Regina sentiu o ar escapar de seus pulmões com a mesma frequência de água escorrendo pelos dedos, mesmo que seu desejo fosse continuar ali, nos braços de Emma, sabia que precisava se controlar.
— Swan — Lhe chamou sentindo os beijos em seu pescoço e ofegou — Precisamos parar — A afastou tomando um passo de distância — Mary e eu descobrimos uma coisa e precisamos nos concentrar nisso.
— Tudo bem, você tem razão, vamos voltar pra dentro — Disse estendendo a mão, Regina sorriu de canto pegando-a e caminhando junto a loira para dentro da lanchonete.
— Até quem fim, eu estou com fome — Henry disse encarando-as.
— Você sempre ta com fome, garoto.
— Tudo bem? — Mary perguntou vendo as duas sentarem do outro lado da mesa.
— Sim.
— Pelo jeito você quebrou sua segunda maldição, majestade — Killian disse com um sorriso debochado.
— Eu posso ainda estar sem magia, pirata, mas ainda posso arrancar seu coração sem esforço.
— Gina, Gina, Gina — Disse desesperada puxando-a para sentar quando ela avançou sobre o moreno — Respira, o Hook só ta querendo te provocar — Segurou-lhe o rosto olhando-a nos olhos — Você fica tão linda assim bravinha — Disse sorrindo aproximando-se do rosto da morena que lhe sorria mais calma dando-lhe um beijo calmo.
— Hãm hãm.
— Não adianta — Mary disse ao morena — Emma — Chamou mais alto fazendo-as se afastarem.
— Chamou?
— Vamos falar sobre a profecia — Lembrou a Regina que ajeitou-se no lugar.
— O que tem a profecia?
— Emma e eu nos unimos como um imã, nos atraimos mesmo a distância, por isso aquilo aconteceu mais cedo.
— O que aconteceu mais cedo? Por que eu nunca sei de nada?
— Porque não é da sua conta — Rosnou para Killian.
— Elas estavam usando a mesa de jantar e não era pra comer comida.
— David!
— Pai! — Mary, Regina e Emma disseram ao mesmo tempo.
— O que? Eu só comentei.
— Voltando — Emma disse ao revirar os olhos — Como podemos fazer isso parar?
— Você quer se livrar de mim, Swan?
— Não — Disse rapidamente por causa da feição raivosa da morena — Nunquinha — Sussurou puxando-a para um beijo em seguida.
— Henry fica entre as duas — Mary disse e o menino passou por cima do colo de Emma as separando — Precisamos de foco.
— Foi a Regina.
— Eu?
— Pelo que parece a magia fica mais intensa quando vocês estão brigando — Henry disse terminando a briga.
— Ou quando estão em um momentos mais... Intenso — Killian disse maliciosamente.
— Eu não estou gostando de você — Emma disse encarando-o — Mas estou adorando essa profecia.
— Emma — Regina a repreendeu tampando as orelhas de Henry — O fato é, conseguimos passar mais de cinco minutos sem nos agarrar?
— Teremos que tentar essa teoria, podemos comer e ir pra sua casa?
— Comigo você não era tão direta assim.
— É porque era com você disse, com você — Regina disse encarando-o com raiva e voltou a olhar para a loira — Sim Swan, nós podemos.
— Henry pode fica comigo e com o David essa noite, só por precaução.
— É melhor — Regina concordou — Até sabermos como controlar isso, é melhor o Henry ficar com vocês.
— E por onde vamos começar?
— Meus livros de feitiço, deve ter alguma coisa neles.
[...]
Regina beijou a cabeça do filho ao saírem do Grannys.
— Nos vemos amanhã, querido, se comporte e não durma tarde.
— Tudo bem.
— Liguem se precisarem de algo — Mary disse.
— Acredito que elas estarão ocupadas demais pra lembrarem como discar um número — Killian disse malicioso e Emma colocou-se na frente de Regina e o repreendeu com olhar.
— Melhor a gente ir.
— Melhor mesmo ou teremos um ser desagradável a menos na cidade — Regina disse fuzilando-o com o olhar e beijou mais uma vez o filho começando a caminhar para o lado oposto com raiva.
— Eu não vou impedi-la de arrancar seu coração todas às vezes, então controle a língua, eu não estarei perto o tempo inteiro — Disse encarando-o seriamente e seguiu a morena — Regina, espera — Chamou fazendo a morena parar de andar contra gosto e olha-la — Majestade — Disse lhe estendendo a mão com um sorrisinho de canto enquanto a olhava nos olhos.
— Por que eu senti essa frase soando irônica? — Perguntou com um sorriso de canto enquanto cruzava os dedos aos da loira e voltava a caminhar.
— Você anda fazendo interpretações erradas ao meu respeito, rainha — Regina revirou os olhos — E então? Tem alguma ideia de por qual livro começa? Profecias ficam em qualquer livro?
— Não, na verdade é bem raro encontrar uma profecia escrita em livros, mas precisamos começar por algum lugar.
— E que tal a gente namorar e deixar pra procurar por isso depois?
— A ideia é tentar permanecer no mesmo lugar sem nos grudarmos, Swan e não transar até dormir.
— Você não pode negar que minha ideia é melhor do que a sua — Disse convencida, Regina negou rindo baixo.
— Não sabia que era tão pervertida assim.
— Você tem que aprender muito sobre mim, majestade, principalmente sobre sexo, pois eu espero que façamos muito — Disse piscando pra ela.
[...]
— Eu vou tomar um banho, você pode usar o banheiro do corredor ou do quarto do Henry se quiser, eu separo uma roupa pra você — Regina disse ao entrar em casa seguindo para as escadas.
— Tudo bem.
— Eu não demoro, tem toalhas limpas no armário embaixo da pia — Emma afirmou vendo-a seguir para o quarto e seguiu para o quarto de Henry, despiu-se após adentrar o banheiro e entrou no Box abrindo a água e respirando quando a água morna tocou seu corpo, aquele banho era tudo o que precisava naquele momento.
Quando terminou o banho e pegou a toalha no armário que Regina havia lhe dito, secou-se quando seguiu para o quarto viu as roupas sobre a cama, vestiu-se com a calça de dormir negra e a regata amarela, prendeu os cabelos em um coque bagunçado e desceu em direção ao escritório encontrando Regina atenta aos livros, cruzou os braços apoiando-se no vão porta e sorriu de canto, havia feito aquilo outras vezes e tinha que admitir que jamais se cansaria de olhar para Regina e perder-se em seus trajetos, ela era linda, perfeita.
— Por quanto tempo pretende continuar me encarando? — Perguntou sem olha-la, Emma sorriu mais abertamente.
— Eu passaria toda a noite aqui.
— Sinto em lhe informar que isso terá que ficar para outra hora, salvadora — A olhou — Termos uma profecia para estudar e pelo jeito isso levará toda a noite — Seus olhos percorreram o corpo da loira e seus lábios foram comprometidos antes de desvia-lo voltando a olhar para os livros.
Emma aproximando-se ficando atrás da morena observando o livro que ela lia.
— Não encontrou nada ainda?
— Não, apenas feitiços, eu duvido que tenha algum livro de profecias — Emma afastou-se encarando a grande estante de livros, mordeu o lábio encarando todos os que estavam ao alcance de seus olhos, pegou um que estava ali.
— E esse?
— Eu já olhei toda a estante junto a Mary Margareth, não tem... — Arregalou os olhos — Nada, esse livro não é meu — Disse encarando-a vendo-a colocar o livro na mesa.
— Agora sabemos como o Henry conseguiu o livro antes de me procurar — Disse abrindo-o e começando a folhea-lo — Acha que é reversível?
— Profecias não são reversíveis, Emma — Respondeu atenta ao livro — Mas certamente deve haver uma maneira de amenizar o que está acontecendo com a gente, algo que nós consigamos controlar nossos impulsos.
— E qual seria a nossa profecia?
— Eu não faço ideia — Disse entortando os lábios.
Emma puxou uma cadeira sentando-se ao lado da morena que atentou-se em folhear o livro em seu lugar, afinal ela entendia melhor desses assuntos que envolviam magia e profecias.
— Talvez tenha falando sobre o encantamento se dizer especificamente para qual profecia se refere — Mordeu o lábio brevemente apoiando a cabeça na mão sem notar que novamente a loira lhe observava.
[...]
Emma ressonava sobre a mesa enquanto Regina continuava atenta ao livro, já havia lido muitas coisas, algumas eram profecias, outras seus efeitos.
— Achei — Disse sorrindo satisfeita e olhou para a loira que dormia tranquilamente.
Seu sorriso satisfeito deu lugar a um sorriso amoroso, seus dedos buscaram os fios loiros soltos de seu coque, afastando-os de seu rosto e depois deslizaram por sua bochecha lentamente, Emma era tão linda.
Naquele momento todo o arrependimento por ter lançado uma maldição falha, havia ido embora, tinha Henry e agora tinha Emma, aquela maldição não havia sido ruim no final das contas.
— Emma — Chamou com a voz baixa — Emma vamos pra cama — A sacudiu lentamente escutando-a suspirar antes de abrir os olhos.
— Já é de manhã?
— Não, mas já é tarde — Disse sorrindo — Vamos subir — Levantou-se marcando a página do livro e estandeu a mão para a loira que a segurou, as duas seguiram para o quarto da morena e deitaram-se lado a lado.
Emma a olhou puxando-a para perto e lhe acariciou na bochecha aproximando-se para beija-la nos lábios, Regina sentiu os lábios serem compridos pelos lábios da loira de maneira lenta então abriu a boca para recebe-la como o desejo mandava, suas línguas se encontraram fazendo as borboletas em suas barrigas se agitarem, seus dedos se fecharam contra os fios loiros intensificando o contato enquanto puxava-a ainda mais para perto, suas pernas enroscaram-se com as da loira que deslizou a mãos para sua cintura apertando-a.
Seus lábios se soltaram quando o ar escapou de seus corpos, Emma deslizou os lábios pelos dela e a olhou nos olhos.
— Eu amo você, Regina — Sussurrou vendo os olhos castanhos brilharem com aquela confissão.
— Eu também amo você, Emma — Sussurrou de volta puxando-a para um outro beijo, então afastou-se dando-lhe selinhos e virou-se de costas sentindo seu corpo ser abraçado e a pele arrepiar com a respiração da loira contra sua nuca.
— Achou algo sobre a profecia?
— Sim, mas falamos sobre isso pela manhã — A loira afirmou beijando-a na nuca e suspirou entregando-se ao sono junto a morena.
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