História O Meu Amor Por Você - Charisk - Consequências.

Chara 

Eu estou tenso. Não consigo dormir. Olha, quando digo cedo, é que eu realmente acordei cedo sem motivo algum. Eu gostaria de pegar no sono e acordar no fim da tarde. Assim pelo menos eu paro de pensar um pouco...

Eu sinto vontade de estraçalhar aqueles idiotas. Vontade de mata-los com minhas próprias mãos. Por que eu voltei a sentir isso? 

Senti um aperto em meu coração e algumas lágrimas caíram. Eu estava realmente chorando. 

Como eu paro de pensar nisso?

Senti um abraço por trás. Eu sabia que era a Frisk, eu já me acostumei com o cheiro dela. E também, seria estranho alguém a mais estar nesse quarto além de nós dois.

Frisk— Chara? Está tudo bem? 

— Sim. Está. — Eu disse meio seco, não consigo olhar diretamente para ela. Eu me sinto envergonhado por ter esses pensamentos de novo. Não foi fácil ela me tirar dessa fase de genocídio. 

Frisk— Eu não estou convencida Chara. Eu sinto que você não tá bem... — Ela estava me encarando, eu sentia isso. Eu não falei nada, e não fiz nada. Continuei olhando para as minhas mãos. — Chara, olha pra mim! — A garota puxou o meu rosto em sua direção. Meus olhos não conseguiam se encontrar com os dela. 

— Frisk desculpe... Eu preciso ficar sozinho tá? — Me levantei da cama e sai sem ao menos ouvir a resposta dela. Peguei as chaves reserva de casa e simplesmente sai, sem ao menos me preocupar com as minhas vestes. 

Me sentei num banco localizado numa praça que era perto de casa. Me sinto culpado. Eu me sinto um traidor por pensar sobre essas coisas novamente. Eu gostaria de viver uma vida normal, e ter um passado normal. 

Fechei os meus olhos e respirei fundo. Sinto alguém perto de mim. Abro os meus olhos e vejo Sans. 

— Sans? O que faz aqui? — Eu não acredito que não o chamei por xingamentos ou algo assim. Eu não estou com moral pra isso. 

Sans— Vim ver como você está. Hehe, eu sei é estranho. — Fiz uma cara confusa, eu e Sans nunca nos demos bem.

— Eu estou super bem. 

Sans— Não parece. Se estivesse bem teria me chamado de saco de ossos. Ou qualquer outro apelido irritante. 

Fiquei calado, ele tem razão. Eu estou pessimo. Mas não vou ficar me abrindo a ninguém, todo mundo passa por situações difíceis. 

Sans— Está tenso né? Faz tempo que você não sente esse tipo de coisa. 

O olhei incrédulo, como esse maluco sabe? 

—Como? Como você sabe? 

Sans— Eu tenho minhas fontes. Não se preocupe, não sou fofoqueiro. 

— Você me alivia muito falando isso— Disse num tom sarcástico.

O silêncio permaneceu. Nessa manhã, não havia ninguém na praça, além de mim e Sans. 

??— Chara! Haha, o que faz aqui em plena manhã?— Eu conhecia  essa voz muito bem. Ela me infernizava mais do que a própria voz de Sans.

— Eu tô sentado, não tá vendo?— Olhei para Vitor com raiva. 

Vitor— Como você é rude. Sempre foi né? As mulheres não gostam de homens rudes, você sabia? Toma cuidado! — Ele riu. 

Sans jogou um olhar para mim. Eu sabia o que ele queria dizer. "Não faz merda".

Ignorei Vitor e me levantei. Eu ia para outro lugar menos irritante. 

Vitor— Por que está assim? Frisk terminou com você? Tava na hora né? 

Sans— Ô tampinha, cala a tua boca e vai enfiar uma rosquinha no rabo, eu em! 

Essa foi a última coisa que eu ouvi. Comecei a andar mais rápido para despistar aqueles dois, mas falhei. 

Vitor— Onde você vai? Estava falando com você! Não quer ser meu amigo Chara? Sou tão legal!

— Você é muito legal.— Falei em voz baixa. A voz dele me irritava tanto! Se eu pudesse dar um fim nisso, nunca mais precisaria ouvir a voz dele.

Continuei a andar e pelo visto, ele me seguia. Que inferno. 

— Será que você parar de me seguir? 

Vitor— Só deixa eu fazer uma pergunta.— Ele pegou em meu ombro me puxando para sua direção. Rapidamente empurrei sua mão. 

Vitor— Você e a Frisk ainda estão num relacionamento? 

Eu não acredito que consegui perder a minha paciência com esse infeliz. Não pensei duas vezes e dei um murrão no rosto dele. 

— NAO VITOR, NAO, EU E A FRISK AINDA NAMORAMOS, QUE INFERNO! 

Quando eu ia voltar ao meu caminho, Vitor me puxou e me deu um murro no rosto. Começamos a brigar. Eu o empurrei com força e o mesmo caiu no chão.

— DÁ PRA VOCÊ ME DEIXAR EM PAZ?.

Vitor— Eu não quero! Você tirou a Frisk de mim! 

— Mano, larga de ser idiota, ela que não te quis, você é um arrombado de merda, acha mesmo que ela iria te querer?

Vitor— Você não pode dizer nada Chara Dremmurr! Você MATAVA pessoas! Você é um psicopata de merda, como que ela te escolheu?!

Tá, aquilo doeu. Mas a minha vontade de matar ele aumentou mais ainda. 

Avancei para cima dele e comecei a soca-lo tanto, era preciso descontar o meu ódio. 

Vitor me dava alguns socos para tentar se soltar de minhas mãos, porém eu não ia desistir até vê-lo sem vida. 

Eu já conseguia ver o sangue saindo de seu nariz. 

Sans— Opa galerinha, vamo para que o negócio tá ficando feio— Sans me puxou para trás, fazendo Vitor se soltar. 

— SANS ME LARGA! 

Vitor saiu correndo. Não sei para aonde, mas ele foi, finalmente. 

Sans— Muleque você perdeu a cabeça?! Ia matar ele? Quer mesmo continuar com isso? — Ele me deu um tapão na cabeça. Eu não fiz nada, apenas fiquei pensando. Eu realmente queria matar Vitor, porém eu sabia que se isso acontecesse, eu teria muito a perder.