1. Spirit Fanfics >
  2. Charms >
  3. A dor

História Charms - A dor


Escrita por: VieiraEvelli

Capítulo 12 - A dor


Fanfic / Fanfiction Charms - A dor

O dia havia amanhecido nublado e após uma noite acordada, Emma achou que sair para correr logo cedo não seria uma escolha ruim, logo quando saira, ninguém estava na recepção, mas não se surpreendeu, já que ainda eram quatro da manhã, seus pensamentos estavam conturbados, as palavras de Henry ecoavam, mas uma coisa a mais martelava sua mente.

Regina.

Ela lhe era tão... Familiar, a sensação que ela lhe causava era maravilhosa, coisa jamais sentida por nenhuma outra mulher antes, observa-la era mais do que satisfatório, a troca de olhares lhe causava borboletas na barriga, diferente do tal Killian, ele certamente não se passava de um aproveitador, não sentira absolutamente nada ao vê-lo em seu apartamento há semanas antes, não sentira absolutamente nada ao escutar seu nome, diferente da morena de olhos encantadores, apenas escutar o seu nome seu corpo tremia, mas de um jeito deliciosamente bom.

Mais uma vez a história contada pelo filho lhe rondou a mente, a imagem de sua manta naquele livro o qual passou horas e horas encarando, havia o levado para seu quarto e usado-o para suprir sua falta de sono, leu e releu algumas páginas, encarou a imagem da rainha má sentindo o ventre contrair, se aquela realmente fosse Regina, queria ter o prazer de arrancar aquelas roupas, se curvaria diante dela com o maior prazer.

— Mais o que está pensando, Swan? Não seja idiota — Disse a si mesma enquanto parava de correr e apoiava as mãos nos joelhos, puxou o ar algumas vezes, não havia se dado conta de quão cansada estava até aquele instante, olhou as horas, vendo que já eram quase seis então decidiu voltar para a pensão.

[...]

Regina arrumou alguns papéis sobre o balcão, Ruby havia feito uma grande bagunça na noite anterior, não que houvesse milhares de hóspedes ali para que ela precisasse fazer aquela bagunça, mas era Ruby, qualquer coisa era motivo de bagunça de sua parte.

O som da porta sendo aberta lhe fez erguer o olhar de relance, mas fora tão breve que não notara quem era, mas acreditava ser alguma das meninas, já que ainda era muito cedo.

— Bom dia Regina.

— Bom dia senhorita... — Disse erguendo de ver o olhar, seus olhos deslizaram pelo corpo da loira.

Emma usava uma calça legging cinza, que chegava ao umbigo, top da mesma cor, deixando sua barriga definida amostra e um casaco fino que estava aberto, tênis de correr, um rabo de cabelo e sem maquiagem alguma, a pele suada pela corrida, a morena pode visualizar uma gota de suor deslizar em direção ao seus seios perdendo-se entre eles, automaticamente deslizou a língua entre os lábios.

— Swan — Disse após um tempo, seus olhos voltaram-se para os verdes que a observava com atenção — Eu... — Coçou o pescoço e limpou a garganta — Posso ajuda-la em algo?

— Em muitas — Pensou Enma.

— Não, eu estou voltando para o quarto, preciso de um banho.

— Você não é a única — Pensou e limpou arrumou a postura.

— Se precisar de algo de algo basta chamar.

— Eu com certeza preciso.

— Estou a disposição para ajudar se estiver ao meu alcance — Disse e viu a loira corar violentamente ao se dar conta de que não apenas havia pensado, mas também dito.

— Não é nada, e-eu vou para o quarto, até mais.

— Até mais — Disse vendo-a seguir para as escadas, Regina suspirou observando a bela bunda da loira — Céus, Regina, olha o que você ta pensando?

[...]

Henry levantou e arrumou-se rapidamente, atravessou o corredor batendo na porta do quarto da mãe e espero impacientemente para que ela abrisse a porta, assim que a loira apareceu, ele correu para dentro do quarto e se jogou na cama pegando o livro passando a filhea-lo.

— Bom dia pra você também.

— Já está pronta?

— Pronta pra que? — Perguntou cruzando os braços e encarando-o, mas Henry estava mais interessado no livro.

— Encontraremos o vovô e o Killian na floresta, temos que descobrir como encontrar Cora e desfazer essa maldição.

— Você se encontrou com aquele maluco beijoqueiro? Você ta muito encrendado, mocinho.

— Qual é mãe, depois... Precisamos ir agora — Marcou a página e fechou o livro guardando-o na mochila — Podemos passar no Granny e pegar um café pra tomarmos no caminho, não podemos perder tempo — Disse seguindo para a porta — Vamos?

— Pelo jeito eu não tenho escolha mesmo.

— Vamos mãe — Disse já no corredor.

— Quando você passou a ser tão apressado?

— Não podemos perder tempo, isso é a coisa que menos temos.

— Se esperaram vinte oito anos, podem esperar algumas horinhas a mais — Disse fechando a porta do quarto e desceu junto a ele para a recepção.

— Bom dia.

— Bom dia querido — Regina disse com um largo sorriso — Em que posso te ajudar?

— Apenas viemos deixar as chaves.

— Irei guarda-las pra vocês, estarão muito seguras comigo — Piscou pegando a chave e Henry sorriu largamente como se tivesse dez anos novamente pela maneira que era tratado, então correu para fora da pensão.

— Henry Daniel Swan — Emma o repreendeu ao vê-lo correr, mas for inútil, pois ele já estava do lado de fora — Eu sinto muito por isso.

— Não há nada com o que se preocupar, senhorita Swan.

— Já pedi para me chamar apenas de Emma.

— Tentarei, mas não é uma promessa.

— É um começo — Disse sorrindo e perdendo-se nos olhos castanhos.

— Mãe!

— Acho melhor você ir, ele não parece muito paciente — Disse divertida.

— E não está, acordou animado essa manhã, até mais tarde.

— Até mais tarde — Emma deixou a chave sobre o balcão e seguiu para a porta, mas parou virando-se para a morena que espendurava as chaves.

— Regina?

— Sim?

— Aceita tomar um café comigo? Quando sair do trabalho ou estiver de folga?

— Eu iria adorar — Disse sorrindo e Emma sorriu de volta antes de escutar um novo grito vindo de Henry, Regina riu do revirar de olhos da loira e a observou sair.

[...]

— Não sabemos exatamente onde ficam as salas, nem onde o crocodilo deixou os braceletes, precisamos de dois, uma para Cora e outro para Zelena — Killian disse encarando David.

— Na verdade eu sei onde fica — Mary disse, David por sorte havia lembrado de guardar o donut e assim que chegou em casa, deu para a esposa, mas ainda não sabiam o porque dela ter se recordado da primeira maldição.

— Então me diga, querida sogra, onde é e como faremos para entrar lá?

— As salas ficam no subterrâneo do hospital, eles deixam a área restrita para pacientes da ala psiquiátrica, entrar não será muito difícil, normalmente os médicos vão até lá a cada duas ou três horas, apenas para medica-los.

— Então precisamos de uma distração — David disse — Essa noite Killian e eu iremos procurar os braceletes na loja de Gold e amanhã a noite tentamos resgatar Cora, mas precisamos de um lugar para esconde-la.

— Temos a cripta da minha mãe — Henry disse adentrando a cabana — Podemos prender Cora lá, deve haver uma maneira de não deixa-la sair, ah, eu trouxe ajuda — Disse fazendo sinal para Emma entrar na cabana observando-os.

— Love — Killian disse avançando em direção a loira.

— Se você der mais um passo na minha direção, eu te juro que você sentirá muita dor — Ele parou bruscamente quando viu a fúria nos olhos dela e olhou para Henry.

— Ela não se lembra, só que você é um tarado que a agarrou a força pensando que quebraria uma maldição em Nova York — Henry disse e tirando a mochila das costas e pegou o livro de dentro dele.

— Se ela não se ela não se lembra... — Mary disse olhando-a — Por que aceitou vir aqui?

— Ela leu o livro, algumas coisas, mas não acredita em mim assim como da primeira vez, então eu a trouxe.

— Tudo bem — David disse e sorriu para a loira então voltou a atenção para Henry — Descobriu alguma coisa que possamos usar?

— Minha mãe é atraída por minha outra mãe.

— Henry! — Emma o repreendeu.

— Como é que é? Isso não pode acontecer, Swan, nós somos um casal, estávamos apaixonados.

— E eu sou a filha da branca de neve — Debochou e percebeu os outros lhe olhando.

— Você é mesmo e minha namorada.

— Ela está sendo irônica, Killian — Henry disse.

— Você não manda em mim, senhor lápis de olho, então não venha querer opinar na minha vida como se fosse dona dela, me ouviu bem? — Disse irritada avançando pra cima dele.

— Mãe — Henry a chamou fazendo-a respirar fundo — Bom, como eu estava dizendo, minha mãe está interessada por minha outra mãe e a minha mãe Regina ta do mesmo jeito, elas não param de se encarar.

— Como isso é possível?

— Ela não pode se interessar por mim? Qual o problema disso, eu sou muito bonita se querem saber?

— Claro que você é bonita, querida — David disse fazendo-a encara-lo desconfiada.

— Eu não estou me referindo a ela não poder gostar de você, Emma, eu estou dizendo que Regina está sem o coração — Emma arregalou os olhos incrédula — Antes de Zelena captura-la, Regina entregou o coração a Azul para que ela o protegesse, então como é possível?

— Deve ter alguma coisa nesse livro — Killian disse irritado com o assunto.

— E o que tem sobre Zelena? — David perguntou.

— Muita coisa, Cora a teve antes de se casar com o meu avô Henry, para que conseguisse se casar com ele, já que o pai de Zelena não quis torna-la rainha, com a ajuda do senhor Gold, ele a deixou em frente a casa de um casal de camponeses que a adotaram, pelos poderes dela se manifestaram logo cedo e o pai adotivo dela não gostava disso, toda a história dela, foi passada pra minha mãe que acha que teve a vida de Zelena.

— Então Zelena está vivendo a vida da Regina? — Mary perguntou.

— Sim, mas com algumas coisas diferentes, afinal ela não adotou nenhum bebê ainda.

— Deve ser por estarmos no início da maldição.

— Mas ela não demorará a adotar — David disse.

— Minha mãe me adotou quando eu tinha uma semana de nascido, minha mãe Emma estava com dezoito anos.

— Emma foi mandada para a terra sem magia com uma hora de vida — Mary lembrou.

— Então temos muito tempo até Zelena procurar ter um bebê — Killian disse.

— As coisas podem alterar seu curso — David disse — Por isso precisamos encontrar Cora antes de quebrar essa maldição e precisamos ser rápidos.

— Ah! — Emma gritou de dor caindo ajoelhada e Mary correu até ela.

— Emma! Você está se sentindo bem?

— Eu... Eu não sei — Disse sem ar, Mary a ajudou a levantar levando-a para a poltrona.

— Tente respirar com calma.

— Killian você tem que sair — Henry disse para Killian que encarava a loira, David o olhou.

— Eu sou namorado dela, não vou sair.

— Killian, você precisa sair! — Henry disse com a voz alta encarando o livro.

— O que você achou ai? — David perguntou.

— A maldição foi provocada por causa da inveja de Zelena, qualquer um que sinta inveja, fará o outro sentir dor — Disse olhando-o.

— Mas por que Emma quem está sentindo dor e não Regina? — Killian perguntou, Mary e David se encararam.

[...]

Ruby adentrou a pensão e correu para dentro ao escutar um grande estrondo, assim que chegou viu a morena caída.

— Regina! — A chamou assuntada — Você ta bem?

— Eu não sei, senti uma dor e então tudo ficou escuro por alguns minutos.

— Vem, eu vou te ajudar a sentar e buscar água pra você.

— Talvez tenha sido uma queda de pressão não deve ter sido nada demais.

— Mesmo assim prefiro que você fique sentada por alguns minutos, você teve sorte de eu estar vindo aqui.

— Tive mesmo — Riu fraco.

— Precisa ir ao médico.

— Não precisa, afinal é a primeira vez que isso aconteceu, não tenho porque me preocupar.

— Sempre é bom se preocupar.

— Eu realmente estou bem, Ruby, não foi nada demais.

— Tudo bem — Disse sentando-se em frente a morena de cabelos curtos.

— Como é?

— O que?

— Se envolver com uma mulher.

— Está interessada em alguma?

— Não! Na verdade não sei, eu nunca senti atração por nenhuma, mas eu sempre me perco em seus olhos verdes quando nos olhamos e então sinto frio na barriga, muito mais do que senti com Daniel, meu corpo treme sempre que ela diz meu nome e eu jamais quis tanto beijar alguém como tenho vontade de beija-la.

— Sinto em dizer que está apaixonada por nossa hóspede.

— O que? Eu não disse que é ela.

— Regina em todo esse tempo você jamais se interessou por alguém e só bastou ela chegar e pronto, você está gostando de alguém — Sorriu — Isso não é ruim, permita-se viver se ela também tiver interesse.

— Ela me chamou pra tomar um café.

— E você aceitou?

— Sim.

— Se quiser quiser algumas dicas, eu posso te dar algumas.

— Não seja ridícula — Ruby deu risada da amiga que corou. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...