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História CHB e Deuses lendo Percy Jackson- Livro 1 - A profecia cumpre-se-parte 1


Escrita por: igobyR

Notas do Autor


Gente, último capítulo aqui vamos nós.
Quem mais está entusiasmado?

Capítulo 47 - A profecia cumpre-se-parte 1


E aqui vamos nós,o último capítulo- disse Rachel animado- Preparem-se,para o choque- a sua voz agravou-se e falou de uma maneira dramática fazendo os presentes trocarem olhares sem saberem se ela estava a falar a sério ou não.

Fomos os primeiros heróis a retornar vivos à Colina Meio-Sangue desde Luke, portanto é claro
que todos nos trataram como se tivéssemos ganho algum prêmio de reality show na tevê. De
acordo com a tradição do acampamento, usamos coroas de louros em um grande banquete
preparado em nossa honra, depois lideramos um cortejo até a fogueira, onde queimamos as
mortalhas que tinham sido feitas para nós na nossa ausência.

- Simpático- disse Apolo

A mortalha de Annabeth era lindíssima - seda cinzenta co corujas bordadas -, e eu disse que era
uma pena não poder enterrá-la com ela. Ela me deu um soco e me mandou calar a boca.

Garagalhadas encheram o anfiteatro e Grover e Clarisse trocaram olhares ternos,pois sabiam que no fim deste capítulo,os do presente já não iriam mais ser os mesmos,tudo ia mudar naquele capítulo.

Por ser filho de Poseidon, eu não tinha nenhum companheiro de chalé, e assim o chalé de Ares
se ofereceu para fazer a minha mortalha. Eles pegaram um lençol velho e pintaram carinhas
sorridentes nas bordas, com XX no lugar dos olhos, e a palavra PER DERDOR em tamanho
realmente grande no meio.

Desta vez menos pessoas se riram e Percy gostou de notar que os colegas de acampamento começavam a gostar realmente dele.

Foi divertido queimá-la.

Poseidon sorriu.

Enquanto o chalé de Apolo liderava a cantoria e passava guloseimas, fui rodeado pelos meus
companheiros do chalé de Hermes, pelos amigos de Annabeth de Atena e pelos colegas sátiros de
Grover, que estavam admirando a licença de buscador nova em folha que ele recebera do Conselho
dos Anciãos de Casco Fendido.

- EU DISTRIBUO DOCES- exclamou Apolo

O conselho chamara o desempenho de Grover na missão de "Bravo
a ponto de dar indigestão. Chifres-e-barba acima de tudo o que já vimos no passado."
Os únicos que não estavam com um espírito festivo eram Clarisse e seus companheiros de
chalé, cujos olhares venenosos me diziam que jamais me perdoariam por envergonhar o pai deles.
Por mim, tudo bem.

Annabeth encarou Clarisse que lia,e sorriu internamente ao reparar que a rapariga não estava com má cara,na verdade até tinha um sorriso de canto na cara enquanto o pai e os irmãos vaiavam Percy.

Até mesmo o discurso de boas-vindas de Dioniso foi insuficiente para abafar o meu bom
humor.
-Sim, sim, o molequinho não se deixou matar e agora vai ficar ainda mais presunçoso. Bem,
um viva para isso. Entre outros comunicados, não haverá corridas de canoas neste sábado...
Mudei-me de volta para o chalé 3, mas ele não parecia mais tão solitário. Tinha os meus amigos
para treinar durante o dia. À noite, ficava acordado e ouvia o mar, sabendo que meu pai estava lá
fora. Talvez ele ainda não se sentisse muito seguro a meu respeito, talvez ainda não quisesse que
eu tivesse nascido, mas estava observando. E, até agora, estava orgulhoso do que eu havia feito.

A verdade, é que todos se tocaram com este parágrafo e todos, até mesmo os do chalé de Ares e o próprio Deus,se sentiram minimamente felizes pelo rapaz.

Quanto à minha mãe, ela teve chance de uma vida nova. A carta dela chegou uma semana
depois que voltei ao acampamento. Ela me contou que Gabe partira misteriosamente -
desaparecera da face do planeta, de fato. Ela deu queixa do desaparecimento dele à polícia, mas
tinha uma sensação engraçada de que jamais o encontrariam.

Afrodite deu um risinho e Grover encarou Rachel sorrindo.Talvez a deusa do amor já tivesse os seus planos para Sally há muito tempo.

Mudando completamente de assunto, ela tinha vendido a sua primeira escultura de concreto em
tamanho natural, intitulada O jogador de pôquer, para um colecionador, através de uma galeria de
arte do Soho.
Recebera tanto dinheiro por ela que dera entrada em um novo apartamento e fizera o pagamento
do primeiro semestre do seu curso na Universidade de Nova York. A galeria do Soho estava
clamando por mais trabalhos dela, que eles chamaram de "um grande passo do neo-realismo do
superfeio".
Mas não se preocupe, escreveu a minha mãe. Para mim, chega de escultura. Livrei-me daquela
caixa de ferramentas que você deixou para mim. Já è hora de eu voltar a escrever.
No fim, ela escreveu um P.S.: Percy, encontrei uma boa escola particular aqui na cidade. Fiz
um depósito para reservar um lugar para você, caso queira se matricular na sétima série. Você
poderá morar em casa. Mas, se quiser ficar o ano inteiro na Colina Meío-Sangue, vou entender.

Poseidon sentiu os olhos marejados com a felicidade pela mulher que outrora havia amado tanto.

Dobrei a carta cuidadosamente e a pus na minha mesa-de-cabeceira. Todas as noites antes de
dormir eu a leio de novo, e tento decidir como responder a ela.
*****
No Quatro de Julho, o acampamento inteiro se reuniu na praia para um espetáculo pirotécnico
por conta do chalé 9. Como filhos de Hefesto, não iriam se contentar com explosões comuns em
vermelho, branco e azul. Eles ancoraram uma barcaça longe da costa e a carregaram com foguetes
do tamanho de mísseis Patriot. De acordo com Annabeth, que já tinha visto o espetáculo antes, as
explosões seriam tão bem seqüenciadas que pareceriam quadros de animação no céu. O final
deveria ser um par de guerreiros espartanos de trinta metros de altura que iriam crepitar para a
vida acima do oceano, travar uma batalha e então explodir em um milhão de cores.
Enquanto Annabeth e eu estendíamos toalhas de piquenique, Grover apareceu para se despedir
de nós.
Usava os jeans, a camiseta e os tênis de sempre, mas nas últimas semanas começara a parecer
mais velho, quase com idade de secundarista. Seu cavanhaque ficara mais espesso. Ganhara peso.
Seus chifres haviam crescido pelo menos três centímetros, de modo que agora tinha de usar o seu
boné rastafári o tempo todo para passar por ser humano.

Os olhos de Grover brilharam e tocou nos chifres pequenos que estavam na sua cabeça,o conselho,apesar de contrariado teve de admitir que realmente havia feito um bom trabalho.

- Estou de partida - disse ele. - Vim só dizer... bem, vocês sabem.
Tentei me sentir feliz por ele. Afinal, não era todo dia que um sátiro conseguia permissão para
procurar o grande deus Pan. Mas era difícil dizer adeus. Eu só conhecia Grover fazia um ano, e no
entanto ele era o meu amigo mais antigo.
Annabeth deu-lhe um abraço. Ela lhe disse para usar sempre os seus pés falsos.
Perguntei-lhe onde iria procurar primeiro.
- Tipo segredo - disse ele, parecendo embaraçado. - Gostaria que vocês pudessem vir comigo,mas seres humanos e Pan...

Percy sentiu um vazio por momentos,o seu amigo ia embora.Mas depois olhou em volta.
Annabeth,Luke e muitos outros seriam os seus novos amigos.

- A gente entende - disse Annabeth. - Você tem latas suficientes para a viagem?
- Sim.
- E se lembrou das suas flautas de bambu?
- Puxa, Annabeth - resmungou ele. - Você parece uma velha mamãe-cabra.
Mas ele não pareceu aborrecido de verdade.
Ele agarrou sua bengala e jogou uma mochila por cima dos ombros. Parecia um caroneiro
desses que se vêem nas estradas - nada parecido com o menino baixinho que eu costumava
defender dos valentões na Academia Yancy.

Um arrepio tomou conta de Grover,o seu desejo havia-me tornado realidade.

- Bem - disse ele -, desejem-me boa sorte.
Ele deu outro abraço em Annabeth. Bateu no meu ombro, e então retornou através das dunas.
Fogos de artifício explodiram acima de nós: Hércules matando o leão da Neméia, Ártemis
perseguindo o javali, George Washington (que, aliás, era um filho de Atena) cruzando o rio
Delaware.
- Ei, Grover - chamei.
Ele se voltou à margem do bosque.
- Aonde quer que esteja indo, espero que façam boas enchiladas.
Grover sorriu, e se foi; as árvores se fechando em volta dele.
- Nós o veremos de novo - disse Annabeth.
Tentei acreditar nisso. O fato de que nenhum buscador jamais voltara em dois mil anos... bem,
decidi não pensar nisso. Grover ia ser o primeiro. Tinha de ser.

- E bem, cá estou eu não é?-perguntou Grover do futuro sorrindo

Julho se foi.
Eu passava os meus dias bolando novas estratégias para a captura da bandeira e fazendo
alianças com os outros chalés para manter o estandarte fora das mãos de Ares. Cheguei até o topo
da parede de escalada pela primeira vez sem ser tostado pela lava.
De tempos em tempos, eu passava pela Casa Grande, dava uma olhada nas janelas do sótão e
pensava no Oráculo. Tentei convencer a mim mesmo que a sua profecia se completara.
Você deve ir para o oeste, e enfrentar o deus que se tornou desleal.
Estive lá, fiz isso - mesmo que no fim o deus traidor fosse Ares, e não Hades.
Você deve encontrar o que foi roubado e devolver em segurança.
Confere. Um raio-mestre entregue. Um elmo das trevas de volta na cabeça untuosa de Hades.
Você será traído por aquele que o chama de amigo.
Essa linha ainda me incomodava.

- Tenho a má sensação de que isto ainda não acabou.- disse Hera

- Pois...-a voz de Luke se ouviu pela primeira vez em muito tempo,e encarou o pai.Na sua expressão havia raiva,havia desejo de vingança.Hermes estremeceu,sem conseguir reconhecer o filho.

Ares fingira ser meu amigo e depois me traíra. Devia ser isso
que o Oráculo queria dizer...
E no fim não conseguirá salvar aquilo que mais importa.
Eu não conseguira salvar minha mãe, mas só porque eu a deixara se salvar sozinha, e sabia que
era a coisa certa a fazer.
Então por que ainda estava incomodado?

Quíron torceu as mãos.

A última noite da sessão de verão chegou depressa demais.
Os campistas fizeram uma última refeição juntos. Queimamos parte do nosso jantar para os
deuses. Junto à fogueira, os conselheiros mais velhos entregaram as contas de fim de verão.
Ganhei o meu próprio colar de couro, e quando vi a conta pelo meu primeiro verão, fiquei contente porque a luz da fogueira encobriu o vermelho na minha cara. O desenho era preto como
piche, com um tridente verde-mar cintilando no centro.
- A escolha foi unânime - anunciou Luke. - Esta conta comemora o primeiro Filho do Deus do
Mar neste acampamento, e a missão que ele assumiu para a parte mais escura do Mundo Inferior
para impedir uma guerra!

Poseidon sorriu orgulhoso,e Clarisse do futuro levou a mão á dita peça,como que a recordar.

O acampamento inteiro se pôs de pé e aplaudiu. Mesmo o chalé de Ares se sentiu na obrigação
de levantar. O chalé de Atenas empurrou Annabeth para a frente para que ela pudesse compartilhar
os aplausos.

Athena sorriu de forma meio arrogante,mas essa arrogância desapareceu quando viu o sorriso estampado na cara da filha,era tão verdadeiro.

Acho que nunca na vida me senti ao mesmo tempo tão feliz ou e tão triste como naquele
momento.
Finalmente encontrara uma família, gente que se preocupava comigo e achava que eu tinha feito
alguma coisa de modo certo. E, pela manhã, a maior parte deles ficaria fora o resto do ano.
Na manhã seguinte encontrei uma carta padronizada na minha mesa-de-cabeceira.
Soube que devia ter sido preenchida por Dioniso, pois ele insistia teimosamente em errar o meu
nome: Caro ________ Peter Johnson ___ , Se você pretende permanecer no Acampamento
Meio-Sangue o ano inteiro, precisa informar a Casa Grande até o meio-dia de hoje. Caso não
anuncie suas intenções, presumiremos que você vagou o seu chalé ou morreu de uma morte
horrível. Harpias da limpeza começarão seu trabalho ao pôr-do-sol. Elas estarão autorizadas
a comer qualquer campista não registrado. Todos os artigos pessoais deixados para trás
serão incinerados no poço de lava.
Tenha um bom dia!
Senhor D (Dioniso) Diretor do Acampamento, Conselho Olimpiano n° 12
*****
Essa é mais uma questão do transtorno do déficit de atenção. Os prazos simplesmente não
existem para mim até que não tenha mais jeito. O verão acabara, e eu ainda não havia respondido
para a minha mãe, nem para o acampamento, se iria ficar. Agora tinha apenas algumas horas para
decidir.
A decisão tinha tudo para ser fácil. Quer dizer, nove meses treinando para herói, ou nove meses
sentado numa sala de aula - fala sério!
Mas havia a minha mãe para considerar. Pela primeira vez eu tinha oportunidade de morar com
ela por um ano inteiro, sem Gabe. Tinha chance de estar em casa e perambular pela cidade nas
horas livres.

Percy sentiu o peito apertar com tal pensamento.Liberdade.

Lembrei-me do que Annabeth dissera tanto tempo atrás sobre a nossa missão: O mundo real é
onde os monstros estão. É onde a gente aprende se serve para alguma coisa ou não.
Pensei no destino de Thalia, filha de Zeus. Fiquei pensando quantos monstros me atacariam se
eu deixasse a Colina Meio-Sangue. Se eu ficasse em um só lugar durante todo um ano escolar,
sem Quíron e meus amigos em volta para me ajudar, será que minha mãe e eu sobreviveríamos até
o próximo verão?

- Provavelmente não...Ai- Ártemis beliscou o irmão.

E isso presumindo que os testes de ortografia e os ensaios de cinco parágrafos não me
matassem. Decidi ir até a arena e praticar um pouco de esgrima. Talvez isso me clareasse a
cabeça.
A área do acampamento estava deserta na maior parte, tremeluzindo no calor de agosto. Todos
os campistas estavam nos seus chalés fazendo as malas, ou correndo de um lado para outro com
vassouras e esfregões, preparando-se para a inspeção final. Argos estava ajudando algumas filhas
de Afrodite a carregar suas malas e estojos de maquiagem Gucci para o outro lado da colina, onde o ônibus do acampamento estaria esperando para levá-las ao aeroporto.

Afrodite sorriu às suas filhas.

Não pense em partir ainda, disse para mim mesmo. Apenas treine.
Cheguei à arena dos espadachins e descobri que Luke tivera a mesma idéia. Sua sacola estava
jogada na beirada da arena. Ele estava treinando sozinho, investindo violentamente contra bonecos
com uma espada que eu nunca tinha visto antes. Devia ser uma espada toda de aço, pois decepava
de um golpe as cabeças dos bonecos e atravessava com estocadas as suas tripas recheadas de
palha. Sua camisa laranja de conselheiro pingava de suor. A expressão dele era tão intensa que
dava para pensar que sua vida estava realmente em perigo.

Nesse momento todos começaram a reparar(os que ainda não o haviam feito) em como Luke estava diferente desde o início da leitura.

Eu assisti, fascinado, enquanto ele
destripava toda a fileira de bonecos, cortando fora os membros e basicamente os reduzindo a uma
pilha de palha e armaduras.
Eram apenas bonecos, mas ainda assim eu não podia deixar de ficar assombrado com a
habilidade de Luke. O cara era um guerreiro incrível. Aquilo me fez pensar, novamente, como ele
podia ter falhado em sua missão.
Por fim ele me viu e interrompeu-se no meio de um golpe.
- Percy.
- Ahn, desculpe - disse eu, embaraçado. - Eu só...
- Tudo bem - disse ele, abaixando a espada. - Estava só dando uma treinada de último minuto.
- Aqueles bonecos nunca mais vão incomodar ninguém. Luke encolheu os ombros.
- Nós fazemos novos todo verão.
Agora que a espada não estava mais rodopiando de um lado para outro, pude ver algo de
estranho nela.
A lâmina era feita com dois tipos de metal diferentes - um fio de bronze, o outro de aço.

Hermes arfou.

Luke reparou que eu estava olhando.
- Ah, isso? Brinquedo novo. Esta é a Malvada.
- Malvada?
Luke virou a lâmina na luz, e a fez brilhar de um jeito maligno.
-Um lado é de bronze celestial. O outro é de aço temperado. Funciona tanto em mortais como
em imortais.

Murmúrios foram ouvidos em todos os cantos e todos os olhares se direcionaram para o rapaz,que mantinha a cabeça para baixo.

Pensei no que Quíron tinha me dito quando eu comecei a minha missão - que um herói jamais
deve ferir mortais a não ser que seja absolutamente necessário.
- Eu não sabia que eles podiam fazer armas como esta.
- Eles provavelmente não - concordou Luke. - Esta aqui é única.

Zeus encarou o rapaz.Como é que ele poderia estar na posse de tal arma?

Ele me deu um sorrisinho mínimo e então enfiou a espada na bainha.
- Escute. Eu estava indo procurar por você. O que me diz de irmos até a floresta uma última
vez, para procurar algo para enfrentar?
Não sei por que hesitei. Devia ter me sentido aliviado por Luke estar sendo tão amigável. Desde
que eu voltara da missão ele vinha agindo de modo um pouco distante. Estava com medo de que
ele estivesse ressentido com toda a atenção que eu recebera.
- Você acha que é uma boa idéia? - perguntei. - Quero dizer...

- Não soa nada bem...- murmurou Percy e Annabeth olhou para ele nervosa.

- Ora, vamos. - Ele remexeu na sua sacola e tirou de lá uma embalagem de seis Cocas. - Bebidas
por minha conta.
Olhei para as Cocas, me perguntando onde diabo as teria conseguido. Não havia refrigerantes
mortais comuns na loja do acampamento. Não havia como consegui-los a não ser que a gente
falasse com um sátiro, talvez.
Naturalmente, as taças mágicas do jantar se encheriam com qualquer coisa que a gente quisesse,
mas não tinham exatamente o mesmo gosto de uma Coca de verdade, saída da lata.
Açúcar e cafeína. Minha força de vontade desmoronou.
- Claro - decidi. - Por que não?
Fomos andando até a floresta e perambulamos sem rumo à procura de algum tipo de monstro
para enfrentar, mas estava quente demais. Todos os monstros com um mínimo de bom senso
deviam estar fazendo a sesta nas suas cavernas agradáveis e frescas.
Encontramos um lugar à sombra junto ao regato onde eu quebrara a lança de Clarisse durante
meu primeiro jogo de captura da bandeira. Sentamo-nos em uma grande pedra, bebemos as nossas
Cocas e ficamos olhando para a luz do sol na floresta.
Depois de algum tempo, Luke disse:
- Sente falta de estar em uma missão?
- Com monstros me atacando a cada passo? Fala sério!
Luke ergueu uma sobrancelha.
- Sim, eu sinto falta - admiti. - E você?
Uma sombra passou pelo seu rosto.
Eu estava acostumado a ouvir as meninas dizerem como Luke era bonito, mas naquele
momento ele pareceu cansado, zangado e nem um pouco bonito. Seu cabelo loiro estava cinzento à
luz do sol. A cicatriz no rosto parecia mais funda que de costume. Parecia estar vendo um velho.
- Vivo na Colina Meio-Sangue o ano inteiro desde que tinha catorze anos - contou-me. - Desde
que Thalia... bem, você sabe. Treinei, treinei e treinei. Nunca cheguei a ser um adolescente
normal, lá fora no mundo real. Então eles me jogaram numa missão, e quando voltei, foi tipo,
"Certo, o passeio acabou.
Passe bem".

Quíron descruzou os braços preparando-se para discordar,mas ao ver a expressão azeda do rapaz desistiu.

Ele amarrotou a sua Coca e a atirou no regato, o que realmente me chocou. Uma das primeiras
coisas que a gente aprende no Acampamento Meio-Sangue é: não jogue lixo no chão. Você será
repreendido pelas ninfas e náiades. Elas ajustarão as contas. Você cai na cama uma noite e
encontra os lençóis cheios de centopéias e lama.
- Para o diabo com as coroas de louros - disse Luke. - Não vou terminar como aqueles troféus
empoeirados no sótão da Casa Grande.
- Você está parecendo alguém que vai embora.
Luke me deu um sorriso torto.
- Oh, eu estou indo embora, sem dúvida, Percy. Trouxe você aqui para dizer adeus.

Murmúrios de exclamação surgiram aqui e ali, enquanto Annabeth levava as mãos á boca e os seus olhos marejados levemente.Todos se viraram para Luke,que por sua vez encarou Rachel.

Ele estalou os dedos. Um pequeno fogo queimou um buraco no chão aos meus pés. De lá, saiu
se arrastando alguma coisa preta e brilhante, mais ou menos do tamanho da minha mão. Um
escorpião.
Comecei a procurar a minha caneta.
- Eu não faria isso - advertiu Luke. Escorpiões das profundezas podem pular até cinco metros.
Seu ferrão pode perfurar as suas roupas. Você estaria morto em sessenta segundos.

Um silêncio arrebatador pairou sobre o anfiteatro.As lágrimas nos olhos da loira pararam imediatamente de cair e a sua mente confusa recusou-se a acreditar.Impossivel.O livro devia estar errado.
Hermes baixou a cabeça,vencido, não o poderia evitar.

- Luke, o que...
Então caiu a ficha.

Você será traído por aquele que o chama de amigo.

Leu Rachel levantando-se e olhando para as cara espantadas á sua volta.


Notas Finais


Cadê o Percy?
Eu sei eu sei.
Tem permissão para me matar🙃


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