Henry saiu a passos rápidos da pensão, tinha pressa, precisava ir ao Granny rapidamente e depois correia para a biblioteca precisava encontrar o livro, descobrir a história não contada de Zelena, descobrir a fonte de seu ódio e seca-lo.
Caminhou pela calçada em direção ao Granny completamente distraído em pensamentos e bateu o corpo contra outro.
— Desculpe, eu estava distraído.
— Não se preocupe querido — Mary disse sorrindo — Mas você me parece muito distraído.
— É — Disse sorrindo de canto — Eu estou procurando um livro de contos de fadas, já procurei por todos os sites e livrarias e ainda não o encontrei, queria pedir pra minha mãe compra-lo — Fingiu tristeza.
— Você pode procurar na biblioteca da cidade, fica embaixo da torre do relógio, Belle certamente deve tê-lo por lá.
— Você acha?
— Acredito que sim, Belle costuma ter uma grande variedade de livros — Disse sorrindo — Agora eu preciso ir, até mais.
— Até mais e obrigado.
— Não há de quê — Sorriu e caminhou para o lado oposto de Henry que continuou deu caminho para o Granny.
[...]
Floresta encantada...
Um ano atrás...
Regina encarou o grande espelho a sua frente vendo seu reflexo, estava abatida, parecia até mesmo mais magra, o semblante cansado de quem mal dormia a noite era evidente.
Passou a mão em frente em frente ao objeto fazendo seu reflexo sumir, mas nada além de um grande vazio apareceu, estava à semanas fazendo aquilo, tentando uma pista de Henry e de Emma, nem mesmo sabia em qual parte daquele mundo sem magia eles estavam, sua magia parecia fraca demais para encontra-los, para matar a saudade que sentia.
— Regina? — A voz de Mary ecoou após algumas batidas.
— Vá embora.
— Você sabe que não sairei daqui, abra a porta.
— Eu já mandei ir — Rosnou tentando voltar a concentrar-se novamente no espelho.
— Temos pistas de como derrotar a bruxa do oeste, mas precisamos de você e da sua magia para podermos voltar pra casa — Regina nada disse apenas sentou-se na cama olhando para o chão — Regina, eu sei que você está sofrendo, todos nós estamos, mas você é a nossa única chance, por favor, pelo Henry e por... Emma — Novamente o silêncio, Mary deu um passo para trás pelo susto da porta se abrindo e caminhou para dentro do quarto.
— Minha magia está fraca, não consigo localiza-los.
— Talvez não seja o momento, eu esperei vinte oito anos para que pudesse reencontrar a Emma.
— Não quero ter que esperar todo esse tempo para... Encontra-los.
— Eu sei e eu também não quero — Disse segurando a mão da rainha — Mas por enquanto só nos resta tentar voltar e por mais louco que isso soe, eu espero que você e Emma se encontrem, que possam viver isso como David e eu vivemos, eu quero que a minha filha seja feliz, Regina e se o final feliz dela for você, eu não irei fazer nada além de apoia-las, porque também desejo sua felicidade, mas precisamos achar uma maneira de voltarmos e não faremos isso nos lamentando — Sorriu de canto olhando-a nos olhos e levantou — Vamos? Você precisa comer algo — Regina suspirou levantando-se e seguindo-a para fora do quarto.
[...]
Henry adentrou a lanchonete vendo Regina atrás do balcão atendendo um homem e seguiu para onde Emma estava distraída com seu livro.
— Cheguei.
— Você demorou — Disse olhando-o — O que estava fazendo?
— Conversando com a sua nova amiga, Mary, eu estava dizendo a ela que estava procurando um livro de conto de fadas e ela me disse que eu poderia procurar na biblioteca da cidade embaixo da torre do relógio, irei lá depois do café, provavelmente passe o dia inteiro procurando.
— Pelo jeito você está muito interessado, nunca tem paciência para procurar nada.
— Sim, mas o que vai fazer durante o dia?
— Essa cidade não parece ter muito o que fazer a não ser sentar em qualquer lugar e ler, então eu provavelmente vá voltar para a pensão e passar o dia deitada lendo.
— Aqui está o seu café — Regina disse sorrindo enquanto colocava o café com canela em frente a Henry e as panquecas, fazendo-o olha-la confuso — Sua mãe pediu antes de você chegar.
— Obrigado.
— De nada querido — Disse com um sorriso ainda maior do que o anterior, Emma a olhou sem conseguir ser discreta e Henry a encarou brevemente tentando entender o que se passava, mas deu de ombros começando a comer.
— Já conheceu alguém interessante?
— O que disse? — Emma perguntou olhando-o após desviar o olhar de Regina que já estava novamente no balcão olhando-a de volta.
— Se conheceu alguém interessante, já que não está mais com o Walsh.
— Eu não estou com pressa em ter um relacionamento, garoto, acabei de terminar meu namoro.
— Você nem gostava dele tanto assim, mãe, então não tem o que superar.
— Precisa ser menos apressado, as coisas não funcionam dessa forma, agora voltando a falar sobre o dia, não quero que vá a lugares muito longe do centro, não conhecemos a cidade e não sabemos que tipo de malucos podemos encontrar por aqui.
— Tudo bem.
[...]
Killian caminhou pela orla, mas ao ver a cabeleira ruiva de Zelena, escondeu-se em meio as grandes pedras.
— Quem é a nova visitante da cidade?
— Uma loira, Emma Swan, não aparenta ser um perigo, ela não se lembra de nenhum morador da cidade.
— Fique de olho nela, isso pode ser um truque e eu não quero ninguém interferindo nos meus planos.
— Não se preocupe, minha rainha e enquanto a sua irmã?
— Eu cuidarei de Regina outra hora, eu já tirei a vidinha perfeita dela, agora não passa de uma miserável vivendo em um cubículo e trabalhando dia e noite para conseguir comer — Sorriu — Ela é o menos importante, não vai acordar dessa maldição e não faz ideia de como me deter, agora vai e me conte o que descobrir de Emma Swan.
— Sim senhora.
— Ai irmãzinha, espero que esteja se divertindo com a sua vida miserável e inútil, pois ela só vai ficar pior, tirarei de você, tudo o que tirou de mim — Disse e começou a rir enquanto caminhava de volta pra cidade.
— Irmã? — Killian peguntou a si mesmo enquanto encarava o nada, como assim? Por que Regina jamais disse nada sobre ter uma irmã? Precisava falar com Henry, levantou-se caminhando rapidamente de volta para o navio.
[...]
Regina encarou a loira que ainda estava concentrada em seu livro enquanto passava o pano sobre a mesa pouco a frente, algo em Emma lhe chamava atenção, isso era mais forte do que ela, como um imã, como Daniel lhe fazia sentir, era uma sensação boa, de estar em casa, mas a casa de verdade, não era como se fosse uma visita, era mais do que isso, se sentia a própria dona da casa, a qual poderia arrumar da maneira que achasse melhor e convidar quem quisesse para estar ali.
Os olhos verdes ergueram-se encontrando os seus e fazendo-a desviar o olhar rapidamente, mas não antes de ver o sorriso de canto que Emma tanto tentou evitar, era isso? Emma estava flertando com ela? Afinal de contas, Emma gostava mulheres? E o mais maluco de tudo, ela gostava de mulheres? Soltando um suspiro pesado, olhou novamente para a loira que ainda lhe encarava e saiu a passos apressados para o outro lado da lanchonete, não querendo mais sentir a pele queimar de encontro a aqueles olhos.
Escutou o sino da porta erguendo o olhar vendo Ruby adentrar a lanchonete.
— Bom dia Gina.
— Bom dia Ruby.
— A vovó ta na cozinha?
— Sim.
— Eu vou até lá — Disse piscando e seguindo para cozinha após encarar Emma brevemente.
— Eu terminei, vou pra biblioteca agora.
— Lembre-se da regra, nenhum lugar muito longe.
— nenhum lugar muito longe — Repetiu junto a ela — Eu sei, agora eu já vou, até mais tarde.
— Fique onde o sinal do celular pega e me chame se acontecer qualquer coisa.
— Ta legal, fui.
— Daniel — O chamou fazendo Regina olha-la assustada por conta do nome, Henry olhando para Emma com pesar, ela só o chamada daquela maneira quando ele estava encrencado.
— Sim?
— Eu o quero aqui ao meio dia e vinte, um minuto a mais e tiro seu vídeo game, e não se meta em encrencas ou eu cancelo a viagem.
— Ta legal, posso ir agora?
— Pode.
— Até mais — Disse saindo rápido antes de ser novamente chamado, Emma olhou para Regina que ainda a observava e viu a morena virar o rosto voltando ao trabalho.
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