais, íamos para reuniões e descutiamos com mil e uma pessoas, mas tudo ocorria bem. Agindo como Rainha, Manon instaurou Lady Augusta como Chefe-Bruxa do Wizengamot e Alexander Macmillan como Ministro da Magia, Gawain Robarts foi feito Chefe dos Aurores, enquanto coube ao irmão do advogado dos Potter, Emmett Callahan, assumir como Diretor do DMLE; os demais departamentos eram igualmente arrumados e tratados, e Manon retornava para casa cada dia mais exausta do que o anterior, mas ela dizia que era gratificante arrastar a Grã-Bretanha Mágica para o século XXI.

Os julgamentos dos Comensais começaram na primeira semana de junho, depois de dois meses trabalhando incansavelmente para a estabilização do Wizengamot. Sentei-me na cadeira de Herdeira durante cada um deles, assistindo silenciosamente os julgamentos; muitos deles, os mais novos, eram meus amigos, garotos que com quem cresci, com quem conversei e brinquei na Sala Comunal, meninos que puxavam a cadeira para mim na biblioteca, davam bom dia e enviavam doces todo Yule. Esses Comensais tiveram as penas mais brandas, sentenciados as celas de Azkaban por até cinqüenta anos. Os Comensais mais velhos, aqueles veterenos da Primeira Guerra, tiveram penas maiores, a perpetuidade em uma cela escura. Deles, nenhum foi emocionante, exceto por dois: o de Peter Pettigrew e Severus Snape.

Meu ex-professor foi primeiro, parecendo ainda pior do que em todos aqueles anos em que eu o conhecia. Ele se sentou frente ao Wizengamot em sua totalidade, mortalmente pálido e desgrenhado. O advogado argumentou em seu favor pelos anos de espionagem para Dumbledore, alegou do bem que fizera por quinze anos em Hogwarts como professor.

— E quais são os frutos da espionagem de Severus Snape para nós, Sr. Kent? — disse o Ministro Macmillan. — Á se saber, o Sr. Snape estava ciente de que o Príncipe Hardwin se dirigia ao Ministério da Magia na noite de 18 de Junho de 2021, onde ocorreu uma batalha entre estudantes do quinto e quarto e alguns dos mais perigosos Comensais da Morte; o resgate ao príncipe e seus companheiros chegou muito, muito tempo depois, quando a Srta. Granger já se encontrava gravemente ferida, e Lorde Longbottom na ponta da varinha de Bellatrix Lestrange.

— O Sr. Snape agia sob as ordens de Albus Dumbledore, Sr. Ministro.

— Então Albus Dumbledore estava errado. — disse Macmillan. — Errado ao permitir que criança de quinze e catorze anos enfrentassem perigosos bruxos das trevas sozinhos!

— A Rainha Manon entrou em combate com nada menos que três Comensais da Morte e o próprio Lorde das Trevas na referida noite. — disse o advogado. — Não vejo tamanha revolta em Sua Majestade enfrentando tais perigosos.

— Os perigos enfrentados por Sua Majestade não importam agora, Sr. Kent. — disse duratemente Lady Augusta. — Nem seus feitos. Este julgamento trata-se de Severus Snape, que matou dezenas, por varinha ou palavras ou ações, e deve pagar por seus crimes.

— O Sr. Snape foi um Professor de Hogwarts por mais de quinze anos. — insistiu Kent. — É de se contar as gerações de bruxas e bruxos que ele ensinou como Mestre de Poções e Diretor da Casa Sonserina.

— O Sr. Snape traumatizou todas as gerações de bruxas e bruxos que ele ensinou como Mestre de Poções. — rebateu Macmillan. — E quanto a seu trabalho como Diretor da Casa Sonserina... acabamos de sentenciar jovens que deveriam ter futuros brilhantes, mas que se tornaram assassinos e torturadores, dezenas de jovens que foram pessoalmente tutelados pelo Sr. Snape.

Snape ganhou um bilhete só de ida para Azkaban, e no dia seguinte, mantive meus olhos sobre Manon conforme Peter Pettigrew era arrastado perante a corte. Seus crimes foram lidos, confirmados e, então, era a hora de deliberar a sentença. Foi quando Manon se pronunciou, sem mover um músculo do Trono de Pendragon. Minha namorada parecia em cada centímetro como a rainha que é, usando um vestido preto, tão colado ao corpo que parecia-se com uma segunda pele, um decote generoso realçado pelo cordão com a triskele de prata; e nos cabelos que eram agora brancos como a lua repousava a coroa de ouro e rubis.

— Sr. Ministro, Chefe-Bruxa, — disse ela, sua voz resplandecendo por toda a câmara. — tenho uma sugestão para a pena do réu.

— Vossa Majestade tem a palavra. — concedeu o Ministro.

— Muito bem. — ela assentiu. — Eu não estou exagerando quando digo que não estaríamos aqui se não fosse por Peter Pettigrew, senhoras e senhores. As ações deste homens, tanto as tomadas em 2006 e nos anos antes, quanto aquelas desde 2019, causaram grande dor e sofrimento para nossa nação. O sangue de milhares encharca nossa terra pelas decisões tomadas por Peter Pettigrew. Dorcas Meadowes, Edgar Bones, a Casa McKinnon, meus pais, Sirius Black, Cedric Diggory e centenas, milhares, foram danados por Peter Pettigrew. Sua própria carne, dada de bom grado, deu a Voldemort um corpo para que ele pudesse, outra vez, comandar seus Comensais da Morte em massacres, assassinar e torturar centenas. Á Peter Pettigrew, eu sugiro a morte.

Pettigrew atravessou o Véu na Câmara da Morte naquela mesma tarde, enquanto Snape se tornou o vizinho de Rabastan Lestrange até o dia de sua morte.

O verão foi agradável, se podíamos chamar de agradável os dias que passei enfurnada em salas depois de salas, discutindo com homens velhos e tradicionalistas, mas entre elas, sempre havia Manon. Namorar Manon era quase como ser a melhor amiga de Manon, exceto que agora havia beijos, sexo e encontros que sempre resultavam os dois primeiros. Saímos da Inglaterra no dia anterior ao aniversário de Manon, ainda em ressaca da festa oferecida por Neville, e viajamos para Amsterdam para nossos aniversários; aprendi a andar de bicicleta, fumamos maconha em uns dos cafés, passeamos pelos canais, visitamos o Museu de Van Gogh e andamos em muitas lojas do Distrito da Luz Vermelha, e nos últimos dias de nossa estadia, aqueles que prescendiam ao meu décimo oitavo aniversário, nos retiramos para uma cabana em um vilarejo não mais que cinqüenta quilômetros longe da Veneza do Norte.

— Deveríamos ficar aqui.

Sussurrou Manon. Eu sorri, continuando a deslizar os dedos pelos fios coloridos de branco. Havia adquirido a cor quando eu estava em Frankfurt, segundo Pansy, em um surto da meia-noite, e não tirava desde então, constantemente retocando para que a cor fosse perfeita. Eu gostava. Combinava com os olhos verdes. Acho que não há nada sobre Manon que eu não ame.

— Para sempre. — ela continua. — Viveríamos nessa cabana, adotariamos uma garotinha de sorriso doce como o seu algum dia. Nossos dias seriam somente nossos, leríamos, assístiriamos somente filmes e series com sáficas, beberíamos muito vinho. E seríamos felizes. Acima de tudo, felizes. Só você e eu.

Era tão fácil imaginar o que Manon dizia, criar o cenário em minha mente. Acordaríamos juntas sempre, rolando nos lençóis entre risadas e beijos, e faríamos o café da manhã juntas, Manon com sua caneca cheia de café e eu com o meu chá, somente metade das panquecas seriam comestíveis, e comeríamos comigo sentada no colo dela. Nossas sessões de filmes ou series sempre seriam deixadas de lado em favor de beijos, então jamais terminariamos coisa alguma. Faríamos o jantar juntas, e dançaríamos ao redor da cozinha. Seria perfeito.

Eu disse isso a ela.

Manon ergueu a cabeça, seus olhos verdes encontrando os meus, e neles vi meu futuro. Não a vida imaginada que acabei de dar forma em minha mente, mas nosso futuro real, eu, ela e três crianças bonitas.

— Eu quero tudo com você. — sussurrei. — Absolutamente tudo, Manon.

E então ela estava em cima de mim, seu corpo se moldando ao meu, quadril contra quadril, seios contra seios, seus dedos segurando meu queixo. Ergui a mão, deslizando pela lombar e a bunda até sua coxa, e subi de volta em uma carícia. Amava tocar a pele de Manon, sentir sua pele macia contra a minha, nada entre nós. Amava Manon tanto. De corpo, coração e alma. Um amor que transcendia tudo.

— Amo você. — sussurrou ela. — Ninguém nunca amou ninguém como amo você, Daphne Greengrass.

— Mesmo quando esse mundo for um sussurro de poeira esquecido em meio ás estrelas, amarei você, Manon Potter. — eu disse. — Vejo você. Conheço você. Todas as partes. Amo a Manon de onze anos, aquela garotinha perdida silenciosamente gritando por uma casa. Amo a Manon de quinze anos, aquela adolescente desesperada e perdida, silenciosamente gritando por amor. E amo a Manon de dezoito anos. A mulher que é, que tem uma casa e tem amor. Amo seu drama, sua desgraça, sua vingança, sua sagacidade, sua manipulação, sua implacabilidade, sei carinho, sua preocupação, sua gentileza, sua doçura. Amo tudo. Cada pedaço do que é seu, do que é você.

Ela me beijou, gentil e doce, sua boca contra a minha com uma suavidade que era toda só para mim. Existiam partes de Manon que somente eu conhecia, pequenos pedaços dela que eram somente para os meus olhos. Aquele - aquela suavidade - era um desses pequenos pedaços. E eu o amava. Assim como amava a todos os outros.

~•*•~

A Plataforma 9¾ estava cheia, o vapor subia e se misturava no ar entre os sons de risada e conversa. Primeiro de Setembro amanheceu tipicamente londrino, nublado e chuvoso. E ali estávamos nós depois de mais de um ano, se preparando para retornar para Hogwarts. Os danos ao castelo foram reparados, melhorias foram feitas e agora todos os jovens da Grã-Bretanha retornavam á Hogwarts para mais um ano.

— Olha esse tanto de criança, cara. — reclamou Pansy, olhando passar um grupo de cinco que deveria estar entre os onze e os doze. — Puta merda.

— Não seja tão dramática, Parkinson. — Alina soltou uma risada debochada. — Eles nem vão lembrar que você existe. Vai ser só mais uma velha chata para eles.

— Por que você esta aqui, afinal? — disse minha prima, se voltando para a Lady McKinnon. — Não há coisas para fazer em seu país?

— Esse é o meu país. — returcou calmamente. — Uma garota não pode mais se despedir dos primos?

— Você veio aqui pra debochar da gente, não foi? — Theo virou para Alina. — Pode dizer. Eu sei que sim. Eu faria o mesmo.

— Theo, como você é podre. — disse Harry.

— Sim. — concordou Blaise. — Por isso ele é tão atraente.

— Eu acho melhor a gente ir. — disse Hermione, finalmente desgrudando a boca da de Fleur. — Antes que alguma dessas crianças peguem as boas cabines.

— Sim. — eu concordei. — Vamos, querida?

— Vamos. — Manon entrelaçou nossos dedos. — Hermione está velha de mais para esse tipo de coisa.

— Vai se foder Manon.

Soltei uma risada, e nós subimos no Expresso de Hogwarts.

Era quase como antes. Mas agora era muito melhor, pois eu tenho Manon.



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