História Charmant - Se foi

Jungkook

Após a discussão de ontem, fui dormir no meu antigo apartamento. Dormi no sofá, então consegui encontrar Hobi.

— Que merda você está fazendo aqui, Jungkook?

— Tae e eu brigamos. Estou dando um tempo para que ele esfrie a cabeça.

— Você ainda vai se arrepender disso. — Ele diz puxando uma grande mala, que só notei agora.

— Vai viajar de novo?

— Trabalho. Tae me dá muitas oportunidades para aprender. Sou muito grato à ele. — É tudo que ele diz antes de sair.

Yoongi me envia uma mensagem dizendo que devo ir mais cedo para a produtora. Tranquei de vez a faculdade, pelo menos por enquanto. Trabalhar com um perfeccionista, viciado em trabalho que também é extremamente exigente não é fácil. Tenho entrado cada vez mais cedo no trabalho e saído tarde. Talvez Tae esteja certo. Não preciso passar tanto tempo com Cami, mas sinto pena dela. O dia todo fechada naquele apartamento, sem muito o que fazer. Hoje definitivamente vou direto para casa. Preciso conversar com Tae. Por volta das oito da noite estou a caminho de casa, passo no restaurante favorito de Tae e pego o pedido que deixei agendado. Abro a porta de casa completamente exausto. Há algo estranho acontecendo, sinto isso assim que entro na sala.

— Tae? — Chamo esperando uma resposta.

Sigo para o quarto, sem sinal dele. Ele não está em lugar nenhum. O que é estranho, ele geralmente avisa quando vai demorar. Envio uma mensagem.

Tae? Onde você está? Vim direto do trabalho para casa e não te encontrei. Precisamos conversar.

Não há resposta. Tomar banho e comer algo, deve ser tempo o suficiente para que ele chegue. Quando o relógio marca meia noite, começo a me preocupar com o sumiço de Tae. Tento ligar, mas não sou atendido.

— Tae, estou ficando preocupado. Você não dá notícias, sinto que algo grave aconteceu. Me liga quando puder? Te amo. — Deixo mais uma mensagem no correio de voz.

Resolvo ligar para Jimin, se ele estiver na cidade, deve estar sabendo de algo. A chamada também é encaminhada para o correio de voz, o mesmo acontece com Soobin e Hobi. Ligo para Yoongi, talvez Jimin esteja com ele.

— Jungkook, é tarde. O que houve? — A voz de Yoongi é como um resmungo.

— Tae não voltou para casa. Nós brigamos ontem. Foi feio, Yoongi. Muito feio. Achei melhor dar um tempo e deixar que ele esfriasse a cabeça para conversarmos.

— Cara, Tae, Jimin, Jin, acho que até Hoseok, viajaram para os Estados Unidos. Preparativos para a fotos da próxima semana da moda. Eles foram hoje. Vou dormir, nos vemos amanhã.

— O que?! Como assim viajou? Ele não me disse nada. — Yoongi chia do outro lado, então percebo que estou gritando. — Certo. Desculpe o horário. — Digo em tom mais ameno.

— Kook? — O ouço suspirar do outro lado da linha. — Você tem negligenciado seu relacionamento com Tae desde que Camille apareceu. Tenho notado através de Jimin, o vejo revirar os olhos em puro desgosto sempre que alguém menciona você ou ela. Desde o funeral da senhora Park, algo está errado. Eu entendo que a garota espera um filho seu, mas isso não é motivo para negligenciar quem te ama. A não ser que você me diga que está apaixonado por ela, nesse caso, o correto é terminar com Tae e seguir sua vida com a mãe do seu filho.

— Eu amo o Tae. Só me preocupo com Cami porque ela carrega um filho meu. Eu não vou abandonar meu filho, Yoongi.

— Ninguém disse para fazer isso. Porém, Jimin tem me contado algumas coisas preocupantes. Você tem falhado com Tae inúmeras vezes. Camille exige de você coisas que não são condizentes com dois adultos que não estão em um relacionamento e esperam um bebê. Acompanhar as consultas é legal, mas passar a noite no apartamento com ela? Se Tae passasse a noite no apartamento de alguém com quem ele já transou, você ficaria feliz? Acho que não. Você teve a audácia de sugerir levá-la para morar com vocês! Sinceramente, dá vontade de dar uns tapas na sua cara, Jeon. Não é possível que eu seja primo de alguém tão sem noção.

— Eu... Não sei o que fazer, Yoongi. Simplesmente não sei. Se Tae quiser terminar de verdade como ele disse ontem, não sei o que fazer. Para me redimir, para mostrar que ele é importante.

— É bom achar uma solução, e rápido. Você pisou na bola, Tae é um homem bonito e sei que Jin e Jimin vão fazer de tudo para ajudá-lo a seguir em frente se essa for a vontade dele. Mais uma coisa. Você precisa delimitar seu relacionamento com essa garota para resolver seu problema com Tae. Se resolva, porra.

— Vou tentar.

— Não, Jungkook. Você não vai tentar, vai conseguir. Porque se isso não acontecer, pode ter certeza de que eu também vou estar do lado do meu amigo nessa. Estou te estendendo a mão para ajudar nessa situação e vou dar o meu melhor nisso, mas se você pisar fora da linha depois dessa, juro que vou fazer o impossível para que Tae siga em frente bem longe de você. Apresento ele para todo tipo de homem bom que aparecer interessado nele. Nos falamos amanhã.

Ele desliga antes que eu diga algo. Abro o aplicativo de mensagens relendo nossas conversas antigas. Tae avisando que ia chegar tarde, que meu jantar estava na geladeira, ou algo totalmente diferente, apenas uma mensagem curta dizendo que me ama. E no meio delas, lá está.

Amor, vou ter que viajar para acompanhar os ensaios fotográficos da próxima coleção no dia seguinte ao nosso aniversário. Podemos jantar em casa e assistir algo juntos. O que acha?

Tudo bem.

Observo as mensagens e meu coração dói. Me sinto um imbecil de proporções lendárias. EU RESPONDI! E ainda assim não me lembrei. Tae mesmo longe de casa quando estava em Seul me mandava mensagens fofas e eu respondia como um idiota. Isso quando eu me dava ao trabalho de responder.

— Burro! É isso que eu sou. Um estúpido.

"Namorar você foi um erro, o maior que já cometi na minha vida." Essa frase martelou minha cabeça boa parte do dia. Ao fechar os olhos, consigo ver a dor que causei à ele estampada em seu rosto. Tento ligar para Hobi, preciso de notícias. Milagrosamente, ele atende.

— O que foi? — Ele atende parecendo mal humorado.

— Já chegaram? — Pergunto aflito.

— Pousamos em Paris para pegar Sunny e um primo de Taehyung. Parece que também abastecer o jato e Jimin saiu às pressas para comprar algo. Porém a pergunta que não quer calar, Jungkook, É EM QUE MOMENTO SUA CABEÇA FOI SUBSTITUÍDA POR UM VASO SANITÁRIO?!

— Hobi! — Resmungo.

— Não! Agora você vai ouvir. Não falei nada pela manhã porque estava atrasado. Taehyung foi o último a entrar no jato, de óculos escuros e totalmente cabisbaixo. Ainda assim ele cumprimentou todos e se fechou na parte reservada. Ele não comeu nada até agora. Jungkook, você não faz ideia do que é ouvir um amigo chorar por horas. Chorar até dormir. Ele se preocupou com você ontem, achou que você tivesse sofrido um acidente. Ligou em hospitais, delegacias, para mim. Se eu não tivesse chegado e acordado você da cama da Serpente Prenha, você teria dormido a noite toda lá. Inferno, Jungkook! Parece que você puxou o lado ruim da sua mãe. Só pode ser isso. Insensível, desrespeitoso, um completo babaca. É a segunda vez que pisa na bola.

— Você está do lado dele. — Constato.

— JUNGKOOK! Até você, se fosse um humano decente, estaria do lado dele. Vá se foder!

Quando ia abrir a boca para dizer algo, a ligação é desligada. Absorvo as informações que obtive. Taehyung não está bem, a culpa é minha, talvez Hobi esteja certo e eu seja horrível. Se Hobi atendeu a ligação, talvez Tae atenda! Preciso me desculpar. Ligo, caindo direto no correio de voz. Resolvo enviar uma mensagem.

Tae, por favor, me ligue quando puder. Precisamos conversar.

Quero me desculpar por tudo.

Não me deixe.

Eu te amo.

Me deito, mas o sentimento ruim no peito me acompanha. A cama tem o cheiro dele. Tudo tem a cara dele. Me sinto péssimo, mas ainda assim, tento dormir. Acordo subitamente com o despertador, sei que não dormi nem duas horas. Yoongi me enviou uma mensagem dizendo que devo ir para o estúdio logo cedo. Não sei se vou conseguir fazer algo hoje.

— Você está um lixo. — É o que ele diz quando abro a porta do estúdio.

— Uau. Muito obrigado.

— Isso é bom. Significa que você não se tornou um babaca completo. Só oitenta porcento de um. Pelo que Hobi me contou, achei que você não tinha mais solução. Porém, está claro que não dormiu muito, tem essa cara de culpa e acho que esse cabelo nem viu um pente hoje. Uma parte de você se importa. No meio disso, tenho más notícias.

— Nada me surpreende.

— Vamos ter que fazer mais uma música para o seu disco. — Faço uma careta. — Pode ser algo bom ainda assim. Você pode escrever sobre esse momento. Talvez te ajude a organizar seus pensamentos e achar uma solução para pedir perdão à Taehyung.

— Certo. Vou para minha sala. — Respondo por fim.

— Vá até minha sala quando tiver algo. — Ele se levanta, me dá um leve aperto no ombro e sai. Dediquei meu tempo ao trabalho que Yoongi me passou, mal tive tempo de visitar Cami e o bebê. Depois de uma semana, ela me enviou uma mensagem.

Jungkook, podemos ir tomar sorvete hoje?

Eu realmente estou morrendo de vontade.

Sei que disse que eu sou livre para sair, mas tenho medo de acabar fazendo o pedido errado e passar vergonha.

Tudo bem.

Passo no apartamento amanhã de manhã.

Compramos os móveis para o quarto do bebê e tomamos sorvete.

Obrigada, Jungkook.

Você é alguém tão gentil.

Sinto muito por todo o problema que causei.

Não se preocupe.

Nos vemos amanhã.

Ligo para Sunny. Consegui seu novo número há alguns dias. Desde então tenho ligado para receber informações.

— Sunny?

— Olá, querido.

— Como ele está?

— Hoje é nosso último dia de trabalho. Ficaremos por mais uma semana para descansar. Ele se afundou em trabalho, uma rotina puxada e exaustiva. Acho que amanhã as coisas vão começar a piorar. Sem o trabalho, ele vai pensar em vocês.

— Sinto muito, Sunny. Eu realmente amo seu filho, juro que o amo com todo meu ser. Sei que você também o ama e que é difícil vê-lo sofrendo assim. A culpa é toda minha. Me perdoe.

— Jungkook, o primeiro passo é admitir que errou. E você fez isso muito bem. Meu Taehyung tem muitas inseguranças e traumas sobre traição porque me viu sofrer por um tempo com o pai. Depois Angelo o apunhalou pelas costas. Houve aquele mal entendido entre vocês dois na última primavera. Para ele não é fácil, entende? Eu realmente espero que vocês se acertem. Preciso ir. Se cuide.

— Obrigado Sunny. Por tudo.

Ela desliga e eu permaneço olhando para o teto tentando descobrir uma solução. O que mais ronda minha cabeça nos últimos tempos são flashes das nossas brigas. Como eu me tornei tão idiota? Agora percebo meus erros. Afastar Tae, culpá-lo pela morte da senhora Park, sugerir que Cami morasse conosco, as mensagens mal respondidas e a cereja do bolo, ser um imbecil no nosso aniversário. Minha vontade é me bater e estapear até que ele volte. Resolvo fazer algo que há muito tempo não faço. Lhe escrever uma carta.

No sábado de manhã, me levantei cedo e tomei um banho. Se Tae estivesse aqui, hoje seria o dia em que ele colocaria toda a roupa de cama para lavar. Não me atrevo a perder seu cheiro, então pulo essa tarefa. Sigo para meu antigo apartamento ainda um pouco aéreo. Minhas noites são quase totalmente em claro. Compro um café no caminho. Aviso Cami que cheguei e peço para que desça.

— Bom dia Jungkook. — Ela sorri quando entra no carro.

— Bom dia. Como tem passado?

— Bem. Tenho ficado bem inchada, mas o médico disse que é completamente normal. Alguém se mudou para o apartamento acima, eles são barulhentos.

— Estão te incomodando? Atrapalhando dormir?

— Não! Não. É até divertido. Acabo não me sentindo tão sozinha. Oh! O bebê está chutando!

Ela pega minha mão e coloca sobre a barriga. Sinto contra minha palma um pequeno movimento. É incrível! Sempre que ele faz isso, me sinto emocionado. Em momentos assim, cogito desistir do exame de DNA e criar essa criança sendo minha ou não. Como seria levar meu filho ao parque? Comemorar seus aniversários? Ensinar a andar de bicicleta? Tudo isso seria incrível, ainda mais se Tae estivesse ao meu lado. Não posso pensar nisso agora. Me concentro no trânsito e logo chegamos ao shopping. Cami e eu andamos pelas lojas especializadas em móveis infantis, deixo que ela escolha o que mais lhe agradar. Almoçamos e então fomos à sorveteria. Definitivamente, ela estava com vontade de tomar sorvete. Nos sentamos e conversamos um pouco.

— Como vocês se conheceram? Sempre acho fascinante as histórias de amor das pessoas. — Ela pergunta em certo momento.

— Ah, essa é uma boa história. — Sei que estou sorrindo feito um idiota, mas me lembrar de Tae faz isso comigo.

Conto sobre o carro quebrado e os dias que Tae passou conosco. Sobre sua amizade com Hobi e senhora Park. Me lembro da doçura dos primeiros beijos. Das noites em que dormíamos juntos, apenas abraçados.

— Vocês vão se acertar, sei disso. — Ela diz sorrindo.

— Espero que sim. Não sei viver sem ele.

— Você tentou ligar? Mandar mensagem?

— Na verdade não. Seria totalmente inútil. O telefone está com o assistente. Tae está totalmente concentrado no trabalho. Amanhã ele pega o telefone de volta. Devo ligar na terça, porque ele vai estar mais calmo.

— Espero que tudo termine bem. Podemos ir agora? Meus pés estão me matando.

— Claro.

No caminho para o apartamento, noto que Cami parece um pouco nervosa. Acabo subindo com ela para ter certeza de que está tudo bem. Assim que entramos na sala, ouço uma gritaria no andar acima.

— Vou tomar um banho para ver se consigo reduzir um pouco do inchaço. — Ela anuncia.

— Tudo bem.

Pelo barulho são três homens dividindo apartamento. Não acho que seja seguro Cami ficar aqui sozinha. Vou buscar algumas coisas no meu apartamento e passar alguns dias aqui até que Hobi volte. A noite, já estava devidamente instalado no quarto de Hobi. Aproveitei para cozinhar uma refeição caseira, sinto falta disso também. Tae, mesmo com a falta de tempo e mil atividades sempre dá um jeito de cozinhar.

O restante do final de semana foi relativamente tranquilo. Exceto por uma reportagem tendenciosa publicada. Distorceram totalmente uma foto tirada enquanto eu sorria com Cami, me lembro de estar contando a ela sobre como conheci Tae. Espero que ele não veja isso, sei como a cabeça dele tende a tirar conclusões precipitadas. Espero que ele me dê a chance de me desculpar e me explicar quando voltar.

A segunda feira começou com um acidente. Cami resolveu lavar algumas roupas e no processo, meu telefone acabou na máquina de lavar. Evitei à todo custo ficar nervoso, para isso resolvi passar o dia trabalhando. O prazo para terminar a última música do álbum estava acabando e eu não tinha tudo pronto.

Trabalhando dia e noite com poucas horas de sono, que geralmente só serviam para me assombrar com a saudade que sentia de Tae, finalmente terminei as músicas do álbum. Em plena quinta-feira já quase sexta-feira. Faltavam apenas alguns detalhes, coisas que podia revisar na manhã seguinte junto com Yoongi. Como tudo sempre pode piorar, minha mãe resolveu amanhecer na porta do meu apartamento. Era tudo o que eu não precisava Hoje. Ela enganou Cami, que não só a deixou subir, como convidou para entrar enquanto eu tomava banho.

— O que está fazendo aqui? — Pergunto assim que vejo a mulher no sofá.

— Precisamos conversar, Jungkook. — Ela responde seriamente.

— Não temos nada para falar, nem agora, nem nunca. Retire-se, por gentileza. — Minha voz soa fria até para mim.

— Eu sou sua mãe! Vamos conversar sim. Estou ordenando!

— Você não é minha mãe desde o dia em que ergueu a mão para mim e me chamou de aberração. Portanto, retire-se ou vou ter que chamar a polícia. Vou dizer à eles que você teve a audácia de enganar uma mulher grávida que não fala nosso idioma e invadir o apartamento. Aqui você não manda em nada. Fora.

Abro a porta e espero que ela saia. Cami me encara completamente confusa. Volto ao meu quarto pegando minhas coisas para ir trabalhar.

— Jungkook. — Cami chama. — Eu... Sinto muito. Quando o porteiro disse que era sua mãe querendo te fazer uma visita surpresa achei que estaria tudo bem.

— Não se preocupe. Só não abra a porta para ninguém enquanto eu estiver fora. Vou comprar um novo telefone hoje na hora do almoço. Caso algo aconteça, ligue para o escritório. Até mais tarde.

— Até.

Sigo direto para o estúdio. Aviso Yoongi que cheguei e espero por ele. Quase na hora do almoço estamos prontos. Finalmente, meu álbum está completo. Tudo que eu quero é ligar para Tae e contar a novidade. É curioso. Se algo bom acontece, a primeira pessoa para quem quero contar é ele. Se algo dá errado, é para os seus braços que sinto vontade de correr.

— Temos que comemorar. — Yoongi diz com um sorriso.

— Temos, só preciso ir comprar um telefone e à loja da minha operadora.

— Você ainda não comprou? Desde segunda-feira, Jungkook! E se o Tae te ligou nesse meio tempo?

— Pouco provável. Enfim, preciso ir.

— Quando você pretendia me contar que sua mãe furou a segurança do prédio e entrou no seu apartamento? — Ele pergunta enquanto encara o celular com uma careta.

— Foi hoje pela manhã. Está tudo bem.

— Não, Jungkook. Não está tudo bem. Você tem recebido ameaças, a maioria do que chega por aqui é escaneado, arquivado e uma cópia é enviada às autoridades. Enquanto você morava com Tae estava seguro, mas agora morando naquele apartamento outra vez, pode não ser seguro. Por enquanto, vou colocar alguém para ficar de olho em você.

— Tae não usa seguranças. — Digo recebendo uma risada sarcástica dele.

— Os bons seguranças são aqueles que não se parecem com seguranças, Jungkook. Tae tem três deles. O seguem a todo momento e um sempre anda com Jimin, provavelmente por ser o amigo mais próximo, possivelmente um andava com você. Não há como saber.

— Eu não sabia. Por que estou recebendo ameaças?

— Quantas pessoas você imagina que sonham com um destino parecido com o seu? Jungkook, acorda. Sempre vai ter alguém tentando te derrubar, porra. Quer saber? Não volte aqui à tarde. É meu presente por ter terminado o álbum.

E assim, ganhei a tarde de sexta de folga. Com grandes planos de comprar um telefone novo e dormir o resto do dia. Amanhã tenho alguns planos para colocar em ação.